O LIVRO DE ENOQUE... Capítulos 001-026 --- 027-060 --- 061-077 --- 078-089 --- 090-105
Capítulo 27
1Dali eu fui
à direção do leste para o meio da montanha no deserto, do qual somente o nível
da
superfície eu
percebi.
2Ele estava
cheio de árvores da semente aludida; e água jorrava sobre ela.
3Ali apareceu
uma catarata composta de muitas cachoeiras voltadas tanto para o oriente quanto
para
o ocidente.
Sobre um lado havia árvores; sobre o outro água e orvalho.
Capítulo 28
1Então eu fui
para outro lugar do deserto; em direção ao leste daquela montanha da qual eu
havia
me
aproximado.
2Ali eu vi
árvores escolhidas, (32) particularmente aquelas que produzem o cheiro
doce opiato,
incenso e
mirra; e árvores diferentes umas das outras.
(32) Árvores escolhidas. Literalmente
"árvores de julgamento" (Laurence, p. 35; Knibb, p. 117).
3E sobre elas
havia a elevação da montanha ocidental, a não grande distância.
Capítulo 29
1IIgualmente
vi outro lugar com vales de água que nunca param,
2Onde percebi
uma agradável árvore, a qual em odor assemelha-se a Zasakinon. (33)
(33) Zasakinon. A árvore de mastic (Knibb,
p. 118).
3Em direção
ao vale eu percebi o cinamomo de doce odor. Sobre eles avancei em direção ao
leste.
Capítulo 30
1Então vi
outra montanha contendo árvores, da qual água fluía como Neketro.(34) Seus
nomes eram
Sarira, e
Kalboneba.(35) E sobre esta montanha eu vi outra montanha, sobre a qual haviam
árvores
de Alva.(36)
(34) Neketro. O néctar (Knibb, p. 119).
(35) Sarira, e Kalboneba. Styrax e galbanio
(Knibb, p. 119).
(36) Alva. Aloé (Knibb, p. 119).
2Estas
árvores estavam cheias como amendoeiras, e fortes; e quando elas produziam
frutos eram
superiores a
toda redondeza.
Capítulo 31
1Depois
destas coisas, inspecionando as entradas do norte acima das montanhas, vi
montanhas e
percebi sete
montanhas repletas de puro nardo, árvores odoríferas e papiro.
2Dali eu
passei acima dos picos daquelas montanhas a alguma distância para o leste, e
fui sobre o
mar da
Eritréia.(37) E quando eu havia avançado para longe, além dele, passei ao
longo, acima do
anjo Zateel,
e cheguei ao jardim da justiça. Neste jardim eu vi outras árvores, as quais
eram
numerosas e
grandes, e floresciam ali.
(37) Mar da Eritréia. O Mar Vermelho.
3Sua
fragrância era agradável e poderosa e sua aparência era tanto agradável quanto
elegante. A
árvore do
conhecimento também estava ali, do qual se alguém comesse, tornava-se dotado de
grande
sabedoria.
4Ela era
semelhante às espécies da tamareira, dando frutos semelhantes à uva extremamente
fina, e
sua
fragrância estendia-se a considerável distância. Eu exclamei: Que bela é esta
árvore e quão
deleitável é
sua aparência!
5Então o
santo Rafael, um anjo que estava comigo, respondeu e disse: Esta é a árvore do
conhecimento,
da qual vosso antigo pai e vossa mãe comeram, os quais foram antes de ti e que
obtendo
conhecimento, seus olhos sendo abertos, e descobrindo que estavam nus, foram
expulsos
do jardim.
Capítulo 32
1Dali eu fui
na direção das extremidades da terra, onde vi grandes feras diferentes umas das
outras,
e pássaros
variados em suas aparências e formas, bem como com notas de diferentes sons.
2Para a
direita destas feras eu percebi as extremidades da terra, onde os céus cessam.
Os portões do
céu estavam
abertos e vi as estrelas celestiais vindo. Eu enumerei-as enquanto elas
procediam do
portão e
escrevi-as todas, enquanto elas saiam uma por uma, de acordo com seu número. Eu
escrevi
seus nomes
completamente, seus tempos e estações, enquanto o anjo Uriel, que estava
comigo,
mostrava-as a
mim.
3Ele as
mostrou todas a mim, e escrevi uma conta delas.
4Ele também
escreveu para mim seus nomes, seus regulamentos, e suas operações.
Capítulo 33
1Dali eu
avancei em direção ao norte, para as extremidades da terra.
2E ali vi a
grande e gloriosa maravilha das extremidades de toda terra.
3Vi ali
portões celestiais abertos para o céu, três dos quais distintamente separados.
Os ventos do
norte
procediam deles, soprando frio, granizo, geada, neve, orvalho e chuva.
4De um dos
portões eles sopravam suavemente, mas quando eles sopravam dos dois outros
portões,
ele era
violento e forte. Eles sopravam sobre a terra fortemente.
Capítulo 34
1Dali eu fui
para as extremidades do mundo para o oeste;
2Ali percebi
três portões abertos, enquanto eu estava olhando no norte; os portões e
passagens
através deles
era de igual magnitude.
Capítulo 35
1Então eu
segui às extremidades da terra ao sul, onde vi três portões abertos para o sul,
do qual
provinha
orvalho, chuva e vento.
2Dali eu fui
para as extremidades do céu oriental, onde vi três portões celestiais abertos
para o leste,
os quais
tinham portões menores dentro deles. Através de cada um desses portões menores
as
estrelas do
céu passavam, e passaram para o oeste por um caminho que foi visto por elas, e
todo o
período de
seu aparecimento.
