Livro de Enoque Capítulos 61 a 76

O LIVRO DE ENOQUE... Capítulos  001-026 --- 027-060 --- 061-077 --- 078-089 --- 090-105


Capítulo 61
1Então o Senhor ordenou os reis, os príncipes, os exaltados e aqueles que habitam na terra dizendo:
Abri vossos olhos, e elevai vossas buzinas se sois capazes de compreender o Eleito.
2O Senhor dos espíritos assentou-se sobre o trono de sua glória.
3E o espírito de retidão foi colocado sobre ele.
4A palavra de sua boca destruirá todos os pecadores e todos os mundanos, os quais perecerão na sua
presença.
5Naquele dia todos os reis, os príncipes, os exaltados e todos os que possuem a terra se colocarão
em pé, verão e perceberão Aquele que está assentado no trono da sua glória, que diante dEle os
santos serão julgados em retidão,
6E que nada que será falado diante dEle, será falado em vão.
7Inquietação virá sobre eles, como sobre uma mulher em trabalho de parto, cujo labor é severo,
quando seu filho vem à boca do ventre e ela encontra-se em dificuldade de dar a luz.
8Uma porção deles olhará para a outra. Eles ficarão atônitos e baixarão seu semblante,
9E aflição os prenderá quando eles virem o Filho da mulher assentado sobre o seu trono de glória.
10Então os reis, os príncipes e todos os que possuem a terra glorificarão Aquele que tem domínio
sobre todas as coisas, Aquele que esteve em conselho; pois desde o princípio o Filho do homem
existiu em segredo, o qual o Altíssimo preservou na presença do Seu poder e foi revelado aos
eleitos.
11Ele semeará a congregação dos santos e dos eleitos, e todo eleito ficará diante dEle naquele dia.
12Todos os reis, príncipes, o exaltado e aqueles que governam sobre toda a terra cairão sobre suas
faces diante dEle, e O adorarão.
13Eles colocarão suas esperanças neste Filho do homem orarão a Ele e implorarão por misericórdia.
14Então o Senhor dos espíritos se apressará em expeli-los da Sua presença. Suas faces ficarão cheias
de confusão e suas faces se cobrirão de escuridão. Os anjos os tomarão para castigo, aquela
vingança poderá ser infligida naqueles que têm oprimido Seus filhos e Seus eleitos. E eles se
tornarão como um exemplo aos santos aos Seus eleitos. Através deles estes serão feitos jubilosos,
pois a ira do Senhor dos espíritos descansará sobre eles.
15Então a espada do Senhor dos espíritos se embebedará com seu sangue, mas os santos e eleitos
serão salvos naquele dia; a face dos pecadores e dos mundanos daquele tempo em diante eles não
verão.
16O Senhor dos espíritos permanecerá sobre eles:
17E com este Filho do homem eles habitarão, comerão, deitarão e levantarão, para sempre e sempre.
18Os santos e eleitos têm se levantado da terra. Têm deixado de deprimir seus semblantes e terão
sido vestidos com a vestimenta da vida. Aqueles vestidos da vida estão com o Senhor dos espíritos,
em cuja presença suas vestimentas não envelhecerão nem será diminuída sua glória.
Capítulo 62
1Naqueles dias os reis que possuíram a terra serão punidos pelos anjos de Sua ira, onde quer que
eles lhes sejam entregues, para que Ele possa dar descanso por um curto período de tempo; e para
que eles prostem-se diante dEle e adorem o Senhor dos espíritos, confessando seus pecados diante
dEle.
2Eles abençoarão e glorificarão o Senhor dos espíritos dizendo: Abençoado é o Senhor dos espíritos,
o Senhor dos reis, o Senhor dos espíritos, o Senhor dos ricos, o Senhor da glória, e o Senhor da
sabedoria.
3Ele iluminará toda coisa secreta.
4Seu poder é de geração a geração e Sua glória para sempre e sempre.
5Profundos são todos os Seus segredos e incontáveis; sua retidão não pode ser calculada.
6Agora nós sabemos que devemos glorificar e abençoar o Senhor dos reis o qual é Rei sobre todas
as coisas.
7Eles também dirão: Quem nos tem permitido ficar para glorificar, louvar, abençoar, e confessar na
presença da Sua glória?
8E agora pequeno é o repouso que nós desejamos, mas nós não o encontramos; nós rejeitamos e não
o possuímos. Luz passou diante de nós e escuridão tem coberto nossos tronos para sempre.
9 Pois nós não confessamos diante dEle; não temos glorificado o nome do Senhor dos reis; não
temos glorificado o Senhor em todas as Suas obras, mas temos confiado no cetro do nosso próprio
domínio e da nossa glória.
10Naquele dia do nosso sofrimento e da nossa angústia Ele não nos salvará, nem encontraremos
descanso. Confessamos que nosso Senhor é fiel em todas as Suas obras, em todos os Seus
julgamentos e em Sua retidão.
11Em Seus julgamentos ele não paga nenhum respeito a pessoas; e nós devemos apartar-nos de sua
presença por causa de nossos maus atos.
12Todos os nossos pecados são verdadeiramente sem número.
13Então eles dirão a si mesmos: Nossas almas estão saciadas com os instrumentos de crime;
14Mas que não nos impede de descer ao ventre flamejante do inferno.
15Daí em diante seus semblantes se encherão de escuridão e confusão diante do Filho do homem, de
cuja presença eles serão expulsos e diante do qual a espada permanecerá expelindo-os.
16Assim diz o Senhor dos espíritos: Este decreto e o julgamento contra os príncipes, os reis, os
exaltados, e aqueles que possuem a terra, na presença do Senhor dos espíritos.
