Esboços Bíblicos de Salmos - 51 a 100


Salmos 1 a 50 - Salmos 51 a 100 - Salmos 101 a 150


Salmo 51

TÍTULO
Ao mestre da música. Logo, não foi escrito apenas para meditação particular, mas para o culto público de cântico. Adequado para a solidão da penitência individual, este salmo ímpar é igualmente adaptável para uma assembléia dos pobres de espírito. Um salmo de Davi. É de se maravilhar, embora seja fato que haja quem negue a autoria de Davi para este salmo, mas suas objeções são frívolas, pois o salmo é Davi em tudo. Seria muito mais fácil imitar Milton, Shakespeare ou Tennyson, do que Davi. Seu estilo é totalmente sui generis, e tão facilmente distinguido como o toque de Rafael ou o colorido de Rubens. "Quando o profeta Natã veio falar com Davi, depois que este cometeu adultério com Bate-Seba." Quando a mensagem divina acordou sua consciência dormente e o fez ver a enormidade de sua culpa, ele escreveu este salmo. Ele tinha esquecido sua salmodia enquanto cedia à carne, mas voltou à sua harpa quando sua natureza espiritual foi despertada, e ele extravasava seu canto ao acompanhamento de suspiros e lágrimas. O grande pecado de Davi não é para ser desculpado, mas é bom lembrar que seu caso tem uma coleção excepcional de especialidades. Era um homem de paixões muito fortes, um soldado, e um monarca oriental que tinha poder de déspota! Nenhum outro rei de sua época teria sentido qualquer dor de consciência por agir da forma que ele agiu, e, portanto, não havia ao redor dele aquelas restrições de costume e a associação que, quando quebradas, deixam a ofensa tanto mais monstruosa. Ele nunca sugere nenhuma forma de atenuação, nem nós mencionamos esses fatos a fim de desculpar o seu pecado, que foi detestável no último grau, mas para deixar avisadas outras pessoas para que reflitam que a licenciosidade neles próprios hoje poderia ter maior culpa ainda do que no errar do rei de Israel. Quando nos lembramos de seu pecado, lembremo-nos mais de seu arrependimento, e da longa série de castigos que fizeram do prosseguimento de sua vida uma história tão lamentosa.

DIVISÃO
O mais simples será notar nos primeiros doze versículos as confissões do penitente e rogo por perdão, e depois nos últimos sete sua gratidão antecipada, e a maneira pela qual ele resolve demonstrá-la.

DICAS PARA O PREGADOR
Aparentemente, este salmo é tão cheio de sugestões para sermões que não procurei oferecer nenhuma outra, apenas inseri uma seleção de G. Rogers e outros.
VERS. 1.
1. A oração.
(a) Por misericórdia, não justiça. Misericórdia é o atributo do pecador--faz parte da natureza divina como a justiça. A possibilidade de pecado está subentendida em sua existência. A comissão real do pecado é sugerida em sua exposição.
(b) Para perdão, não meramente piedade, mas perdão.
2. A súplica.
(a) Pelo perdão de grandes pecados por causa de grandes misericórdias e amor.
(b) Muitos pecados por conta da multidão de misericórdias.
3. Pecados que merecem o inferno computados contra misericórdias ternas e amor fiel. Nós que temos pecados somos humanos, ele que perdoa é divino.
"Grandioso Deus, de natureza ilimitada,
que em perdão tua graça seja encontrada".

VERS. 3.
1. Confissão. "Pois eu mesmo reconheço".
2. Humilhação, não uma mera confissão com os lábios, mas sempre diante de mim - na culpa - aviltamento -, conseqüências nesta vida e além.

VERS. 3-4, 11-12, 17.
1. Estimativa bíblica do pecado.
(a) Responsabilidade pessoal - Meu pecado.
(b) Estimado como odioso a Deus - Contra ti.
(c) Pecado calculado como separação de Deus.
2. Restauração espiritual. Primeiro passo - sacrifício de um espírito quebrantado. Último passo - espírito livre, libertado (Thy free spirit, F. W. Robertson).

VERS. 7. Aqui há:
1. Fé no ato de uma expiação por pecado. "Ficarei limpo."
2. Fé no método de sua aplicação. "Limpa-me". Aspergido como o sangue dos sacrifícios.
3. Fé na sua eficácia. "Serei mais branco".

VERS. 10.
1. A mudança a ser efetuada.
(a) Um coração limpo.
(b) Um espírito estável, reto.
2. O poder pelo qual é efetuado.
(a) Um poder criativo, tal como aquele que criou o mundo no princípio.
(b) Um poder renovador, tal como o que continuamente renova a face da terra.
(c) A aquisição dessas bênçãos. A prece, "Cria".

VERS. 12-13. Um desejo tríplice.
1. Ser feliz - "Renove".
2. Ser coerente - "Sustente".
3. Ser útil - "Então ensinarei" (W. Jackson).

VERS. 13.
1. Não é nosso dever buscar a conversão de outros enquanto nós mesmos não somos convertidos.
2. Quanto maior prazer temos nos caminhos de Deus, tanto mais fiel e sinceramente nós os tornaremos conhecidos a outros.
3. Quanto mais fiel e sinceramente nós os tornamos conhecidos a outros, tanto mais eles serão influenciados por esses caminhos.

VERS. 15.
1. Confissão. Seus lábios são selados por causa de:
(a) sua queda - e bem poderiam estar.
(b) sua timidez natural.
(c) falta de zelo.
2. Petição, "Abre tu". Não meramente meu entendimento e coração, mas os "lábios".
3. Decisão. Então, ele falaria livremente em louvor de Deus.
VERS. 15.
1. Quando Deus não abre nossos lábios, é melhor nós os conservarmos fechados.
2. Quando ele os abre, não devemos fechá-los.
3. Quando ele abre os lábios não é para falar em nosso próprio louvor, e poucas vezes em louvor de outros, mas sempre em louvor dele próprio.
4. Devemos usar esta oração sempre que formos falar em nome dele: "Ó Senhor, abre".

VERS. 16-17.
1. Os homens fariam algo em prol de sua própria salvação alegremente, se pudessem: "Não te deleites" porque "se não eu os traria".
2. Tudo o que podem fazer de nada adianta. Todas as observâncias das igrejas judaicas ou gentias não podem conseguir perdão pela menor transgressão da lei moral.
3. A única oferta do homem que Deus não desprezará é um coração quebrantado e contristo.
4. Todas as outras exigências para a sua salvação Deus mesmo proverá.

VERS. 18.
1. Por quem a oração é oferecida - pela igreja ou por Sião?
(a) Depois de nosso próprio bem, devemos procurar o bem de Sião.
(b) Todos devem buscá-lo por meio de orações.
2. Pelo que a oração é oferecida?
(a) O tipo de bem, não terreno ou eclesiástico, mas sim espiritual.
(b) A medida do bem. "Por tua boa vontade". Teu prazer. Teu próprio amor pela igreja, e o que tu já tens feito em seu favor.
(c) A continuação do bem. "Ergue os muros". Suas doutrinas, graças, zelo.

VERS. 19.
1. Quando somos aceitos por Deus nossas ofertas são aceitas. "Então".
2. Devemos então fazer as mais ricas ofertas que estão em nosso poder, nosso tempo, talentos, influência.
(a) Obediência santa.
(b) Sacrifícios de si, não ofertas de metades, mas "ofertas queimadas" inteiras; não meras ovelhas, mas "novilhos".
(c) Zelo por ordenanças divinas. "Sobre o teu altar."
3. Deus se agradará de tais cultos. "Então te agradarás."
(a) Porque vêm de seus próprios redimidos.
(b) Porque são dados no nome do Redentor. Com tais sacrifícios, Deus se agrada muito.

SALMO 52

TÍTULO
Ao mestre da música. Mesmo salmos curtos, que registram apenas um exemplo da bondade do Senhor, e repreendem apenas em breves palavras o orgulho do homem, são dignos de nossa melhor arte de declamadores (menestréis). Quando vemos que cada salmo é dedicado ao "mestre da música", isso deve fazer-nos valorizar nossa salmodia e nos impedir de louvar o Senhor descuidadamente. É um Maschil. Instrutivo. Até a malícia de um Doegue pode fornecer instrução a um Davi. Um salmo de Davi. Ele era o maior objeto do ódio rosnador de Doegue, e, portanto, a pessoa mais adequada para tirar do incidente a lição oculta dentro dela. Quando o edomita Doegue foi a Saul e lhe contou: "Davi foi à casa de Aimeleque". Através dessa fofoca enganosa, ele conseguiu a morte de todos os sacerdotes em Nobe: embora fosse crime socorrer Davi como rebelado; eles não tiveram culpa por intenção e conhecimento de que era proibido. Davi sentiu muito a vileza de seu inimigo, e aqui ele o denuncia em termos fortes; talvez estivesse também de olho em Saul.

DIVISÃO
Seguiremos as pausas (selahs) sacras marcadas pelo poeta.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. A confiança da fé.
1. As circunstâncias foram aflitivas.
(a) Davi foi julgado mal.
(b) Davi exilado.
(c) Um homem mau no poder.
(d) Os sacerdotes de Deus mortos.
2. A consolação foi duradoura.
(a) Há um Deus.
(b) Ele é bom.
(c) Sua bondade continua.
(d) O bem, portanto, vencerá.
3. A réplica foi triunfante. Por que te glorias?
(a) O mal não tocou o ponto principal.
(b) Seria desconsiderado.
(c) Voltaria atrás.
(d) Exporia os realizadores ao ridículo.

VERS. 3. Em que casos os homens claramente amam o mal mais do que o bem.

VERS. 7-8. O homem mundano como uma árvore arrancada, o crente como uma oliveira bem plantada.

VERS. 8. O caráter do crente, sua posição, confiança e continuação.

VERS. 9. O dever duplo e a razão dupla: o coração único e seu único objetivo.
VERS. 9. O que Deus já fez, o que nós faremos, e por quê.

SALMO 53

TÍTULO
Ao mestre dos músicos. Se o líder do coro é privilegiado para cantar os louvores da divina graça, ele não pode menosprezar entoar as misérias da depravação humana. Esta é a segunda vez que o mesmo salmo é confiado a ele (ver salmo 14), e precisa, portanto, ser mais cuidadoso ao cantá-lo. De acordo com Mahalath. Aqui a melodia é escolhida para o músico, talvez uma toada lamentosamente solene, ou talvez seja indicado aqui um instrumento musical, e se pede ao mestre do coro que faça esse instrumento sobressair na orquestra; em todo caso, é uma instrução que não é encontrada na cópia mais antiga do salmo, e parece pedir maior cuidado. A palavra "Mahalath" parece significar, em algumas de suas formas, "doença", e realmente este salmo é O CANTO DA DOENÇA DO HOMEM--o mal mortal, hereditário do pecado. Maschil. Esta é a segunda nota adicional não encontrada no salmo 14, indicando que deve ser dada atenção redobrada a este cântico muito instrutivo. Um salmo de Davi. Não é uma cópia do salmo 14, alterada e revisada por mão estranha; é uma outra edição do mesmo autor, com ênfase a certas partes, e reescrita para outro propósito.

ASSUNTO
A má natureza do homem é aqui trazida aos nossos olhos uma segunda vez, quase com as mesmas palavras inspiradas. Nem todas as repetições são vãs. Nós aprendemos devagar e precisamos de cada um dos seus versículos. Davi, depois de uma longa vida, não tinha melhor opinião dos homens do que tivera antes. A Escritura Sagrada nunca se repete desnecessariamente; há bom motivo para a segunda cópia do salmo; e devemos lê-lo com mais atenção do que antes. Se nossa idade já avançou do quatorze aos cinqüenta e três, acharemos a doutrina deste salmo mais evidente do que em nossa mocidade. O leitor é convidado a examinar o salmo 14.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. O lado interior e exterior do tolo.
VERS. 1.
(a) A tolice do ateísmo. Aquele que diz que não há Deus é um tolo.
(b) Nenhuma razão para a afirmação.
(c) Toda razão contra ela.
1. O assento do ateísmo é o coração; é uma descrença moral e não intelectual, a linguagem da vontade e não do entendimento.
2. A causa do ateísmo.
(a) Amar o mal.
(b) Detestar o bem (G. R.).

VERS. 2.
1. Deus não deixou o mundo por conta própria.
2. Ele dá atenção particular a tudo que nele há.
3. A única coisa que ele valoriza nele é o conhecimento de si mesmo (G. R.).
VERS. 4. Até onde o conhecimento é e não é uma restrição para a impiedade.
VERS. 4. É pecado não invocar Deus.
1. O que é invocar Deus? Três coisas são exigidas para isso:
(a) Aproximar-se dele.
(b) Falar com ele, 1Sm 1.12-13.
(c) Orar para ele.
2. Como devemos invocá-lo?
(a) Com reverência, considerando.
(1) A santidade e a grandeza de Deus.
(2) O nosso próprio pecado e a fraqueza, Gn 18.27.
(b) Com entendimento, 1Co 14.15.
(1) Daquilo que pedimos.
(2) Para quem o pedimos.
(c) Com submissão.
(d) Com fé. Crendo, Mc 11.24, Tg 1.6.
(e) Com sinceridade, Tg 4.3.
(f) Constantemente.
(1) Para estar sempre disposto a orar.
(2) Para aproveitar todas as ocasiões de derramar nossas almas em oração a Deus.
(3) Para não passar nenhum dia sem oração.
3. Como parece ser um pecado não invocar Deus:
(a) Ele o ordenou, Is 55.6, 1Tm 2.8.
(b) Porque orar é uma das principais partes do culto que devemos a Deus.
4. Quem é culpado desse pecado?
(a) Todos os que oram a qualquer outro que não seja Deus.
(b) Todos os que negligenciam o culto público, particular ou em família.
(c) Todos os que oram, mas não corretamente (William Beveridge, 1636-1768, em Thesaurus Tehologicus).
VERS. 5.
1. O que os perseguidores são para si mesmos: seus próprios atormenta-dores, cheios de temores mesmo quando não têm base.
2. O que são um para o outro: embora de comum acordo aqui, seus ossos são espalhados no além.
3. O que são para aqueles a quem perseguem - envergonhados diante deles.
4. O que são para Deus: desprezo e escárnio (G. R.).
VERS. 6.
1. Há salvação para Israel.
2. A salvação está em Sião.
3. Sua salvação permanece lá quando eles são banidos.
4. Sua alegria fica maior quando eles voltam.

