Capítulo 61
1Então o
Senhor ordenou os reis, os príncipes, os exaltados e aqueles que habitam na
terra dizendo:
Abri vossos
olhos, e elevai vossas buzinas se sois capazes de compreender o Eleito.
2O Senhor dos
espíritos assentou-se sobre o trono de sua glória.
3E o espírito
de retidão foi colocado sobre ele.
4A palavra de
sua boca destruirá todos os pecadores e todos os mundanos, os quais perecerão
na sua
presença.
5Naquele dia
todos os reis, os príncipes, os exaltados e todos os que possuem a terra se
colocarão
em pé, verão
e perceberão Aquele que está assentado no trono da sua glória, que diante dEle
os
santos serão
julgados em retidão,
6E que nada
que será falado diante dEle, será falado em vão.
7Inquietação
virá sobre eles, como sobre uma mulher em trabalho de parto, cujo labor é
severo,
quando seu
filho vem à boca do ventre e ela encontra-se em dificuldade de dar a luz.
8Uma porção
deles olhará para a outra. Eles ficarão atônitos e baixarão seu semblante,
9E aflição os
prenderá quando eles virem o Filho da mulher assentado sobre o seu trono de
glória.
10Então os
reis, os príncipes e todos os que possuem a terra glorificarão Aquele que tem
domínio
sobre todas
as coisas, Aquele que esteve em conselho; pois desde o princípio o Filho do
homem
existiu em
segredo, o qual o Altíssimo preservou na presença do Seu poder e foi revelado
aos
eleitos.
11Ele semeará
a congregação dos santos e dos eleitos, e todo eleito ficará diante dEle
naquele dia.
12Todos os
reis, príncipes, o exaltado e aqueles que governam sobre toda a terra cairão
sobre suas
faces diante
dEle, e O adorarão.
13Eles
colocarão suas esperanças neste Filho do homem orarão a Ele e implorarão por
misericórdia.
14Então o
Senhor dos espíritos se apressará em expeli-los da Sua presença. Suas faces
ficarão cheias
de confusão e
suas faces se cobrirão de escuridão. Os anjos os tomarão para castigo, aquela
vingança
poderá ser infligida naqueles que têm oprimido Seus filhos e Seus eleitos. E
eles se
tornarão como
um exemplo aos santos aos Seus eleitos. Através deles estes serão feitos
jubilosos,
pois a ira do
Senhor dos espíritos descansará sobre eles.
15Então a
espada do Senhor dos espíritos se embebedará com seu sangue, mas os santos e
eleitos
serão salvos
naquele dia; a face dos pecadores e dos mundanos daquele tempo em diante eles
não
verão.
16O Senhor
dos espíritos permanecerá sobre eles:
17E com este
Filho do homem eles habitarão, comerão, deitarão e levantarão, para sempre e
sempre.
18Os santos e
eleitos têm se levantado da terra. Têm deixado de deprimir seus semblantes e
terão
sido vestidos
com a vestimenta da vida. Aqueles vestidos da vida estão com o Senhor dos espíritos,
em cuja
presença suas vestimentas não envelhecerão nem será diminuída sua glória.
Capítulo 62
1Naqueles
dias os reis que possuíram a terra serão punidos pelos anjos de Sua ira, onde
quer que
eles lhes
sejam entregues, para que Ele possa dar descanso por um curto período de tempo;
e para
que eles
prostem-se diante dEle e adorem o Senhor dos espíritos, confessando seus
pecados diante
dEle.
2Eles
abençoarão e glorificarão o Senhor dos espíritos dizendo: Abençoado é o Senhor
dos espíritos,
o Senhor dos
reis, o Senhor dos espíritos, o Senhor dos ricos, o Senhor da glória, e o
Senhor da
sabedoria.
3Ele
iluminará toda coisa secreta.
4Seu poder é
de geração a geração e Sua glória para sempre e sempre.
5Profundos
são todos os Seus segredos e incontáveis; sua retidão não pode ser calculada.
6Agora nós
sabemos que devemos glorificar e abençoar o Senhor dos reis o qual é Rei sobre
todas
as coisas.
7Eles também
dirão: Quem nos tem permitido ficar para glorificar, louvar, abençoar, e
confessar na
presença da
Sua glória?
8E agora
pequeno é o repouso que nós desejamos, mas nós não o encontramos; nós
rejeitamos e não
o possuímos.
Luz passou diante de nós e escuridão tem coberto nossos tronos para sempre.
9 Pois nós
não confessamos diante dEle; não temos glorificado o nome do Senhor dos reis;
não
temos
glorificado o Senhor em todas as Suas obras, mas temos confiado no cetro do
nosso próprio
domínio e da
nossa glória.
10Naquele dia
do nosso sofrimento e da nossa angústia Ele não nos salvará, nem encontraremos
descanso.
Confessamos que nosso Senhor é fiel em todas as Suas obras, em todos os Seus
julgamentos e
em Sua retidão.
11Em Seus
julgamentos ele não paga nenhum respeito a pessoas; e nós devemos apartar-nos
de sua
presença por
causa de nossos maus atos.
12Todos os
nossos pecados são verdadeiramente sem número.
13Então eles
dirão a si mesmos: Nossas almas estão saciadas com os instrumentos de crime;
14Mas que não
nos impede de descer ao ventre flamejante do inferno.
15Daí em
diante seus semblantes se encherão de escuridão e confusão diante do Filho do
homem, de
cuja presença
eles serão expulsos e diante do qual a espada permanecerá expelindo-os.
16Assim diz o
Senhor dos espíritos: Este decreto e o julgamento contra os príncipes, os reis,
os
exaltados, e
aqueles que possuem a terra, na presença do Senhor dos espíritos.
Capítulo 63
1Eu vi outros
semblantes naquele lugar secreto. Ouvi a voz de um anjo, dizendo: Estes são os
anjos
que desceram
do céu à terra, revelaram segredos aos filhos dos homens e seduziram os filhos
dos
homens para
cometerem de pecado.