3Quando eu as
vi, as abençoei cada vez que elas apareceram, e abençoei o Senhor da glória que
tinha feito
estes grandes e esplêndidos sinais, para que eles pudessem mostrar a
magnificência de
suas obras
aos anjos e às almas dos homens, e para que estes pudessem glorificar todas as
suas
obras e
operações, pudessem ver os efeitos do seu poder; pudessem glorificar o grande
labor de suas
mãos e
abençoá-lo para sempre.
Capítulo 36 (não tem)
Capítulo 37
1A visão que
ele viu, a segunda visão de sabedoria, que Enoque viu, o filho de Jared, filho
de
Malaleel, o
filho de Canan, filho de Enos, filho de Seth, filho de Adão. Este é o começo da
palavra
de sabedoria,
a qual eu recebi para declarar e dizer àqueles que habitam sobre a terra. Ouvi
desde o
princípio, e
entendei até o fim, as santas coisas que eu pronuncio na presença do Senhor dos
espíritos.
Aqueles que eram antes de nós pensaram-nas boas para se pronunciar;
2E nós, que
viemos depois, obstruímos o princípio da sabedoria. Até ao presente tempo nunca
aconteceu ter
sido dado diante do Senhor dos espíritos o que eu recebi, sabedoria de acordo
com a
capacidade do
meu intelecto, e de acordo com o prazer do Senhor dos espíritos; o que eu
recebi
dele, uma
porção da vida eterna.
3E eu obtive
três parábolas, as quais eu declarei aos habitantes do mundo.
Capítulo 38
1A primeira
parábola. Quando a congregação dos justos for manifestada e os pecadores forem
julgados por
seus crimes, e forem afligidos à vista do mundo;
2Quando os
justos forem manifestados (38) na presença dos mesmos justos, os quais serão
eleitos por
suas boas
obras corretamente pesadas pelo Senhor dos espíritos, e quando a luz dos justos
e dos
eleitos, o
quais habitam na terra for manifestada; onde será a habitação dos pecadores? E
qual será o
lugar de
descanso daqueles que rejeitaram o Senhor dos espíritos? Seria melhor para eles
se nunca
tivessem
nascido.
(38) Quando os justos forem manifestados. Ou,
"quando o Justo aparecer" (Knibb, p. 125; cp. Charles, p. 112).
3Quando os
segredos dos justos também forem revelados, então os pecadores serão julgados e
os
ímpios serão
afligidos na presença dos justos e eleitos.
4Daquele
tempo, aqueles que possuírem a terra deixarão de ser poderosos e exaltados. Nem
serão
capazes de
olhar para o semblante do santo, pois a luz dos semblantes dos santos, dos
justos, e dos
eleitos, terá
sido visto pelo Senhor dos espíritos.(39)
(39) Pois a luz… Senhor dos espíritos. Ou,
"pois a luz do Senhor dos espíritos terá aparecido na face dos santos, dos
juntos, e
dos escolhidos" (Knibb, p. 126).
5Então os
reis poderosos daquele tempo serão destruídos, mas serão entregues nas mãos dos
retos e
santos.
6Desde então
ninguém obterá compaixão do Senhor dos espíritos, porque suas vidas neste
mundo
terá sido
completada.
Capítulo 39
1Naqueles
dias a raça eleita e santa descerá do céu e sua semente estará com os filhos
dos homens.
Enoque
recebeu livros de indignação e ira, e livros de pressa e agitação.
2Nunca
obterão misericórdia, diz o Senhor dos espíritos.
3Uma nuvem
então me arrebatou, e o vento elevou-me acima da superfície da terra,
colocando-me
na
extremidade dos céus.
4Lá eu vi
outra visão, e vi as habitações e os lugares de descanso dos santos. Meus olhos
viram suas
habitações
com os anjos, e seus lugares de descanso com os santos. Eles estavam entrando,
suplicando e
orando pelos filhos dos homens; enquanto a justiça fluía como a água diante
deles, e a
misericórdia
se espalhava sobre a terra como o orvalho. E assim será para com eles
para sempre e
sempre.
5Naquele
tempo os meus olhos viram a habitação do eleito, da verdade, fé e retidão.
6Sem conta
será o número dos santos e eleitos na presença de Deus para sempre e sempre.
7Sua
residência eu vi sob as asas do Senhor dos espíritos. Todos os santos e eleitos
cantavam diante
dele, com a
aparência semelhante à chama de fogo; suas bocas estavam cheias de bênçãos e
seus
lábios
glorificavam o nome do Senhor dos Espíritos. E retidão incessantemente habitava
diante
dele.
8Eu quis
permanecer ali, e minha alma desejou aquela habitação. Ali estava minha
antecedente
herança, pois
deste modo eu prevaleci diante do Senhor dos espíritos.
9Neste
momento eu glorifiquei e exaltei o nome do Senhor dos espíritos com louvor e
exaltação,
pois Ele o
tem estabelecido com bênção e com exaltação, de acordo com Sua própria boa
vontade.
10Meus olhos
contemplaram aquele espaçoso lugar. Eu o bendisse e falei: Abençoado seja,
abençoado
desde o princípio e para sempre. No princípio, antes que o mundo fosse criado,
e sem
fim é seu
conhecimento.
11Qual é este
mundo? De toda geração existente, eles abençoarão aquele que não dorme
espiritualmente, mas permanece diante da Tua glória,
abençoando, glorificando, exaltando-te, e
dizendo:
Santo, santo, o Senhor dos espíritos encheu o mundo todo de espíritos.
12Ali meus
olhos viram a todos que, sem dormir, permanecem diante dele e abençoam-no
dizendo:
Abençoado
sejas, e abençoado seja o nome de Deus para sempre e sempre. Então meu
semblante
ficou mudado,
até que fiquei incapaz de continuar vendo.
Capítulo 40
1Depois disto
eu vi milhares de milhares e miríades de miríades, e um número infinito de
pessoas,
em pé, diante
do Senhor dos espíritos.