SALMO 54

TÍTULO
Ao mestre da música de Neginoth. A música devia ser a de instrumentos de corda. A variedade deverá ser estudada em nossas melodias e em tudo que se relacione à música sacra. Variedade nas músicas, e nos demais assuntos relacionados à música sacra. A monotonia é muitas vezes a morte do louvor da congregação. A providência é variada, e assim deve ser também nossos cantos registrados. Maschil. Devemos aprender e ensinar com o que nós cantamos. A edificação não deve ser separada da salmodia. Um salmo de Davi. Tantas foram as produções de Davi quanto foram proveitosas. Sua vida variada foi para nosso benefício, pois dela é que temos esses hinos, que atualmente ainda são tão preciosos como na época em que foram escritos. Quando os homens de Zife foram a Saul e disseram: "Acaso Davi não está se escondendo entre nós?" Para ganhar benefícios de Saul, eles foram culpados de forte inospitalidade. Pouco se importavam que o sangue inocente fosse derramado, contanto que ganhassem o sorriso do monarca a quem faltava graça! Davi chegou quietamente e se colocou entre eles, esperando por um pouco de descanso em suas muitas fugas, mas eles o desertaram em sua moradia solitária, e o traíram. Ele se volta a Deus em oração, e tão forte foi sua fé que dentro em pouco chegou pela música do canto a uma serenidade amena.

DIVISÃO
Em Sl 54.1-3, em que a pausa nos dá um descanso, o salmista roga com Deus, e, então, no resto do cântico, colocando de lado toda a dúvida, ele entoa um hino de alegre triunfo. O vigor da fé é a morte da ansiedade e o raiar da segurança.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. No livramento dos santos, a honra e o poder de Deus estão envolvidos.
1. O fracasso deles desonra a ambos.
2. A salvação deles glorifica a ambas as partes.
3. Ambos são imutáveis, portanto, nós temos uma petição segura em todos os tempos.

VERS. 2. Nossa principal preocupação na oração.
1. O que significa Deus ouvir a oração.
2. Como podemos saber que ele fez isso.
3. O que deve ser feito quando isso é duvidoso.
4. O que é devido a ele quando ele dá ouvido.

VERS. 3. Estranhas tribulações.
1. Não são totalmente estranhas.
(a) Não são assim para Deus.
(b) Não são assim na história da igreja.
(c) Não são assim nas provisões da graça em que são antecipadas.
2. Em que são estranhas.
(a) Revelam Deus de novo.
(b) Tornam preciosas as promessas esquecidas.
(c) Treinam graças desusadas.
(d) Sendo novos louvores.
VERS. 3 (última cláusula). A raiz do pecado: se eles se lembraram de sua autoridade, eles não ousaram; se eles provaram seu amor, eles não quiseram; se eles se conformaram à natureza dele, eles não puderam.

VERS. 4. Um tema para se maravilhar.
1. De sua graça imerecida, que ele tomasse o meu partido.
2. De seu gracioso poder, pois quem pode resistir a ele?
3. De seu auxílio prático, pois ele sustentou a minha alma.

VERS. 6. Nós devemos nos sacrificar voluntariamente, liberalmente, alegremente, continuamente, com motivação pura.
VERS. 6. A bondade de louvar o seu bom nome.

VERS. 7 (primeira cláusula). A exclamação do penitente recém-perdoado, o brado do santo livrado, o cântico do cristão maduro, o "viva" do crente glorificado.

Salmo 55

TÍTULO

Ao mestre dos músicos em Neginoth. Outro canto para ser acompanhado com instrumentos de cordas. A toada é em um momento lamentoso, e em outro suavemente doce. Exigia o melhor cuidado do mestre da música de modo que a música fosse expressão do sentimento. Maschil. Não se trata apenas de um hino pessoal, há nele ensinamentos para todos, e onde nosso Senhor brilha através de Davi, seu modelo pessoal, há grande profundidade de sentido. De Davi. O homem de muitas condições, muito experimentado e muito favorecido, perseguido, mas livrado e exaltado, era capacitado pela sua experiência a escrever versículos tão preciosos nos quais expõe não só as tristezas de peregrinos comuns, mas, também, o próprio Senhor do caminho.

ASSUNTO
Seria perder tempo fixar uma data e encontrar uma ocasião para este salmo com qualquer dogmatismo. Reza como um canto do tempo de Absalão e Aitofel. Foi depois que Davi apreciou a comunhão de adoração em paz (Sl 55.14), quando ele era ou tinha acabado de se tornar um habitante de uma cidade (Sl 55.9-11), e quando se lembrou de suas próprias andanças pelo deserto no passado. Ao todo, parece-nos estar relacionado com aquela época triste em que o rei foi traído pelo seu conselheiro de confiança. O olho espiritual volta e meia vê o filho de Davi e Judas e os principais sacerdotes aparecendo e desaparecendo sobre a tela incandescente do salmo.

DIVISÃO
Desde o Sl 55.1-8, o suplicante apresenta seu caso em linhas gerais perante seu Deus; em Sl 55.9-11, ele retrata seus inimigos; em Sl 55.12-14, menciona um traidor especial e clama por vingança, ou a prediz em Sl 55.15. Em Sl 55.16-19, ele se consola com oração e fé; em Sl 55.20-21, novamente menciona o enganoso quebrador do pacto, e termina com uma exortação animadora aos santos (Sl 55.22), e uma denúncia de destruição sobre os maus e enganadores (Sl 55.22).

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1 (segunda cláusula).
1. Um mal para ser temido: Não ignores - não se esconda.
(a) Com longa demora em um caso urgente.
(b) No caso do pecador, recusando por completo ouvi-lo.
2. Causas que podem produzir isso.
(a) No homem.
(b) Na própria oração.
(c) Na maneira de orar.
3. Males que se seguirão em uma lista que o pregador pode prontamente lembrar.
4. Remédios para o mal. Nada do mal deve continuar; mas o que levará a que seja removido é o exame do próprio coração, arrependimento, importunidade, suplicar pelo nome de Jesus.

VERS. 2. O grande ouvinte.
1. Que tipo de discurso apresentaremos a ele?
2. Que espécie de atenção desejamos?
3. Como o conseguiremos?
4. Qual é a obrigação correspondente de nossa parte? Atender e ouvi-lo.
VERS. 2 (segunda cláusula). Reclamação permitida.
1. Não de Deus, mas para Deus.
2. Principalmente de nós mesmos.
3. Do mundo como estando contra Deus e o direito.
4. Sempre com tristeza santa, e não com vexação egoísta.

VERS. 4. Os terrores da morte. Veja a Bíblia.

VERS. 7. Solidão.
1. Seus benefícios imaginados.
2. Suas tentações dolorosas.
3. Seus benefícios ocasionais.
4. Seus doces consolos.

VERS. 8. Uma fuga da tribulação apressada demais.
1. Mostraria rebeldia contra Deus.
2. Manifestaria falta de fé covarde.
3. Envolveria perda de experiência útil.
4. Acabaria levando-nos a outras e piores tribulações.
5. Impediria que glorificássemos a Deus.
6. Frustraria nossa conformidade com Cristo e comunhão com seu povo.
7. Diminuiria o valor do céu.

VERS. 9 (primeira cláusula). O Babel de heresias. Essencial, pois a verdade é única. Inevitável, pois as motivações dos hereges se chocam. Providencial, pois assim enfraquecem uma à outra. Judicial, pois assim atormentam-se uma à outra.

VERS. 10 (primeira cláusula). A atividade do mal.
VERS. 10 (segunda cláusula). Os gêmeos diabólicos, ou causa e efeito.

VERS. 14. Os companheirismos sociais que crescem a partir da religião.
1. Estão sobre um bom fundamento.
2. Dão lucro - aconselhamento.
3. Dão prazer - doce.
4. Levam ao entusiasmo - em companhia no andar.
5. Devem ser mantidos sagradamente.
6. Mas é preciso haver vigilância cuidadosa deles.

VERS. 16. O contraste.
1. Um filho de Deus não revidará fazendo aos outros como eles lhe fazem.
2. Ele clamará a Deus como eles não fazem.
3. Deus o ouvirá, como ele não ouve os maus.
4. Deus tratará com ele no final diferentemente do que com eles.

VERS. 17.
1. Davi orará fervorosamente; choro angustiado.
2. Ele orará freqüentemente, todos os dias, três vezes ao dia, à tarde, pela manhã e ao meio-dia (Matthew Henry).

VERS. 18. O governo eterno de Deus é uma ameaça aos infiéis.

VERS. 19 (segunda parte). Prosperidade criando ateísmo. Isso envolve:
1. Ingratidão - deviam ser mais devotos.
2. Desaforo - pensam em si como sendo Deus.
3. Esquecimento - esquecem que mudanças virão.
4. Ignorância - não sabem que prosperidade incólume é, quase sempre, só por um tempo a porção dos amaldiçoados.
5. Loucura - porque não há lógica sã em sua conduta.
6. Podridão - preparando-os para serem abandonados para sempre.

VERS. 21. A boca do hipócrita.
1. Tem muitas palavras.
2. Vêm só da sua boca.
3. São muito polidas.
4. Escondem em vez de revelar seus propósitos.
5. Elas o matam.

VERS. 22 (primeira cláusula). Aqui vemos que o crente tem:
1. Um fardo para experimentá-lo.
2. Uma obrigação para ocupá-lo. "Entregue seu fardo".
3. Uma promessa para animá-lo. "Ele o susterá" (Ebenezer Temple, 1850).

VERS. 23 (última cláusula). O grande "CONFIO em ti". Resumo do salmo:
1. Quando eu oro, Sl 55.1-3.
2. Quando eu fraquejo, Sl 55.4-7.
3. Quando estou cercado, Sl 55.9-11.
4. Quando sou traído, Sl 55.12-14, 20-21.
5. Quando outros perecem, Sl 55.15.
6. Depois que sou livrado, Sl 55.18.
7. Em todas as condições, Sl 55.22.

SALMO 56

TÍTULO
Ao mestre dos músicos. Esse poderoso menestrel aos poucos adquiriu um nobre repertório de cantos santos e musicou-os. A melodia deste, provavelmente, tenha sido Uma pomba em carvalhos distantes (que é como foi traduzido Upon Jonathelem rechokim). Mas esse título pode ter pertencido ao salmo. Temos os cantos do servo de Deus que se alegra mais uma vez em voltar do exílio, e deixar esses lugares perigosos onde era forçado a esconder sua paz, mesmo do bem. Há um conhecimento espiritual tão profundo neste salmo que poderíamos dizer dele: "Bendito sejas tu Davi Barjonas, pois carne e sangue não revelaram isso a ti". Quando Davi banca o Jonas, ele não é igual ao profeta daquele nome; em Davi o amor da pequena ave predomina, mas em Jonas seu gemido e queixa notam-se mais. Michtam de Davi. Este é o segundo salmo dourado, pois tivemos o primeiro no salmo 16, com o qual este salmo tem grande semelhança, especialmente no final, pois termina na presença alegre. Um mistério dourado, o gracioso segredo da vida na fé, nos dois salmos desvendado docemente, e um pilar é erguido por causa da verdade de Deus.

Quando os filisteus o prenderam em Gate. Ele era como um pombo nas mãos de estranhos, e quando conseguiu escapar ele registra sua gratidão.

DIVISÃO
Em Sl 56.1-2, ele derrama sua queixa; em Sl 56.3-4, ele declara sua confiança em Deus; em Sl 56.5-6, volta a se queixar, mas pede com esperança sincera em Sl 56.7-9, e canta um cântico de agradecimento de Sl 56.10 até o final.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 2-3.
1. Os temores são comuns a todos os homens, em um tempo ou em outro.
2. Meios impróprios e ineficazes de remover o temor muitas vezes são experimentados.
3. Há uma sugestão aqui de um método verdadeiro e eficaz de remover o medo--(R. M.).

VERS. 3. Quando estiver com medo, confiarei em ti. Sempre que tivermos medo de qualquer mal, devemos ainda depositar nossa confiança em Deus (Sl 56.3, 11).
1. O que é depositar nossa confiança em Deus?
(a) É impedir que nosso coração caia em depressão sob quaisquer temores.
(b) É consolar-nos em Deus.
(c) É esperar que venha dele o livramento.
2. O que é que existe em Deus, em que devemos depositar a nossa confiança?
a) Em suas promessas.
b) Em suas propriedades: seu poder, sua sabedoria, sua justiça, seu amor leal, sua completa suficiência.
3. Por que devemos, em todos os nossos temores, colocar em Deus a nossa confiança?
(a) Porque ninguém mais pode nos proteger de nossos temores. Enquanto que,
(b) Não existem temores dos quais Deus não nos possa livrar, ou removendo a coisa temida, ou reprimindo o temor desta coisa (Bispo Beveridge).
VERS. 3.
1. Existe temor sem confiança.
2. Existe confiança sem medo.
3. Existem temor e confiança unidos (G. R.).

VERS. 7.
1. Da iniqüidade há um escape.
2. Pela iniqüidade não há nenhum escape. A misericórdia de Deus consegue isso. A justiça de Deus evita a outra (G. R.).

VERS. 8. Aqui estão:
1. Múltiplas misericórdias, para recuperar aqueles que vagam.
2. Ternas misericórdias, recolhendo as lágrimas numa garrafa.
3. Misericórdias pactuais, "Acaso não estão" (G. R.).

VERS. 9.
1. Deus está do lado dos seus.
2. É conhecido que ele está a favor deles.
3. Em resposta à oração ele aparece do lado deles.
4. Quando ele aparece, os inimigos fogem.
Ou então:
1. O fato é que Deus está do meu lado.
2. O conhecimento desse fato - Isso eu sei.
3. O uso desse conhecimento - Quando eu clamar.
4. A conseqüência desse uso - Meus inimigos recuam.

VERS. 10.
1. "Louvarei a Deus por sua palavra."
2. Em sua palavra, como lá está revelado.
3. Por sua palavra. "Tu puseste um cântico".

VERS. 12. Aqui há:
1. Dedicação passada.
2. Consagração presente.
3. Glorificação futura (G. R.).

VERS. 12-13. Tem-se aqui:
1. A comemoração de misericórdias passadas: Tu me livraste.
2. A confiança no futuro: A ti apresentarei.
3. O fim de tudo: Para que eu ande diante de Deus na luz que ilumina os vivos (Stephen Charnock).

VERS. 13.
1. A linguagem da gratidão - Pois me livraste.
2. Da fé - "Livraste... meus pés de tropeçarem."
3. Da esperança - Para que eu ande (G. R.).

SALMO 57

TÍTULO
Ao mestre da música. Um cântico tão alegre como este se torna breve o seu término deveria mesmo ser guardado pelo mais habilidoso de todos os menestréis do templo. Altaschith, ou seja, NÃO DESTRUAS. Essa petição é uma oração muito sentenciosa, muito grave, tão cheia de sentido quanto é breve, e bem digna de ser lema para um canto sacro. Davi havia dito "não o destrua: misericórdia", com referência a Saul quando o tinha em seu poder, e agora tem prazer em empregar as mesmas palavras em súplica a Deus. Podemos inferir do espírito da oração do "Pai Nosso", que o Senhor nos poupará da maneira que pouparmos nossos inimigos. Quatro são os salmos de "Não destrua", a saber, o salmo 57, 58, 59 e 75. Em todos eles, há uma declaração clara da destruição dos ímpios e da preservação dos justos, e todos eles provavelmente fazem referência à derrota dos judeus por causa de sua perseguição ao grande filho de Davi: eles passarão por castigo severo, mas com respeito a eles está escrito no decreto divino: "Não os destrua". Michtam de Davi. Pela qualidade, este salmo é chamado dourado, ou um segredo, e bem merece o nome. Podemos ler as palavras e contudo não saber da alegria secreta de Davi, que ele trancou em seu porta-jóias dourado. Quando ele fugiu de Saul na caverna. Este é um cântico das entranhas da terra, e assim como a oração de Jonas do fundo do mar, tem um saborzinho do lugar. O poeta está na sombra da caverna a princípio, mas ele vem para a boca da caverna finalmente, e canta no doce ar puro, com seus olhos voltados para o céu, com alegria observando as nuvens que flutuam ali.