Capítulo 64
(57)
(57) Os
capítulos 64, 65, 66 e o primeiro versículo do 67 evidentemente contêm a versão
de Noé e não de Enoque
(Laurence,
p. 78).
1Naqueles
dias Noé viu que a terra inclinou-se, e que destruição aproximava-se.
2Então ele
levantou seus pés e foi para os confins da terra, para a habitação do seu
bisavô Enoque.
3E Noé clamou
com uma amarga voz: Ouví-me, ouví-me, ouví-me, três vezes. E ele disse: Dize-me
o que está
ocorrendo sobre a terra, pois a terra trabalha e é violentamente abalada.
Certamente eu
perecerei com
ela.
4Depois disso
houve uma grande perturbação na terra e uma voz foi ouvida desde o céu. Eu caí
sobre minha
face, então meu bisavô Enoque veio e colocou-se ao meu lado.
5Ele
disse-me: Por que clamas a mim com um amargo clamor e lamentação?
6Um
mandamento partiu do Senhor contra aqueles que habitam na terra para que eles
sejam
destruídos,
pois eles conhecem todo segredo dos anjos, toda obra opressiva, o poder secreto
dos
demônios (58)
e todo poder daqueles que cometem sortilégios, tanto quanto daqueles que fazem
imagens fundidas em toda a terra.
(58) Os demônios. Literalmente, "os
Satans" (Laurence, p. 78).
7Eles
sabem como a prata é produzida do pó da terra e como na terra a gota metálica
existe, pois o
chumbo e o
estanho não são produzidos da terra como fonte primária de sua produção.
8Há um anjo
colocado sobre ela, e o anjo luta para prevalecer.
9Depois disso
meu bisavô Enoque agarrou-me com sua mão, levantando-me e disse-me: Vai, pois
eu pedí ao
Senhor dos espíritos a respeito desta perturbação da terra; o qual respondeu:
Por conta da
impiedade
deles seus inumeráveis julgamentos foram consumados diante de mim. Com respeito
às
luas eles
inquiriram, e têm conhecimento de que a terra perecerá com aqueles que habitam
sobre
ela,(59) e
que estes não terão lugar de refúgio para sempre.
(59) Com respeito às luas… habitam sobre ela. Ou,
"Por causa dos sortilégios que eles procuraram e aprenderam a
terra e
aqueles que habitam sobre ela serão destruídos" (Knibb, p. 155).
10Eles
descobriram segredos, e eles são aqueles que têm sido julgados; mas não
você, meu filho. O
Senhor dos
espíritos sabe que tu és puro e bom, livre da reprovação do descobrimento
de segredos.
11Ele, o
Santo, estabelecerá Seu nome no meio dos santos e te preservará daqueles que
habitam
sobre a
terra. Ele estabelecerá tua semente em retidão com domínio e grande glória,
(60) e da tua
semente se
espalhará retidão, e homens santos sem número para sempre.
(60) Com domínio… gloria. Literalmente,
"para reis, e para grande glória" (Laurence, p. 79).
Capítulo 65
1Depois disso
ele mostrou-me os anjos de punição, os quais estão preparados para vir e abrir
todas
as águas
poderosas sob a terra:
2Que elas
podem ser para julgamento e para destruição de todos aqueles que permanecem e
habitam
sobre a
terra.
3O Senhor dos
espíritos ordenou os anjos que saíram, para não tomar os homens, e preservá-los,
4pois aqueles
anjos presidem sobre todas as poderosas águas. Então eu saí da presença
de Enoque.
Capítulo 66
1Naqueles dias
a palavra de Deus veio a mim, e disse: Vê Noé, tua sorte ascendeu a Mim, uma
sorte
imune de
crime, uma sorte amada e superior.
2Agora então
os anjos trabalharão as árvores, (61), mas enquanto eles procedem nisto eu
colocarei
minha mão
sobre elas e as preservarei.
(61) Trabalharão nas árvores. Ou,
"estão fazendo uma (estrutura de) madeira" (Knibb, p. 156).
3A semente da
vida se erguerá dela e uma mudança tomará lugar para que a terra seca não seja
deixada
vazia. Eu estabelecerei tua semente diante de mim para sempre e sempre, e a
semente
daqueles que
habitarem contigo na superfície da terra. Ela será abençoada e multiplicada na
presença da
terra, em nome do Senhor.
4Eles
confinarão aqueles anjos que descobriram impiedade. Naquele vale ardente é que
eles serão
confinados, o
qual a princípio meu bisavô mostrou-me no oeste, onde há montanhas de ouro e
prata,
de ferro, de
metal fluído, e de estanho.
5Eu vi aquele
vale no qual há uma grande perturbação e onde as águas são agitadas.
6E quando
tudo isto foi executado, da massa fluída de fogo e na perturbação que
prevaleceu (62)
naquele
lugar, levantou-se um forte cheiro de enxofre que se misturou com as águas; e o
vale dos
anjos que
haviam sido culpados de sedução, queimou-se debaixo da terra.
(62) A perturbação que prevaleceu. Literalmente,
"perturbou-os" (Laurence, p. 81).
7Através
daquele vale rios de fogo também estavam fluindo, para os quais aqueles anjos
serão
condenados,
os quais seduziram os habitantes da terra.
8E naqueles
dias estas águas serão para os reis, aos príncipes, aos exaltados e para os
habitantes da
terra, para a
cura da alma e do corpo e para o julgamento do espírito. 9Seus espíritos serão
cheios de
festa (63)
para que eles possam ser julgados em seus corpos; porque eles negaram o Senhor
dos
espíritos, e
apesar de eles perceberem sua condenação dia após dia, não acreditaram em seu
nome.
(63) Festa. Ou, "luxúria" (Knibb,
p. 157).
10E como a
inflamação de seus corpos será grande, assim seus espíritos sofrerão uma
transformação
para sempre.
