Livro de Enoque - Capítulos 27 a 60


O LIVRO DE ENOQUE... Capítulos  001-026 --- 027-060 --- 061-077 --- 078-089 --- 090-105

Capítulo 27
1Dali eu fui à direção do leste para o meio da montanha no deserto, do qual somente o nível da
superfície eu percebi.
2Ele estava cheio de árvores da semente aludida; e água jorrava sobre ela.
3Ali apareceu uma catarata composta de muitas cachoeiras voltadas tanto para o oriente quanto para
o ocidente. Sobre um lado havia árvores; sobre o outro água e orvalho.
Capítulo 28
1Então eu fui para outro lugar do deserto; em direção ao leste daquela montanha da qual eu havia
me aproximado.
2Ali eu vi árvores escolhidas, (32) particularmente aquelas que produzem o cheiro doce opiato,
incenso e mirra; e árvores diferentes umas das outras.
(32) Árvores escolhidas. Literalmente "árvores de julgamento" (Laurence, p. 35; Knibb, p. 117).
3E sobre elas havia a elevação da montanha ocidental, a não grande distância.
Capítulo 29
1IIgualmente vi outro lugar com vales de água que nunca param,
2Onde percebi uma agradável árvore, a qual em odor assemelha-se a Zasakinon. (33)
(33) Zasakinon. A árvore de mastic (Knibb, p. 118).
3Em direção ao vale eu percebi o cinamomo de doce odor. Sobre eles avancei em direção ao leste.
Capítulo 30
1Então vi outra montanha contendo árvores, da qual água fluía como Neketro.(34) Seus nomes eram
Sarira, e Kalboneba.(35) E sobre esta montanha eu vi outra montanha, sobre a qual haviam árvores
de Alva.(36)
(34) Neketro. O néctar (Knibb, p. 119).
(35) Sarira, e Kalboneba. Styrax e galbanio (Knibb, p. 119).
(36) Alva. Aloé (Knibb, p. 119).
2Estas árvores estavam cheias como amendoeiras, e fortes; e quando elas produziam frutos eram
superiores a toda redondeza.
Capítulo 31
1Depois destas coisas, inspecionando as entradas do norte acima das montanhas, vi montanhas e
percebi sete montanhas repletas de puro nardo, árvores odoríferas e papiro.
2Dali eu passei acima dos picos daquelas montanhas a alguma distância para o leste, e fui sobre o
mar da Eritréia.(37) E quando eu havia avançado para longe, além dele, passei ao longo, acima do
anjo Zateel, e cheguei ao jardim da justiça. Neste jardim eu vi outras árvores, as quais eram
numerosas e grandes, e floresciam ali.
(37) Mar da Eritréia. O Mar Vermelho.
3Sua fragrância era agradável e poderosa e sua aparência era tanto agradável quanto elegante. A
árvore do conhecimento também estava ali, do qual se alguém comesse, tornava-se dotado de
grande sabedoria.
4Ela era semelhante às espécies da tamareira, dando frutos semelhantes à uva extremamente fina, e
sua fragrância estendia-se a considerável distância. Eu exclamei: Que bela é esta árvore e quão
deleitável é sua aparência!
5Então o santo Rafael, um anjo que estava comigo, respondeu e disse: Esta é a árvore do
conhecimento, da qual vosso antigo pai e vossa mãe comeram, os quais foram antes de ti e que
obtendo conhecimento, seus olhos sendo abertos, e descobrindo que estavam nus, foram expulsos
do jardim.
Capítulo 32
1Dali eu fui na direção das extremidades da terra, onde vi grandes feras diferentes umas das outras,
e pássaros variados em suas aparências e formas, bem como com notas de diferentes sons.
2Para a direita destas feras eu percebi as extremidades da terra, onde os céus cessam. Os portões do
céu estavam abertos e vi as estrelas celestiais vindo. Eu enumerei-as enquanto elas procediam do
portão e escrevi-as todas, enquanto elas saiam uma por uma, de acordo com seu número. Eu escrevi
seus nomes completamente, seus tempos e estações, enquanto o anjo Uriel, que estava comigo,
mostrava-as a mim.
3Ele as mostrou todas a mim, e escrevi uma conta delas.
4Ele também escreveu para mim seus nomes, seus regulamentos, e suas operações.
Capítulo 33
1Dali eu avancei em direção ao norte, para as extremidades da terra.
2E ali vi a grande e gloriosa maravilha das extremidades de toda terra.
3Vi ali portões celestiais abertos para o céu, três dos quais distintamente separados. Os ventos do
norte procediam deles, soprando frio, granizo, geada, neve, orvalho e chuva.
4De um dos portões eles sopravam suavemente, mas quando eles sopravam dos dois outros portões,
ele era violento e forte. Eles sopravam sobre a terra fortemente.
Capítulo 34
1Dali eu fui para as extremidades do mundo para o oeste;
2Ali percebi três portões abertos, enquanto eu estava olhando no norte; os portões e passagens
através deles era de igual magnitude.
Capítulo 35
1Então eu segui às extremidades da terra ao sul, onde vi três portões abertos para o sul, do qual
provinha orvalho, chuva e vento.
2Dali eu fui para as extremidades do céu oriental, onde vi três portões celestiais abertos para o leste,
os quais tinham portões menores dentro deles. Através de cada um desses portões menores as
estrelas do céu passavam, e passaram para o oeste por um caminho que foi visto por elas, e todo o
período de seu aparecimento.