2Igualmente,
nas quatro asas do Senhor dos espíritos, nos quatro lados, percebi outros, ao
lado
daqueles que
estavam em pé diante dele. Seus nomes também eu sei porque o anjo que estava
comigo
declarou-os a mim, revelando-me toda coisa secreta.
3Então ouvi
as vozes daqueles sobre os quatro lados, magnificando o Senhor da glória.
4A primeira
voz abençoou o Senhor dos espíritos para sempre e sempre.
5A segunda
voz ouvi abençoando ao Eleito e aos eleitos que sofrem pela causa do Senhor dos
espíritos.
6A terceira
voz eu ouvi pedindo e orando em favor daqueles que habitam sobre a terra, e
suplicam
no nome do
Senhor dos espíritos.
7A quarta voz
eu ouvi expulsando os anjos ímpios, (40) e proibindo-os de entrarem na presença
do
Senhor dos
espíritos para proferirem acusações contra(41) os habitantes da terra.
(40) Anjos ímpios. Literalmente "os
Satãs" (Laurence, p. 45; Knibb, p. 128). Ha-satan em Hebreu ("o
adversário") foi
originalmente
o título de um ofício, não o nome de um anjo.
(41) Proferir acusações contra. Ou,
"para acusar" (Charles, p. 119).
8Depois disso
eu pedi ao anjo da paz, que prosseguia comigo, para explicar tudo o que estava
escondido. Eu
disse-lhe: Quem são aqueles que eu havia visto nos quatro lados e que palavras
eram
aquelas que
eu havia ouvido e escrito? Ele respondeu: O primeiro é o misericordioso, o
paciente, o
santo Miguel.
9O segundo é
aquele que preside sobre todo sofrimento e toda aflição dos filhos dos
homens, o
santo Rafael.
O terceiro, o qual preside sobre tudo o que é poderoso é Gabriel. E o
quarto, o qual
preside sobre o arrependimento e a esperança
daqueles que herdarão a vida eterna, é Fanuel. Estes
são os quatro
anjos do Altíssimo Deus e suas quatro vozes, as quais naquele momento eu ouvi.
Capítulo 41
1Depois disso
eu vi os segredos do céu e do paraíso, de acordo com suas divisões, e das ações
humanas
enquanto eles pesavam-nas em
balanças. Vi as habitações dos eleitos e as habitações dos
santos. E ali
meus olhos viram todos os pecadores que haviam negado o Senhor da glória e como
eles foram
expelidos dali, e arrastados para fora, como eles estiveram ali; nenhuma
punição
procedeu
contra eles vinda do Senhor dos espíritos.
2Ali também
meus olhos viram os segredos do raio e do trovão e os segredos dos ventos, como
eles
são
distribuídos quando eles sopram sobre a terra: os segredos dos ventos, do
orvalho, e das nuvens.
Ali eu vi o
lugar de onde eles saem e tornam-se saturados com o pó da terra.
3Ali eu vi os
receptáculos de madeira nos quais os ventos são separados, o receptáculo do
granizo, o
receptáculo
da neve, o receptáculo das nuvens, e a própria nuvem, a qual continuava
sobre a terra
antes da
criação do mundo.
4Eu vi também
os receptáculos da lua, de onde elas vêm, para onde elas vão, seus gloriosos
retornos
e como uma se
torna mais esplêndida do que a outra. Eu marquei seu rico progresso, seu
imutável
progresso,
sua divisão e não diminuído progresso; sua observância de uma fidelidade mútua
por um
juramento
estável; seu procedimento diante do sol e sua aderência ao caminho que lhes foi
distribuído, (42) em obediência ao comando do
Senhor dos espíritos. Potente é seu nome para sempre
e sempre.
(42) Seu procedimento... caminho distribuído . Ou,
"o sol vai primeiro e completa sua jornada" (Knibb, p. 129; cp.
Charles,
p. 122).
5Depois eu vi
que o caminho da lua, tanto oculto quanto manifesto; e também o progresso dessa
trajetória
foram completados dia a dia, e à noite; enquanto cada uma, junto com a outra,
olhou para
o Senhor dos
espíritos, magnificando-O e exaltando-O sem cessar, já que exaltá-lO, para
eles, é
repouso; pois
no esplêndido sol há uma freqüente alteração para bênção e para maldição.
6O curso do
caminho da lua para com os retos é luz, mas para os pecadores é escuridão; no
nome do
Senhor dos
espíritos, o qual criou uma divisão entre luz e escuridão, e separando
os espíritos dos
homens,
fortalecendo os espíritos dos justos em nome de sua própria retidão.
7O anjo não
previne isto, nem é ele dotado de poder para preveni-lo, pois o Juiz vê a
todos, e julgaos
a todos na
própria presença deles.
Capítulo 42
1A sabedoria
não encontrou um lugar na terra onde pudesse habitar; sua habitação,
portanto está no
céu.
2A sabedoria
saiu para habitar entre os filhos dos homens, mas ela não obteve habitação. A
sabedoria
retornou ao seu lugar e assentou-se no meio dos anjos. Mas a iniqüidade saiu
depois do
seu retorno,
a qual de má vontade encontrou uma habitação e residiu entre eles como
chuva no
deserto, e
como o orvalho na terra seca.
Capítulo 43
1Eu vi outro
esplendor, e as estrelas do céu. Eu observei que ele chamou-as todas por seus
respectivos
nomes, e que elas ouviram. Vi que ele pesou-as numa justa balança por sua luz e
amplitude de
seus lugares, o dia de seu aparecimento, e suas conversões. Esplendor produziu
esplendor; e
sua conversão foi o número dos anjos, e dos fiéis.
2Então eu
perguntei ao anjo, que prosseguia comigo, e ele explicou-me coisas secretas, e
quais eram
seus nomes. Ele respondeu: O Senhor dos espíritos
mostrou a ti uma similaridade disto. Eles são
nomes dos
justos que habitaram na terra, os quais acreditam no nome do Senhor dos
espíritos para
sempre e
sempre.