11Pois
nenhuma palavra que é pronunciada diante do Senhor dos espíritos será em vão.
12Julgamento
veio sobre eles porque eles confiaram em sua luxúria carnal, e negaram o Senhor
dos
espíritos.
13Naqueles
dias as águas daquele vale serão transformadas, pois enquanto os anjos forem
julgados,
o calor
daquelas fontes de água sofrem uma alteração.
14E enquanto
os anjos ascenderem, a água das fontes novamente sofrem uma alteração e
congelam.
Então eu ouvi
o santo Miguel respondendo e dizendo: Este julgamento, com o qual os anjos
serão
julgados,
dará testemunho contra os reis, príncipes e aqueles que possuem a terra.
15Pois estas
águas de julgamento serão para sua cura e para a morte (64) de seus corpos. Mas
eles não
perceberão e
não acreditarão que as águas serão transformadas e tornadas como fogo, que
arderá
para sempre.
(64) Morte. Ou, "luxúria"
(Charles, p. 176; Knibb, p. 158).
Capítulo 67
1Depois disto
ele deu-me as marcas características (65) de todas as coisas secretas do livro
do meu
bisavô
Enoque, e nas parábolas que haviam sido dadas a ele; inserindo-as para mim
entre as
palavras do
livro das parábolas.
(65) Marcas características. Literalmente,
"os sinais" (Laurence, p. 83).
2Naquele
momento o santo Miguel respondeu e disse a Rafael: O poder do espírito precipita-me
daqui e
impele-me para fora. A severidade do julgamento, do secreto julgamento dos
anjos, quem é
capaz de
observar a resistência daquele severo julgamento que aconteceu e se tornou
permanente
sem ser
dissolvido no seu lugar? Novamente o santo Miguel respondeu e disse ao santo
Rafael:
Quem está lá,
cujo coração não se abrandou por isto, e cujos rins não se afligiram com esta
coisa?
3Julgamento
saiu contra eles por aqueles que assim arrastaram-nos para fora; e que se
foram,
quando eles
estavam na presença do Senhor dos espíritos.
4De igual
maneira também o santo Rakael disse a Rafael: Eles não estarão diante do olho
do Senhor
(66) já que o
Senhor dos espíritos foi ofendido por eles, pois como Senhores (67) eles têm-se
conduzido.
Portanto Ele traz sobre eles um secreto julgamento para sempre e sempre.
(66) Eles não... olho do Senhor. Ou,
"Eu não tomarei parte sob o olho do Senhor" (Knibb,p.159).
(67) Pois como Senhores. Ou, "pois
eles agiram como se fossem o Senhor" (Knibb, p. 159).
5Pois nem o
anjo, nem o homem recebe uma porção dele, mas eles só receberão seu próprio
julgamento
para sempre e sempre.
Capítulo 68
1Depois deste
julgamento eles estarão assombrados e irritados, pois serão exibidos aos
habitantes da
terra.
2Eis os nomes
destes anjos. Estes são seus nomes: O primeiro deles é Samyaza; o segundo é
Arstikapha; o
terceiro é Armen; o quarto, Kakabael; o quinto, Turel; o sexto, Rumyel; o
sétimo,
Danyal; o
oitavo, Kael; o nono, Barakel; o décimo, Azazel; o décimo primeiro, Armers; o
décimo
segundo,
Bataryal; o décimo terceiro, Basasael; o décimo quarto, Ananel; o décimo
quinto, Turyal;
o décimo
sexto, Simapiseel; o décimo sétimo, Yetarel; o décimo oitavo, Tumael; o décimo
nono,
Tarel; o
vigésimo, Rumel; o vigésimo primeiro, Azazyel.
3Estes são os
principais (chefes) dos anjos, e os nomes dos líderes de suas centenas, e seus
líderes
de cinqüenta,
e os líderes de suas dezenas.
4O nome do
primeiro é Yekun: (68) ele foi quem seduziu todos os filhos dos santos anjos e
fez com
que descessem
à terra, conduzindo desencaminhadamente a descendência dos homens.
(68) Yekun pode simplesmente significar
"o rebelde" (Knibb, p. 160).
5O nome do
segundo é Kesabel, o qual apontou mau conselho aos filhos dos santos anjos e
conduziu-os a
corromperem seus corpos gerando humanos.
6O nome do
terceiro é Gadrel: ele descobriu todo golpe de morte aos filhos dos homens.
7Ele seduziu
Eva e descobriu aos filhos dos homens os instrumentos de morte, o casaco de
malha, o
escudo, e a
espada para matança; todo instrumento de morte para os filhos dos homens.
8Estas
coisas derivaram de suas mãos para os que habitam sobre a terra daquele
período para
sempre.
9O nome do
quarto é Penemue: ele descobriu aos filhos dos homens o amargor e a doçura,
10E mostrou a
eles todo segredo de sua sabedoria.
11Ele ensinou
os homens a entenderem o escrito e o uso de tinta e papel.
12Portanto,
numerosos tem sido aqueles que têm se extraviado em todo período do mundo,
mesmo
até este dia.
13Os homens
não nasceram para isto, assim com pena e tinta, para confirmar sua fé;
14Desde então
eles não criaram, exceto que, como os anjos, eles podem permanecer retos e
puros.
15Nem
poderiam morrer, o que destrói tudo, tem afetado-os;
16Mas por
este seu conhecimento eles perecem, e por isto também seu poder os consome.
17 O nome do
quinto é Kasyade: ele descobriu aos filhos dos homens todo iníquo golpe de
espíritos
e de
demônios:
18O golpe do
embrião no ventre, para diminuí-lo; (69) o golpe do espírito pela mordida
da serpente, e
o golpe que é
dado ao meio-dia pelo filho da serpente, cujo nome é Tabaet. (70)
(69) O golpe…para diminuí-lo. Ou, "o
soco (com ataque, agressão) ao embrião no ventre para que seja abortado"
(Knibb, p.