3Quando eu as vi, as abençoei cada vez que elas apareceram, e abençoei o Senhor da glória que
tinha feito estes grandes e esplêndidos sinais, para que eles pudessem mostrar a magnificência de
suas obras aos anjos e às almas dos homens, e para que estes pudessem glorificar todas as suas
obras e operações, pudessem ver os efeitos do seu poder; pudessem glorificar o grande labor de suas
mãos e abençoá-lo para sempre.
Capítulo 36 (não tem)
Capítulo 37
1A visão que ele viu, a segunda visão de sabedoria, que Enoque viu, o filho de Jared, filho de
Malaleel, o filho de Canan, filho de Enos, filho de Seth, filho de Adão. Este é o começo da palavra
de sabedoria, a qual eu recebi para declarar e dizer àqueles que habitam sobre a terra. Ouvi desde o
princípio, e entendei até o fim, as santas coisas que eu pronuncio na presença do Senhor dos
espíritos. Aqueles que eram antes de nós pensaram-nas boas para se pronunciar;
2E nós, que viemos depois, obstruímos o princípio da sabedoria. Até ao presente tempo nunca
aconteceu ter sido dado diante do Senhor dos espíritos o que eu recebi, sabedoria de acordo com a
capacidade do meu intelecto, e de acordo com o prazer do Senhor dos espíritos; o que eu recebi
dele, uma porção da vida eterna.
3E eu obtive três parábolas, as quais eu declarei aos habitantes do mundo.
Capítulo 38
1A primeira parábola. Quando a congregação dos justos for manifestada e os pecadores forem
julgados por seus crimes, e forem afligidos à vista do mundo;
2Quando os justos forem manifestados (38) na presença dos mesmos justos, os quais serão eleitos por
suas boas obras corretamente pesadas pelo Senhor dos espíritos, e quando a luz dos justos e dos
eleitos, o quais habitam na terra for manifestada; onde será a habitação dos pecadores? E qual será o
lugar de descanso daqueles que rejeitaram o Senhor dos espíritos? Seria melhor para eles se nunca
tivessem nascido.
(38) Quando os justos forem manifestados. Ou, "quando o Justo aparecer" (Knibb, p. 125; cp. Charles, p. 112).
3Quando os segredos dos justos também forem revelados, então os pecadores serão julgados e os
ímpios serão afligidos na presença dos justos e eleitos.
4Daquele tempo, aqueles que possuírem a terra deixarão de ser poderosos e exaltados. Nem serão
capazes de olhar para o semblante do santo, pois a luz dos semblantes dos santos, dos justos, e dos
eleitos, terá sido visto pelo Senhor dos espíritos.(39)
(39) Pois a luz… Senhor dos espíritos. Ou, "pois a luz do Senhor dos espíritos terá aparecido na face dos santos, dos
juntos, e dos escolhidos" (Knibb, p. 126).
5Então os reis poderosos daquele tempo serão destruídos, mas serão entregues nas mãos dos retos e
santos.
6Desde então ninguém obterá compaixão do Senhor dos espíritos, porque suas vidas neste mundo
terá sido completada.
Capítulo 39
1Naqueles dias a raça eleita e santa descerá do céu e sua semente estará com os filhos dos homens.
Enoque recebeu livros de indignação e ira, e livros de pressa e agitação.
2Nunca obterão misericórdia, diz o Senhor dos espíritos.
3Uma nuvem então me arrebatou, e o vento elevou-me acima da superfície da terra, colocando-me
na extremidade dos céus.
4Lá eu vi outra visão, e vi as habitações e os lugares de descanso dos santos. Meus olhos viram suas
habitações com os anjos, e seus lugares de descanso com os santos. Eles estavam entrando,
suplicando e orando pelos filhos dos homens; enquanto a justiça fluía como a água diante deles, e a
misericórdia se espalhava sobre a terra como o orvalho. E assim será para com eles para sempre e
sempre.
5Naquele tempo os meus olhos viram a habitação do eleito, da verdade, fé e retidão.
6Sem conta será o número dos santos e eleitos na presença de Deus para sempre e sempre.
7Sua residência eu vi sob as asas do Senhor dos espíritos. Todos os santos e eleitos cantavam diante
dele, com a aparência semelhante à chama de fogo; suas bocas estavam cheias de bênçãos e seus
lábios glorificavam o nome do Senhor dos Espíritos. E retidão incessantemente habitava diante
dele.
8Eu quis permanecer ali, e minha alma desejou aquela habitação. Ali estava minha antecedente
herança, pois deste modo eu prevaleci diante do Senhor dos espíritos.
9Neste momento eu glorifiquei e exaltei o nome do Senhor dos espíritos com louvor e exaltação,
pois Ele o tem estabelecido com bênção e com exaltação, de acordo com Sua própria boa vontade.
10Meus olhos contemplaram aquele espaçoso lugar. Eu o bendisse e falei: Abençoado seja,
abençoado desde o princípio e para sempre. No princípio, antes que o mundo fosse criado, e sem
fim é seu conhecimento.
11Qual é este mundo? De toda geração existente, eles abençoarão aquele que não dorme
espiritualmente, mas permanece diante da Tua glória, abençoando, glorificando, exaltando-te, e
dizendo: Santo, santo, o Senhor dos espíritos encheu o mundo todo de espíritos.
12Ali meus olhos viram a todos que, sem dormir, permanecem diante dele e abençoam-no dizendo:
Abençoado sejas, e abençoado seja o nome de Deus para sempre e sempre. Então meu semblante
ficou mudado, até que fiquei incapaz de continuar vendo.
Capítulo 40
1Depois disto eu vi milhares de milhares e miríades de miríades, e um número infinito de pessoas,
em pé, diante do Senhor dos espíritos.