DIVISÃO
Temos aqui oração, Sl 57.1-6, e louvor, Sl 57.7-11. O que está sendo caçado toma um bom fôlego de oração, e quando está completamente inspirado, solta o ar de sua alma em canto jubiloso.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1 (primeira cláusula). Repetição em oração.
1. Seus perigos. Pode degenerar em "vãs repetições". Levado ao excesso, dolorosamente, sugere a idéia. Deus não se dispõe, não atende.
2. Seus usos. Tranqüiliza a alma como lágrimas. Manifesta intensa emoção. Capacita aqueles com menos atividade mental a se unirem na súplica geral (R. A. Griffin).
VERS. 1. Aqui há:
1. Calamidades:
(a) Guerra.
(b) Pestilência.
(c) Privações.
(d) Pecado, o maior de todas.
(e) Morte.
(f) Maldição de uma lei infringida.
2. Aqui há um refúgio dessas calamidades:
(a) Em Deus.
(b) Especialmente, na misericórdia de Deus.
3. Há um vôo para aquele refúgio.
(a) Pela fé; Em ti a minha alma se refugia; À sombra.
(b) Pela oração; "Ó Deus".
4. Aqui há continuidade tanto na fé como na oração; até (G. R.).

VERS. 1, 4, 6-7. Observe as condições variadas do mesmo coração, numa mesma ocasião. Minha alma confia em ti... Minha alma está entre leões... Minha alma está muito abatida... Meu coração está firme.

VERS. 2. Oração ao Deus que realiza. Ele realiza, ele cumpre todas as suas promessas, toda a minha salvação, toda a minha preservação, tudo o que é preciso entre aqui e o céu. Aqui, ele revela sua onipotência, sua graça, sua fidelidade, sua imutabilidade; e nós somos compelidos a mostrar nossa fé, paciência, alegria e gratidão.
VERS. 2. Razões estranhas.
1. O salmista em aflição profunda clama a Deus, porque ele é muitíssimo elevado em glória. Certamente, esse pensamento poderia até mesmo paralisá-lo de medo de Deus ser inacessível, mas a alma avivada pelo sofrimento enxerga através e além da metáfora, e se alegra com essa verdade: "Embora Deus seja altíssimo, respeita os humildes".
2. Ele clama a Deus por socorro, porque Deus está realizando todas as coisas por ele. Por que instar contra ele, então? A oração é a música à qual "o homem forte de guerra" sai para a batalha (R.A.G.).

VERS. 3. Os santos são consolados na adversidade.
1. Para todas as contingências há providências: Ele envia (ou enviará).
2. Os recursos mais excelentes estão disponíveis: dos céus.
3. Os piores inimigos serão vencidos no final: os que me perseguem de perto.
4. Pelos meios mais santos: amor e fidelidade (R.A.G.).
VERS. 3. Os mensageiros celestes. O que são. A certeza de serem enviados. Sua operação eficiente. O recebedor agradecido.
VERS. 3 (última cláusula). A harmonia dos atributos divinos na salvação. Misericórdia fundada sobre a verdade, a verdade vindicando a misericórdia. Misericórdia sem injustiça, justiça honrada em misericórdia.

VERS. 5.
1. O fim que Deus tem em vista, tanto no céu como na terra, num mundo pecador e nos mundos que não têm pecado - sua própria glória.
2. Nossa obrigação é aceitar esse fim e sujeitar-nos a ele: Sê exaltado. - Não eu, não os homens, não os anjos - Sê tu exaltado. Nisso, devemos aquiescer, consentir:
(a) Ativamente, buscando esse fim.
(b) Passivamente, submetendo-nos à vontade dele (G. R.).

VERS. 7 (primeira cláusula). Está implícito que o coração é a coisa principal exigida em todos os atos de devoção; nada é feito para um fim que vá mais longe na religião do que o que se faz com o coração. O coração precisa ser fixado; fixado para o dever, capacitado e colocado numa disposição para isso; fixado na obrigação por meio de uma aplicação concentrada; atendendo o Senhor sem distração (Matthew Henry).
VERS. 7.
1.O que é fixado? O coração, não meramente a mente, e sim a vontade, a consciência, as afeições, que são a força motriz que dirige a mente: Meu coração está firme - encontrou um ancoradouro, um lugar de descanso, e não está à mercê de toda ventania forte.
2.Os objetos sobre os quais é fixado.
(a) Em Deus.
(b) Em sua palavra.
(c) Em sua salvação.
(d) No céu.
3. A firmeza do coração nestes objetos, denota:
(a) Unicidade, singularidade de propósito.
(b) Uniformidade de ação.
(c) Perseverança até o fim (G. R.)

VERS. 7-9.
1. Aquele que resolve ser agradecido deve entesourar em seu coração e em sua memória a cortesia que lhe é feita; assim Davi o fez, e por isso menciona seu coração; e para ser mais enfático, diz de novo o nome, Meu coração.
2. Depois que se lembra dele, ele precisa se emocionar com isso e resolvê-lo, assim faz Davi: Meu coração está pronto, ou então, Meu coração está firme; confirmado estou nisto para ser agradecido, e não posso ser mudado.
3. Não basta que um homem leve consigo um coração agradecido, ele precisa anunciá-lo, tornar conhecido publicamente o que Deus fez por ele; sim, e fazê-lo alegremente também: cantarei ao som de instrumentos, diz Davi.
4. Ele precisa usar todos os meios que possa para torná-lo conhecido. Acorde, minha alma; isto é: Língua, acorde; lira e harpa, acordem; eu mesmo acordarei.
5. Ele não deve fazê-lo de uma maneira sonolenta, e sim com intenção e sinceridade de espírito: Acorde, acordem.
6. Ele precisa aproveitar a primeira oportunidade para fazer isso, e não protelar e procrastinar. Vou despertar a alvorada.
7. Ele precisa fazê-lo em tal lugar, e tal assembléia, onde possa redundar em louvor de Deus: Eu te louvarei, ó Senhor, entre as nações: cantarei os teus louvores entre os povos (William Nicholson).

VERS. 9. Quem? Eu. O quê? louvarei. A quem? A ti, ó Senhor. Onde? Entre os povos. Por quê?
VERS. 9. Profissão de fé pública.
1. Por necessidade.
2. Por privilégio.
3. Por dever (R .A. G.).

VERS. 10. A misericórdia de Deus alcança aos céus.
1. Como trono. Deus é exaltado aos nossos olhos por sua misericórdia.
2. Como escada. Por misericórdia, nós ascendemos da terra ao céu.
3. Como arco-íris. Misericórdias presentes e passadas indicam isenção para os santos da ira do céu.
4. Como montanha. Sua base está na terra, embora seu pico esteja perdido entre nuvens. A influência da cruz eleva-se ao céu dos céus. Quem pode dizer a glória do pico desta montanha, cuja base já é refulgente de glória!
VERS. 10. A admirável grandeza da misericórdia.
1. Não é dito meramente que é tão alta como o céu, mas grande até nos céus. É tão alta quanto os céus, mais alta do que o maior pecado e o mais alto pensamento do homem.
2. É tão larga como toda a amplitude do céu, alcançando os homens de todas as idades, países, classes.
3. É profunda. Tudo de Deus é proporcional; isso, portanto, é profundo em seus alicerces perduráveis, e sabedoria infinita.

SALMO 58

TÍTULO
Ao mestre da música. Embora Davi tivesse seu próprio caso no foco de sua mente, escreveu não como um indivíduo, mas como profeta inspirado, e por isso seu canto é apresentado, para uso público e perpétuo, para o guardião designado da salmodia do Templo. Altaschith. Os maus são aqui julgados e condenados, mas sobre os piedosos o sagrado "Não destruas" é pronunciado. Michtam de Davi. Este é o quarto dos salmos do Segredo Dourado, e o segundo dos "Não destruas". Esses nomes, se para nada mais servem, podem ser úteis para auxiliar a memória. Os homens dão nomes ao seus cavalos, às jóias e a outras coisas de valor, e esses nomes não tencionam tanto descrevê-los como distingui-los e, em alguns casos, mostrar a alta estima que o dono tem de seu tesouro, assim como da mesma forma o poeta oriental dava um título à música que amava, e assim auxiliava sua memória, e expressava sua estima pela melodia. Não se pretende sempre procurar por um sentido nesses títulos, mas tratá-los todos como faríamos com os nomes de poesias ou de músicas conhecidas.

DIVISÃO
O inimigo ímpio é acusado, Sl 58.1-5; justiça é buscada do juiz, Sl 58.6-8, e vista em visão profética como já executada, Sl 58.9-11.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 3.
1. Os efeitos naturais do pecado original são vistos quando chega cedo o sofrimento e a morte.
2. Seus efeitos são vistos quando o pecado verdadeiro é cometido cedo.
3. Depravação no início é evidenciada no sentimento de culpa ao contar mentiras (G. R.).
VERS. 3 (primeira cláusula). O pandemônio interior, ou o calendário do crime do coração.

VERS. 4 (primeira cláusula). Uma geração de serpentes (Sermão de T. Adams).
VERS. 4. O pecado como veneno. Os venenos podem ser atraentes na cor, no sabor, lentos ou rápidos na ação, doídos no efeito, podem fazer definhar ou secar, ficar inconsciente ou louco. Em todos os casos são mortíferos.

VERS. 5. O encantador de serpentes.
1. Ele encanta com persuasão, promessa, ameaça.
2. Ele encanta com sabedoria, com sinceridade, com afeto, com argumento.
3. Ele encanta em vão; a vontade é contrária. Por isso, a necessidade de graça divina e do evangelho.

VERS. 8. A lesma é como o curso dos homens ímpios. O pecado deles destrói sua propriedade, saúde, tempo, influência, vida.

VERS. 11. Casos notáveis de julgamentos divinos e seus resultados.

SALMO 59

TÍTULO
Ao mestre dos músicos. É estranho que os eventos dolorosos da vida de Davi terminassem por enriquecer o repertório de baladas de menestréis da nação. De um solo azedo, pouco generoso, surgem as flores carregadas de mel da salmodia. Se ele nunca tivesse sido cruelmente caçado por Saul, Israel e a igreja de Deus em épocas posteriores teriam ficado sem esse cântico. A música do santuário deve imensa dívida às provações dos santos. A aflição é o afinador das harpas dos cantores santificados. Altaschith. É outro salmo "Não destruas". Aquele que Deus conserva, Satanás não pode destruir. O Senhor pode até preservar a vida de seus profetas através daqueles mesmos corvos que por natureza bicariam seus olhos, cegando-os. Davi sempre encontrou um amigo para ajudá-lo quando seu caso estava especialmente perigoso, e aquele amigo era da casa do inimigo; neste caso foi Mical, como em ocasiões anteriores tinha sido Jônatas, filho de Saul. Michtam de Davi. Este é o quinto dos Segredos Dourados de Davi: as pessoas escolhidas de Deus têm muitos. Saul enviou alguns homens à casa para vigiá-lo e matá-lo. Grandes esforços foram feitos para levar os salmos para outros autores e tempos que não os atribuídos nos cabeçalhos, por ser a moda no tempo atual provar-se a sabedoria pessoal discordando de todos que já foram antes. Talvez, dentro de poucos anos, os velhos títulos sejam respeitados tanto como são agora rejeitados. Há ímpetos nesses assuntos, e em muitas outras coisas entre os pretensos "intelectuais" das várias correntes de estudiosos. Não estamos afoitos para nos apressar em conjectura, portanto, nos contentamos com a leitura deste salmo à luz das circunstâncias aqui mencionadas; não parece incabível em relação a qualquer versículo, e, em alguns, as palavras são muito apropriadas à ocasião especificada.

DIVISÃO
Em Sl 59.1-2, ele ora; em Sl 59.3-4, se queixa de seus problemas; e novamente em Sl 59 .5, ele ora. Aqui ele insere uma pausa, e termina uma parte de seu cântico. Em Sl 59.6-7, ele renova sua queixa; em Sl 59.8-10, declara sua confiança em Deus; e em Sl 59.11-13 eleva seu coração em oração; completando outra parte de seu salmo com pausa. Então, ora novamente em Sl 59. 14-15, e depois se põe a cantar.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1 (primeira cláusula). Livre-me da tentação, sustente-me em tentação, limpe-me do resultado da tentação. O mundo, a carne, o diabo, e principalmente o pecado, estes são nossos inimigos. Sozinhos, não podemos escapar deles, mas o Senhor, pela providência e graça, pode nos salvar.

VERS. 2 (primeira cláusula). De sermos tentados pelas suas promessas, curvados pelas suas ameaças, corrompidos pelo seu ensino, influenciados pelo seu exemplo, prejudicados pela sua calúnia, impedidos de sermos úteis pela sua oposição.

VERS. 3 (primeira cláusula). As sutilezas de Satanás. Ele procura lugares, horas, estados de espírito e modos para nos assaltar. Erros em doutrina, prática, espírito, apresentados para nos apanhar. "Não são desconhecidos os seus artifícios." Ou, então, a tocaia diabólica, descoberta pela vigilância, e derrotada pela fé.

VERS. 4. A atividade dos maus é uma censura para os bons.
1. Sua atividade, correr.
2. Unanimidade - eles correm.
3. O cuidado deles - preparam-se.
4. A prontidão deles - sem culpa minha.

VERS. 5. Ó Senhor Deus dos Exércitos, ó Deus de Israel. Esse título fornece um tópico admirável.

VERS. 9. A grandeza da dificuldade é uma razão para oração e fé.

VERS. 10 (primeira cláusula). A divina presteza para abençoar.

VERS. 11. A continuação de nossos inimigos é uma ordenança salutar de Deus para se evitar um mal ao qual somos muito suscetíveis.

VERS. 13 (última cláusula). Deus como Deus da igreja, seu governo como tal, conhecido em toda a história humana.

VERS. 16. O corista celestial.
1.Seu cantar é doce em contraste com as maledicências de outros - Mas eu...
2. Trata de assuntos que apavoram outros - teu poder.
3. Canta mais alto em temas ternos - tua misericórdia.
4. Tem seus tempos seletos - de manhã.
5. É afinado por experiência - porque tu tens.
6. É toda para a glória de Deus - teu poder, tua misericórdia, tu tens.