Capítulo 63
1Eu vi outros semblantes naquele lugar secreto. Ouvi a voz de um anjo, dizendo: Estes são os anjos
que desceram do céu à terra, revelaram segredos aos filhos dos homens e seduziram os filhos dos
homens para cometerem de pecado.
Capítulo 64
(57)
(57) Os capítulos 64, 65, 66 e o primeiro versículo do 67 evidentemente contêm a versão de Noé e não de Enoque
(Laurence, p. 78).
1Naqueles dias Noé viu que a terra inclinou-se, e que destruição aproximava-se.
2Então ele levantou seus pés e foi para os confins da terra, para a habitação do seu bisavô Enoque.
3E Noé clamou com uma amarga voz: Ouví-me, ouví-me, ouví-me, três vezes. E ele disse: Dize-me
o que está ocorrendo sobre a terra, pois a terra trabalha e é violentamente abalada. Certamente eu
perecerei com ela.
4Depois disso houve uma grande perturbação na terra e uma voz foi ouvida desde o céu. Eu caí
sobre minha face, então meu bisavô Enoque veio e colocou-se ao meu lado.
5Ele disse-me: Por que clamas a mim com um amargo clamor e lamentação?
6Um mandamento partiu do Senhor contra aqueles que habitam na terra para que eles sejam
destruídos, pois eles conhecem todo segredo dos anjos, toda obra opressiva, o poder secreto dos
demônios (58) e todo poder daqueles que cometem sortilégios, tanto quanto daqueles que fazem
imagens fundidas em toda a terra.
(58) Os demônios. Literalmente, "os Satans" (Laurence, p. 78).
7Eles sabem como a prata é produzida do pó da terra e como na terra a gota metálica existe, pois o
chumbo e o estanho não são produzidos da terra como fonte primária de sua produção.
8Há um anjo colocado sobre ela, e o anjo luta para prevalecer.
9Depois disso meu bisavô Enoque agarrou-me com sua mão, levantando-me e disse-me: Vai, pois
eu pedí ao Senhor dos espíritos a respeito desta perturbação da terra; o qual respondeu: Por conta da
impiedade deles seus inumeráveis julgamentos foram consumados diante de mim. Com respeito às
luas eles inquiriram, e têm conhecimento de que a terra perecerá com aqueles que habitam sobre
ela,(59) e que estes não terão lugar de refúgio para sempre.
(59) Com respeito às luas… habitam sobre ela. Ou, "Por causa dos sortilégios que eles procuraram e aprenderam a
terra e aqueles que habitam sobre ela serão destruídos" (Knibb, p. 155).
10Eles descobriram segredos, e eles são aqueles que têm sido julgados; mas não você, meu filho. O
Senhor dos espíritos sabe que tu és puro e bom, livre da reprovação do descobrimento de segredos.
11Ele, o Santo, estabelecerá Seu nome no meio dos santos e te preservará daqueles que habitam
sobre a terra. Ele estabelecerá tua semente em retidão com domínio e grande glória, (60) e da tua
semente se espalhará retidão, e homens santos sem número para sempre.
(60) Com domínio… gloria. Literalmente, "para reis, e para grande glória" (Laurence, p. 79).
Capítulo 65
1Depois disso ele mostrou-me os anjos de punição, os quais estão preparados para vir e abrir todas
as águas poderosas sob a terra:
2Que elas podem ser para julgamento e para destruição de todos aqueles que permanecem e habitam
sobre a terra.
3O Senhor dos espíritos ordenou os anjos que saíram, para não tomar os homens, e preservá-los,
4pois aqueles anjos presidem sobre todas as poderosas águas. Então eu saí da presença de Enoque.
Capítulo 66
1Naqueles dias a palavra de Deus veio a mim, e disse: Vê Noé, tua sorte ascendeu a Mim, uma sorte
imune de crime, uma sorte amada e superior.
2Agora então os anjos trabalharão as árvores, (61), mas enquanto eles procedem nisto eu colocarei
minha mão sobre elas e as preservarei.
(61) Trabalharão nas árvores. Ou, "estão fazendo uma (estrutura de) madeira" (Knibb, p. 156).
3A semente da vida se erguerá dela e uma mudança tomará lugar para que a terra seca não seja
deixada vazia. Eu estabelecerei tua semente diante de mim para sempre e sempre, e a semente
daqueles que habitarem contigo na superfície da terra. Ela será abençoada e multiplicada na
presença da terra, em nome do Senhor.
4Eles confinarão aqueles anjos que descobriram impiedade. Naquele vale ardente é que eles serão
confinados, o qual a princípio meu bisavô mostrou-me no oeste, onde há montanhas de ouro e prata,
de ferro, de metal fluído, e de estanho.
5Eu vi aquele vale no qual há uma grande perturbação e onde as águas são agitadas.
6E quando tudo isto foi executado, da massa fluída de fogo e na perturbação que prevaleceu (62)
naquele lugar, levantou-se um forte cheiro de enxofre que se misturou com as águas; e o vale dos
anjos que haviam sido culpados de sedução, queimou-se debaixo da terra.
(62) A perturbação que prevaleceu. Literalmente, "perturbou-os" (Laurence, p. 81).
7Através daquele vale rios de fogo também estavam fluindo, para os quais aqueles anjos serão
condenados, os quais seduziram os habitantes da terra.
8E naqueles dias estas águas serão para os reis, aos príncipes, aos exaltados e para os habitantes da
terra, para a cura da alma e do corpo e para o julgamento do espírito. 9Seus espíritos serão cheios de
festa (63) para que eles possam ser julgados em seus corpos; porque eles negaram o Senhor dos
espíritos, e apesar de eles perceberem sua condenação dia após dia, não acreditaram em seu nome.