Capítulo 44
1Outra coisa
também vi com respeito ao esplendor; que ele sobe por causa das estrelas e
torna-se
esplendor,
sendo incapaz de abandoná-las.
Capítulo 45
1A segunda
parábola, a respeito daqueles que negam o nome da habitação dos santos e do
Senhor
dos
espíritos.
2Aos céus
eles não ascenderão nem virão sobre a terra. Esta será a porção dos pecadores
que negam
o nome do
Senhor dos espíritos e que estão assim reservados para o dia da punição e da
aflição.
3Naquele dia
o Eleito se assentará sobre um trono de glória e escolherá suas condições e
suas
incontáveis
habitações, enquanto seus espíritos neles serão fortalecidos quando eles virem
meu
Eleito, pois
esses fugiram por proteção para meu santo e glorioso nome.
4Naquele dia
eu farei com que meu Eleito habite no meio deles; mudarei a face do céu;
o abençoarei
e o
iluminarei para sempre.
5Eu também
mudarei a face da terra, a abençoarei; e farei com que aqueles a quem
elegi habitem
sobre ela.
Mas aqueles que cometeram pecado e iniqüidade não habitarão nela, pois Eu
marquei
seus
procedimentos. Meus justos Eu satisfarei com paz, colocando-os diante de Mim;
mas a
condenação
dos pecadores se aproximará, para que Eu possa destruí-los da face da terra.
Capítulo 46
1Ali eu vi o
Ancião de dias, cuja cabeça era igual à branca lã, e com ele outro, cujo
semblante
assemelhava-se
àquele do homem. Seu semblante era cheio de graça, igual àquele dos santos
anjos.
Então eu
inquiri dos anjos que estavam comigo, e que me mostravam toda coisa secreta
concernente
a este Filho
do homem, o qual foi; de onde Ele era e porque Ele acompanhou o Ancião de dias.
2Ele
respondeu-me e disse: Este é o Filho do homem, ao qual a justiça pertence, com
o qual a
retidão tem
habitado e o qual revelou todos os tesouros do que é escondido: pois o Senhor
dos
espíritos o
tem escolhido e sua porção tem excedido a tudo diante do Senhor dos espíritos
em eterna
ascensão.
3Este Filho
do homem, que tu vês, levantará reis e poderosos de seus lugares de habitação,
e os
poderosos de
seus tronos; soltará as rédeas do poderoso, e quebrará em pedaços os dentes dos
pecadores.
4Ele lançará
reis dos seus tronos e de seus domínios porque eles não O exaltarão, O
louvarão, nem
se humilham diante
dEle, pelo Qual seus reinos lhes foram dados. Igualmente o semblante do
poderoso Ele
lançará abaixo, enchendo-os de confusão. Escura será sua habitação e vermes
serão
sua cama;
deste seu leito eles não esperam levantar-se novamente porque eles não exaltam
o nome
do Senhor dos
espíritos.
5Eles
condenarão as estrelas do céu, elevarão suas mãos contra o Altíssimo, caminham
e habitam
sobre a
terra, exibindo todos os seus atos de iniqüidade, mesmo suas obras de
iniqüidade. Sua força
estará em
suas riquezas e sua fé nos bens que têm formado com suas próprias mãos. Eles
negarão o
nome do
Senhor dos espíritos e o expulsarão de seus templos, nos quais eles se reúnem;
6E com Ele
o fiel, (43) o qual sofre em nome do Senhor dos espíritos.
(43) O expulçarão… o fiel. Ou,
"expulsarão das causas de sua congregação e do fiel" (Knibb, p. 132;
cp. Charles, p.
131).
Capítulo 47
1Naquele dia
a oração dos santos e dos justos e o sangue dos íntegros ascenderá da terra até
a
presença do
Senhor dos espíritos.
2Naquele dia
os santos se reunirão, os quais habitam nos céus, e com vozes unidas de
petição,
suplica,
oração, louvor e bênção ao nome do Senhor dos espíritos, por conta do sangue
dos justos
que tem sido
derramado, para que a oração dos justos não seja descontinuada diante do Senhor
dos
espíritos,
para que por eles se execute julgamento; e para que sua paciência possa
perdurar para
sempre.(44)
(44) Para que sua paciência… perdure para sempre. Ou,
"(para que) sua paciência possa não ter
que durar
para sempre" (Knibb, p. 133).
3Naquele
tempo eu vi o Ancião de dias enquanto ele se assentava sobre o trono da sua
glória,
enquanto o livro dos vivos foi aberto na sua
presença e enquanto todos os poderes que estão acima
dos céus
permanecem ao redor e diante dele.
4Então os
corações dos santos estavam cheios de alegria, por causa da consumação da
justiça que
havia
chegado, a súplica dos santos foi ouvida e o sangue dos justos apreciado pelo
Senhor dos
espíritos.
Capítulo 48
1Naquele
lugar eu vi uma fonte de retidão, a qual nunca falha, envolta em muitas fontes
de
sabedoria.
Delas todos os sedentos beberam e foram cheios de sabedoria tendo sua habitação
com
os retos,
eleitos e santos.
2Naquela hora
o Filho do homem foi invocado diante do Senhor dos espíritos e seu nome na
presença do
Ancião de dias.
3Antes que o
sol e os sinais fossem criados, antes que as estrelas do céu tivessem sido
formadas, seu
nome era
invocado na presença do Senhor dos espírito. Ele será um apoio para os justos e
santos se
encostarem,
sem falhar; e ele será a luz das nações.
4Ele será a
esperança daqueles cujos corações estão temerosos. Todos os que habitam na
terra cairão
diante dEle;
O abençoarão e glorificarão, e cantarão orações ao nome do Senhor dos
espíritos.