162).
(70) Tabaet. Literalmente,
"macho" ou "forte" (Knibb, p. 162).
19Este é o
número de Kasbel; a parte principal do juramento que o Altíssimo, habitando em
glória,
revelou aos
santos.
20Seu nome é
Beka. Ele falou ao santo Miguel para que revelasse a eles o nome sagrado, para
que
eles pudessem
entender o sagrado nome e assim lembrar do juramento; e para que aqueles que
apontaram
toda coisa secreta aos filhos dos homens possam tremer sob aquele nome e
juramento.
21Este é o
poder do juramento; pois poderoso ele é, e forte.
22E
estabelecido este juramento de Akae pela instrumentalidade do santo Miguel.
23Estes são
os segredos deste juramento, e por ele eles foram confirmados.
24Os céus
estiveram em suspenso por ele antes que o mundo fosse feito, para sempre.
25Por ele a
terra foi inundada no dilúvio enquanto das partes escondidas dos montes as
águas
agitadas as águas
saíram desde a criação até o fim do mundo.
26Por este
juramento o mar foi formado e a sua fundação.
27Durante o
período desta fúria ele estabeleceu a areia contra ele, a qual continua
imutável para
sempre, e por
este juramento o abismo foi feito forte; e não é removível de sua estação para
sempre
e sempre.
28Por este
juramento o sol e a lua completam seu progresso nunca se desviando do comando
que
lhes foi dado
para sempre e sempre.
29Por este
juramento as estrelas completam seu progresso,
30E quando seus
nomes forem chamados eles retornarão em resposta, para sempre e sempre.
31Então nos
céus tomam lugar os sopros dos ventos: todos eles têm respiração
(71) e efetuam uma
completa
combinação de respirações.
(71) Respiração. Ou, "espíritos"
(Laurence, p. 87).
32Ali os
tesouros do trovão são mantidos e o esplendor do relâmpago.
33Ali são
guardados os tesouros do granizo e da neblina, os tesouros da neve, os tesouros
da chuva e
do orvalho.
34Todos estes
confessam e louvam diante do Senhor dos espíritos.
35Eles
glorificam com todo seu poder de súplica; e Ele os sustém em todo aquele ato
de
agradecimento
enquanto eles louvam, glorificam e exaltam o nome do Senhor dos espíritos para
sempre e
sempre.
36E com eles
ele estabelece este juramento, pelo qual eles e seus caminhos são preservados,
e seus
progressos
não perecem.
37Grande foi
sua alegria.
38Eles
abençoaram, glorificaram, e exaltaram porque o nome do Filho do homem lhes foi
revelado.
39Ele
assentou-se sobre o trono de Sua glória, e a parte principal do julgamento foi
designada e Ele,
o Filho do
homem. Os pecadores perecerão e desaparecerão da face da terra, enquanto
aqueles que
os seduziram
serão amarrados com correntes para sempre.
40De acordo
com seus graus de corrupção eles serão aprisionados, e todas as suas obras
desaparecerão
da face da terra; desde então ali não haverá ninguém para corromper, pois o
Filho do
homem foi
visto assentado sobre Seu trono de glória.
41Toda
iniqüidade desaparecerá e se apartará de diante de Sua face; a palavra do Filho
do homem se
tornará
poderosa na presença do Senhor dos espíritos.
42Esta é a
terceira parábola de Enoque.
Capítulo 69
1Depois disto
o nome do Filho do homem, vivendo com o Senhor dos espíritos, foi exaltado
pelos
habitantes da
terra.
2Ele foi
exaltado nas carruagens do Espírito e o seu nome estava no meio deles.
3Desde aquele
tempo eu não fui arrancado do meio deles; mas Ele assentou-se entre dois
espíritos,
entre o norte
e o oeste, onde os anjos receberam seus cordões, para medir o lugar para os
eleitos e os
justos.
4Ali eu vi os
pais dos primeiros homens e os santos que habitam naquele lugar para sempre.
Capítulo 70
1Depois disso
meu espírito foi ocultado, ascendendo aos céus. Eu vi os filhos dos santos
anjos
andando em
chamas de fogo, cujas vestimentas e mantos eram brancos e cujos semblantes eram
transparentes
como cristal.
2Eu vi dois
rios de fogo brilhando como o jacinto.
3Então caí
sobre minha face diante do Senhor dos espíritos.
4E Miguel, um
dos arcanjos, tomou-me pela mão direita e levantou-me, e trouxe-me para onde
estava todo
segredo de misericórdia e retidão.
5Ele me
mostrou todas as coisas ocultas das extremidades do céu, todos os receptáculos
das estrelas
e o seu
esplendor, desde quando elas saíram de diante da face do Santo.
6Ele escondeu
o espírito de Enoque no céu dos céus.
7Ali eu vi no
meio daquela luz uma construção levantada com pedras de gelo,
8E no meio
destas pedras vi vibrações de (72) de fogo vivo. Meu espírito viu ao redor o
círculo desta
habitação
flamejante em uma de suas extremidades; que ali havia rios cheios de
fogo vivo, o qual
cercava-a.
(72) Vibrações. Literalmente,
"línguas" (Laurence, p. 90).
9Então o
Serafim, o Querubim, e o Ophanin (73) rodearam-na: estes são aqueles que nunca
adormecem,
mas vigiam o trono de Sua glória.
(73) Ophanin. As
"rodas" Ezequiel 1:15-21 (Charles, p. 162).
10Eu vi
inumeráveis anjos, milhares de milhares, e miríades de miríades, as quais
rodeavam aquela
habitação.
11Miguel,
Rafael, Gabriel, Phanuel e os santos anjos que estavam acima nos céus foram e
saíram
dele. Miguel,
Rafael, e Gabriel saíram daquela habitação, e santos anjos inumeráveis.