VERS. 17.
1. Uma doutrina - Deus é a força de seu povo.
2. Uma apropriação - "minha força".
3. Uma decisão. O canto de gratidão pelo passado, fé para o presente, esperança para o futuro, de felicidade perfeita para a eternidade.

Salmo 60

TÍTULO

Aqui temos um título comprido, mas que ajuda-nos a explicar o salmo: Ao mestre da música sobre Shushanedute, ou o Lírio da Aliança. O salmo 45 falava de lírios e representava o guerreiro real em sua beleza saindo para a guerra; aqui, nós o vemos dividindo os despojos e dando testemunho à glória de Deus. Aparentemente, as melodias têm nomes estranhos, mas isso resulta do fato de não sabermos o que se passava na mente do compositor; ou, então, poderiam parecer comovedoramente apropriadas; talvez a música ou os instrumentos tenham mais a ver com esse título do que o salmo em si. Contudo, em canções de guerra, rosas e lírios são muitas vezes mencionados, como O Canto dos Huguenotes de Macaulay, embora a menção a versículos tão carnais não seja apropriada:

"Agora pelos lábios daquelas que amais, gentis senhores da França,
Lutem pelos lírios dourados agora, avancem neles com a lança".

Michtam de Davi. Davi obedecia ao preceito de ensinar os filhos de Israel; ele registrava os poderosos atos do Senhor para que pudessem ser repetidos aos ouvidos de gerações futuras. Segredos dourados devem ser contados no alto das casas, essas coisas não eram feitas em um cantinho e não deveriam ser enterradas em silêncio. Devemos aprender alegremente o que a inspiração nos ensina de forma tão bonita. Quando ele lutou com Arã Naaraim e com Arã Zobá. As tribos de arameus se uniram e queriam vencer Israel, mas foram derrotadas. Quando Joabe voltou, pois ele tinha estado ocupado em outra região, e os inimigos de Israel aproveitaram sua ausência; mas na sua volta com Abisai, os destinos da guerra mudaram (Sl 60 Título; 2Sm 8.5). Feriu doze mil edomitas no vale do Sal. Mais do que estes foram derrotados de acordo com 1Cr 18.12, mas isso comemora uma parte memorável do conflito. A batalha deve ter sido terrível, mas os resultados foram mesmo decisivos, e o poder do inimigo foi desfeito. O Senhor bem mereceu um cântico de seu servo.

DIVISÃO
O canto consiste de três partes: os versículos da queixa, Sl 60.1-3; os felizes, Sl 60.4-8; os de prece, Sl 60.9-12. Nós o dividimos conforme o sentido parece mudar.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Oração de uma igreja em condições debilitadas.
1. Queixa.
(a) Partida do Espírito de Deus.
(b) Espalhada.
2. Causa. Algo que desagradou a Deus. Negligência ou pecado real; um assunto para exame de consciência.
3. Cura. A volta do Senhor para nós e a nossa para ele. Em nossa versão é uma oração; na Septuaginta é uma expressão de fé - "Tu retornarás".

VERS. 2. A perturbação, a oração, a súplica (G. R.).

VERS. 3. Que Deus aflige seu povo severamente, e que ele tem toda a razão para fazer isso.
VERS. 3. O vinho que causa surpresa. É um purgante, um tônico. Pecado espantoso seguido de castigos espantosos, descobertas de corrupção, da espiritualidade da lei, dos terrores da ira divina, e de espantosas depressões, tentações e conflitos.

VERS. 4. A bandeira do evangelho.
1. Por que uma bandeira? Um ponto de reagrupamento, significando que se vai lutar por ela.
2. Dada por quem? Por Ti.
3. Para quem. Para aqueles que te temem.
4. O que se fará com ela. É para ser exibida.
5. Por que causa. Por causa da verdade. A verdade promove a verdade.

VERS. 5. O livramento dos eleitos precisa de um Deus salvador, um Deus poderoso (mão direita), e um Deus que ouve a oração.
VERS. 5 (última cláusula). Salve... e ouça. A ordem digna de nota dessas palavras sugere que:
1. No propósito de Deus.
2. Nas primeiras obras da graça.
3. Muitas vezes sob tribulação.
4. E especialmente em tentações ferozes, o salvar de Deus antecede o orar do homem.

VERS. 6. A santa promessa de Deus, base para a alegria presente, e para tomar posse ousadamente do bem prometido.

VERS. 7. Gileade é minha e Manassés também. Como e em que respeito, este mundo é do cristão.
VERS. 7. Judá é meu legislador. O crente não possui nenhuma lei que não venha de Cristo.

VERS. 8. Moabe é a pia em que me lavo. Como podemos fazer os pecadores subservientes à nossa santificação. Somos avisados por seu pecado, e castigo.

VERS. 9. A pergunta do ganhador de almas.
1. O objeto de ataque, a cidade forte do coração do homem, bloqueada por depravação, ignorância, preconceito, costume.
2. Nosso principal objetivo. Penetrar, alcançar a fortaleza para Jesus.
3. Nossa grande pesquisa. Eloqüência, sabedoria, perspicácia, nada disso pode forçar a porta, mas existe Um que pode.

VERS. 12. A operação divina é um motivo para a atividade humana.

SALMO 61

TÍTULO
Ao mestre da música sobre Neginá, um salmo de Davi. O original indica que tanto o hino como o instrumento musical eram de Davi. Ele escreveu os versículos e ele mesmo os cantou ao som do instrumento de cordas que tanto amava. Já deixamos os salmos com a denominação de Michtam, mas acharemos um precioso sentido para o nome dourado que falta. Já vimos o título deste salmo antes, nos salmos 4, 6, 54, e 55, mas com a diferença que, neste caso, a palavra está no singular: o salmo em si é muito pessoal e bem adaptado para a devoção particular de uma pessoa.

ASSUNTO   E    DIVISÃO
Este salmo é uma pérola. É pequeno, mas é precioso. Para muitas pessoas enlutadas deu voz quando a mente não poderia ter conseguido criar uma fala para si. Evidentemente, foi composto por Davi depois que tinha subido ao trono (ver Sl 61.6). O segundo versículo leva-nos a crer que foi escrito durante o exílio forçado do salmista longe do tabernáculo, que era a moradia visível de Deus: se foi, o período da rebelião de Absalão foi sugerido muito adequadamente como sendo a data de sua autoria, e Delitzsh está correto em intitulá-lo "Oração e ação de graças de um rei expulso, voltando para seu trono". Poderíamos dividir os versículos conforme o sentido, mas é preferível seguir o arranjo do próprio autor, e fazermos a pausa em cada SELAH.

DICAS PARA O PREGADOR
Salmo inteiro. Um futuro progressivo.
1. Eu vou chorar.
2. Eu vou habitar na tua tenda (tabernáculo).
3. Eu vou confiar.
4. Eu vou cantar louvores.

VERS. 1. Respostas à oração para serem buscadas seriamente.
1. O que impede a resposta de oração?
2. Qual é nossa obrigação quando respostas são negadas?
3. Que incentivos temos para crer que a demora é apenas temporária?

VERS. 2. Dirija-me.
1. Mostre-me o caminho: revele Jesus.
2. Capacite-me para andar por ele: opere fé em mim.
3. Erga-me quando não puder andar: faça por mim o que está além do que posso fazer.
VERS. 2. Mais elevado do que eu. Jesus é maior que nossos mais elevados esforços, realizações, desejos, expectativas, concepções.
VERS. 2. Deus, a rocha do santo.
VERS. 2. O grito e o desejo do coração.
1. O reconhecimento de um lugar de segurança; então,
2. Temos esse lugar diante de nós, como abundantemente suficiente, quando a fraqueza pessoal já for reconhecida.
3. Esse lugar não pode ser alcançado sem a ajuda da mão de outro.
4. A natureza desse refúgio, e a posição de um crente quando se vale dele: o lugar de refúgio é "uma rocha", e a posição do crente é "sobre uma rocha" (P. B. Power).

VERS. 2-3
1. Como ele oraria? Ouve o meu clamor.
2. Onde ele oraria? Desde os confins da terra.
3. Quando ele oraria? Quando meu coração está abatido.
4. Pelo que ele oraria? Põe-me a salvo na rocha mais alta do que eu.
5. De onde ele tira seu incentivo para orar? Pois tu tens sido (Sl 61.3) (William Jay).

VERS. 3. Um refúgio da chuva de dificuldades, da tempestade de perseguição, das enchentes de tentação satânica, do calor da ira divina, da detonação da morte. A arca, a montanha de Ló, a porta manchada de sangue no Egito, a cidade de refúgio, a caverna de Adulão. Uma torre forte: duradoura, inabalável perante os inimigos, segura para o ocupante.

VERS. 5 (segunda cláusula). Pergunte se acontece ou não conosco como acontece com os santos.

VERS. 5, 8.
1. Votos ouvidos no céu.
2. Votos para serem cuidadosamente cumpridos na terra.

VERS. 5 (segunda cláusula).
1. Aqueles que temem a Deus têm uma "herança".
2. Essa herança é "dada".
3. Devemos saber que a possuímos (William Jay).

VERS. 6. Nosso Rei, sua existência eterna, nossa alegria pessoal nisso, e nossa alegria para nossos descendentes.

VERS. 4, 7.
1. Meu privilégio, Habitarei (Sl 61.4).
2. A base disso, Ele "habitará" em seu trono (Sl 61.7).

VERS. 5, 8.
1. Votos ouvidos no céu.
2. Votos para serem cuidadosamente cumpridos na terra.

SALMO 62

TÍTULO
Ao mestre da música, para Jedutum. Este é o segundo salmo dedicado a Jedutum, ou Etan, o primeiro é o salmo 39, quase irmão gêmeo deste em muitos aspectos, contendo no original a palavra traduzida somente ou só quatro vezes (NVI, v. 1, 2, 5, 6; ARA; v. 1, 2, 4, 5, 6, 9). Encontraremos dois outros salmos designados de forma semelhante a Jedutum, a saber, os salmos 77 e 89. Os filhos de Jedutum eram porteiros ou guarda-portões, de acordo com 1Cr 16.42. Os que trabalham bem dão os melhores dos cantores, e aqueles que ocupam as posições mais altas no coro não devem se envergonhar de fazerem plantão às portas da casa do Senhor. Um salmo de Davi. Mesmo que o nome do poeta real não aparecesse aqui, saberíamos com certeza disso pela evidência interna de que só ele teria escrito estas estrofes; que são verdadeiramente davídicas. Do uso sêxtuplo da palavra ac ou somente, temos nos acostumado a chamá-lo O SALMO ÚNICO.

DIVISÃO
O salmista marcou suas próprias pausas, inserindo SELAH no fim de Sl 62.4, 8. Sua confiança verdadeira e única em Deus ri-se, zombando de todos os seus inimigos. Quando este salmo foi composto não nos era necessário saber, visto que a fé verdadeira é sempre atual e, geralmente, está sob provação. Além disso, os sentimentos aqui pronunciados cabem bem em ocasiões que são muito freqüentes na vida de um crente e, portanto, não é necessário destacar um único incidente histórico para explicá-las.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. O que ele fez? Esperou em Deus. Acreditou, foi paciente, ficou silente em resignação, foi obediente.
2. A quem ele o fez? Ao seu Deus, que é verdadeiro, soberano, gracioso.
3. Como ele o fez? Com sua alma, verdadeiramente e somente.
4. Em que deu? Salvação presente, pessoal, eterna.

VERS. 2. Deus é uma rocha. Davi fala dele como sendo alto e forte, uma rocha sobre a qual se fica de pé, uma rocha de defesa e refúgio, uma rocha de habitação (Sl 71.3, em hebraico), e uma rocha para ser louvada (Sl 95.1). Ver a Chave Bíblica para muitas sugestões. "Cristo, a Rocha": um sermão sobre 1Co 10.4.
VERS. 2 (primeira cláusula). "Somente ele é a rocha que me salva"- texto para sermão.
VERS. 2, 6. Jamais serei abalado. Não serei abalado. Crescimento em fé. Como é produzido, preservado e evidenciado.

VERS. 4. Eles se deliciam em mentiras. Aqueles que as inventam, ou as espalham, ou riem delas, ou acreditam nelas facilmente. Pessoas que se consideram virtuosas, os presunçosos, perseguidores, "erroristas" zelosos.

VERS. 5 (primeira cláusula). Ver o texto: Esperando somente em Deus.
VERS. 5 (segunda cláusula). Grandes expectativas de um grande Deus; por causa de grandes promessas, grandes provisões e grandes antegostos.
VERS. 5 (última cláusula). O que nós esperamos de Deus, e por que e quando.

VERS. 2, 6. Jamais serei abalado. Não serei abalado. Crescimento em fé. Como é produzido, preservado e evidenciado.

VERS. 10. Males geralmente ligados ao amor de riquezas: Idolatria, cobiça, ansiedade, preocupação, esquecimento de Deus e da verdade espiritual, negligência da caridade, dureza de coração, tendência à injustiça. Meios de escapar desse pecado sedutor.

VERS. 11.
1. Como Deus fala. "Uma vez", claramente, poderosamente, imutavelmente.
2. Como devemos ouvir. "Duas vezes", continuamente, no coração bem como no ouvido, na prática com boa atenção, no espírito bem como na letra.

VERS. 11-12. A constante união de poder e misericórdia na linguagem da Bíblia.

SALMO 63

TÍTULO
Um salmo de Davi, quando estava no deserto de Judá. É provável que tenha sido escrito enquanto Davi estava fugindo de Absalão; certamente, na época em que o escreveu ele era rei (Sl 63.11), e pressionado por aqueles que buscavam a sua vida. Davi não parou de cantar por estar no deserto, nem se abandonou a uma ociosidade relaxada repetindo salmos feitos para outras ocasiões; ao contrário, ele cuidadosamente fez seu culto adequado às suas circunstâncias, e apresentou ao seu Deus um hino do deserto quando estava no deserto. Não havia deserto em seu coração, embora houvesse deserto à sua volta. Nós também podemos esperar ser lançados em lugares duros antes de partirmos daqui. Em tais tempos, possa o Eterno Consolador permanecer conosco, e fazer com que bendigamos ao Senhor em todos os tempos, fazendo com que até o lugar solitário se torne um templo para Jeová. A palavra que distingue este salmo é "cedo". Quando a cama é a mais macia, somos mais tentados a nos levantar em horários de preguiça; mas quando o conforto se vai e a cama é dura, se nós nos levantamos mais cedo para buscar o Senhor, temos muito pelo que agradecer o deserto.