5Portanto o
Eleito e Escondido subsistiu em sua presença, antes que o mundo fosse formado,
e para
sempre.
6Na Sua
presença Ele existiu, e revelou aos santos e aos justos a sabedoria do
Senhor dos espíritos;
pois Ele
preservou o lugar dos retos, porque eles iraram e rejeitaram este mundo de
iniqüidade, e
detestaram
todas as suas obras e caminhos, no nome do Senhor dos espíritos.
7Pois em seu
nome eles serão preservados e sua será a vida. Naqueles dias os reis da terra e
os
homens
poderosos, os quais ganharam o mundo por suas realizações, se tornarão humildes
em seus
semblantes.
8Pois no dia
de sua ansiedade e angústia, suas almas não serão salvas, e eles estarão em
sujeição
daquele a quem
eu escolhi.
9Eu os
lançarei como a palha ao fogo e como chumbo, na água. Assim eles queimarão na
presença
dos justos e
afundarão na presença dos santos; nem a décima parte deles será encontrada.
10Mas no dia
da tribulação o mundo ganhará tranqüilidade.
11Em sua
presença eles falharão e não serão levantados novamente; nem haverá alguém para
tomálos
por suas mãos
e levantá-los; pois eles negaram o Senhor dos espíritos e seu Messias. O nome
do
Senhor será
abençoado.
Capítulo 48A
(45)
(45) Dois
capítulos consecutivos são enumerados "48"
1Sabedoria
verteu como água e glória não falta diante dEle para sempre e sempre, pois
potente é Ele
em todos os
segredos de retidão.
2Mas a
iniqüidade passa como uma sombra e não possui uma estação fixa, pois o Eleito
permanece
diante do
Senhor dos espíritos e Sua glória é para sempre e sempre, e Seu poder de
geração em
geração.
3Com Ele
habitam os espíritos da sabedoria intelectual, o espírito da instrução e do
poder e o
espíritos dos
que dormem em retidão; Ele julgará coisas secretas.
4Ninguém será
capaz de pronunciar uma única palavra diante dEle, pois o Eleito está na
presença
do Senhor dos
espíritos de acordo com Seu próprio prazer.
Capítulo 49
1Naqueles
dias os santos e os escolhidos sofrerão uma mudança. A luz do dia descansará
sobre eles
e o esplendor
e a glória dos santos será transformada.
2Naquele dia
de tribulação o mal será amontoado sobre os pecadores, mas os justos triunfarão
no
nome do
Senhor dos espíritos.
3Outros serão
levados a ver que devem arrepender-se e desistir das obras das suas mãos, e que
a
glória não os
espera na presença do Senhor dos espíritos já que por Seu nome eles podem ser
salvos. O
Senhor dos espíritos terá compaixão deles, pois grande é a Sua misericórdia e a
justiça
está em Seu
julgamento; na presença de Sua glória, em seu julgamento a iniqüidade não
permanecerá.
Aquele que não se arrepende em
perecerá Sua presença.
4Daqui em diante Eu não terei
misericórdia deles, diz o Senhor dos espíritos.
Capítulo 50
1Naqueles
dias a terra entregará de seu ventre e o inferno entregará de si aqueles a quem
recebeu, e
a destruição
restaurará àqueles a quem ela deve.
2Ele
selecionará os justos e santos de entre eles, pois o dia de sua salvação se tem
aproximado.
3E naqueles
dias o Eleito se assentará sobre seu trono, enquanto todo segredo de sabedoria
intelectual
procederá da sua boca, pois o Senhor dos espíritos lhe concedeu e glorificou.
4Naqueles
dias as montanhas saltarão como as rãs e os montes pularão como jovens ovelhas
(46)
saciadas com
leite; e todos os justos se tornarão iguais aos anjos nos céu.
(46) Cp.
Salmos 114:4
5Seu
semblante se iluminará de alegria, pois naqueles dias o Eleito será exaltado. A
terra se
regozijará;
os justos habitarão nela e a possuirão.
Capítulo 51
1Depois desse
tempo, no lugar onde eu havia visto toda visão secreta, fui arrebatado em um
redemoinho de
vento e transportado para o oeste.
2Lá meus
olhos viram os segredos do céu e tudo o que existe na terra; uma montanha de
fogo, uma
montanha de
cobre, uma montanha de prata, uma montanha de ouro, uma montanha de metal
fundido, e
uma montanha de chumbo.
3E eu
perguntei ao anjo que foi comigo, dizendo: O que são estas coisas, que em
segrego eu vi?
4Ele disse:
Todas as coisas que tu viste serão para o domínio do Messias, para que ele possa
comandar e
ser poderoso sobre a terra.
5E aquele
anjo de paz respondeu-me dizendo: Espera um pouco de tempo e entenderás, e cada
coisa
secreta te
será revelada, o que o Senhor dos espíritos tem decretado. Aquelas montanhas
que tu
viste, a
montanha de ferro, a montanha de cobre, a montanha de prata, a montanha de
ouro, a
montanha de
metal fluido e a montanha de chumbo, todas estas na presença do Eleito serão
como o
favo de mel
diante do fogo, e como a água descendo de cima sobre estas montanhas, e se tornarão
debilitadas
diante de seus pés.
6Naqueles
dias os homens não serão salvos por ouro e por prata.
7Nem eles o
terão em seu poder para assegurar-se, e voar.
8Lá não
haverá nem ferro, nem casaco de malha para o peito.
9Cobre será
unútil; inútil também será o que não enferruja nem se consome; e levar não será
desejado.
10Todas estas
coisas serão rejeitadas, e perecem na terra, quando o Eleito aparecer na
presença do
Senhor dos
espíritos.
Capítulo 52
1Ali meus
olhos viram um profundo vale, e larga era sua entrada.