2Igualmente, nas quatro asas do Senhor dos espíritos, nos quatro lados, percebi outros, ao lado
daqueles que estavam em pé diante dele. Seus nomes também eu sei porque o anjo que estava
comigo declarou-os a mim, revelando-me toda coisa secreta.
3Então ouvi as vozes daqueles sobre os quatro lados, magnificando o Senhor da glória.
4A primeira voz abençoou o Senhor dos espíritos para sempre e sempre.
5A segunda voz ouvi abençoando ao Eleito e aos eleitos que sofrem pela causa do Senhor dos
espíritos.
6A terceira voz eu ouvi pedindo e orando em favor daqueles que habitam sobre a terra, e suplicam
no nome do Senhor dos espíritos.
7A quarta voz eu ouvi expulsando os anjos ímpios, (40) e proibindo-os de entrarem na presença do
Senhor dos espíritos para proferirem acusações contra(41) os habitantes da terra.
(40) Anjos ímpios. Literalmente "os Satãs" (Laurence, p. 45; Knibb, p. 128). Ha-satan em Hebreu ("o adversário") foi
originalmente o título de um ofício, não o nome de um anjo.
(41) Proferir acusações contra. Ou, "para acusar" (Charles, p. 119).
8Depois disso eu pedi ao anjo da paz, que prosseguia comigo, para explicar tudo o que estava
escondido. Eu disse-lhe: Quem são aqueles que eu havia visto nos quatro lados e que palavras eram
aquelas que eu havia ouvido e escrito? Ele respondeu: O primeiro é o misericordioso, o paciente, o
santo Miguel.
9O segundo é aquele que preside sobre todo sofrimento e toda aflição dos filhos dos homens, o
santo Rafael. O terceiro, o qual preside sobre tudo o que é poderoso é Gabriel. E o quarto, o qual
preside sobre o arrependimento e a esperança daqueles que herdarão a vida eterna, é Fanuel. Estes
são os quatro anjos do Altíssimo Deus e suas quatro vozes, as quais naquele momento eu ouvi.
Capítulo 41
1Depois disso eu vi os segredos do céu e do paraíso, de acordo com suas divisões, e das ações
humanas enquanto eles pesavam-nas em balanças. Vi as habitações dos eleitos e as habitações dos
santos. E ali meus olhos viram todos os pecadores que haviam negado o Senhor da glória e como
eles foram expelidos dali, e arrastados para fora, como eles estiveram ali; nenhuma punição
procedeu contra eles vinda do Senhor dos espíritos.
2Ali também meus olhos viram os segredos do raio e do trovão e os segredos dos ventos, como eles
são distribuídos quando eles sopram sobre a terra: os segredos dos ventos, do orvalho, e das nuvens.
Ali eu vi o lugar de onde eles saem e tornam-se saturados com o pó da terra.
3Ali eu vi os receptáculos de madeira nos quais os ventos são separados, o receptáculo do granizo, o
receptáculo da neve, o receptáculo das nuvens, e a própria nuvem, a qual continuava sobre a terra
antes da criação do mundo.
4Eu vi também os receptáculos da lua, de onde elas vêm, para onde elas vão, seus gloriosos retornos
e como uma se torna mais esplêndida do que a outra. Eu marquei seu rico progresso, seu imutável
progresso, sua divisão e não diminuído progresso; sua observância de uma fidelidade mútua por um
juramento estável; seu procedimento diante do sol e sua aderência ao caminho que lhes foi
distribuído, (42) em obediência ao comando do Senhor dos espíritos. Potente é seu nome para sempre
e sempre.
(42) Seu procedimento... caminho distribuído . Ou, "o sol vai primeiro e completa sua jornada" (Knibb, p. 129; cp.
Charles, p. 122).
5Depois eu vi que o caminho da lua, tanto oculto quanto manifesto; e também o progresso dessa
trajetória foram completados dia a dia, e à noite; enquanto cada uma, junto com a outra, olhou para
o Senhor dos espíritos, magnificando-O e exaltando-O sem cessar, já que exaltá-lO, para eles, é
repouso; pois no esplêndido sol há uma freqüente alteração para bênção e para maldição.
6O curso do caminho da lua para com os retos é luz, mas para os pecadores é escuridão; no nome do
Senhor dos espíritos, o qual criou uma divisão entre luz e escuridão, e separando os espíritos dos
homens, fortalecendo os espíritos dos justos em nome de sua própria retidão.
7O anjo não previne isto, nem é ele dotado de poder para preveni-lo, pois o Juiz vê a todos, e julgaos
a todos na própria presença deles.
Capítulo 42
1A sabedoria não encontrou um lugar na terra onde pudesse habitar; sua habitação, portanto está no
céu.
2A sabedoria saiu para habitar entre os filhos dos homens, mas ela não obteve habitação. A
sabedoria retornou ao seu lugar e assentou-se no meio dos anjos. Mas a iniqüidade saiu depois do
seu retorno, a qual de má vontade encontrou uma habitação e residiu entre eles como chuva no
deserto, e como o orvalho na terra seca.
Capítulo 43
1Eu vi outro esplendor, e as estrelas do céu. Eu observei que ele chamou-as todas por seus
respectivos nomes, e que elas ouviram. Vi que ele pesou-as numa justa balança por sua luz e
amplitude de seus lugares, o dia de seu aparecimento, e suas conversões. Esplendor produziu
esplendor; e sua conversão foi o número dos anjos, e dos fiéis.
2Então eu perguntei ao anjo, que prosseguia comigo, e ele explicou-me coisas secretas, e quais eram
seus nomes. Ele respondeu: O Senhor dos espíritos mostrou a ti uma similaridade disto. Eles são
nomes dos justos que habitaram na terra, os quais acreditam no nome do Senhor dos espíritos para
sempre e sempre.