(63) Festa. Ou, "luxúria" (Knibb, p. 157).
10E como a inflamação de seus corpos será grande, assim seus espíritos sofrerão uma transformação
para sempre.
11Pois nenhuma palavra que é pronunciada diante do Senhor dos espíritos será em vão.
12Julgamento veio sobre eles porque eles confiaram em sua luxúria carnal, e negaram o Senhor dos
espíritos.
13Naqueles dias as águas daquele vale serão transformadas, pois enquanto os anjos forem julgados,
o calor daquelas fontes de água sofrem uma alteração.
14E enquanto os anjos ascenderem, a água das fontes novamente sofrem uma alteração e congelam.
Então eu ouvi o santo Miguel respondendo e dizendo: Este julgamento, com o qual os anjos serão
julgados, dará testemunho contra os reis, príncipes e aqueles que possuem a terra.
15Pois estas águas de julgamento serão para sua cura e para a morte (64) de seus corpos. Mas eles não
perceberão e não acreditarão que as águas serão transformadas e tornadas como fogo, que arderá
para sempre.
(64) Morte. Ou, "luxúria" (Charles, p. 176; Knibb, p. 158).
Capítulo 67
1Depois disto ele deu-me as marcas características (65) de todas as coisas secretas do livro do meu
bisavô Enoque, e nas parábolas que haviam sido dadas a ele; inserindo-as para mim entre as
palavras do livro das parábolas.
(65) Marcas características. Literalmente, "os sinais" (Laurence, p. 83).
2Naquele momento o santo Miguel respondeu e disse a Rafael: O poder do espírito precipita-me
daqui e impele-me para fora. A severidade do julgamento, do secreto julgamento dos anjos, quem é
capaz de observar a resistência daquele severo julgamento que aconteceu e se tornou permanente
sem ser dissolvido no seu lugar? Novamente o santo Miguel respondeu e disse ao santo Rafael:
Quem está lá, cujo coração não se abrandou por isto, e cujos rins não se afligiram com esta coisa?
3Julgamento saiu contra eles por aqueles que assim arrastaram-nos para fora; e que se foram,
quando eles estavam na presença do Senhor dos espíritos.
4De igual maneira também o santo Rakael disse a Rafael: Eles não estarão diante do olho do Senhor
(66) já que o Senhor dos espíritos foi ofendido por eles, pois como Senhores (67) eles têm-se
conduzido. Portanto Ele traz sobre eles um secreto julgamento para sempre e sempre.
(66) Eles não... olho do Senhor. Ou, "Eu não tomarei parte sob o olho do Senhor" (Knibb,p.159).
(67) Pois como Senhores. Ou, "pois eles agiram como se fossem o Senhor" (Knibb, p. 159).
5Pois nem o anjo, nem o homem recebe uma porção dele, mas eles só receberão seu próprio
julgamento para sempre e sempre.
Capítulo 68
1Depois deste julgamento eles estarão assombrados e irritados, pois serão exibidos aos habitantes da
terra.
2Eis os nomes destes anjos. Estes são seus nomes: O primeiro deles é Samyaza; o segundo é
Arstikapha; o terceiro é Armen; o quarto, Kakabael; o quinto, Turel; o sexto, Rumyel; o sétimo,
Danyal; o oitavo, Kael; o nono, Barakel; o décimo, Azazel; o décimo primeiro, Armers; o décimo
segundo, Bataryal; o décimo terceiro, Basasael; o décimo quarto, Ananel; o décimo quinto, Turyal;
o décimo sexto, Simapiseel; o décimo sétimo, Yetarel; o décimo oitavo, Tumael; o décimo nono,
Tarel; o vigésimo, Rumel; o vigésimo primeiro, Azazyel.
3Estes são os principais (chefes) dos anjos, e os nomes dos líderes de suas centenas, e seus líderes
de cinqüenta, e os líderes de suas dezenas.
4O nome do primeiro é Yekun: (68) ele foi quem seduziu todos os filhos dos santos anjos e fez com
que descessem à terra, conduzindo desencaminhadamente a descendência dos homens.
(68) Yekun pode simplesmente significar "o rebelde" (Knibb, p. 160).
5O nome do segundo é Kesabel, o qual apontou mau conselho aos filhos dos santos anjos e
conduziu-os a corromperem seus corpos gerando humanos.
6O nome do terceiro é Gadrel: ele descobriu todo golpe de morte aos filhos dos homens.
7Ele seduziu Eva e descobriu aos filhos dos homens os instrumentos de morte, o casaco de malha, o
escudo, e a espada para matança; todo instrumento de morte para os filhos dos homens.
8Estas coisas derivaram de suas mãos para os que habitam sobre a terra daquele período para
sempre.
9O nome do quarto é Penemue: ele descobriu aos filhos dos homens o amargor e a doçura,
10E mostrou a eles todo segredo de sua sabedoria.
11Ele ensinou os homens a entenderem o escrito e o uso de tinta e papel.
12Portanto, numerosos tem sido aqueles que têm se extraviado em todo período do mundo, mesmo
até este dia.
13Os homens não nasceram para isto, assim com pena e tinta, para confirmar sua fé;
14Desde então eles não criaram, exceto que, como os anjos, eles podem permanecer retos e puros.
15Nem poderiam morrer, o que destrói tudo, tem afetado-os;
16Mas por este seu conhecimento eles perecem, e por isto também seu poder os consome.
17 O nome do quinto é Kasyade: ele descobriu aos filhos dos homens todo iníquo golpe de espíritos
e de demônios:
18O golpe do embrião no ventre, para diminuí-lo; (69) o golpe do espírito pela mordida da serpente, e
o golpe que é dado ao meio-dia pelo filho da serpente, cujo nome é Tabaet. (70)
(69) O golpe…para diminuí-lo. Ou, "o soco (com ataque, agressão) ao embrião no ventre para que seja abortado"
(Knibb, p. 162).