DIVISÃO
No Sl 63, versículos 1-8, o escritor expressa seus santos anseios por Deus e sua confiança nele; e depois nos três versículos restantes, Sl 63.9-11, ele profecia a derrota de todos os seus inimigos. Este salmo é especialmente apropriado para o leito de dor, ou em qualquer ausência forçada do culto público.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1 (primeira cláusula). Enquanto o ateu diz "Não há nenhum Deus" e o culto pagão diz "Os deuses são muitos", o verdadeiro crente diz "Ó Deus, tu és o meu Deus". Ele é assim:
1. Por opção.
2. Por pacto.
3. Por confissão.
VERS. 1 (segunda cláusula). "Cedo eu te busco" (KJV). (Eu te busco intensamente NVI).
1. Cedo com respeito à vida.
2. Cedo com respeito à diligência.
3. Cedo com respeito ao fervor.
4. Cedo com respeito aos tempos ou continuidade (Alexander Shanks).
VERS. 1 (segunda cláusula). Eu te busco intensamente. Aquilo que é desejado muito será buscado com intensidade.
1. A alma é resoluta. Eu te busco.
2. A alma é prática. Eu buscarei.
3. A alma está pronta. Cedo farei isso.
4. A alma é perseverante.
Que esta seja a decisão tanto dos salvos como dos não salvos (G. J. K.).

VERS. 3.
1. A decisão do amor. Os meus lábios te bendirão.
(a) Para louvar. Isso é agradável para a natureza renovada. Ela não se deleita em murmurar, repreender ou ralhar. Louvor expressa apreciação, gratidão, felicidade, afeto.
(b) Para louvar a Deus.
(c) Para louvar a Deus de modo prático. Meus lábios. Falando bem a ele, falando bem dele; de sua sabedoria, justiça, amor, graça.
(d) Para louvar a Deus continuamente. Enquanto eu viver.
2. A razão do amor. Por causa de tua bondade. O amor precisa louvar a Deus porque:
(a) Deve sua existência a ele. "Nós o amamos porque ele nos amou primeiro".
(b) Porque é promovido por ele. "Deus derramou seu amor em nossos corações".
(c) Porque as expressões de seu amor exigem louvor. "Bondade" aos necessitados, desvalidos, perdidos. Bondade amorosa, não ferindo a nossa natureza. Melhor do que a vida; quer seja o princípio, os prazeres, ou as atividades da vida (G. J. K.).
VERS. 3. Tua bondade é melhor do que a vida.
1. Amor apreciado com a vida.
2. Amor comparado à vida.
3. Amor preferido à vida (G. J. K.).

VERS. 5-6.
1. O vaso vazio ficou cheio. Como? Por meditação. Com quê? A bondade de Deus com medula e substância. Até que ponto? Até a satisfação.
2. O vaso cheio transbordando. Minha boca te louvará com lábios de alegria. A alma transborda de louvor - louvor alegre (G. J. K.).
VERS. 5-6. Descreva a natureza de, e mostre a ligação íntima entre: 1. as atividades nas quais o crente atua, e 2. seus prazeres (J. S. Bruce).

VERS. 7. Uma resolução bem fundamentada.
1. Sobre o que é baseada.
2. Como é expressa (J. S. B.).

VERS. 8.
1. A busca da alma por Deus. Ela segue
(a) Desejando.
(b) Agindo.
(c) Seriamente.
(d) Rapidamente.
(e) De perto.
2. O suporte da alma. A tua mão direita me sustém, o braço forte. Em fazer e sustentar (G. J. K.).
VERS. 8. "É um forte caçador perante o Senhor".
1. O objeto da perseguição: Tu.
2. A maneira da perseguição. Persistentemente. Com afinco.
3. Os perigos encontrados (J. S. B.).
VERS. 8 (segunda cláusula). A mão direita de Deus sustenta seu povo de três maneiras.
1. Quanto ao pecado; para evitar que caiam por ele.
2. Quanto ao sofrimento; para que não afundem debaixo dele.
3. Quanto ao dever; para que não se neguem dele (W. Jay.).

VERS. 9-10.
1. Os inimigos do cristão. Espíritos maus, homens maus, hábitos maus.
2. Sua intenção. Destruir a alma.
3. Sua queda. Certa, vergonhosa, destrutiva.
4. Seu futuro. O inferno está reservado para eles (G. J. K.).

VERS. 11. Três tópicos:
1. Alegria real.
2. Juramento legal.
3. Bocas que falam o mal.

SALMO 64

TÍTULO
Ao mestre da música. O dirigente do coro, por enquanto, está encarregado deste cântico. Seria ótimo se os músicos principais de todas as nossas igrejas apreciassem seu dever com a solenidade, pois não é pouca coisa ser chamado para dirigir o canto sacro do povo de Deus, e a responsabilidade é grande. Um salmo de Davi. Sua vida foi de conflitos e, poucas vezes, ele termina um salmo sem mencionar seus inimigos; neste caso, seus pensamentos estão totalmente ocupados com oração contra eles.

DIVISÃO
Em Sl 64.1-6, ele descreve a crueldade e a astúcia dos inimigos, e em Sl 64.7-10, ele profetisa a derrota deles.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. A preservação da vida desejada.
(a) O desejo expresso.
(b) Qualificada a preservação - de morte violenta, de medo.
2. A preservação da vida pedida em oração.
(a) Para aperfeiçoamento dele próprio.
(b) Para ser útil.
(c) Para a glória divina (G. R.)

VERS. 2 (primeira cláusula). Aplicado a Satanás.
1. O perigo considerado.
(a) O inimigo, mau, poderoso, malicioso, experimentado.
(b) Seu conselho. Ele tenta com astúcia e deliberadamente.
(c) O sigilo disso. Ele pode estar instigando outros contra mim, ou semeando mal em mim mesmo.
2. O livramento implorado. Esconda-me.
(a) Guarde-me de ser tentado.
(b) Guarde-me do mal quando sou tentado.
(c) Faça-me sair incólume de tudo isso.
(d) Enquanto isso, deixe-me ficar em teu lugar secreto.
3. A consolação da fé.
(a) Deus realmente preserva os que oram.
(b) Nosso inimigo é o inimigo dele.
(c) Ele já nos preservou.
(d) Somos dele.
(e) A honra dele está empenhada.

VERS. 3. Palavras amargas. Um excelente tópico tanto com referência ao pecador como aos que se professam santos.
VERS. 3. O afiar da língua. Novos defeitos descobertos, motivações maldosas atribuídas, exageros inventados, mentiras forjadas, insinuações feitas, velhas calúnias fornecidas e antigos ódios reacesos.

VERS. 6 (primeiras duas cláusulas). O caçador de defeitos, sua motivação, sua personalidade, suas pretensões e seu castigo.

VERS. 9.
1. O assunto a ser considerado - Juízos lançados sobre os maus.
(a) Como sendo juízos
(b) Como juízos vindos de Deus - essa obra de Deus - seu ato.
2. A Consideração do assunto.
(a) Pretende-se que sejam considerados pelos outros.
(b) Devem ser considerados sabiamente.
3. O efeito dessa consideração.
(a) Temor de Deus.
(b) Louvor a Deus, proclamarão (G. R.).

VERS. 9-10.
1. Um ato de Deus; algo que ele é quem faz.
2. Seu efeito sobre os homens em geral. Todos os homens temerão, e proclamarão.
3. Uma obrigação especial que resulta disso, que cabe a homens bons: Os justos (H. Dove).

VERS. 10.
1. As pessoas.
(a) O que são, em distinção a outros; os justos, os justificados.
(b) O que são em si, retos de coração; não perfeitos, mas sinceros.
2. O privilégio delas.
(a) Em meio a todas as suas perseguições, alegrarem-se em Deus.
(b) Em meio a todos os seus perigos, confiarem em Deus (G. R.)

Salmo 65

TÍTULO

Ao mestre da música. Este título é semelhante a muitos que já estudamos. O salmo é entregue aos cuidados de que tem a supervisão geral do canto. Quando um homem faz seu trabalho bem, não adianta convocar outros só por novidade. Um salmo e cântico de Davi. O hebraico o chama de um Shur e Mizmor, uma combinação de salmo e canto, que melhor pode ser descrito por "Um poema lírico". Neste caso, o salmo pode ser falado ou cantado, a adequação é a mesma. Temos dois salmos semelhantes antes, os salmos 40 e 48, e, agora, este é o primeiro de uma pequena série de quatro, um após o outro. A intenção era que salmos de rogo e anseios fossem seguidos por hinos de louvor.

ASSUNTO E DIVISÃO
Davi canta sobre a glória de Deus em sua igreja e nos campos da natureza: aqui está o canto tanto sobre a graça como a providência. Pode ser que a intenção dele tenha sido comemorar uma safra especialmente abundante, ou compor um hino de colheita para todos os tempos. Aparenta ter sido escrito depois que uma rebelião violenta foi dominada, Sl 65.7, e inimigos estrangeiros tenham sido subjugados com vitória marcante, Sl 65.8. É um dos salmos mais deleitosos em qualquer língua. Veremos em Sl 65.1-4 o caminho de aproximação a Deus, depois com o Sl 65.5-8 veremos o Senhor em resposta a oração executando maravilhas pelas quais ele é louvado, e então em Sl 65.9-14, cantaremos o canto especial da colheita.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. A conveniência, o lugar, o uso e a força do silêncio no culto.
VERS. 1. As limitações, vantagens e obrigações de votos.

VERS. 2 (primeira cláusula). O ouvir e conceder a oração é propriedade do Senhor, sua prática usual, seu prazer, sua natureza e sua glória (David Dickson).

VERS. 3.
1. A humilde confissão. Pecados prevalecem contra nós.
(a) Quando não estamos alertas, ou entramos em tentação, e mesmo depois dos mais sagrados compromissos.
(b) Como. Através de nossa corrupção inata, constituição natural, o repentino da tentação, a negligência dos meios da graça e a falta de comunhão.
(c) Em quem. No melhor dos humanos: Davi diz, contra mim. ("As iniqüidades prevalecem contra mim", KJV). Levemos para casa esse aviso de cautela.
2. A confiança tranqüilizadora. O pecado é perdoado.
(a) Por Deus: Tu.
(b) Pela propiciação: que cobre tudo.
(c) Efetivamente: expurgando.
(d) Abrangentemente: nossas transgressões.
VERS. 3.
1. Um grito de aflição. A alma do homem assediada. Pecados pesavam sobre nós.
2. Uma exclamação de felicidade. A alma aliviada. Tu mesmo fizeste propiciação (E. G. Gange).

VERS. 4. A proximidade de Deus é o alicerce da felicidade. Essa doutrina aparece em plena evidência enquanto consideramos os três ingredientes principais da verdadeira felicidade, a saber, a contemplação do objeto mais nobre, para satisfazer todos os poderes do entendimento; o amor do bem supremo, para responder às máximas propensidades da vontade, e a doce e eterna sensação e certeza do amor do amigo Todo-Poderoso que nos libertará de todos os males que nossa natureza pode temer, e conferirá sobre nós todo o bem que uma criatura sábia e inocente possa desejar. Assim todas as capacidades do homem são ocupadas em seus mais nobres e doces exercícios e recreações (Isaac Watts).
VERS. 4. Eleição, o chamado eficaz, acesso, adoção, perseverança final, satisfação. Este versículo é um tratado de divindade em miniatura.

VERS. 5. Trate a primeira cláusula experimentalmente, e mostre como as orações por nossa própria santificação são respondidas por teste; para a glória de Deus, por sermos perseguidos; para a salvação de nossos bebês, pela morte deles; para o bem de outros, da sua doença.

VERS. 7. O Senhor, o doador, criador e preservador da paz.

VERS. 8. Sinais da presença de Deus; aqueles que causam terror, e aqueles que inspiram alegria.
VERS. 8 (última cláusula). As alegrias especiais da manhã e da noite.

VERS. 9. O rio de Deus. O tratado de João Bunyan sobre "The Water of Life" (A água da vida) seria sugestivo sobre este assunto.
VERS. 9. Visitações divinas e suas conseqüências.

Verses 9-13. Um sermão da safra.
1. A bondade geral de Deus. Visitando a terra na rotação das estações. "Tempo de plantar e tempo de colher".
2. A grandeza de seus recursos: O rio de Deus, que está cheio de água; não como o ribeirão de Elias, que secou.
3. A variedade de suas benfeitorias: milho; água; abençoas o aparecer deles.
4. A perpetuidade de suas obras benéficas. Coroas o ano (E. G. G.).

VERS. 13. A canção da natureza e o ouvido que a ouve.

SALMO 66

TÍTULO
Ao mestre dos músicos. Ele teria de ser um homem de grande habilidade para cantar dignamente um salmo como este. Um cântico ou salmo, ou um cântico e salmo. Pode ser falado ou cantado; um poema maravilhoso se for apenas lido, mas com uma música adequada, deve ter sido uma das mais nobres harmonias ouvidas pelo povo judaico. Não conhecemos o autor, mas não vemos razão para duvidar que Davi o tenha escrito. O estilo é davídico, e nada nele destoa dos de Davi. É verdade que a "casa" de Deus é mencionada, mas o tabernáculo fazia jus a essa designação bem como o templo.

ASSUNTO   E    DIVISÃO
Louvor é seu tópico e os assuntos para se cantar são as grandes obras do Senhor, seus benefícios graciosos, seus livramentos fiéis, e todos os seus procedimentos com seu povo, com o fechamento de um testemunho pessoal de bondade especial recebida pelo próprio profeta músico. Os versículos de 1 a 4 são uma espécie de hino introdutório, convocando todas as nações para louvarem a Deus, e ditando para eles as palavras de um canto adequado. Em Sl 66.5-7, convida-se o espectador a "vir e ver" as obras do Senhor, chamando a atenção para o mar Vermelho, e talvez para a passagem do Jordão. Isso sugere a posição similar do povo afligido que é descrito, e seu resultado feliz predito, Sl 66.8-12. O cantor, então, passa a falar na primeira pessoa, e confessa o que ele próprio deve ao Senhor (Sl 66.13-15); e, num rompante veemente "venham e ouçam", declara com ações de graças o favor especial do Senhor para consigo próprio, Sl 66.16-20.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 3. O temível nas obras de Deus, na natureza e na providência.

VERS. 4.
1. Quem? Toda a terra.
(a) Todos, coletivamente, todas as classes e tribos.
(b) Todos, numericamente.
(c) Todos, harmoniosamente.
2. O quê? Adorarão e cantarão.
(a) Humilhação; depois,
(b) Exultação.
3. Quando? Denota futuro (KJV) pelo sentido.
(a) Futuro.
(b) Certeza. Deus o disse. Todas as coisas tendem para isso (G. R.).

VERS. 5. Aqui está:
1. Um assunto para estudo geral: as obras de Deus.
2. Para estudo particular: com obras em favor.
(a) Estes são os mais maravilhosos.
(b) Com estes estamos mais ocupados.

VERS. 7. Soberania, imutabilidade ("para sempre"), e onisciência - são inimigos de rebeldes soberbos.

VERS. 8 (última cláusula). Para obter uma audiência para o evangelho - difícil, necessário e possível. Maneiras e meios de fazer isso.