Capítulo 44
1Outra coisa também vi com respeito ao esplendor; que ele sobe por causa das estrelas e torna-se
esplendor, sendo incapaz de abandoná-las.
Capítulo 45
1A segunda parábola, a respeito daqueles que negam o nome da habitação dos santos e do Senhor
dos espíritos.
2Aos céus eles não ascenderão nem virão sobre a terra. Esta será a porção dos pecadores que negam
o nome do Senhor dos espíritos e que estão assim reservados para o dia da punição e da aflição.
3Naquele dia o Eleito se assentará sobre um trono de glória e escolherá suas condições e suas
incontáveis habitações, enquanto seus espíritos neles serão fortalecidos quando eles virem meu
Eleito, pois esses fugiram por proteção para meu santo e glorioso nome.
4Naquele dia eu farei com que meu Eleito habite no meio deles; mudarei a face do céu; o abençoarei
e o iluminarei para sempre.
5Eu também mudarei a face da terra, a abençoarei; e farei com que aqueles a quem elegi habitem
sobre ela. Mas aqueles que cometeram pecado e iniqüidade não habitarão nela, pois Eu marquei
seus procedimentos. Meus justos Eu satisfarei com paz, colocando-os diante de Mim; mas a
condenação dos pecadores se aproximará, para que Eu possa destruí-los da face da terra.
Capítulo 46
1Ali eu vi o Ancião de dias, cuja cabeça era igual à branca lã, e com ele outro, cujo semblante
assemelhava-se àquele do homem. Seu semblante era cheio de graça, igual àquele dos santos anjos.
Então eu inquiri dos anjos que estavam comigo, e que me mostravam toda coisa secreta concernente
a este Filho do homem, o qual foi; de onde Ele era e porque Ele acompanhou o Ancião de dias.
2Ele respondeu-me e disse: Este é o Filho do homem, ao qual a justiça pertence, com o qual a
retidão tem habitado e o qual revelou todos os tesouros do que é escondido: pois o Senhor dos
espíritos o tem escolhido e sua porção tem excedido a tudo diante do Senhor dos espíritos em eterna
ascensão.
3Este Filho do homem, que tu vês, levantará reis e poderosos de seus lugares de habitação, e os
poderosos de seus tronos; soltará as rédeas do poderoso, e quebrará em pedaços os dentes dos
pecadores.
4Ele lançará reis dos seus tronos e de seus domínios porque eles não O exaltarão, O louvarão, nem
se humilham diante dEle, pelo Qual seus reinos lhes foram dados. Igualmente o semblante do
poderoso Ele lançará abaixo, enchendo-os de confusão. Escura será sua habitação e vermes serão
sua cama; deste seu leito eles não esperam levantar-se novamente porque eles não exaltam o nome
do Senhor dos espíritos.
5Eles condenarão as estrelas do céu, elevarão suas mãos contra o Altíssimo, caminham e habitam
sobre a terra, exibindo todos os seus atos de iniqüidade, mesmo suas obras de iniqüidade. Sua força
estará em suas riquezas e sua fé nos bens que têm formado com suas próprias mãos. Eles negarão o
nome do Senhor dos espíritos e o expulsarão de seus templos, nos quais eles se reúnem;
6E com Ele o fiel, (43) o qual sofre em nome do Senhor dos espíritos.
(43) O expulçarão… o fiel. Ou, "expulsarão das causas de sua congregação e do fiel" (Knibb, p. 132; cp. Charles, p.
131).
Capítulo 47
1Naquele dia a oração dos santos e dos justos e o sangue dos íntegros ascenderá da terra até a
presença do Senhor dos espíritos.
2Naquele dia os santos se reunirão, os quais habitam nos céus, e com vozes unidas de petição,
suplica, oração, louvor e bênção ao nome do Senhor dos espíritos, por conta do sangue dos justos
que tem sido derramado, para que a oração dos justos não seja descontinuada diante do Senhor dos
espíritos, para que por eles se execute julgamento; e para que sua paciência possa perdurar para
sempre.(44)
(44) Para que sua paciência… perdure para sempre. Ou, "(para que) sua paciência possa não ter
que durar para sempre" (Knibb, p. 133).
3Naquele tempo eu vi o Ancião de dias enquanto ele se assentava sobre o trono da sua glória,
enquanto o livro dos vivos foi aberto na sua presença e enquanto todos os poderes que estão acima
dos céus permanecem ao redor e diante dele.
4Então os corações dos santos estavam cheios de alegria, por causa da consumação da justiça que
havia chegado, a súplica dos santos foi ouvida e o sangue dos justos apreciado pelo Senhor dos
espíritos.
Capítulo 48
1Naquele lugar eu vi uma fonte de retidão, a qual nunca falha, envolta em muitas fontes de
sabedoria. Delas todos os sedentos beberam e foram cheios de sabedoria tendo sua habitação com
os retos, eleitos e santos.
2Naquela hora o Filho do homem foi invocado diante do Senhor dos espíritos e seu nome na
presença do Ancião de dias.
3Antes que o sol e os sinais fossem criados, antes que as estrelas do céu tivessem sido formadas, seu
nome era invocado na presença do Senhor dos espírito. Ele será um apoio para os justos e santos se
encostarem, sem falhar; e ele será a luz das nações.
4Ele será a esperança daqueles cujos corações estão temerosos. Todos os que habitam na terra cairão
diante dEle; O abençoarão e glorificarão, e cantarão orações ao nome do Senhor dos espíritos.