(70) Tabaet. Literalmente, "macho" ou "forte" (Knibb, p. 162).
19Este é o número de Kasbel; a parte principal do juramento que o Altíssimo, habitando em glória,
revelou aos santos.
20Seu nome é Beka. Ele falou ao santo Miguel para que revelasse a eles o nome sagrado, para que
eles pudessem entender o sagrado nome e assim lembrar do juramento; e para que aqueles que
apontaram toda coisa secreta aos filhos dos homens possam tremer sob aquele nome e juramento.
21Este é o poder do juramento; pois poderoso ele é, e forte.
22E estabelecido este juramento de Akae pela instrumentalidade do santo Miguel.
23Estes são os segredos deste juramento, e por ele eles foram confirmados.
24Os céus estiveram em suspenso por ele antes que o mundo fosse feito, para sempre.
25Por ele a terra foi inundada no dilúvio enquanto das partes escondidas dos montes as águas
agitadas as águas saíram desde a criação até o fim do mundo.
26Por este juramento o mar foi formado e a sua fundação.
27Durante o período desta fúria ele estabeleceu a areia contra ele, a qual continua imutável para
sempre, e por este juramento o abismo foi feito forte; e não é removível de sua estação para sempre
e sempre.
28Por este juramento o sol e a lua completam seu progresso nunca se desviando do comando que
lhes foi dado para sempre e sempre.
29Por este juramento as estrelas completam seu progresso,
30E quando seus nomes forem chamados eles retornarão em resposta, para sempre e sempre.
31Então nos céus tomam lugar os sopros dos ventos: todos eles têm respiração (71) e efetuam uma
completa combinação de respirações.
(71) Respiração. Ou, "espíritos" (Laurence, p. 87).
32Ali os tesouros do trovão são mantidos e o esplendor do relâmpago.
33Ali são guardados os tesouros do granizo e da neblina, os tesouros da neve, os tesouros da chuva e
do orvalho.
34Todos estes confessam e louvam diante do Senhor dos espíritos.
35Eles glorificam com todo seu poder de súplica; e Ele os sustém em todo aquele ato de
agradecimento enquanto eles louvam, glorificam e exaltam o nome do Senhor dos espíritos para
sempre e sempre.
36E com eles ele estabelece este juramento, pelo qual eles e seus caminhos são preservados, e seus
progressos não perecem.
37Grande foi sua alegria.
38Eles abençoaram, glorificaram, e exaltaram porque o nome do Filho do homem lhes foi revelado.
39Ele assentou-se sobre o trono de Sua glória, e a parte principal do julgamento foi designada e Ele,
o Filho do homem. Os pecadores perecerão e desaparecerão da face da terra, enquanto aqueles que
os seduziram serão amarrados com correntes para sempre.
40De acordo com seus graus de corrupção eles serão aprisionados, e todas as suas obras
desaparecerão da face da terra; desde então ali não haverá ninguém para corromper, pois o Filho do
homem foi visto assentado sobre Seu trono de glória.
41Toda iniqüidade desaparecerá e se apartará de diante de Sua face; a palavra do Filho do homem se
tornará poderosa na presença do Senhor dos espíritos.
42Esta é a terceira parábola de Enoque.
Capítulo 69
1Depois disto o nome do Filho do homem, vivendo com o Senhor dos espíritos, foi exaltado pelos
habitantes da terra.
2Ele foi exaltado nas carruagens do Espírito e o seu nome estava no meio deles.
3Desde aquele tempo eu não fui arrancado do meio deles; mas Ele assentou-se entre dois espíritos,
entre o norte e o oeste, onde os anjos receberam seus cordões, para medir o lugar para os eleitos e os
justos.
4Ali eu vi os pais dos primeiros homens e os santos que habitam naquele lugar para sempre.
Capítulo 70
1Depois disso meu espírito foi ocultado, ascendendo aos céus. Eu vi os filhos dos santos anjos
andando em chamas de fogo, cujas vestimentas e mantos eram brancos e cujos semblantes eram
transparentes como cristal.
2Eu vi dois rios de fogo brilhando como o jacinto.
3Então caí sobre minha face diante do Senhor dos espíritos.
4E Miguel, um dos arcanjos, tomou-me pela mão direita e levantou-me, e trouxe-me para onde
estava todo segredo de misericórdia e retidão.
5Ele me mostrou todas as coisas ocultas das extremidades do céu, todos os receptáculos das estrelas
e o seu esplendor, desde quando elas saíram de diante da face do Santo.
6Ele escondeu o espírito de Enoque no céu dos céus.
7Ali eu vi no meio daquela luz uma construção levantada com pedras de gelo,
8E no meio destas pedras vi vibrações de (72) de fogo vivo. Meu espírito viu ao redor o círculo desta
habitação flamejante em uma de suas extremidades; que ali havia rios cheios de fogo vivo, o qual
cercava-a.
(72) Vibrações. Literalmente, "línguas" (Laurence, p. 90).
9Então o Serafim, o Querubim, e o Ophanin (73) rodearam-na: estes são aqueles que nunca
adormecem, mas vigiam o trono de Sua glória.
(73) Ophanin. As "rodas" Ezequiel 1:15-21 (Charles, p. 162).
10Eu vi inumeráveis anjos, milhares de milhares, e miríades de miríades, as quais rodeavam aquela
habitação.
11Miguel, Rafael, Gabriel, Phanuel e os santos anjos que estavam acima nos céus foram e saíram
dele. Miguel, Rafael, e Gabriel saíram daquela habitação, e santos anjos inumeráveis.