12Estava com
eles o Ancião de dias, cuja cabeça era branca como o algodão, e pura, e
seu manto
era indescritível.
13Então eu
caí sobre minha face enquanto toda minha carne era dissolvida, e meu espírito
tornou-se
transformado.
14Eu clamei
com alta voz com um poderoso espírito, abençoando, glorificando, e exaltando.
15E aquelas
bênçãos que procediam da minha boca tornaram-se aceitáveis na presença do
Ancião de
dias.
16O Ancião de
dias veio com Miguel e Gabriel, e Rafael e Phanuel, com milhares de milhares, e
miríades de
miríades, que não podiam ser enumerados.
17Então
aquele anjo veio a mim, com sua voz saudou-me, dizendo: Tu és o Filho do homem,
(74) o
qual é
nascido para retidão, e retidão descansou sobre ti.
(74) Filho do homem. A tradução original de
Laurence muda essa frase "descendência do homem", Knibb (p. 166) e
Charles
(p. 185) indicam que deve ser "Filho do homem" consistente com outras
ocorrências daquele termo no livro de
Enoque.
18A retidão
do ancião de dias não te esquecerá.
19Ele disse: Em ti Ele conferirá paz em
nome do mundo existente; por isso a paz tem existido desde
que o mundo
foi criado.
20E assim
acontecerá a ti para sempre e sempre.
21Todos os
que existirão e caminharão em seus caminhos de retidão, não te esquecerão para
sempre.
22Contigo
estarão suas habitações, contigo seu destino; de ti eles não serão separados
para sempre e
sempre.
23E assim o
prolongamento dos dias estará com o Filho do homem.(75)
(75) Filho do homem. Literalmente,
"descendência do homem", ou "o Cristo que vem da descendência do
homem”.
24A paz será
para os justos e os retos possuirão o caminho da integridade, em nome do Senhor
dos
espíritos,
para sempre e sempre.
Capítulo 71
1O livro das
revoluções das luminárias dos céus, de acordo com suas respectivas classes,
seus
respectivos
poderes, seus respectivos períodos, seus respectivos nomes, os lugares conde
elas
começam seu
progresso e seus respectivos meses, que Uriel, o santo anjo que estava comigo,
explicou-me;
aquele que as administra. Toda a conta delas de acordo com o exato ano do mundo
para sempre,
até que um novo trabalho seja efetuado, o qual será eterno.
2Esta é a
primeira lei das luminárias. O sol e a luz chegam aos portões que estão
ao leste, ao oeste e
no oeste
dele, nos portões ocidentais do céu.
3Eu vi os
portões onde o sol sai e os portões onde o sol se põe,
4Em cujos
portões também a lua nasce e se põe; Eu vi os condutores das estrelas,
entre aqueles que
precedem-nas;
seis portões estão no nascente, e seis no poente do sol.
5Todos estes,
respectivamente, um depois do outro, estão em nível; e numerosas janelas estão
ao
lado direito
e ao lado esquerdo destes portões.
6Primeiro
avança aquela grande luminária, a qual é chamada sól, cuja órbita é a órbita do
céu, toda
ela está
repleta com esplêndido e flamejante fogo.
7Sua
carruagem, onde ela ascende, o vento sopra.
8O sól se põe
no céu e retornando pelo norte, para seguir em direção ao leste, é conduzido
assim
enquanto
entra por aquele portão e ilumina a face do céu.
9Da mesma
maneira ele sai no primeiro mês pelo grande portão.
10Ele sai
através do quarto daqueles seis portões, que estão ao nascente do sól.
11E no quarto
portão, através do qual o sól com a lua prosseguem, na primeira parte dele,
(76) lá
existem doze
janelas abertas das quais sai uma chama quando elas estão abertas em seus
próprios
períodos.
(76) Através do qual… parte dele. Ou,
"do qual o sol se levanta no primeiro mês" (Knibb, p. 168).
12Quando o
sol se levanta no céu ele sai através deste quarto portão por três dias, e pelo
quarto
portão ao
oeste do céu no nível em que ele descende.
13Durante
aquele período o dia é prolongado durante o dia, e a noite encurtado durante a
noite por
trinta dias.
E então o dia é mais longo que a noite por duas partes.
14O dia é
precisamente, dez partes, e a noite é oito.
15O sol sai
através deste quarto portão, se põe nele e volta para o quinto portão durante
trinta dias,
depois do quê
ele prossegue e se põe nele, o quinto portão.
16Então o dia
se torna prolongado por uma segunda porção de modo que ele é doze partes,
enquanto
a noite se
torna encurtada, e é apenas sete partes.
17O sol então
retorna para o leste, entrando no sexto portão, e nasce e se põe no sexto
portão trinta e
um dias, na
contagem de seus sinais.
18Naquele
período o dia é mais longo que a noite, sendo duas vezes tão longo quanto
a noite, e
chega a ser
de doze partes;
19Mas a noite
é encurtada e se torna em seis partes. Então o sol nasce para que o dia possa
ser
encurtado e a
noite prolongada.
20E o sol
retorna para o leste entrando pelo sexto portão, onde ele nasce e se põe por
trinta dias.
21Quando
aquele período é completado o dia chega a ser encurtado precisamente uma parte,
de
modo que ele
é de doze partes, enquanto que a noite é de sete partes.
22Então o sol
vai do oeste, daquele sexto portão, e prossegue em direção ao leste nascendo no
quinto
portão por
trinta dias e se pondo novamente ao oeste no quinto portão do oeste.
23Naquele
período o dia chega a ser encurtado duas partes, e é de dez partes, enquanto
que a noite é
de oito
partes.
24Então o sol
vai do quinto portão, enquanto se põe no sexto portão do oeste e nasce no
quarto
portão por
trinta e um dias, na conta de seus sinais, se pondo a oeste.
25Naquele período
o dia é feito igual à noite e, sendo igual a ela, a noite torna-se a nove
partes, e o
dia nove
partes.