VERS. 8-9.
1. Louvor a ele.
(a) Como Deus.
(b) Como nosso Deus.
2. Louvor por. Preservação.
(a) Da vida natural.
(b) Da vida espiritual.
3. Louvor por meio de vós, ó povos.
(a) Para seu próprio bem.
(b) Por causa de outros.
Ou
(a) Individualmente.
(b) Unidos (G. R.)

VERS. 9. Perseverança é assunto de gratidão.
1. A manutenção da vida interior.
2. A integridade do caráter externo.

VERS. 10. A prova (refinamento) dos santos.
VERS. 10.
1. O intento das aflições.
(a) Prová-los.
(b) Reprová-los.
2. A ilustração desse projeto. Como prata.
3. O resultado da testagem.

VERS. 11-12. A mão de Deus deve ser reconhecida.
1. Em nossas tentações: Fizeste-nos cair em armadilha.
2. Em aflições corporais: Sobre nossas costas.
3. Em nossas perseguições: Deixaste. Passamos.
4. Em nossos livramentos: Tu nos trouxeste a um (G. R.).

VERS. 12. Fogo e água. Provações várias.
1. Descobrem males diversos.
2. Testam todas as partes da humanidade.
3. Educam variadas graças.
4. Tornam queridas muitas promessas.
5. Ilustram atributos divinos.
6. Dão conhecimento extenso.
7. Criam capacidade para as alegrias variadas do céu.
VERS. 12 (primeira cláusula). A ira da opressão (Sermão de Thomas Adam).
VERS. 12 (última cláusula). Um lugar de abundância, livre de penúria; um lugar agradável, isento de tristeza, um lugar seguro, livre de perigos e aflições (Daniel Wilcocks).
VERS. 12 (última cláusula). A vitória da paciência, com o término da malícia (Sermão de Thomas Adams).
VERS. 12 (última cláusula). A riqueza de uma alma que Deus experimentou e salvou. Entre outras riquezas, ela tem a riqueza de experiência, de graças fortalecidas, de fé confirmada e de compaixão pelos outros.

VERS. 13. A casa de Deus; ou, o lugar de louvores (Sermão de Thomas Adams).

VERS. 13-15.
1. Decisões tomadas (Sl 66.13).
(a) O quê? Oferecer louvor.
(b) Por quê? Por livramento.
(c) Onde? Na tua casa.
2. Resoluções pronunciadas (Sl 66.14).
(a) A Deus.
(b) Diante dos homens.
3. Resoluções tomadas.
(a) Em reconhecimento público.
(b) Em sincera gratidão.
(c) Em mais freqüente assistência na casa de Deus.
(d) Renovada dedicação própria.
(e) Liberalidade maior.

VERS. 16.
1. O que Deus já fez pela alma de cada cristão?
2. Por que o cristão deseja declarar o que Deus fez pela sua alma?
3. Por que ele deseja fazer essa declaração àqueles que apenas temem a Deus?
(a) Porque só eles sabem entender tal declaração.
(b) Só eles realmente acreditarão nela.
(c) Só eles escutarão com interesse, ou se unirão a ele em louvar seu benfeitor (E. Payson).
VERS. 16.
1. O ensino religioso deve ser simples: Vou contar-lhes.
2. Sincero: Venham e ouçam.
3. Oportuno: Todos vocês que.
4. Discriminatório: Temam ao Senhor.
5. Experimental: O que ele fez.

VERS. 17.
1. As duas principais partes da devoção. Oração e louvor.
2. Seu grau. Em oração, clamar. Em louvor, exaltar.
3. Sua ordem.
(a) Oração.
(b) Depois louvar. O que é ganho por oração é exibido em louvor.

VERS. 18-19.
1. O teste admitido.
2. O teste aplicado.
3. O teste aprovado.

VERS. 19. O fato de que Deus escutou a oração.

VERS. 20. A misericórdia de Deus.
1. Em permitir a oração.
2. Em se inclinar à oração.
3. Em ouvir oração.

SALMO 67

TÍTULO
Ao mestre da música. Quem ele era não importa, e quem nós somos também tem pouca importância, contanto que o Senhor seja glorificado. Em Neginote, ou em instrumentos de cordas. Este é o quinto salmo intitulado desta forma, e, sem dúvida, como os demais, devia ser cantado com o acompanhamento de "harpistas tocando em suas harpas". Não oferece o nome do autor, mas seria ousadia tentar provar que não seja Davi quem o escreveu. Teríamos que fazer um grande esforço se resolvêssemos procurar outro autor para ser pai dessas odes que estão em pé de igualdade e familiaridade com as que são atribuídas a Davi. Um salmo ou canto. Solenidade e vivacidade estão unidos aqui. Um salmo é um canto, mas nem todos os cantos são salmos: este é tanto canto como salmo.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. Aqui há misericórdia em Deus, o Pai.
2. Aqui há bênção como o fruto daquela misericórdia em Deus, o Filho.
3. Aqui é a experiência dessa bênção no consolo do Espírito Santo.
VERS. 1. A necessidade de buscar uma bênção para nós mesmos.
VERS. 1-2. A prosperidade da igreja na pátria, a esperança para missões em outras terras.
VERS. 1.
1. O modo de Deus para com a terra.
(a) Um modo de misericórdia.
(b) De bênção.
(c) De conforto.
2. O conhecimento desse modo.
(a) Por modo externo
(b) Por ensino interior.
3. O efeito desse conhecimento. Salvação entre todas as nações.

VERS. 2. Qual é a verdadeira saúde dos homens?

VERS. 3. Vista:
1. Como o desejo de todo coração renovado.
2. Como oração.
3. Como profecia.

VERS. 4.
1. O reinado de Deus no mundo: não é deixado só.
2. A alegria do mundo por isso: Cantem de alegria as nações.
3. A razão dessa alegria. Ele governará com justiça.
(a) Como fiel à sua lei.
(b) Fiel às suas promessas de misericórdia.

VERS. 5-7.
1. A oração (Sl 67.5).
2. A promessa (Sl 67.6).
(a) De bem temporal.
(b) De bem espiritual.
3. A profecia (Sl 67.7).

VERS. 7.
1. Deus para o homem: nos abençoará.
2. Homem para Deus: o temerá.


SALMO 68

TÍTULO
Ao mestre da música, um salmo ou canto de Davi. Já falamos o bastante sobre esse título quando tratamos dos salmos 65 e 66. Este é obviamente um cântico para ser cantado na remoção da arca e, com toda certeza, foi usado quando Davi a levava com alegria santa da casa de Obede-Edom para o lugar preparado no Monte Sião. É um hino que comove a alma. Os primeiros versículos foram muitas vezes o hino de batalha das lutas político-religiosas nas Ilhas Britânicas envolvendo perseguição e vindicações da Reforma. E todo o salmo retrata de modo adequado os caminhos do Senhor Jesus entre os seus santos, e sua ascensão à glória. O salmo é, ao mesmo tempo, excelente e difícil. Em alguns versículos, sua escuridão é totalmente impenetrável. Bem falou um crítico alemão ao se referir a ele como um Titã difícil de domar. Nossa reduzida erudição nos tem falhado e, por isso, temos seguido um Guia mais seguro. Confiamos, no entanto, que nossos pensamentos não deixam de ser proveitosos.

DIVISÃO
Com as palavras dos primeiros dois versículos a arca é levantada, e a procissão começa a andar. Em Sl 68.3-6, os piedosos da assembléia são exortados a começar a cantar seus cânticos alegres, e argumentos são citados para incentivar sua alegria. Então, se canta a gloriosa marcha de Jeová no deserto, Sl 68.7-10, e suas vitórias na guerra são celebradas nos versículos Sl 68.11-14. Os gritos alegres soam mais altos quando Sião é avistado, e a arca é levada morro acima, Sl 58.15-19. No cimo do monte, os sacerdotes cantam um hino a respeito da bondade e justiça do Senhor; a segurança dos seus amigos e a ruína de seus inimigos, Sl 68.20-23. Enquanto isso, a procissão é descrita subindo pelas curvas do monte em Sl 68.24-27. O poeta antecipa um tempo de maiores conquistas, Sl 68.28-31, e conclui com uma nobre explosão de cântico à Jeová.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1-2.
Primeiro. A igreja de Deus sempre teve, e sempre terá, inimigos e quem a odeie; pois contra eles o salmista se arma, e arma a igreja, com esta oração.
Segundo. Os inimigos da igreja são inimigos de Deus; quem odeia a igreja, odeia a Deus. Teus inimigos, aqueles que te odeiam.
Terceiro. Deus, às vezes, parece dormir ou estar imóvel, e deixa esses inimigos ou que odeiam fazerem o que querem por algum tempo. Isso, também, está implícito: aquele a quem dizemos "Levante-se, está dormindo ou imóvel".
Quarto. Haverá um tempo em que Deus se levantará.
Quinto. A hora de Deus levantar será a hora dos inimigos se espalharem, os que o odeiam voarem.
Sexto. É dever do povo de Deus orar para ele quando parece estar em baixa, exaltá-lo em seus louvores quando ele se levanta para salvá-los e redimi-los; pois estas palavras são tanto uma oração como um triunfo conforme são usadas tanto por Moisés ou por Davi. Thomas Case pregou um sermão rápido diante da Câmara dos Comuns, intitulado "Deus se levantando, seus inimigos se espalhando" (1644).

VERS. 1-3. Oração pelo Segundo Advento (A. Macaul).

VERS. 4.
1. O nome que inspira o cântico: Jah.
(a) O que existe por si mesmo.
(b) Imutável.
(c) Eterno.
2. O canto inspirado por esse nome.
(a) De exultação.
(b) De confiança
(c) De alegria (G. R.).

VERS. 5. As reivindicações de viúvas e órfãos sobre a igreja de Deus, pelo relacionamento de Deus com eles, e por Deus habitar a igreja.

VERS. 6. Comparação das igrejas com famílias.
VERS. 6.
1. Dois males curáveis: os do "solitários" e "presos".
2. Duas bênçãos ricas: ser "colocados em famílias" e sair para a "prosperidade".
3. Um mal monstruoso, e suas sofridas conseqüências.

VERS. 7-8.
1. Deus tem seu tempo para salvar seu povo de suas aflições: Quando saíste.
2. Seu livramento é completo: a terra tremeu; tudo cedeu diante dele.
3. O livramento é maior ainda pela demora.
(a) É assim em si mesmo.
(b) É mais apreciado: como no caso de Jó, Abraão, Israel diante do mar Vermelho, Daniel, seus três companheiros (G. R.).

VERS. 7-9.
1. A presença de Deus na sua igreja.
(a) Sua preeminência: "à frente".
(b) Como Deus da aliança de Israel.
(c) Como atuando e ativando.
(d) Seu governo dentro, em meio a eles: eles seguem.
(e) Seu plano fora: marchando para guerra.
2. As benditas conseqüências.
(a) Mesmo os mais impassíveis tremem.
(b) Os imponentes se curvam.
(c) As dificuldades são removidas: "Sinai".
(d) As bênçãos são abundantes.
(e) A igreja é avivada.

VERS. 9.
1. A misericórdia de Deus é comparada a uma chuva.
(a) Cai direta do céu, não vem através de sacerdotes.
(b) É pura e não mista.
(c) Ninguém tem o monopólio dela.
(d) Não há substituto para ela.
(e) É dispensada soberanamente, quanto a
(1) Hora.
(2) Lugar.
(3) Maneira.
(4) Medida.
(f) Funciona eficientemente (Is 55.10).
(g) A oração a alcança.
2. Há estações quando essas chuvas caem.
(a) Na casa de Deus.
(b) Por meio da graça.
(c) Em oração.
(d) Em aflição.
(e) Quando os santos estão exaustos.
(1) Por trabalho.
(2) Por doença.
(3) Por falta de sucesso.
(f) Pelo Espírito Santo refrescar o coração.
3. Essas chuvas pretendem "confirmar o povo de Deus".
4. São desejadas agora.

VERS. 9.
1. A igreja é herança de Deus.
(a) Escolhida.
(b) Comprada.
(c) Adquirida.
2. Embora seja herança dele, às vezes, ela fica cansada.
3. Quando cansada, será refrescada por ele (G. R.).

VERS. 10. (segunda cláusula). Bondade especial, para um povo especial, especialmente preparado.
VERS. 10. (segunda cláusula). É falada com referência aos pobres, porque:
1. Eles são a massa maior da humanidade; e seja o que for que o orgulho pense, no olho da razão, política e revelação, são a parte bem mais importante, útil e necessária.
2. Seriam mais afetados por deficiência.
3. Incentive-se aqueles que estão em condições humildes e dificultosas a depender dela.
4. Cabe reforçar nossa atenção sobre eles pelo exemplo divino (W. Jay.).

VERS. 11. A divindade do evangelho; os diversos modos e agentes para sua divulgação.

VERS. 11-12.
1. A palavra dada: "O Senhor".
2. A palavra proclamada: "muitos".
3. A palavra obedecida; "Reis". Assim foi nos tempos do Antigo Testamento, quando foi para Josué, para Gideão, para Davi que o Senhor deu a palavra, e ela correu pelas hostes e "reis de exércitos". Assim foi nos tempos apostólicos, quando a palavra da reconciliação foi dada. Assim é ainda, e será mais do que nunca daqui para a frente (G. R.).

VERS. 12. (última cláusula). A igreja em redenção como uma esposa demorando nas tarefas do lar; o espólio da obra gloriosa e completada de seu Senhor, e sua divisão.

VERS. 13.
1. O contraste.
(a) Em vez de humilhação, exaltação.
(b) Em vez de poluição, pureza.
(c) Em vez de inércia, atividade.
(d) Em vez de deformidade, beleza.
2. Sua aplicação.
(a) À penitência e perdão.
(b) À depravação e regeneração.
(c) À aflição e recuperação.
(d) À deserção e consolação
(e) À morte e glória (G. R.).

VERS. 14.
1. Onde as maiores batalhas da terra são travadas. "Espalhadas" "nela", isto é, em Sião.
2. Por quem? O Todo-Poderoso.
3. Quando? Em resposta à fé e à oração de seu povo.
4. Como?
(a) Sem barulho, quietamente, como cai a neve.
(b) Sem auxílio humano: como neve que não foi pisada.
(c) Sem violência: "Sem sangue estava a neve não pisada" (G. R.)

VERS. 15-16.
1. A superioridade do monte de Sião.
(a) Em fertilidade, ao monte de Basã; para prazeres terrestres.
(b) Em glória, a outros montes; a alturas humanas do saber e do poder.
2. A razão daquela superioridade.
(a) O lugar escolhido por Deus.
(b) De seu deleite.
(c) De sua habitação.
(d) De sua continuidade para sempre (G. R.).

VERS. 16.
1. A igreja, o lugar de habitação de Deus.
(a) Eleita desde há muito.
(b) Favorecida para sempre.
(c) Que proporciona descanso. Como lar para Deus.
(d) Que recebe honra. Para si.
2. A igreja, portanto, invejada por outros.
(a) Eles sentem sua própria grandeza excedida.
(b) Eles saltam de raiva.
(c) São ilógicos em fazer isso.