12Estava com eles o Ancião de dias, cuja cabeça era branca como o algodão, e pura, e seu manto
era indescritível.
13Então eu caí sobre minha face enquanto toda minha carne era dissolvida, e meu espírito tornou-se
transformado.
14Eu clamei com alta voz com um poderoso espírito, abençoando, glorificando, e exaltando.
15E aquelas bênçãos que procediam da minha boca tornaram-se aceitáveis na presença do Ancião de
dias.
16O Ancião de dias veio com Miguel e Gabriel, e Rafael e Phanuel, com milhares de milhares, e
miríades de miríades, que não podiam ser enumerados.
17Então aquele anjo veio a mim, com sua voz saudou-me, dizendo: Tu és o Filho do homem, (74) o
qual é nascido para retidão, e retidão descansou sobre ti.
(74) Filho do homem. A tradução original de Laurence muda essa frase "descendência do homem", Knibb (p. 166) e
Charles (p. 185) indicam que deve ser "Filho do homem" consistente com outras ocorrências daquele termo no livro de
Enoque.
18A retidão do ancião de dias não te esquecerá.
19Ele disse: Em ti Ele conferirá paz em nome do mundo existente; por isso a paz tem existido desde
que o mundo foi criado.
20E assim acontecerá a ti para sempre e sempre.
21Todos os que existirão e caminharão em seus caminhos de retidão, não te esquecerão para sempre.
22Contigo estarão suas habitações, contigo seu destino; de ti eles não serão separados para sempre e
sempre.
23E assim o prolongamento dos dias estará com o Filho do homem.(75)
(75) Filho do homem. Literalmente, "descendência do homem", ou "o Cristo que vem da descendência do homem”.
24A paz será para os justos e os retos possuirão o caminho da integridade, em nome do Senhor dos
espíritos, para sempre e sempre.
Capítulo 71
1O livro das revoluções das luminárias dos céus, de acordo com suas respectivas classes, seus
respectivos poderes, seus respectivos períodos, seus respectivos nomes, os lugares conde elas
começam seu progresso e seus respectivos meses, que Uriel, o santo anjo que estava comigo,
explicou-me; aquele que as administra. Toda a conta delas de acordo com o exato ano do mundo
para sempre, até que um novo trabalho seja efetuado, o qual será eterno.
2Esta é a primeira lei das luminárias. O sol e a luz chegam aos portões que estão ao leste, ao oeste e
no oeste dele, nos portões ocidentais do céu.
3Eu vi os portões onde o sol sai e os portões onde o sol se põe,
4Em cujos portões também a lua nasce e se põe; Eu vi os condutores das estrelas, entre aqueles que
precedem-nas; seis portões estão no nascente, e seis no poente do sol.
5Todos estes, respectivamente, um depois do outro, estão em nível; e numerosas janelas estão ao
lado direito e ao lado esquerdo destes portões.
6Primeiro avança aquela grande luminária, a qual é chamada sól, cuja órbita é a órbita do céu, toda
ela está repleta com esplêndido e flamejante fogo.
7Sua carruagem, onde ela ascende, o vento sopra.
8O sól se põe no céu e retornando pelo norte, para seguir em direção ao leste, é conduzido assim
enquanto entra por aquele portão e ilumina a face do céu.
9Da mesma maneira ele sai no primeiro mês pelo grande portão.
10Ele sai através do quarto daqueles seis portões, que estão ao nascente do sól.
11E no quarto portão, através do qual o sól com a lua prosseguem, na primeira parte dele, (76) lá
existem doze janelas abertas das quais sai uma chama quando elas estão abertas em seus próprios
períodos.
(76) Através do qual… parte dele. Ou, "do qual o sol se levanta no primeiro mês" (Knibb, p. 168).
12Quando o sol se levanta no céu ele sai através deste quarto portão por três dias, e pelo quarto
portão ao oeste do céu no nível em que ele descende.
13Durante aquele período o dia é prolongado durante o dia, e a noite encurtado durante a noite por
trinta dias. E então o dia é mais longo que a noite por duas partes.
14O dia é precisamente, dez partes, e a noite é oito.
15O sol sai através deste quarto portão, se põe nele e volta para o quinto portão durante trinta dias,
depois do quê ele prossegue e se põe nele, o quinto portão.
16Então o dia se torna prolongado por uma segunda porção de modo que ele é doze partes, enquanto
a noite se torna encurtada, e é apenas sete partes.
17O sol então retorna para o leste, entrando no sexto portão, e nasce e se põe no sexto portão trinta e
um dias, na contagem de seus sinais.
18Naquele período o dia é mais longo que a noite, sendo duas vezes tão longo quanto a noite, e
chega a ser de doze partes;
19Mas a noite é encurtada e se torna em seis partes. Então o sol nasce para que o dia possa ser
encurtado e a noite prolongada.
20E o sol retorna para o leste entrando pelo sexto portão, onde ele nasce e se põe por trinta dias.
21Quando aquele período é completado o dia chega a ser encurtado precisamente uma parte, de
modo que ele é de doze partes, enquanto que a noite é de sete partes.
22Então o sol vai do oeste, daquele sexto portão, e prossegue em direção ao leste nascendo no quinto
portão por trinta dias e se pondo novamente ao oeste no quinto portão do oeste.
23Naquele período o dia chega a ser encurtado duas partes, e é de dez partes, enquanto que a noite é
de oito partes.
24Então o sol vai do quinto portão, enquanto se põe no sexto portão do oeste e nasce no quarto
portão por trinta e um dias, na conta de seus sinais, se pondo a oeste.
25Naquele período o dia é feito igual à noite e, sendo igual a ela, a noite torna-se a nove partes, e o
dia nove partes.