26Então o sol
vai daquele portão enquanto ele se põe no oeste, e retornando pelo leste
prossegue
pelo terceiro
portão por trinta dias, se pondo no oeste no terceiro portão.
27Naquele
período a noite é prolongado desde o dia durante trinta manhãs, e o dia é
encurtado desde
o dia durante
trinta dias; a noite sendo precisamente de dez partes, e o dia oito partes
28O sol então
sai do terceiro portão, enquanto ele se põe no terceiro portão no oeste; mas
retornando
para o leste.
Ele prossegue pelo segundo portão do leste por trinta dias.
29De igual
maneira ele também se põe no segundo portão na direção oeste do céu.
30Naquele
período a noite é onze partes, e o dia sete partes.
31Então o sol
sai naquele tempo pelo segundo portão, enquanto se põe no segundo portão no
oeste,
mas retorna
para o leste, prosseguindo pelo primeiro portão, por trinta e um dias.
32E se pões
no oeste no primeiro portão.
33Naquele
período a noite é novamente prolongada tanto quanto o dia.
34Ela é
precisamente de doze partes, enquanto que o dia é seis partes.
35O sol tem assim
completado seus começos, e uma segunda vez de volta desde estes começos.
36Naquele primeiro
portão ele entra por trinta dias, e se põe no oeste, defronte do céu.
37Naquele
período a noite é contraída em seu comprimento uma quarta parte, que é, uma
porção, e
se torna onze
partes.
38O dia é de
sete partes.
39Então o sol
retorna, e entra no segundo portão ao leste.
40ele retorna
por estes começos trinta dias, nascendo e se pondo.
41Naquele
período, a noite é encurtado em seu comprimento. Ela se torna dez partes, e o
dia oito
partes. Então
o sol sai do segundo portão, e se põe a oeste; mas retorna pelo leste, e nasce
no leste,
no terceiro
portão, trinta e um dias, se pondo no oeste do céu.
42Naquele
período a noite se torna encurtada, Ela é nove partes. E a noite é igual ao
dia. O ano é
precisamente
trezentos e sessenta e quatro dias
43Prolongamento
do dia e da noite, e a contração do dia e da noite, são feitos diferentes um do
outro
pelo
progresso do sol.
44Por meio
deste progresso o dia é diariamente prolongado, e a noite grandemente
encurtada.
45Esta é a
lei e o progresso do sol, e suas voltas, quando ele retorna, voltando durante
sessenta dias,
(77) e
seguindo em frente. Esta
é a grande perpétua luminária, aquela que ele chama o sol para
sempre e
sempre.
(77) O que
é, ele está sessenta dias nos mesmos portões. Trinta dias duas vezes cada ano.
(Laurence, p. 97).
46Este também
é a grande luminária, e a qual é chamada segundo seu tipo peculiar, como Deus
ordenou.
47E assim ele
entra e sai, nem afrouxando nem descansando; mas correndo em sua carruagem de
dia
e de noite.
Ele brilha com uma sétima porção da luz da lua; (78) mas as dimensões de ambos
são
iguais.
(78) ele brilha com…da lua. Ou, "Sua
luz é sete vezes mais brilhante que a da lua" (Knibb, p.171). O texto
aramaico
descreve
mais claramente como a luz da lua aumenta e diminui pela metade de uma sétima
parte cada dia. Aqui na
versão
etíope, a lua é considerada como duas metades, cada metade sendo dividida em
sete partes. Por isso, “quatorze
porções"
de 72:9-10 (Knibb, p. 171)
.
Capítulo 72
1Depois disso
eu vi outra lei fé uma luminária inferior, o nome da qual é a lua, e a órbita
da qual é
como a órbita
do céu.
2Sua
carruagem, a qual secretamente ascende, o vento sopra; e luz é dada a ela por
medida.
3Cada mês em
sua saída e entrada ela torna-se transformada; e seus períodos são como os
períodos
do sol. E
quando de igual maneira sua luz é para existir, (79) sua luz é uma sétima
porção da luz do
sol.
(79) E quando de… é para existir. Isto é,
quando a lua está cheia (Knibb, p. 171).
4Assim ela
nasce, e seu começo em direção ao leste sai por trinta dias.
5Naquele
tempo ela aparece, e torna-se para você o começo do mês. Trinta dias ela
está com o sol
no portão do
qual o sol nasce.
6Metade dela
está em prolongamento sete porções, uma metade; e o total de sua órbita
é sem luz,
exceto uma
sétima porção de quatorze porções de sua luz. E de dia ela recebe uma sétima
porção,
ou a metade daquela
porção, de sua luz. Sua luz é por sete, por uma porção, e pela metade de
uma
porção. Seus crepúsculos com o sol.
7E quando o
sol nasce, a lua nasce com ele; e recebe metade de uma porção de luz.
8Nesta noite,
quando ela começa seu período, previamente para o dia do mês, a lua se põe com
o
sol.
9E naquela
noite ela é escura em suas décimas quartas porções, que é, em cada metade;
mas ela
nasce naquele
dia com uma sétima porção aproximadamente, e em seu progresso declina do nascer
do sol.
10Durante o
restante de seu período sua luz aumenta em quatorze porções.
Capítulo 73
1Então eu vi
outro progresso e regulações que Ele efetuou na lei da lua. O progresso das
luas, e tudo
o que se relaciona
com ela, Uriel mostrou-me, o santo anjo que administra a todos.
2Suas
estações eu escrevi enquanto ele mostrava-os a mim.
3Eu escrevi
teus meses, como eles ocorrem, e a aparência de sua luz, até que ela é
completada em
quinze dias.
4Em cada um
de seus dois sétimos de porções ela completa toda sua luz ao nascer e se pôr.
5Em
determinados meses ela muda seus crepúsculos; e em determinados meses
ela faz seu
progresso através
de cada portão. Em dois portões a lua se põe com o sol.