5Portanto o Eleito e Escondido subsistiu em sua presença, antes que o mundo fosse formado, e para
sempre.
6Na Sua presença Ele existiu, e revelou aos santos e aos justos a sabedoria do Senhor dos espíritos;
pois Ele preservou o lugar dos retos, porque eles iraram e rejeitaram este mundo de iniqüidade, e
detestaram todas as suas obras e caminhos, no nome do Senhor dos espíritos.
7Pois em seu nome eles serão preservados e sua será a vida. Naqueles dias os reis da terra e os
homens poderosos, os quais ganharam o mundo por suas realizações, se tornarão humildes em seus
semblantes.
8Pois no dia de sua ansiedade e angústia, suas almas não serão salvas, e eles estarão em sujeição
daquele a quem eu escolhi.
9Eu os lançarei como a palha ao fogo e como chumbo, na água. Assim eles queimarão na presença
dos justos e afundarão na presença dos santos; nem a décima parte deles será encontrada.
10Mas no dia da tribulação o mundo ganhará tranqüilidade.
11Em sua presença eles falharão e não serão levantados novamente; nem haverá alguém para tomálos
por suas mãos e levantá-los; pois eles negaram o Senhor dos espíritos e seu Messias. O nome do
Senhor será abençoado.
Capítulo 48A
(45)
(45) Dois capítulos consecutivos são enumerados "48"
1Sabedoria verteu como água e glória não falta diante dEle para sempre e sempre, pois potente é Ele
em todos os segredos de retidão.
2Mas a iniqüidade passa como uma sombra e não possui uma estação fixa, pois o Eleito permanece
diante do Senhor dos espíritos e Sua glória é para sempre e sempre, e Seu poder de geração em
geração.
3Com Ele habitam os espíritos da sabedoria intelectual, o espírito da instrução e do poder e o
espíritos dos que dormem em retidão; Ele julgará coisas secretas.
4Ninguém será capaz de pronunciar uma única palavra diante dEle, pois o Eleito está na presença
do Senhor dos espíritos de acordo com Seu próprio prazer.
Capítulo 49
1Naqueles dias os santos e os escolhidos sofrerão uma mudança. A luz do dia descansará sobre eles
e o esplendor e a glória dos santos será transformada.
2Naquele dia de tribulação o mal será amontoado sobre os pecadores, mas os justos triunfarão no
nome do Senhor dos espíritos.
3Outros serão levados a ver que devem arrepender-se e desistir das obras das suas mãos, e que a
glória não os espera na presença do Senhor dos espíritos já que por Seu nome eles podem ser
salvos. O Senhor dos espíritos terá compaixão deles, pois grande é a Sua misericórdia e a justiça
está em Seu julgamento; na presença de Sua glória, em seu julgamento a iniqüidade não
permanecerá. Aquele que não se arrepende em perecerá Sua presença.
4Daqui em diante Eu não terei misericórdia deles, diz o Senhor dos espíritos.
Capítulo 50
1Naqueles dias a terra entregará de seu ventre e o inferno entregará de si aqueles a quem recebeu, e
a destruição restaurará àqueles a quem ela deve.
2Ele selecionará os justos e santos de entre eles, pois o dia de sua salvação se tem aproximado.
3E naqueles dias o Eleito se assentará sobre seu trono, enquanto todo segredo de sabedoria
intelectual procederá da sua boca, pois o Senhor dos espíritos lhe concedeu e glorificou.
4Naqueles dias as montanhas saltarão como as rãs e os montes pularão como jovens ovelhas (46)
saciadas com leite; e todos os justos se tornarão iguais aos anjos nos céu.
(46) Cp. Salmos 114:4
5Seu semblante se iluminará de alegria, pois naqueles dias o Eleito será exaltado. A terra se
regozijará; os justos habitarão nela e a possuirão.
Capítulo 51
1Depois desse tempo, no lugar onde eu havia visto toda visão secreta, fui arrebatado em um
redemoinho de vento e transportado para o oeste.
2Lá meus olhos viram os segredos do céu e tudo o que existe na terra; uma montanha de fogo, uma
montanha de cobre, uma montanha de prata, uma montanha de ouro, uma montanha de metal
fundido, e uma montanha de chumbo.
3E eu perguntei ao anjo que foi comigo, dizendo: O que são estas coisas, que em segrego eu vi?
4Ele disse: Todas as coisas que tu viste serão para o domínio do Messias, para que ele possa
comandar e ser poderoso sobre a terra.
5E aquele anjo de paz respondeu-me dizendo: Espera um pouco de tempo e entenderás, e cada coisa
secreta te será revelada, o que o Senhor dos espíritos tem decretado. Aquelas montanhas que tu
viste, a montanha de ferro, a montanha de cobre, a montanha de prata, a montanha de ouro, a
montanha de metal fluido e a montanha de chumbo, todas estas na presença do Eleito serão como o
favo de mel diante do fogo, e como a água descendo de cima sobre estas montanhas, e se tornarão
debilitadas diante de seus pés.
6Naqueles dias os homens não serão salvos por ouro e por prata.
7Nem eles o terão em seu poder para assegurar-se, e voar.
8Lá não haverá nem ferro, nem casaco de malha para o peito.
9Cobre será unútil; inútil também será o que não enferruja nem se consome; e levar não será
desejado.
10Todas estas coisas serão rejeitadas, e perecem na terra, quando o Eleito aparecer na presença do
Senhor dos espíritos.
Capítulo 52
1Ali meus olhos viram um profundo vale, e larga era sua entrada.