26Então o sol vai daquele portão enquanto ele se põe no oeste, e retornando pelo leste prossegue
pelo terceiro portão por trinta dias, se pondo no oeste no terceiro portão.
27Naquele período a noite é prolongado desde o dia durante trinta manhãs, e o dia é encurtado desde
o dia durante trinta dias; a noite sendo precisamente de dez partes, e o dia oito partes
28O sol então sai do terceiro portão, enquanto ele se põe no terceiro portão no oeste; mas retornando
para o leste. Ele prossegue pelo segundo portão do leste por trinta dias.
29De igual maneira ele também se põe no segundo portão na direção oeste do céu.
30Naquele período a noite é onze partes, e o dia sete partes.
31Então o sol sai naquele tempo pelo segundo portão, enquanto se põe no segundo portão no oeste,
mas retorna para o leste, prosseguindo pelo primeiro portão, por trinta e um dias.
32E se pões no oeste no primeiro portão.
33Naquele período a noite é novamente prolongada tanto quanto o dia.
34Ela é precisamente de doze partes, enquanto que o dia é seis partes.
35O sol tem assim completado seus começos, e uma segunda vez de volta desde estes começos.
36Naquele primeiro portão ele entra por trinta dias, e se põe no oeste, defronte do céu.
37Naquele período a noite é contraída em seu comprimento uma quarta parte, que é, uma porção, e
se torna onze partes.
38O dia é de sete partes.
39Então o sol retorna, e entra no segundo portão ao leste.
40ele retorna por estes começos trinta dias, nascendo e se pondo.
41Naquele período, a noite é encurtado em seu comprimento. Ela se torna dez partes, e o dia oito
partes. Então o sol sai do segundo portão, e se põe a oeste; mas retorna pelo leste, e nasce no leste,
no terceiro portão, trinta e um dias, se pondo no oeste do céu.
42Naquele período a noite se torna encurtada, Ela é nove partes. E a noite é igual ao dia. O ano é
precisamente trezentos e sessenta e quatro dias
43Prolongamento do dia e da noite, e a contração do dia e da noite, são feitos diferentes um do outro
pelo progresso do sol.
44Por meio deste progresso o dia é diariamente prolongado, e a noite grandemente encurtada.
45Esta é a lei e o progresso do sol, e suas voltas, quando ele retorna, voltando durante sessenta dias,
(77) e seguindo em frente. Esta é a grande perpétua luminária, aquela que ele chama o sol para
sempre e sempre.
(77) O que é, ele está sessenta dias nos mesmos portões. Trinta dias duas vezes cada ano. (Laurence, p. 97).
46Este também é a grande luminária, e a qual é chamada segundo seu tipo peculiar, como Deus
ordenou.
47E assim ele entra e sai, nem afrouxando nem descansando; mas correndo em sua carruagem de dia
e de noite. Ele brilha com uma sétima porção da luz da lua; (78) mas as dimensões de ambos são
iguais.
(78) ele brilha com…da lua. Ou, "Sua luz é sete vezes mais brilhante que a da lua" (Knibb, p.171). O texto aramaico
descreve mais claramente como a luz da lua aumenta e diminui pela metade de uma sétima parte cada dia. Aqui na
versão etíope, a lua é considerada como duas metades, cada metade sendo dividida em sete partes. Por isso, “quatorze
porções" de 72:9-10 (Knibb, p. 171)
.
Capítulo 72
1Depois disso eu vi outra lei fé uma luminária inferior, o nome da qual é a lua, e a órbita da qual é
como a órbita do céu.
2Sua carruagem, a qual secretamente ascende, o vento sopra; e luz é dada a ela por medida.
3Cada mês em sua saída e entrada ela torna-se transformada; e seus períodos são como os períodos
do sol. E quando de igual maneira sua luz é para existir, (79) sua luz é uma sétima porção da luz do
sol.
(79) E quando de… é para existir. Isto é, quando a lua está cheia (Knibb, p. 171).
4Assim ela nasce, e seu começo em direção ao leste sai por trinta dias.
5Naquele tempo ela aparece, e torna-se para você o começo do mês. Trinta dias ela está com o sol
no portão do qual o sol nasce.
6Metade dela está em prolongamento sete porções, uma metade; e o total de sua órbita é sem luz,
exceto uma sétima porção de quatorze porções de sua luz. E de dia ela recebe uma sétima porção,
ou a metade daquela porção, de sua luz. Sua luz é por sete, por uma porção, e pela metade de uma
porção. Seus crepúsculos com o sol.
7E quando o sol nasce, a lua nasce com ele; e recebe metade de uma porção de luz.
8Nesta noite, quando ela começa seu período, previamente para o dia do mês, a lua se põe com o
sol.
9E naquela noite ela é escura em suas décimas quartas porções, que é, em cada metade; mas ela
nasce naquele dia com uma sétima porção aproximadamente, e em seu progresso declina do nascer
do sol.
10Durante o restante de seu período sua luz aumenta em quatorze porções.
Capítulo 73
1Então eu vi outro progresso e regulações que Ele efetuou na lei da lua. O progresso das luas, e tudo
o que se relaciona com ela, Uriel mostrou-me, o santo anjo que administra a todos.
2Suas estações eu escrevi enquanto ele mostrava-os a mim.
3Eu escrevi teus meses, como eles ocorrem, e a aparência de sua luz, até que ela é completada em
quinze dias.
4Em cada um de seus dois sétimos de porções ela completa toda sua luz ao nascer e se pôr.
5Em determinados meses ela muda seus crepúsculos; e em determinados meses ela faz seu
progresso através de cada portão. Em dois portões a lua se põe com o sol. Naqueles dois portões
que estão no meio, no terceiro e no quarto portão. Do terceiro portão ela sai por sete dias, e faz seu
circuito.