VERS. 17-18.
1. A comparação entre Sião e Sinai.
(a) O mesmo Senhor está lá: "No meio deles está o Senhor", (ARA).
(b) Os mesmos atendentes: "Os carros".
2. O contraste.
(a) Deus desceu no Sinai, ascendeu de perto de Sião.
(b) Pôs um jugo sobre eles em Sinai, em Sião dá dádivas.
(c) Em Sinai falou aterrorizando, em Sião recebe dádivas para os rebeldes.
(d) Em Sinai apareceu por um tempo curto, em Sião habita para sempre (G. R.).

VERS. 18.
1. A ascensão de Cristo.
2. Suas vitórias.
3. As dádivas que ele recebeu para os homens; e
4. O grande fim para o qual ele os doa (John Newton).
VERS. 18. Para que o Senhor Deus pudesse morar entre eles. É base para admiração piedosa que Deus pudesse morar entre os homens, quando contemplamos sua imensidade, superioridade excelsa, independência, santidade e soberania; contudo ele o faz:
1. Na vinda de Cristo ao mundo.
2. No residir de seu Espírito no coração.
3. Na presença de Deus em suas igrejas (William Staughton, D.D., 1770-1829).

VERS. 19.
1. O volume de benefícios.
2. O volume de obrigação.
3. O volume de louvor que é devido por isso.
VERS. 19.
1. A salvação não deve ser esquecida em meio às misericórdias de cada dia.
2. As misericórdias diárias não devem ser esquecidas em meio ao prazer da salvação (G. R.).

VERS. 20. A morte na mão de Deus.
1. Meios de escapar dela.
2. Entradas para ela.
3. A saída dela no além.
4. A porta que, quando é fechada, nos fecha nela eternamente.
VERS. 20.
1. O que Deus tem sido para o seu povo.
(a) Sua salvação.
(b) Sua porção: "Nosso Deus".
2. O que ele será: Com eles.
(a) Até a morte.
(b) Na morte.
(c) Após a morte (G. R.).

VERS. 21. O poder, o orgulho, a astúcia sábia e a própria vida do mal, a ser vencida por Deus.

VERS. 22.
1. Para onde seu povo pode ser conduzido.
2. A certeza de sua volta.
3. As razões pelas quais estar certo disso.

VERS. 24. A procissão permitida no santuário. A ordem bem disposta de doutrina, o andar santo de crentes, as bandeiras de alegria, a música das devoções, os vivas ao Rei.

VERS. 25 (última cláusula). Trabalho para mulheres santas na igreja.

VERS. 27.
1. A variedade de canto.
(a) A tribo real de Benjamim no tempo de Saul.
(b) A tribo principesca de Judá, ao Davi ser príncipe regente no tempo de Saul.
(c) A tribo literária de Zebulom: "De Zebulom" aqueles que seguram a pena do escritor.
(d) A tribo eloqüente: "Naftali produz palavras boas".
2. A harmonia do canto. Que todos se unam para louvar o Senhor, a fonte de Israel. "Dezenas de milhares eram suas vozes" (G. R.).

VERS. 30-31.
1. Impedimentos ao progresso da verdade divina.
(a) Idolatria. Adoração do crocodilo - feras entre os juncos - de touros e cria, como no Egito.
(b) Cobiça.
(c) Guerra.
2. Os meios para removê-los. Oração e repreensão divina. Espalha (tu).
3. As conseqüências dessa remoção; Sl 68.31.

VERS. 35.
1. Considere o ciúme de Deus com respeito ao seu povo para a santidade nos três "lugares santos".
(a) No pátio exterior da profissão de fé.
(b) No lugar santo de nosso sacerdócio.
(c) No santo dos santos com seu Filho.

VERS. 35. Bendito seja Deus. Um texto breve, mas muito sugestivo.


SALMO 69

TÍTULO
Ao mestre dos músicos sobre Shoshannim. Assim, pela segunda vez, temos um salmo intitulado "sobre os lírios". No quarenta e um foram lírios dourados, com a fragrância doce da mirra, e florindo nos jardins belos que rodeiam os palácios de marfim; neste salmo temos o lírio entre espinhos, o lírio do vale, alvo e belo, florindo no jardim do Getsêmani. Um salmo de Davi. Se alguém indagasse "de quem fala o salmista isso? de si ou de algum outro homem?" responderíamos, "de si e de algum outro homem". Quem é o outro não demoramos a descobrir; é unicamente o Crucificado quem pode dizer, "para matar-me a sede deram-me vinagre". Suas pegadas através de todo este salmo triste foram apontadas pelo Espírito Santo no Novo Testamento, e por isso cremos, e temos certeza, de que o Filho do Homem está aqui. Contudo parece ser intenção do Espírito - enquanto dá-nos tipos pessoais, e assim mostra a semelhança do primogênito que existe nos herdeiros da salvação - ao mesmo tempo apresenta as disparidades entre o melhor dos filhos dos homens, e o Filho de Deus, pois há versículos aqui que não ousamos aplicar a nosso Senhor; quase nos arrepiamos quando vemos nossos irmãos tentando fazer isso, como por exemplo no Sl 69.5. Notamos especialmente a diferença entre Davi e o filho de Davi nas imprecações de um contra seus inimigos, e as orações do outro por eles. Iniciamos nossa exposição deste salmo com muito tremor, porque sentimos que nós adentramos com nosso Grande Sumo Sacerdote o lugar santíssimo.

DIVISÃO
Este salmo consiste de duas partes de dezoito versículos cada. Estes podem ser subdivididos novamente em três partes. Sob o primeiro subtítulo, Sl 69.1-4, o sofredor desdobra sua queixa diante de Deus; depois suplica que seu zelo por Deus é a causa de seus sofrimentos, em Sl 69.5-12; e isso o incentiva a rogar por auxílio e livramento, em Sl 69.13-18. Na segunda parte do salmo, ele detalha a conduta injuriosa de seus adversários, em Sl 69.19-21, clama por serem castigados, Sl 69.22-28, e então volta a orar, e isso numa antecipação feliz de que haverá interposição divina e os seus resultados, Sl 69.29-36.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Nossas aflições são como água.
1. Devem ficar fora do coração.
2. Há vazamentos, no entanto, que os permitem entrar.
3. Tome nota quando o porão está enchendo.
4. Acione as bombas, e grite por socorro.

VERS. 2-3. É o pecador apercebido de sua posição, incapaz de esperança, dominado por medo, que não encontra consolo na oração, nem se sente visitado por consolação divina.

VERS. 3.
1. Aqui há fé em meio à aflição: Meu Deus.
2. Esperança em meio ao desapontamento: Meus olhos.
3. Oração em meio ao desânimo: Cansei-me; Minha garganta. Ou:
(a) Há o orar além da oração: Cansei-me;
(b) O esperar além da esperança: Meus olhos. (G. R.).

VERS. 4. Jesus como o restaurador. O cristão imitando-o no mesmo trabalho; o cristianismo é um poder que fará isso para a raça toda no devido tempo.

VERS. 5. Nossa tolice. Tanto aparece no geral, como pode se apresentar em indivíduos; o que isso faz, e quais as medidas divinas para cuidar disso.
VERS. 5.
1. O conhecimento que Deus tem do pecado é uma motivação para se arrepender.
(a) Porque é tolice tentar esconder qualquer pecado dele.
(b) Porque é impossível confessar todo nosso pecado para ele.
2. É um incentivo para se esperar o perdão.
(a) Porque, tendo pleno conhecimento de pecado, ele se declarou misericordioso e pronto a perdoar.
(b) Porque ele fez provisão pelo perdão, não segundo nosso conhece-mento de pecado, mas segundo o seu próprio.

VERS. 8-9.
1. Uma tribulação aflitiva.
2. Uma razão honesta para ela: por amor a Cristo.
3. Apoios consoladores para se passar por ela.

VERS. 9.
1. O objeto de zelo: tua casa; teu Sião; tua Igreja.
2. O grau de zelo: me consome. Nosso Senhor foi consumido pelo seu próprio zelo. Paulo também: Eu já estou sendo derramado como uma oferta.
3. A manifestação de zelo: Os insultos de tua justiça; de tua lei; de teu governo moral; de tua misericórdia. "Ele mesmo levou os nossos pecados" (1Pe 2.24) (G. R.).

VERS. 10-12. Uma profecia.
1. Das lágrimas do Salvador: Quando choro.
2. De seu jejum.
3. De zombaria.
4. De sua humilhação: Vestes de lamento.
5. Da deturpação perversa de suas palavras, como "Eu destruirei este templo".
6. Da oposição dos fariseus e autoridades: Os que se ajuntam na praça.
7. Do desprezo dos mais baixos do povo: Sou a canção (G. R.).

VERS. 11. Falas proverbiais de natureza zombadora.

VERS. 13. No tempo oportuno. Enquanto a vida dura geralmente, e especialmente quando estamos arrependidos, sentimos nossa necessidade, somos importunos, damos toda a glória a Deus, temos fé em sua promessa, e esperamos uma resposta graciosa.
VERS. 13. Teu grande amor. É visto em muita paciência e clemência antes da conversão, inúmeros perdões, dádivas sem conta, muitas promessas, freqüentes visitas e abundantes livramentos. De todos esses quem consegue contar a milésima parte?
VERS. 13. A tua salvação infalível. Um tópico instrutivo. A realidade dela, a certeza, o quanto é completa, a eternidade, tudo ilustra a verdade sob vários aspectos.

VERS. 14-16.
1. A profundidade da qual a oração pode se erguer.
2. A altura à qual ela pode se elevar. Assim Jonas, quando estava no fundo do mar, diz: "A minha oração subiu a ti" (G. R.).

VERS. 17.
1. Oração: Não escondas a tua face.
2. Pessoa: O teu servo.
3. Petição: Pois estou em perigo.
4. Pressionado: Responde-me depressa.

VERS. 19.
1. Deus sabe o que o seu povo sofre; quanto, por quanto tempo, de quem, pelo quê.
2. Seu povo deve achar consolação nesse conhecimento.
(a) Que a provação é permitida por ele.
(b) Que é distribuída em parcelas por ele.
(c) Que tem o plano dele.
(d) Que quando o projeto estiver realizado, será removido por ele.

VERS. 20. O coração partido do Salvador. Corações partidos, tais como os que são sentimentais, são causados por orgulho frustrado, arrependimento, compaixão.

VERS. 21. A conduta dos homens a Jesus durante toda a sua vida, dando-lhe mal por todo seu bem, e onde o bem pareceria ser o retorno inevitável.

VERS. 22. A mesa uma cilada. O excesso de comer; soltura na conversa; falta de princípios nos membros de um grupo; a superstição na religião.

VERS. 23. A maldição judicial que cai sobre alguns que costumam menosprezar a Cristo; seus entendimentos não conseguem perceber a verdade; e eles tremem porque são incapazes de receber consolo fortalecedor.

VERS. 29.
1. A humilhação que precede a exaltação.
(a) Profunda: Grande é a minha aflição e a minha dor.
(b) Confessada: Eu sou pobre.
2. A exaltação que segue à humilhação.
(a) Divina. Tua salvação, ó Deus.
(b) Completa: Deus nada faz pela metade.
(c) Preeminente: Proteja-me, ó Deus. "Ponha-me o teu socorro, ó Deus, em alto refúgio" (G. R.).

VERS. 30-31.
1. O efeito do livramento sobre o povo de Deus. Isso o enche de louvor e ações de graças.
2. O efeito em relação a Deus. Ele está mais feliz com isso do que com quaisquer outras ofertas: "Aquele que oferece louvor" (G. R.).

VERS. 32.
1. A alegria do coração de um homem bom está na experiência de outros.
2. A vida de seu coração está em Deus.

VERS. 33.
1. O que as pessoas de Deus são em sua própria estima: "pobres" e "aprisionadas".
2. O que são na estima divina: Não são despercebidos; nem ouvidos; nem desprezados.

VERS. 34. Os mares. Como Deus é, deve ser, e será louvado pelo mar.

VERS. 35. Salvação, edificação, preservação, paz, plena certeza.

VERS. 36.
1. A evidência clara de sua graça: "amam o seu nome".
2. A bênção dada.
3. A natureza duradoura dela: "habitarão".
4. A herança: "a herdará": nós reinamos com Cristo na terra, depois no céu.
5. O título.
(a) Legal: "Descendência de seus servos" - Abraão, Jacó, Davi - Senhor e filho de Davi.
(b) Moral: "Os que amam o seu nome" (G. R.).

Salmo 70

TÍTULO

Ao mestre da música, um salmo de Davi. Até aí o título corresponde ao salmo 40, do qual é uma cópia com variações. Davi parece ter escrito o salmo por extenso, e também ter feito esta parte extraída dele, alterada para combinar com a ocasião. É um bom apêndice para o salmo 69, e um prefácio adequado para o salmo 71. Para trazer à memória. Este é o memorial do homem pobre. Davi, pessoalmente, implora a Deus para que ele não seja esquecido, mas o Senhor de Davi pode ser ouvido aqui também. Mesmo que pareça que o Senhor nos esqueceu, nós não devemos nos esquecer dele. Este salmo memorial age como elo entre os dois salmos de discussão suplicante, e com eles forma uma preciosa tríade de canto.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. Ocasião de sua oração.
(a) Aflição.
(b) Desamparo.
2. Assunto de sua oração. Livramento, ajuda.
3. Importunação de sua oração. O tempo do livramento pode ser uma resposta à oração, bem como o livramento em si.
VERS. 1.
1. Momentos em que a oração tão urgente é apropriada, louvável ou, então, inadequada.
2. Razões para esperar uma resposta rápida.
3. Consolações se uma demora acontecer.

VERS. 2.
1. Há aqueles que buscam machucar a nossa alma.
2. Devemos nos opor a eles, não demorar nem ceder.
3. Nossa melhor arma é oração a Deus.
4. A derrota deles tais é aqui descrita.

VERS. 3.
1. Quem são esses que clamam "Bem-feito" (ARA)?
2. A que mestre eles servem?
3. Quais são as suas recompensas?

VERS. 4 (última cláusula).
1. O caráter.
2. O provérbio.
3. O desejo.

VERS. 5.
1. Quem precisa de ajuda?
2. Quem dá ajuda?
3. O que ela vem "libertar"?
4. Qual a oração que isso sugere?
VERS. 5.
1. Confissão! Eu sou pobre e necessitado.
2. Profissão de fé: Tu és o meu socorro.
3. Súplica: Depressa; "não te demores".

SALMO 71

TÍTULO
Não há título nenhum neste salmo, e, por isso, há quem ache que o salmo 70 pretendia ser um prelúdio deste e que foi separado dele. Tais idéia não têm valor para este nosso estudo. Já encontramos cinco salmos sem título, que são, mesmo assim, tão completos como aqueles que os têm. Temos aqui O SALMO DO CRENTE IDOSO, que em santa confiança de fé, fortalecido por longa e extraordinária experiência, roga contra seus inimigos e pede mais bênçãos para si. Já antecipando uma resposta graciosa, ele promete magnificar grandemente o Senhor.