2Todos os que habitam na terra, no mar, e nas ilhas, trarão para ele dons, presentes e oferendas;
contudo aquele profundo vale não se encherá. Suas mãos cometerão iniqüidade. Tudo quanto eles
produzirem por labor será devorado pelos pecadores por crime. Mas eles perecerão de diante da
face do Senhor dos espíritos e da face de sua terra. Eles se levantarão, e não falharão para sempre.
3Eu vi anjos de punição, os quais estavam habitando ali, e preparando todos os instrumentos de
Satan.
4Então perguntei ao anjo da paz que continuava comigo, para quem aqueles instrumentos eram
preparados.
5Ele disse: Estes são preparados para os reis e poderosos da terra, para que assim eles pereçam.
6Depois que os justos e a casa escolhida de sua congregação aparecerão, e desde então serão
imutáveis no nome do Senhor dos espíritos.
7Nem aquelas montanhas existirão na sua presença como a terra e os montes, como as fontes de
água existem. E os justos serão aliviados da vexação dos pecadores.
Capítulo 53
1Então eu olhei e me virei para outra parte da terra, onde vi um profundo vale de fogo ardente.
2Para esse vale, eles levaram os monarcas e os poderosos.
3Ali meus olhos viram os instrumentos que eles fizeram, correntes de ferro sem peso.(47)
(47) Sem peso. Ou, "de imensurável peso" (Knibb, p. 138).
4Então eu perguntei ao anjo da paz que estava comigo, dizendo: Para quem essas correntes são
preparadas?
5Ele respondeu: Estas são preparadas para as hostes de Azazeel, para que eles sejam entregues e
julgados a uma menor condenação, e para que seus anjos sejam subjugados com pedras
arremessadas, como o Senhor dos espíritos ordenou.
6Miguel e Gabriel, Rafael e Fanuel serão fortalecidos naquele dia, e então os lançarão numa
fornalha de fogo ardente para que o Senhor dos espíritos possa ser vingado pelos crimes que eles
cometeram; porque eles se tornaram ministro de Satan, e seduziram aqueles que habitam sobre a
terra.
7Naqueles dias punição virá do Senhor dos espíritos, e os receptáculos de água que estão acima nos
céus serão abertos, e igualmente as fontes que estão sob a terra.
8Todas as águas, que estão nos céus e abaixo deles, serão reunidas e se misturarão.
9A água que está acima no céu será o agente; (48)
(48) Agente. Literalmente, "macho" (Laurence, p. 61).
10E a água que está sob a terra será o recipiente, (49) e todos os que habitam sobre a terra serão
destruídos e os que habitam sob as extremidades do céu.
(49) Recipiente. Literalmente, "fêmea" (Laurence, p. 61).
11Por esses meios eles entenderão a iniqüidade que cometeram na terra, e por esses meios perecerão.
Capítulo 54
1Depois disso o Ancião de dias arrependeu-se, e disse: Em vão eu destruí todos os habitantes da
terra.
2E ele jurou por seu grande nome, dizendo: De agora em diante eu não agirei mais assim para com
todos aqueles que habitam sobre a terra.
3Mas eu colocarei um sinal nos céus; (50) e ele será uma fiel testemunha entre mim e eles para
sempre, tantos quantos os dias do céu durarem sobre a terra.
(50) Cp. Gen. 9:13, "Eu colocarei meu arco na nuvem, e ele será um sinal do convênio entre mim e a terra".
4Depois disso, de acordo com esse meu decreto, quando eu estiver disposto a prende-los
antecipadamente, pela instrumentalidade dos anjos, no dia da aflição e da perturbação, minha ira e
minha punição permanecerá sobre eles, minha punição e minha ira, diz Deus, o Senhor dos
espíritos.
5Ó vós reis, ó vós poderosos, que habitam o mundo, vereis meu Eleito, assentado sobre o trono da
minha glória. E Ele julgará Azazeel, todos seus associados, em nome do Senhor dos espíritos.
6Ali igualmente eu vi as hostes dos anjos que estavam se movendo em punição, confinadas numa
rede de ferro e bronze. Então eu perguntei ao anjo da paz, que estava comigo: Para quem estes sob
confinamento estão indo.
7Ele disse: Para todos os seus eleitos e seus amados, (51) para que eles possam ser lançados nas
fontes e profundas fendas do abismo.
(51) Para cada um dos… seus amados. Ou, "Para cada um de seus escolhidos e para os seus amados" (Knibb, p. 139).
8E aquele vale será cheio com seus eleitos e amados; os dias cuja vida serão consumados, mas os
dias de seus erros serão inumeráveis.
9Então príncipes (52) se combinarão e juntos conspirarão. Os chefes do leste, entre os Partos e
Medos, removerão reis, nos quais um espírito de perturbação entrará. Ele os lançará de seus tronos,
saltando como leões de seus esconderijos, e como lobos famintos no meio do rebanho.
(52) Príncipes. Ou, "anjos" (Charles, p. 149; Knibb, p. 140).
10Eles subirão e pisarão na terra de seus eleitos. A terra de seus eleitos estará diante deles. A eira, a
senda e a cidade do meu povo justo imperará o progresso de seus cavalos. Eles se levantarão para
destruir uns aos outros; sua mão direita se estenderá; o homem não conhecerá seu amigo ou seu
irmão;
11Nem o filho de seu pai ou de sua mãe; até que o número dos corpos de seus mortos sejam
completados, pela sua morte e punição. Nem isto acontecerá sem causa.
12Naqueles dias a boca do inferno será aberta, na qual eles serão imersos; o inferno destruirá e
tragará os pegadores da face dos eleitos.
Capítulo 55
1Depois disto eu vi outro exército de carruagens com homens dirigindo-as.