6Novamente ela retorna para o portão do qual o sol nasce, e naquele ela completa toda a sua luz.
Então ela declina do sol, e entra por oito dias no sexto portão, e retorna em sete dias para o terceiro
portão, no qual o sol nasce.
7Quando o sol prossegue para o quarto portão, a lua sai por sete dias, até ela passar do quinto
portão.
8Novamente ela retorna em sete dias para o quarto portão, e completando toda a sua luz, declina, e
passa pelo primeiro portão em oito dias;
9E retorna em sete dias para o quarto portão, do qual o sol nasceu.
10Assim eu vi suas estações, como de acordo com a ordem fixada dos meses o sol nasce e se põe.
11Nesses tempos há um excesso de trinta dias pertencentes ao sol em cinco anos; todos os dias
pertencentes a cada ano de cinco anos, quando completados, somam trezentos e sessenta e quatro
dias; e ao sol e às estrelas; deles em cada um dos cinco anos; assim trinta dias pertencem a eles;
12De modo que a lua tem trinta dias a menos que o sol e as estrelas.
13A lua traz em todos os anos exatamente, para que suas estações possam vir nem tão adiante nem
tão para traz um simples dia; mas que os anos possam ser mudados com correta precisão nos
trezentos e sessenta e quatro dias. Em três anos os dias são mil e noventa e dois; em cinco anos eles
são mil oitocentos e vinte; e em oito anos dois mil novecentos e vinte dias.
14Para a lua só corresponde em três anos mil e sessenta e dois dias; em cinco anos ela tem cinqüenta
dias menos que o sol, pois uma adição sendo feita a mil e sessenta e dois dias, em cinco anos há mil
setecentos e setenta dias; e os dias da lua em oito anos são dois mil oitocentos e trinta e dois dias
15Pois os seus dias em oito anos são menos que aqueles do sol por oitenta dias, cujos oitenta dias
são sua diminuição em oito anos.
16O ano então se torna verdadeiramente completo de acordo com a estação da lua, e a estação do
sol; o qual nasce em diferentes portões; o qual nasce e se pões neles por trinta dias.
Capítulo 74
1Estes são os líderes dos chefes dos milhares, os quais presidem sobre toda criação, e sobre todas as
estrelas; com os quatro dias que são adicionados e nunca se separam do lugar a eles determinados,
de acordo com o cálculo completo do ano.
2E estes servem quatro dias, os quais não são contados no cálculo do ano.
3Com respeito a eles, os homens erram grandemente, pois estas luminárias verdadeiramente servem,
no lugar de habitação do mundo, um dia no primeiro portão, um dia no terceiro portão, um dia no
quarto portão, e um dia no sexto portão.
4E a harmonia do mundo torna-se completo a cada trezentos e sessenta e quatro estados dele. Para
os sinais.
5As estações,
6Os anos,
7E Uriel me mostrou os dias; o anjo que o Senhor da glória escolheu sobre todas as luminárias.
8Do céu no céu, e no mundo; para que possa governar na face do céu, e aparecendo sobre a terra, se
tornam
9Condutores dos dias e noites: o sol, a lua, as estrelas, e todas as luminárias do céu, que fazem seu
circuito com todas as carruagens do céu.
10Então Uriel me mostrou doze portões abertos para o circuito das carruagens do sol no céu, no qual
os raios do sol batem.
11Deles procede calor sobre a terra, quando eles são abertos em suas determinadas estações. Eles
são estão para os ventos, e o espírito da neblina, quando em suas estações eles são abertos; abertos
no céu nas suas extremidades.
12Doze portões eu vi no céu, nas extremidades da terra, através do qual o sol, a lua e estrelas, e todas
as obras do céu, procedem no seu nascer e no seu crepúsculo.
13Muitas janelas também são abertas à direita e à esquerda.
14Uma janela numa certa estação se torna extremamente quente. Assim também estão portões dos
quais as estrelas saem quando são comandadas, e nos quais se põem de acordo com seu número.
15Eu vi igualmente as carruagens do céu, correndo no mundo acima daqueles portões nos quais se
movimentam as estrelas que jamais declinam. Um deles é maior de todos, que vai ao redor de todo
o mundo.
Capítulo 75
1E nas extremidades da terra eu vi doze portões abertos para todos os ventos, dos quais eles saem e
sopram sobre a terra.
2Três deles estão abertos em frente do céu, três no oeste, três no lado direito do céu, e três no lado
esquerdo. Os três primeiros são aqueles que estão virados para o leste, três estão virados para o
norte, tres atrás daqueles que estão sobre a esquerda, virados para o sul, e três para o oeste.
3De quatro deles saem ventos de bênção, e de cura; e de oito vêm ventos de punição ou castigo;
quando eles são enviados para destruir a terra, e o céu acima dela, todos os seus habitantes, e e tudo
o que está nas águas, ou na terra seca.
4O primeiro destes ventos procede do portão oriental, através do primeiro portão ao leste, o qual se
inclina para o sul. Deste portão saem a destruição, a aridez, o calor e a perdição.
5Do segundo portão, o do meio, procede a equidade. Dele emanam a chuva, a abundância, a saúde e
o orvalho; e do terceiro portão ao norte, vêm o frio e a seca.
6Depois destes procedem os ventos do sul através de três principais portões; através do seu primeiro
portão, que inclina-se para o leste, vem um vento quente.
7Mas do portão do meio vem um agradável odor, orvalho, chuva, saúde e vida.
8Do terceiro portão, que está ao oeste, vem orvalho, chuva, ruína e destruição.