2Todos os que
habitam na terra, no mar, e nas ilhas, trarão para ele dons, presentes e
oferendas;
contudo
aquele profundo vale não se encherá. Suas mãos cometerão iniqüidade. Tudo
quanto eles
produzirem
por labor será devorado pelos pecadores por crime. Mas eles perecerão de diante
da
face do
Senhor dos espíritos e da face de sua terra. Eles se levantarão, e não falharão
para sempre.
3Eu vi anjos
de punição, os quais estavam habitando ali, e preparando todos os
instrumentos de
Satan.
4Então
perguntei ao anjo da paz que continuava comigo, para quem aqueles instrumentos
eram
preparados.
5Ele disse:
Estes são preparados para os reis e poderosos da terra, para que assim eles
pereçam.
6Depois que
os justos e a casa escolhida de sua congregação aparecerão, e desde então serão
imutáveis no
nome do Senhor dos espíritos.
7Nem aquelas
montanhas existirão na sua presença como a terra e os montes, como as fontes de
água existem.
E os justos serão aliviados da vexação dos pecadores.
Capítulo 53
1Então eu
olhei e me virei para outra parte da terra, onde vi um profundo vale de fogo
ardente.
2Para esse
vale, eles levaram os monarcas e os poderosos.
3Ali meus
olhos viram os instrumentos que eles fizeram, correntes de ferro sem peso.(47)
(47) Sem peso. Ou, "de imensurável
peso" (Knibb, p. 138).
4Então eu
perguntei ao anjo da paz que estava comigo, dizendo: Para quem essas correntes
são
preparadas?
5Ele
respondeu: Estas são preparadas para as hostes de Azazeel, para que eles sejam
entregues e
julgados a
uma menor condenação, e para que seus anjos sejam subjugados com pedras
arremessadas,
como o Senhor dos espíritos ordenou.
6Miguel e
Gabriel, Rafael e Fanuel serão fortalecidos naquele dia, e então os lançarão
numa
fornalha de
fogo ardente para que o Senhor dos espíritos possa ser vingado pelos crimes que
eles
cometeram;
porque eles se tornaram ministro de Satan, e seduziram aqueles que habitam
sobre a
terra.
7Naqueles
dias punição virá do Senhor dos espíritos, e os receptáculos de água que estão
acima nos
céus serão
abertos, e igualmente as fontes que estão sob a terra.
8Todas as
águas, que estão nos céus e abaixo deles, serão reunidas e se misturarão.
9A água que
está acima no céu será o agente; (48)
(48) Agente. Literalmente,
"macho" (Laurence, p. 61).
10E a água
que está sob a terra será o recipiente, (49) e todos os que habitam sobre a
terra serão
destruídos e
os que habitam sob as extremidades do céu.
(49) Recipiente. Literalmente,
"fêmea" (Laurence, p. 61).
11Por esses
meios eles entenderão a iniqüidade que cometeram na terra, e por esses meios
perecerão.
Capítulo 54
1Depois disso
o Ancião de dias arrependeu-se, e disse: Em vão eu destruí todos os habitantes
da
terra.
2E ele jurou
por seu grande nome, dizendo: De agora em diante eu não agirei mais
assim para com
todos aqueles
que habitam sobre a terra.
3Mas eu
colocarei um sinal nos céus; (50) e ele será uma fiel testemunha entre mim e
eles para
sempre,
tantos quantos os dias do céu durarem sobre a terra.
(50) Cp.
Gen. 9:13, "Eu colocarei meu arco na nuvem, e ele será um sinal do
convênio entre mim e a terra".
4Depois
disso, de acordo com esse meu decreto, quando eu estiver disposto a prende-los
antecipadamente,
pela instrumentalidade dos anjos, no dia da aflição e da perturbação, minha ira
e
minha punição
permanecerá sobre eles, minha punição e minha ira, diz Deus, o Senhor dos
espíritos.
5Ó vós reis,
ó vós poderosos, que habitam o mundo, vereis meu Eleito, assentado sobre o
trono da
minha glória.
E Ele julgará Azazeel, todos seus associados, em nome do Senhor dos espíritos.
6Ali
igualmente eu vi as hostes dos anjos que estavam se movendo em punição,
confinadas numa
rede de ferro
e bronze. Então eu perguntei ao anjo da paz, que estava comigo: Para quem estes
sob
confinamento
estão indo.
7Ele disse:
Para todos os seus eleitos e seus amados, (51) para que eles possam ser
lançados nas
fontes e
profundas fendas do abismo.
(51) Para cada um dos… seus amados. Ou,
"Para cada um de seus escolhidos e para os seus amados" (Knibb, p.
139).
8E aquele
vale será cheio com seus eleitos e amados; os dias cuja vida serão consumados,
mas os
dias de seus
erros serão inumeráveis.
9Então
príncipes (52) se combinarão e juntos conspirarão. Os chefes do leste, entre os
Partos e
Medos,
removerão reis, nos quais um espírito de perturbação entrará. Ele os lançará de
seus tronos,
saltando como
leões de seus esconderijos, e como lobos famintos no meio do rebanho.
(52) Príncipes. Ou, "anjos"
(Charles, p. 149; Knibb, p. 140).
10Eles
subirão e pisarão na terra de seus eleitos. A terra de seus eleitos estará diante
deles. A eira, a
senda e a
cidade do meu povo justo imperará o progresso de seus cavalos.
Eles se levantarão para
destruir uns
aos outros; sua mão direita se estenderá; o homem não conhecerá seu amigo ou
seu
irmão;
11Nem o filho
de seu pai ou de sua mãe; até que o número dos corpos de seus mortos sejam
completados, pela sua morte e punição. Nem isto
acontecerá sem causa.
12Naqueles
dias a boca do inferno será aberta, na qual eles serão imersos; o inferno
destruirá e
tragará os
pegadores da face dos eleitos.