Naqueles dois portões
que estão no
meio, no terceiro e no quarto portão. Do terceiro portão ela sai por
sete dias, e faz seu
circuito.
6Novamente
ela retorna para o portão do qual o sol nasce, e naquele ela completa toda a
sua luz.
Então ela
declina do sol, e entra por oito dias no sexto portão, e retorna em sete
dias para o terceiro
portão, no qual o sol nasce.
7Quando o sol
prossegue para o quarto portão, a lua sai por sete dias, até ela passar
do quinto
portão.
8Novamente
ela retorna em sete dias para o quarto portão, e completando toda a sua luz,
declina, e
passa pelo
primeiro portão em oito dias;
9E retorna em
sete dias para o quarto portão, do qual o sol nasceu.
10Assim eu vi
suas estações, como de acordo com a ordem fixada dos meses o sol nasce e se
põe.
11Nesses
tempos há um excesso de trinta dias pertencentes ao sol em cinco anos; todos os
dias
pertencentes
a cada ano de cinco anos, quando completados, somam trezentos e sessenta e
quatro
dias; e ao
sol e às estrelas; deles em cada um dos cinco anos; assim trinta dias
pertencem a eles;
12De modo que
a lua tem trinta dias a menos que o sol e as estrelas.
13A lua traz
em todos os anos exatamente, para que suas estações possam vir nem tão adiante
nem
tão para traz
um simples dia; mas que os anos possam ser mudados com correta precisão nos
trezentos e
sessenta e quatro dias. Em três anos os dias são mil e noventa e dois; em cinco
anos eles
são mil
oitocentos e vinte; e em oito anos dois mil novecentos e vinte dias.
14Para a lua
só corresponde em três anos mil e sessenta e dois dias; em cinco anos ela tem
cinqüenta
dias menos
que o sol, pois uma adição sendo feita a mil e sessenta e dois dias,
em cinco anos há mil
setecentos e
setenta dias; e os dias da lua em oito anos são dois mil oitocentos e trinta e
dois dias
15Pois os
seus dias em oito anos são menos que aqueles do sol por oitenta dias, cujos
oitenta dias
são sua
diminuição em oito anos.
16O ano então
se torna verdadeiramente completo de acordo com a estação da lua, e a estação
do
sol; o qual
nasce em diferentes portões; o qual nasce e se pões neles por trinta
dias.
Capítulo 74
1Estes são
os líderes dos chefes dos milhares, os quais presidem sobre toda
criação, e sobre todas as
estrelas; com
os quatro dias que são adicionados e nunca se separam do lugar a eles
determinados,
de acordo com
o cálculo completo do ano.
2E estes
servem quatro dias, os quais não são contados no cálculo do ano.
3Com respeito
a eles, os homens erram grandemente, pois estas luminárias verdadeiramente
servem,
no lugar de
habitação do mundo, um dia no primeiro portão, um dia no terceiro
portão, um dia no
quarto
portão, e um dia no sexto portão.
4E a harmonia
do mundo torna-se completo a cada trezentos e sessenta e quatro estados dele.
Para
os sinais.
5As estações,
6Os anos,
7E Uriel me
mostrou os dias; o anjo que o Senhor da glória escolheu sobre todas as
luminárias.
8Do céu no
céu, e no mundo; para que possa governar na face do céu, e aparecendo sobre a
terra, se
tornam
9Condutores
dos dias e noites: o sol, a lua, as estrelas, e todas as luminárias do céu, que
fazem seu
circuito com
todas as carruagens do céu.
10Então Uriel
me mostrou doze portões abertos para o circuito das carruagens do sol no céu,
no qual
os raios do
sol batem.
11Deles
procede calor sobre a terra, quando eles são abertos em suas determinadas
estações. Eles
são estão
para os ventos, e o espírito da neblina, quando em suas estações eles são
abertos; abertos
no céu nas suas
extremidades.
12Doze
portões eu vi no céu, nas extremidades da terra, através do qual o sol, a lua e
estrelas, e todas
as obras do
céu, procedem no seu nascer e no seu crepúsculo.
13Muitas
janelas também são abertas à direita e à esquerda.
14Uma janela
numa certa estação se torna extremamente quente. Assim também estão
portões dos
quais as
estrelas saem quando são comandadas, e nos quais se põem de acordo com seu
número.
15Eu vi
igualmente as carruagens do céu, correndo no mundo acima daqueles portões nos
quais se
movimentam as
estrelas que jamais declinam. Um deles é maior de todos, que vai ao redor de
todo
o mundo.
Capítulo 75
1E nas extremidades
da terra eu vi doze portões abertos para todos os ventos, dos quais eles saem e
sopram sobre
a terra.
2Três deles
estão abertos em frente do céu, três no oeste, três no lado direito do céu, e
três no lado
esquerdo. Os
três primeiros são aqueles que estão virados para o leste, três estão virados
para o
norte, tres
atrás daqueles que estão sobre a esquerda, virados para o sul, e três para o
oeste.
3De quatro
deles saem ventos de bênção, e de cura; e de oito vêm ventos de punição ou
castigo;
quando eles
são enviados para destruir a terra, e o céu acima dela, todos os seus
habitantes, e e tudo
o que está
nas águas, ou na terra seca.
4O primeiro
destes ventos procede do portão oriental, através do primeiro portão ao leste,
o qual se
inclina para
o sul. Deste portão saem a destruição, a aridez, o calor e a perdição.
5Do segundo
portão, o do meio, procede a equidade. Dele emanam a chuva, a abundância, a
saúde e
o orvalho; e
do terceiro portão ao norte, vêm o frio e a seca.
6Depois
destes procedem os ventos do sul através de três principais portões; através do
seu primeiro
portão, que
inclina-se para o leste, vem um vento quente.
7Mas do
portão do meio vem um agradável odor, orvalho, chuva, saúde e vida.
8Do terceiro
portão, que está ao oeste, vem orvalho, chuva, ruína e destruição.