9Depois desses estão os ventos do norte, que é chamado mar. Eles vêm dos três portões. O primeiro
(80) portão é aquele que está ao leste, inclinando-se ao sul; deste vem orvalho, chuva, ruína e
destruição. Direto do portão do meio vem chuva, orvalho, vida e saúde. E do terceiro portão, que
está ao leste, inclinando-se ao sul, vem névoa, geada, neve, chuva, orvalho e destruição.
(80) Primeiro. Ou, "sétimo" (Knibb, p. 178).
10Depois destes, no quarto quadrante estão os ventos do oeste. Do primeiro portão, inclinando-se ao
norte, vem orvalho, chuva, geada, neve e frio; do portão do meio vem chuva, saúde e bênção;
11E do último portão, que está ao sul, vem seca, destruição, queima e perdição.
12O informe dos doze portões dos quatro quadrantes do céu está terminada.
13Todas as suas leis, todas as suas imposições de punição, e a saúde produzida por eles, eu expliquei
a ti, meu filho Matusalém. (81)
(81) Matusalém. Filho de Enoque, Cp. Gen. 5:21.
Capítulo 76
1O primeiro vento é chamado oriental, porque é o primeiro.
2O segundo é chamado do sul, porque o Altíssimo desce, e freqüentemente ali desce aquele que é
abençoado para sempre.
3O vento ocidental tem o nome de diminuição, porque ali todas as luminárias do céu estão
diminuídas, e descem.
4O quarto portão, cujo nome é do norte, é dividido em três partes; uma das quais é para a habitação
do homem; outra parte para mares de águas, com vales, bosques, rios, lugares sombrios, e neve, e a
terceira parte contém o paraíso.
5Sete altas montanhas eu vi, mais altas do que todas as montanhas da terra, de onde o congelamento
procede; enquanto os dias, estações, e anos passam.
6Sete rios eu vi sobre a terra, maiores que todos os rios, um dos quais toma seu curso do oeste; para
um grande mar suas águas fluem.
7Dois vêm do norte para o mar, suas águas fluem para o Mar da Eritréia, (82) no leste. E com respeito
aos outros quatro, eles tomam seu curso na cavidade do norte, dois para seu mar, o mar da Eritréia,
e dois são derramados num grande mar, onde também é dito que é um deserto.
(82) O Mar Vermelho.
8Sete grandes ilhas eu vi no mar da terra. Sete no grande mar.
Capítulo 77
1Os nomes do sol são estes: um é Aryares, o outro Tomas.
2A lua tem quatro nomes. O primeiro é Asonya; o segundo, Ebla; o terceiro, Benase; e o quarto,
Erae.
3Estes são as duas grandes luminárias, cujas órbitas são como as órbitas do céu; e as dimensões de
ambos são iguais.
4Na órbita do sol há uma sétima porção de luz, a qual é adicionada àquela que vem da lua. (83) Elas
se põem, entram no portão ocidental, circulam pelo norte, e através do portão oriental passam pela
face do céu.
(83) Uma sétima porção… da lua. Ou, "sete partes da luz que são adicionadas e ele mais do que à lua" (Knibb, p.
182).
5Quando a lua nasce, ela aparece no céu; e a metade da sétima porção de luz é tudo o que está nela.
6Em quarenta dias toda a sua luz é completada.
7Por três quíntuplos de luz são colocados nela, até que em quinze dias sua luz é completada, de
acordo com os sinais do ano; ela tem três quíntuplos.
8A lua tem a metade de uma sétima porção.
9Durante sua diminuição no primeiro dia sua luz decresce uma décima quarta parte; no segundo dia
é diminuída uma décima terceira parte; no terceiro dia uma décima segunda parte; no quarto dia
uma décima primeira parte; no quinto dia uma décima parte; no sexto dia uma nona parte; no sétimo
dia ela decresce uma oitava parte; no oitavo dia ela decresce uma sétima parte; no nono dia ela
decresce uma sexta parte; no décimo dia ela decresce uma quinta parte; no décimo primeiro dia ela
decresce uma quarta parte; no décimo segundo dia ela decresce uma terceira parte; no décimo
terceiro dia ela decresce uma segunda parte; no décimo quarto dia ela decresce a metade de uma
sétima parte; e no décimo quinto dia todo o restante da sua luz é consumido.
10Nos meses declarados a lua tem vinte e nove dias.
11Ela também tem um período de vinte e oito dias.
12Uriel igualmente mostrou-me outro regulamento, quando a luz é derramada nela vinda do sol.
13Todo o tempo em que a lua está em progresso com a sua luz, que é consumida na presença do sol,
até que sua luz em quatorze dias seja completada no céu.
14E quando é totalmente extinta, sua luz é consumida no céu; e no primeiro dia ela é chamada lua
nova, pois naquele dia luz é recebida nela.
15Ela torna-se precisamente completa no dia em que o sol desce no oeste, enquanto a lua sobe à
noite do leste.
16A lua então brilha toda a noite, até que o sol se levante diante dela; quando a lua desaparece diante
do sol
17De onde a luz vem para a lua, ali novamente ela decresce, até que toda sua luz sema extinguida, e
os dias da lua passam.
18Então sua órbita permanece solitária sem luz.
19Durante três meses ela efetua em trinta dias, a cada mês seu período; e durante mais três meses ela
efetua-o em vinte e nove dias. Estes são os tempos nos quais ela efetua seu decréscimo em seu
primeiro período, e no primeiro portão, nomeadamente, e, cento e setenta e sete dias.
20E no tempo de seu andamento durante três meses ela aprece trinta dias cada, e durante mais três
meses ela aparece vinte e nove dias cada.
21À noite ela aparece a cada vinte dias como a face de um homem, e no dia como o céu; pois ela não é nada além de sua luz.

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