2E eles vieram sobre o vento do leste, desde o oeste, e do sul.(53)
(53) Desde o sul. Literalmente "do meio do dia". (Laurence, p. 63).
3O som do barulho de suas carruagens foi ouvido.
4E quando aquela agitação aconteceu os santos fora do céu perceberam-na; o pilar da terra abalou-se
desde a sua fundação e o som foi ouvido desde as extremidades da terra até as extremidades do céu
ao mesmo tempo. 5Então eles caíram e adoraram o Senhor dos espíritos.
6Este é o fim da segunda parábola.
Capítulo 56
1Então eu comecei a proferir a terceira parábola, concernente aos santos e aos eleitos.
2Abençoados sois vós, ó santos e eleitos, pois glorioso é o vosso lugar.
3Os santos existirão na luz do sol e os eleitos na luz da vida eterna, cujos dias de vida nunca
terminarão nem os dias dos santos serão enumerados, os quais procuram pela luz e obtêm retidão
com o Senhor dos espíritos.
4Paz seja aos santos com o Senhor do mundo.
5Daqui em diante aos santos seja dito que procurem nos céu os segredos da retidão, a porção da fé;
semelhante ao sol nascido sobre a terra, enquanto a escuridão se vai. Ali haverá luz interminável;
eles não entrarão em contagem de tempo, pois a escuridão será previamente destruída e a luz
aumentará diante do Senhor dos espíritos; diante do Senhor dos espíritos a luz da honradez
aumentará para sempre.
Capítulo 57
1Naqueles dias meus olhos viram os segredos dos relâmpagos e seu esplendor, e o julgamento a eles
pertencente.
2Eles iluminam por bênção e por maldição, de acordo com a vontade do Senhor dos espíritos.
3Ali eu vi os segredos do trovão quando ele agita-se acima no céu e seu som é ouvido.
4As habitações da terra também foram mostradas a mim. O som do trovão é para paz e para bênção,
tanto para o bem quanto para maldição, de acordo com a palavra do Senhor dos espíritos.
5Depois disso, todo segredo dos esplendores e dos trovões foram vistos por mim. Para bênção e para
fertilidade eles iluminam.
Capítulo 58
1No qüinquagésimo ano, no sétimo mês, no décimo quarto dia da vida de Enoque, naquela parábola
eu vi o céu dos céus tremer, que ele tremeu violentamente e que os poderes do Altíssimo e dos
anjos, milhares de milhares, e miríades de miríades, ficaram agitados com grande agitação. E
quando eu olhei o Ancião de dias estava assentado no trono de sua glória enquanto os anjos e santos
estavam em pé ao redor dele. Um grande tremor veio sobre mim. Meus lombos foram curvados e
soltos, meus rins foram dissolvidos; e eu cai sobre minha face. O santo Miguel, outro santo anjo,
um dos santos, foi enviado, o qual levantou-me.
2E quando ele levantou-me, meu espírito retornou, pois eu fui incapaz de suportar essa visão de
violência, sua agitação e o choque do céu.
3Então o santo Miguel disse-me: Por que estás perturbado com essa visão?
4Desde então tem existido o dia da misericórdia; Ele tem sido misericordioso e magnânimo com
todos os que habitam sobre a terra.
5Mas quando o tempo vier, então o poder, a punição, e o julgamento tomarão lugar, o qual o Senhor
dos espíritos preparou para aqueles que se prostrarem para o julgamento da retidão, para aqueles
que renunciarem àquele julgamento, e para aqueles que tomam seu nome em vão.
6Aquele dia foi preparado para os eleitos como um dia de convênio e para os pecadores como um
dia de inquisição.
7Naquele dia dois monstros serão distribuídos como alimento (54), um monstro fêmea, cujo nome é
Leviathan, habitando nas profundezas do mar, acima das fontes de águas;
(54) Distribuídos como alimento. Ou, "separados um do outro" (Knibb, p. 143).
8E um monstro macho, cujo nome é Behemoth, o qual possui, movendo-se em seu ventre, o deserto
invisível.
9Seu nome era Dendayen. A leste do jardim, onde os eleitos e os justos habitarão, onde ele recebeuo
de meu ancestral, desde Adão o primeiro dos homens, (55) cujo homem o Senhor dos espíritos fez.
(55) Ele recebeu-o… primeiro dos homens. Ou, "meu bisavô foi tomado, o sétimo desde Adão" (Charles, p. 155). Isto
implica que esta seção do livro foi escrita por Noé, descendente de Enoque. Os estudiosos têm especulado que esta
parte do livro pode conter fragmentos do perdido Apocalipse de Noé.
10Então eu pedi a outro anjo que me mostrasse o poder daqueles monstros, como eles se separaram
naquele mesmo dia, um estando nas profundezas do mar, e o outro no seco deserto.
11E ele disse: Tu, filho do homem, estás aqui desejoso de entendimento das coisas secretas.
12E o anjo da paz, o qual estava comigo disse: Estes dois monstros estão preparados pelo poder de
Deus para tornarem-se alimento, para que a punição de Deus não seja em vão.
13Então crianças serão mortas com suas mães, e os filhos com seus pais.
14E quando a punição do Senhor dos espíritos continuar, sobre eles ela continuará, para que a
punição do Senhor dos espíritos não aconteça em vão. Depois do quê, o julgamento existirá com
misericórdia e longanimidade.
Capítulo 59
1Então outro anjo, o qual estava comigo, me falou,
2E mostrou-me o primeiro e o último dos segredos em cima no céu, e nas profundezas da terra:
3Nas extremidades do céu e nas fundações dela, e no receptáculo dos céus.