Capítulo 55
1Depois disto
eu vi outro exército de carruagens com homens dirigindo-as.
2E eles
vieram sobre o vento do leste, desde o oeste, e do sul.(53)
(53) Desde o sul. Literalmente "do
meio do dia". (Laurence, p. 63).
3O som do
barulho de suas carruagens foi ouvido.
4E quando
aquela agitação aconteceu os santos fora do céu perceberam-na; o pilar da terra
abalou-se
desde a sua
fundação e o som foi ouvido desde as extremidades da terra até as extremidades
do céu
ao mesmo
tempo. 5Então eles caíram e adoraram o Senhor dos espíritos.
6Este é o fim
da segunda parábola.
Capítulo 56
1Então eu
comecei a proferir a terceira parábola, concernente aos santos e aos eleitos.
2Abençoados
sois vós, ó santos e eleitos, pois glorioso é o vosso lugar.
3Os santos existirão
na luz do sol e os eleitos na luz da vida eterna, cujos dias de vida nunca
terminarão
nem os dias dos santos serão enumerados, os quais procuram pela luz e obtêm
retidão
com o Senhor
dos espíritos.
4Paz seja aos
santos com o Senhor do mundo.
5Daqui em
diante aos santos seja dito que procurem nos céu os segredos da retidão, a
porção da fé;
semelhante ao
sol nascido sobre a terra, enquanto a escuridão se vai. Ali haverá luz
interminável;
eles não
entrarão em contagem de tempo, pois a escuridão será previamente destruída e a
luz
aumentará
diante do Senhor dos espíritos; diante do Senhor dos espíritos a luz da
honradez
aumentará
para sempre.
Capítulo 57
1Naqueles
dias meus olhos viram os segredos dos relâmpagos e seu esplendor, e o
julgamento a eles
pertencente.
2Eles
iluminam por bênção e por maldição, de acordo com a vontade do Senhor dos
espíritos.
3Ali eu vi os
segredos do trovão quando ele agita-se acima no céu e seu som é ouvido.
4As
habitações da terra também foram mostradas a mim. O som do trovão é para paz e
para bênção,
tanto para o
bem quanto para maldição, de acordo com a palavra do Senhor dos espíritos.
5Depois
disso, todo segredo dos esplendores e dos trovões foram vistos por mim. Para
bênção e para
fertilidade
eles iluminam.
Capítulo 58
1No qüinquagésimo
ano, no sétimo mês, no décimo quarto dia da vida de Enoque, naquela parábola
eu vi o céu
dos céus tremer, que ele tremeu violentamente e que os poderes do Altíssimo e
dos
anjos,
milhares de milhares, e miríades de miríades, ficaram agitados com grande
agitação. E
quando eu
olhei o Ancião de dias estava assentado no trono de sua glória enquanto os
anjos e santos
estavam em pé
ao redor dele. Um grande tremor veio sobre mim. Meus lombos foram curvados e
soltos, meus
rins foram dissolvidos; e eu cai sobre minha face. O santo Miguel, outro santo
anjo,
um dos
santos, foi enviado, o qual levantou-me.
2E quando ele
levantou-me, meu espírito retornou, pois eu fui incapaz de suportar essa visão
de
violência,
sua agitação e o choque do céu.
3Então o
santo Miguel disse-me: Por que estás perturbado com essa visão?
4Desde então
tem existido o dia da misericórdia; Ele tem sido misericordioso e magnânimo com
todos os que
habitam sobre a terra.
5Mas quando o
tempo vier, então o poder, a punição, e o julgamento tomarão lugar, o
qual o Senhor
dos espíritos
preparou para aqueles que se prostrarem para o julgamento da retidão, para
aqueles
que
renunciarem àquele julgamento, e para aqueles que tomam seu nome em vão.
6Aquele dia
foi preparado para os eleitos como um dia de convênio e para os
pecadores como um
dia de inquisição.
7Naquele dia
dois monstros serão distribuídos como alimento (54), um monstro fêmea,
cujo nome é
Leviathan,
habitando nas profundezas do mar, acima das fontes de águas;
(54) Distribuídos como alimento. Ou,
"separados um do outro" (Knibb, p. 143).
8E um monstro
macho, cujo nome é Behemoth, o qual possui, movendo-se em seu ventre, o
deserto
invisível.
9Seu nome era
Dendayen. A leste do jardim, onde os eleitos e os justos habitarão, onde ele
recebeuo
de meu
ancestral, desde Adão o primeiro dos homens, (55) cujo homem o Senhor dos
espíritos fez.
(55) Ele recebeu-o… primeiro dos homens. Ou,
"meu bisavô foi tomado, o sétimo desde Adão" (Charles, p. 155). Isto
implica
que esta seção do livro foi escrita por Noé, descendente de Enoque. Os
estudiosos têm especulado que esta
parte do
livro pode conter fragmentos do perdido Apocalipse de Noé.
10Então eu
pedi a outro anjo que me mostrasse o poder daqueles monstros, como eles se
separaram
naquele mesmo
dia, um estando nas profundezas do mar, e o outro no seco deserto.
11E ele
disse: Tu, filho do homem, estás aqui desejoso de entendimento das coisas
secretas.
12E o anjo da
paz, o qual estava comigo disse: Estes dois monstros estão preparados pelo
poder de
Deus para
tornarem-se alimento, para que a punição de Deus não seja em vão.
13Então
crianças serão mortas com suas mães, e os filhos com seus pais.
14E quando a
punição do Senhor dos espíritos continuar, sobre eles ela continuará, para que
a
punição do
Senhor dos espíritos não aconteça em vão. Depois do quê, o julgamento existirá com
misericórdia
e longanimidade.