9Depois
desses estão os ventos do norte, que é chamado mar. Eles vêm dos três
portões. O primeiro
(80) portão é
aquele que está ao leste, inclinando-se ao sul; deste vem orvalho, chuva,
ruína e
destruição.
Direto do portão do meio vem chuva, orvalho, vida e saúde. E do terceiro
portão, que
está ao
leste, inclinando-se ao sul, vem névoa, geada, neve, chuva, orvalho e
destruição.
(80) Primeiro. Ou, "sétimo"
(Knibb, p. 178).
10Depois
destes, no quarto quadrante estão os ventos do oeste. Do primeiro
portão, inclinando-se ao
norte, vem
orvalho, chuva, geada, neve e frio; do portão do meio vem chuva, saúde e
bênção;
11E do último
portão, que está ao sul, vem seca, destruição, queima e perdição.
12O informe
dos doze portões dos quatro quadrantes do céu está terminada.
13Todas as
suas leis, todas as suas imposições de punição, e a saúde produzida por
eles, eu expliquei
a ti, meu
filho Matusalém. (81)
(81) Matusalém. Filho de Enoque, Cp. Gen.
5:21.
Capítulo 76
1O primeiro
vento é chamado oriental, porque é o primeiro.
2O segundo é
chamado do sul, porque o Altíssimo desce, e freqüentemente ali desce aquele que
é
abençoado
para sempre.
3O vento
ocidental tem o nome de diminuição, porque ali todas as luminárias do céu estão
diminuídas, e
descem.
4O quarto
portão, cujo nome é do norte, é dividido em três partes; uma das quais é para a
habitação
do homem;
outra parte para mares de águas, com vales, bosques, rios, lugares sombrios, e
neve, e a
terceira
parte contém o paraíso.
5Sete altas
montanhas eu vi, mais altas do que todas as montanhas da terra, de onde o
congelamento
procede;
enquanto os dias, estações, e anos passam.
6Sete rios eu
vi sobre a terra, maiores que todos os rios, um dos quais toma seu curso do
oeste; para
um grande mar
suas águas fluem.
7Dois vêm do
norte para o mar, suas águas fluem para o Mar da Eritréia, (82) no leste. E com
respeito
aos outros
quatro, eles tomam seu curso na cavidade do norte, dois para seu mar, o
mar da Eritréia,
e dois são
derramados num grande mar, onde também é dito que é um deserto.
(82) O Mar
Vermelho.
8Sete grandes
ilhas eu vi no mar da terra. Sete no grande mar.
Capítulo 77
1Os nomes do
sol são estes: um é Aryares, o outro Tomas.
2A lua tem
quatro nomes. O primeiro é Asonya; o segundo, Ebla; o terceiro, Benase; e o
quarto,
Erae.
3Estes são as
duas grandes luminárias, cujas órbitas são como as órbitas do céu; e as
dimensões de
ambos são
iguais.
4Na órbita do
sol há uma sétima porção de luz, a qual é adicionada àquela que vem da lua.
(83) Elas
se põem,
entram no portão ocidental, circulam pelo norte, e através do portão oriental
passam pela
face do céu.
(83) Uma sétima porção… da lua. Ou,
"sete partes da luz que são adicionadas e ele mais do que à lua"
(Knibb, p.
182).
5Quando a lua
nasce, ela aparece no céu; e a metade da sétima porção de luz é tudo o que
está nela.
6Em quarenta dias
toda a sua luz é completada.
7Por três
quíntuplos de luz são colocados nela, até que em quinze dias sua luz é
completada, de
acordo com os
sinais do ano; ela tem três quíntuplos.
8A lua tem a
metade de uma sétima porção.
9Durante sua
diminuição no primeiro dia sua luz decresce uma décima quarta parte; no segundo
dia
é diminuída
uma décima terceira parte; no terceiro dia uma décima segunda parte; no quarto
dia
uma décima
primeira parte; no quinto dia uma décima parte; no sexto dia uma nona parte; no
sétimo
dia ela
decresce uma oitava parte; no oitavo dia ela decresce uma sétima parte; no nono
dia ela
decresce uma
sexta parte; no décimo dia ela decresce uma quinta parte; no décimo primeiro
dia ela
decresce uma
quarta parte; no décimo segundo dia ela decresce uma terceira parte; no décimo
terceiro dia
ela decresce uma segunda parte; no décimo quarto dia ela decresce a metade de
uma
sétima parte;
e no décimo quinto dia todo o restante da sua luz é consumido.
10Nos meses
declarados a lua tem vinte e nove dias.
11Ela também
tem um período de vinte e oito dias.
12Uriel
igualmente mostrou-me outro regulamento, quando a luz é derramada nela vinda do
sol.
13Todo o
tempo em que a lua está em progresso com a sua luz, que é consumida na presença
do sol,
até que sua
luz em quatorze dias seja completada no céu.
14E quando é
totalmente extinta, sua luz é consumida no céu; e no primeiro dia ela é chamada
lua
nova, pois
naquele dia luz é recebida nela.
15Ela
torna-se precisamente completa no dia em que o sol desce no oeste, enquanto a
lua sobe à
noite do
leste.
16A lua então
brilha toda a noite, até que o sol se levante diante dela; quando a lua
desaparece diante
do sol
17De onde a
luz vem para a lua, ali novamente ela decresce, até que toda sua luz sema
extinguida, e
os dias da
lua passam.
18Então sua
órbita permanece solitária sem luz.
19Durante
três meses ela efetua em trinta dias, a cada mês seu período; e durante
mais três meses ela
efetua-o em
vinte e nove dias. Estes são os tempos nos quais ela efetua seu
decréscimo em seu
primeiro
período, e no primeiro portão, nomeadamente, e, cento e setenta e sete
dias.
20E no tempo
de seu andamento durante três meses ela aprece trinta dias cada, e durante mais
três
meses ela
aparece vinte e nove dias cada.