4Ele mostrou-me como seus espíritos foram divididos; como eles foram balançados e como ambas
as fontes e os ventos foram contados de acordo com a força de seu espírito.
5Ele me mostrou o poder da luz da lua, que seu poder é justo; bem como as divisões das estrelas, de
acordo com seus respectivos nomes;
6Que cada divisão é separada; que os relâmpagos iluminam;
7Que suas tropas imediatamente obedecem e que uma cessação toma lugar durante o trovão em
continuação de seu som. Não são separados o trovão e o raio; nem eles se movem com um espírito,
já que eles não são separados.
8Pois quando os raios iluminam, o trovão soa e o espírito a um próprio período faz pausa, fazendo
uma igual divisão entre eles, pois o receptáculo sobre o qual seus períodos dependem é solto como a
areia. Cada um deles à sua própria estação é restringido com uma rédea e virado pelo poder do
espírito, que assim impele-os de acordo com a espaçosa extensão da terra.
9O espírito do mar é igualmente potente e forte, e um poder tão forte o faz vazar; assim ele é
dirigido adiante e espalha-se contra as montanhas da terra. O espírito da geada tem seu anjo; no
espírito do granizo ele é um bom anjo; o espírito da neve cessa em sua força e um espírito solitário
está nele, o qual ascende dele como vapor, e é chamado refrigeração.
10O espírito da névoa também habita com eles em seu receptáculo, mas ele tem um receptáculo para
si mesmo, pois seu progresso está no esplendor,
11Na luz e na escuridão, no inverno e no verão. Seu receptáculo é brilho, e um anjo esta nele.
12O espírito do orvalho tem seu domicílio nas extremidades do céu, em conexão com o receptáculo
da chuva e seu progresso está no inverno e no verão. A nuvem produzida por ele e a nuvem do meio
se tornam unidos, um dá ao outro; e quando o espírito da chuva está em movimento de seu
receptáculo, anjos vêm e, abrindo seu receptáculo, o traz adiante.
13Quando igualmente ele é borrifado sobre toda a terra ele forma uma união com todo tipo de água
no chão; pois as águas ficam na terra, porque eles fornecem nutrição para a terra desde o Altíssimo,
o qual está no céu.
14Sobre este informe, portanto há uma regulamentação na qualidade da chuva que os anjos recebem.
15Estas coisas eu vi, todas elas, até o paraíso.
Capítulo 60
1Naqueles dias eu vi que longos mantos foram dados àqueles anjos, os quais tomaram suas asas e
fugiram em direção ao norte.
2Eu perguntei ao anjo, dizendo: Para onde eles levaram aqueles longos mantos e para onde se
foram? Ele disse: Eles foram medir.
3O anjo, o qual continuava comigo, disse: Estas são as medidas dos justos e cordas serão trazidas
para que eles possam confiar no nome do Senhor dos espíritos para sempre e sempre.
4O eleito começará a habitar com o eleito.
5Estas são as medidas que serão dadas pela fé, as quais fortalecerão as palavras de retidão.
6Estas medidas revelarão todos os segredos nas profundezas da terra.
7E acontecerá que aqueles que foram destruídos no deserto e os que foram devorados pelos peixes
do mar e pelas bestas do campo, retornarão e confiarão no dia do Eleito, pois ninguém perecerá na
presença do Senhor dos espíritos, nem ninguém será capaz de perecer.
8Então eles receberam o mandamento, todos os quais estavam nos céus acima, para quem foi dado
um poder combinado, voz e esplendor, semelhante ao fogo.
9E primeiro, com suas vozes eles abençoaram-no, exaltaram-no, glorificaram-no com sabedoria e
atribuíram a Ele sabedoria com a palavra e com o sopro da vida.
10Então o Senhor dos espíritos assentado sobre o trono de sua glória, o Eleito,
11O qual julgará todas as obras do Santo acima no céu, e numa balança Ele pesará suas ações. E
quando Ele levantar Seu semblante para julgar seus caminhos secretos na palavra do nome do
Senhor dos espíritos, e seu progresso no caminho do justo julgamento do altíssimo Deus;
12Eles falarão com vozes unidas; abençoarão, glorificarão, exaltarão, e orarão em nome do Senhor
dos espíritos.
13Ele chamará a todo poder dos céus, a todo santo acima, e ao poder de Deus. O Querubim, o
Serafim, o Ofanim, todos os anjos de poder e todos os anjos dos Senhores, a saber, do Eleito, e do
outro Poder, o qual estava sobre a água naquele dia.
14E levarão suas vozes unidas; abençoarão, glorificarão, orarão, e exaltarão com o espírito da fé,
com o espírito da sabedoria e da paciência, com o espírito da misericórdia, com o espírito do
julgamento e da paz, e com o espírito da benevolência; todos dirão com vozes unidas: Abençoado é
Ele; e o nome do Senhor dos espíritos será abençoado para sempre e sempre; todos, os quais não
dormem, o abençoarão acima no céu.
15Todo santo no céu o abençoará; todo o eleito que habita no jardim da vida e todo espírito de luz
que é capaz de abençoar, glorificar, exaltar, e orar em seu santo nome e todo homem mortal, (56)
mais do que os poderes do céu, glorificará e abençoará seu nome para sempre e sempre.
(56) Todo homem mortal Literalmente, "toda carne" (Laurence, p. 73).
16Pois grande é a misericórdia do Senhor dos espíritos; magnânimo Ele é; e todas as suas obras,
todo o seu poder, grande como são as coisas que Ele tem feito, tem revelado aos santos e eleitos, em nome do Senhor dos espíritos.


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