Capítulo 59
1Então outro
anjo, o qual estava comigo, me falou,
2E mostrou-me
o primeiro e o último dos segredos em cima no céu, e nas profundezas da terra:
3Nas
extremidades do céu e nas fundações dela, e no receptáculo dos céus.
4Ele
mostrou-me como seus espíritos foram divididos; como eles foram balançados
e como ambas
as fontes e
os ventos foram contados de acordo com a força de seu espírito.
5Ele me
mostrou o poder da luz da lua, que seu poder é justo; bem como as divisões
das estrelas, de
acordo com
seus respectivos nomes;
6Que cada
divisão é separada; que os relâmpagos iluminam;
7Que suas
tropas imediatamente obedecem e que uma cessação toma lugar durante o trovão em
continuação
de seu som. Não são separados o trovão e o raio; nem eles se movem com um
espírito,
já que eles
não são separados.
8Pois quando
os raios iluminam, o trovão soa e o espírito a um próprio período faz pausa,
fazendo
uma igual
divisão entre eles, pois o receptáculo sobre o qual seus períodos dependem é
solto como a
areia. Cada
um deles à sua própria estação é restringido com uma rédea e virado pelo poder
do
espírito, que
assim impele-os de acordo com a espaçosa extensão da terra.
9O espírito
do mar é igualmente potente e forte, e um poder tão forte o faz vazar; assim
ele é
dirigido
adiante e espalha-se contra as montanhas da terra. O espírito da geada tem seu
anjo; no
espírito do
granizo ele é um bom anjo; o espírito da neve cessa em sua força e um espírito
solitário
está nele, o
qual ascende dele como vapor, e é chamado refrigeração.
10O espírito
da névoa também habita com eles em seu receptáculo, mas ele tem um receptáculo
para
si mesmo,
pois seu progresso está no esplendor,
11Na luz e na
escuridão, no inverno e no verão. Seu receptáculo é brilho, e um anjo esta
nele.
12O espírito
do orvalho tem seu domicílio nas extremidades do céu, em conexão com o
receptáculo
da chuva e
seu progresso está no inverno e no verão. A nuvem produzida por ele e a nuvem
do meio
se tornam
unidos, um dá ao outro; e quando o espírito da chuva está em movimento de seu
receptáculo,
anjos vêm e, abrindo seu receptáculo, o traz adiante.
13Quando
igualmente ele é borrifado sobre toda a terra ele forma uma união com todo tipo
de água
no chão; pois
as águas ficam na terra, porque eles fornecem nutrição para a terra
desde o Altíssimo,
o qual está
no céu.
14Sobre este
informe, portanto há uma regulamentação na qualidade da chuva que os anjos
recebem.
15Estas
coisas eu vi, todas elas, até o paraíso.
Capítulo 60
1Naqueles
dias eu vi que longos mantos foram dados àqueles anjos, os quais tomaram suas
asas e
fugiram em
direção ao norte.
2Eu perguntei
ao anjo, dizendo: Para onde eles levaram aqueles longos mantos e para onde se
foram? Ele
disse: Eles foram medir.
3O anjo, o
qual continuava comigo, disse: Estas são as medidas dos justos e cordas serão
trazidas
para que eles
possam confiar no nome do Senhor dos espíritos para sempre e sempre.
4O eleito
começará a habitar com o eleito.
5Estas são as
medidas que serão dadas pela fé, as quais fortalecerão as palavras de retidão.
6Estas
medidas revelarão todos os segredos nas profundezas da terra.
7E acontecerá
que aqueles que foram destruídos no deserto e os que foram devorados pelos
peixes
do mar e
pelas bestas do campo, retornarão e confiarão no dia do Eleito, pois ninguém
perecerá na
presença do
Senhor dos espíritos, nem ninguém será capaz de perecer.
8Então eles
receberam o mandamento, todos os quais estavam nos céus acima, para quem foi
dado
um poder
combinado, voz e esplendor, semelhante ao fogo.
9E primeiro,
com suas vozes eles abençoaram-no, exaltaram-no, glorificaram-no com sabedoria
e
atribuíram a
Ele sabedoria com a palavra e com o sopro da vida.
10Então o
Senhor dos espíritos assentado sobre o trono de sua glória, o Eleito,
11O qual
julgará todas as obras do Santo acima no céu, e numa balança Ele pesará suas
ações. E
quando Ele
levantar Seu semblante para julgar seus caminhos secretos na palavra do nome do
Senhor dos
espíritos, e seu progresso no caminho do justo julgamento do altíssimo Deus;
12Eles
falarão com vozes unidas; abençoarão, glorificarão, exaltarão, e orarão em nome
do Senhor
dos
espíritos.
13Ele chamará
a todo poder dos céus, a todo santo acima, e ao poder de Deus. O Querubim, o
Serafim, o
Ofanim, todos os anjos de poder e todos os anjos dos Senhores, a saber, do
Eleito, e do
outro Poder,
o qual estava sobre a água naquele dia.
14E levarão
suas vozes unidas; abençoarão, glorificarão, orarão, e exaltarão com o espírito
da fé,
com o
espírito da sabedoria e da paciência, com o espírito da misericórdia, com o
espírito do
julgamento e
da paz, e com o espírito da benevolência; todos dirão com vozes unidas:
Abençoado é
Ele; e o nome
do Senhor dos espíritos será abençoado para sempre e sempre; todos, os quais
não
dormem, o
abençoarão acima no céu.
15Todo santo
no céu o abençoará; todo o eleito que habita no jardim da vida e todo espírito
de luz
que é capaz
de abençoar, glorificar, exaltar, e orar em seu santo nome e todo homem mortal,
(56)
mais do que
os poderes do céu, glorificará e abençoará seu nome para sempre e sempre.
(56) Todo homem mortal Literalmente,
"toda carne" (Laurence, p. 73).
16Pois grande
é a misericórdia do Senhor dos espíritos; magnânimo Ele é; e todas as suas
obras,