DIVISÃO
Os primeiros quatro versículos são o grito da fé por socorro, os próximos quatro são um testemunho de experiência. Em Sl 71.9-13, o santo ancião suplica contra seus inimigos, e depois se regozija em esperança, Sl 71.14-16. Volta a orar em Sl 71.17-18, repete as esperanças confiantes que alegraram sua alma, Sl 71.19-21, e então conclui com a promessa de abundar em ações de graças. Em todo ele, este salmo pode ser visto como vocalização de uma fé que se esforça, mas nunca vacila.

DICAS PARA O PREGADOR
Argumentos usados para induzir o Senhor a ouvir, tirados:
1. Da sua justiça e eqüidade: Livra-me por tua justiça.
2. De sua palavra e promessa: Dá ordem para que me libertem.
3. Do seu poder: És a minha rocha.
4. Do seu relacionamento com ele: Meu Deus, minha esperança.
5. Das qualidades de seus adversários: Eles eram ímpios, perversos e cruéis.
6. De sua confiança: Tu és minha esperança.
7. De sua providência graciosa: Tu me sustentaste.
8. De seu coração agradecido: Eu sempre te louvarei.
9. Ele não tinha ninguém em quem confiar senão Deus: Tu és o meu refúgio (Adam Clarke).

VERS. 1. Fé é um ato presente; fé é um ato pessoal, fé trata somente com Deus, fé sabe do que ela trata, fé mata seus temores orando.

VERS. 2. Um apelo.
1. Ao poder de Deus: Resgata-me.
2. À fidelidade de Deus: Por tua justiça.
3. À providência de Deus: Livra-me.
4. À condescendência de Deus: Inclina o teu ouvido.
5. À misericórdia de Deus: Salva-me.
VERS. 2. Resgata-me. Faze-me escapar (KJV). De quem? Do quê? Como? Por qual poder? Para que fim?

VERS. 3 (primeiras duas cláusulas). O crente permanecendo em Deus e continua-mente recorrendo a ele.
VERS. 3 (terceira cláusula). Uma ordem baseada na promessa divina, provida de poder divino, dirigida a todas as agências necessárias, e satisfazendo todas as exigências.

VERS. 4.
1. Quando Deus está a nosso favor, os maus estão contra nós.
2. Quando os maus estão contra nós, Deus está a nosso favor.

VERS. 5. Deus, a essência da esperança e fé.

VERS. 7 (primeira cláusula). Pode ser adaptado:
1. Ao Salvador.
2. Ao Santo. Ele é uma maravilha em referência:
(a) Àquilo que um dia foi.
(b) Àquilo que ele agora é.
(c) Àquilo que será no além.
3. O pecador é "um exemplo para muitos", um exemplo notório para três mundos:
(a) Anjos.
(b) Santos.
(c) Demônios e almas perdidas (Warwell Fenn, 1830).
VERS. 7. Considere o texto, com referência a Davi, a Cristo e ao cristão.
1. Com referência a Davi:
(a) Davi foi admirável como homem.
(b) Como rei.
(c) Como servo de Deus.
2. Com referência a Cristo:
(a) Cristo foi admirável em sua pessoa.
(b) Em sua vida.
(c) Em seus milagres.
(d) Em seu ensinamento.
(e) Em seus sofrimentos.
(f) Em sua ascensão e glória mediadora.
3. Com respeito ao cristão:
(a) O cristão é admirável para si mesmo.
(b) Para o mundo.
(c) Para os espíritos maus.
(d) Para os anjos no céu (John Cawood, 1830).

VERS. 8.
1. O quê? enchido com quê? Murmurações? Dúvidas? Temores? Não! Louvor. Meu próprio? Dos homens? Não. Teu louvor. Tua honra - teu esplendor.
2. Quando? O dia todo.
(a) O dia inteiro.
(b) Todos os dias, uma boa preparação para o céu.

VERS. 9. Há algumas circunstâncias especiais da idade avançada que tornam essa bênção - o favor e a presença de Deus - necessária.
1. A velhice é um tempo de apenas pouca apreciação natural, como Barzilai reconheceu, 2Sm 19.35.
2. É um tempo no qual se sabe que as dificuldades da vida muitas vezes aumentam.
3. É uma idade em que as dificuldades da vida não só aumentam como se tornam menos toleráveis.
4. A velhice é um tempo que deveria merecer respeito, e é assim entre crianças obedientes e todos os cristãos sérios; mas, com freqüência, sabemos que é tratado com negligência. É o caso, especialmente, em que os velhos são pobres e dependentes. Também é o caso em que personagens públicos perderam a vivacidade jovial e o brilho de seus talentos (A. Fuller).
VERS. 9. Há:
1. Medo, misturado com fé.
(a) Natural com a idade avançada.
(b) Sugerido pelo costume do mundo.
2. Fé misturada com temor: "Não me rejeites".
(a) A velhice não é um pecado.
(b) É uma coroa de glória se encontrada.

VERS. 11-12. Duas grandes mentiras e duas orações doces.

VERS. 13-14.
1. O que os maus ganham com sua oposição aos justos: Sejam envergonhados (ARA) Sl 71.13.
3. O que os justos ganham por serem resistidos por eles, Sl 71.14: Mas eu.

VERS. 14. "Cada Vez Mais" ("More and More", sermão de Spurgeon).

VERS. 15.
1. A determinação declarada.
(a) Para relatar os casos da fidelidade divina em seus livramentos.
(b) Para relatá-los publicamente: Minha boca.
(c) Constantemente: sem cessar.
2. O motivo dado: Pois não sei o número deles (KJV). "A eternidade é pouco tempo demais para dizer todo o louvor de ti". Por isso começo agora, e continuarei.

VERS. 16.
1. A decisão: Proclamarei.
2. A restrição: Unicamente a tua justiça.

VERS. 17. Ó Deus, tens me ensinado. Ninguém senão Deus pode nos ensinar experimentalmente; e as lições que ele ensina são sempre úteis e importantes. Ele ensina todos os seus estudiosos a se conhecerem - sua própria depravação, pobreza e escravidão. Ele lhes ensina sua lei - sua pureza, reivindicações e penalidade. Ele lhes ensina seu evangelho - sua plenitude, liberdade e sensibilidade. Ele lhes ensina a conhecer a ele próprio; como um Deus reconciliado, como seu Pai e amigo fiel. Seu ensino vem acompanhado de poder e autoridade. Podemos conhecer o ensino divino pelos seus efeitos: sempre produz humildade. Eles se sentam a seus pés; produz dependência dele; aversão ao pecado; amor a Deus como professor; obediência às lições ensinadas; sede por mais resultados; e nos traz cada dia a Jesus (James Smith).

VERS. 18. O testemunho especial da velhice piedosa, em que se baseia, a quem se dirige, e o que podemos esperar disso.

VERS. 19. Um sermão poderá ser trabalhado instrutivamente sobre "as coisas altas de Deus".

VERS. 20.
1. O benefício futuro das aflições presentes: "Daqui em diante", disse Enéias aos seus companheiros naufragados, "será para nós um deleite pensar nestas coisas" (ref. à Eneida de Virgílio).
2. O benefício presente de misericórdias futuras: "Glória a ti por toda a graça que não provamos ainda".

VERS. 22. Uma fina opção para cantar - Celebro a tua verdade (ARA) - "tua verdade", que pode significar ou verdade doutrinária, ou os atributos de fidelidade, sua manifestação na história e em nossa própria experiência.

VERS. 22-23.
1. A alma da música. Não no instrumento nem na voz, mas na alma. "Cantarei com o entendimento também". "Fazendo melodia no coração".
2. A música da alma. Pois tu me redimiste. Redenção é a música de almas que antes estavam perdidas. Seu único cântico no céu.

VERS. 24. Como tornar a conversa familiar edificante e útil.

SALMO 72

TÍTULO
Um salmo para Salomão. Os melhores lingüistas afirmam que isso deveria ser traduzido como de ou por Salomão. Não há base suficiente para essa tradução. É quase certo que o título declara Salomão ser o autor do salmo, contudo de acordo com Sl 72.20 parece que Davi o pronunciou em oração antes dele morrer. Com alguma reserva, sugerimos que o espírito e a matéria do salmo são de Davi, mas ele estava perto demais de seu fim para escrever as palavras, ou colocá-las em forma. Salomão, então, pegou o cântico de seu pai que estava à morte, deu-lhe feitio em bons versículos, sem roubar de seu pai, fez o salmo dele próprio. Chegamos à conjectura de que é a Oração de Davi, mas o salmo de Salomão. Jesus é retratado aqui, fora de dúvida, na glória de seu reino, tanto na posição em que está agora, como quando revelado na gloria daquele dia futuro.

DIVISÃO
Seguiremos a divisão sugerida por Alexandre. "Uma descrição entusiasmada do reino do Messias como justo, Sl 72.1-7; universal, Sl 72.8-11; beneficente, Sl 72.12-14; perpétuo, Sl 72.15-17; ao qual são acrescentados uma doxologia, Sl 72.18-19; e um pós-escrito, Sl 72.20."

DICAS PARA O PREGADOR
Salmo inteiro.
1. Ele no futuro.
2. Eles no futuro. Faça ressoar as mudanças sobre estes, como o salmo faz.

VERS. 1. A oração da antiga igreja agora é cumprida.
1. Os títulos de Nosso Senhor.
(a) Rei, por natureza divina.
(b) Filho do Rei, nas duas naturezas. Assim, vemos seu poder inato e derivado.
2. A autoridade de Nosso Senhor: "Juízos".
(a) Para reger seu povo.
(b) Para reger o mundo em benefício de seu povo.
(c) Para julgar a humanidade.
(d) Para julgar diabos.
3. O caráter de Nosso Senhor. Ele é justo no recompensar e punir, justo para com Deus e o homem.
4. Nossa oração leal. Isso pede o governo dele sobre nós e o universo.

VERS. 2. O governo de Cristo na sua igreja.
1. Os súditos.
(a) Teu povo, os eleitos, chamados.
(b) Teus pobres, através da convicção e consciência do pecado.
2. O que governa. Ele, único (v. 18), vida longa, continuamente, por todas as gerações.
3. O governo. Justo, imparcial, compadecido, prudente. Lição: Deseje esse governo.

VERS. 3. Montanhas de decreto divino, verdade imutável, poder todo-poderoso, graça eterna. Essas montanhas de Deus são seguranças de paz.

VERS. 4. O Rei do pobre, ou os benefícios que os pobres recebem do reino de Jesus.

VERS. 5. A perpetuidade do evangelho, razões disso, coisas que a ameaçam, e lições tiradas disso.

VERS. 6. O campo, a chuva, o resultado. Este versículo é manejado com bastante facilidade em uma variedade de modos.

VERS. 7.
1. Os justos florescem mais em uma estação do que em outra.
2. Florescem mais quando Jesus está com eles: nos dias do rei.
3. O fruto do crescimento deles é proporcionalmente abundante: e haja abundância, prosperidade (G. Rogers).
VERS. 7. Abundância de paz. Abundantes propostas de paz, abundante redenção gerando paz, abundante perdão conferindo paz, abundantes influências do Espírito selando paz, abundantes promessas garantindo paz, abundante amor difundindo paz.

VERS. 8. A expansão universal do evangelho. Outras teorias quanto ao futuro tombaram, e sua má influência foi exposta; enquanto o benefício e a certeza desta verdade são vindicados.

VERS. 9 (última cláusula). O fim ignóbil dos inimigos de Cristo.

VERS. 10. A finança cristã; voluntárias, mas abundantes, são as dádivas apresentadas a Jesus.

VERS. 12. O cuidado especial dos pobres que Cristo tem.
VERS. 12.
1. Personagens lastimáveis.
2. Condições miseráveis. Choram; "não há ajudador".
3. Recurso natural: "pedem socorro".
4. Intervenção gloriosa (G. Rogers).

VERS. 14. A esperança do mártir na vida e o consolo na morte (G. Rogers).
VERS. 14 (última cláusula). O sangue do mártir.
1. Visto por Deus quando derramado.
2. Lembrado por ele.
3. Honrado como sendo de benefício à igreja.
4. Recompensado de modo especial no céu.

VERS. 15. Que se ore por ele. Nós devemos orar por Jesus Cristo. Devido ao interesse que ele tem em certas coisas, o que é feito por estes é feito para ele mesmo, e assim ele o avalia. Portanto, oramos por ele quando oramos pelos seus pastores, suas ordenanças, seu evangelho, sua igreja - numa palavra, sua causa. Mas pelo que devemos orar a favor dele?
1. Pelo grau de recursos dele; para que sempre haja suficientes instrumentos adequados e capazes para levar avante a obra.
2. Pela liberdade de sua administração; para que tudo que se opõe ao seu progresso, ou o embarga, possa ser removido.
3. Pela difusão de seus princípios, para que se possam tornar gerais e universais.
4. Pelo aumento de sua glória, bem como pela sua dimensão (W. Jay).
VERS. 15. Oração por Jesus, um tópico sugestivo. Louvor diário, um dever cristão.
VERS. 15. Um Salvador vivo, um povo generoso em dar, a ligação entre os dois. Ou, Cristo na igreja enche o erário, promove a reunião de oração e santifica o culto de canto.

VERS. 16.
1. Uma descrição feliz do evangelho: é um punhado de trigo.
2. Os lugares onde é semeado.
3. Os esforços benditos que este evangelho, quando semeado assim, produzirá no mundo (J. Sherman).
VERS. 16.
1. Começo.
2. Publicidade.
3. Crescimento.
4. Resultado.
VERS. 16.
1. O que? Trigo.
2. Quanto? Um punhado.
3. Onde? Na terra em cima dos montes.
4. Crescerá? Os seus frutos.
5. E depois? E cresçam as cidades.

VERS. 17.
1. Cristo glorificado na Igreja: homens sejam abençoados.
2. Glorificadas no mundo: todas as nações.
3. Glorificadas em mundos que virão: Permaneça, dure.
4. Glorificado para sempre (G. Rogers).

VERS. 17-19. As quatro bem-aventuranças, seu sentido e sua ordem.

VERS. 20.
1. A oração deve ser freqüente:
2. Deve ser individual: de Davi.
3. Devem ser começadas cedo: o filho de Jessé.
4. Devem ser continuadas até que não sejam mais necessárias.
(Aqui termina o segundo livro dos salmos.)

SALMO 73

TÍTULO
Um salmo de Asafe. Este é o segundo salmo atribuído a Asafe, e é o primeiro de onze salmos consecutivos que levam o nome desse célebre cantor. Alguns escritores não têm certeza de que Asafe os tenha escrito; tendem a crer que Davi seja o autor, e Asafe a pessoa a quem foram dedicados, para que ele os pudesse cantar quando se tornou o mestre dos músicos. Mas, embora, nós também nos inclinemos nessa direção, os fatos devem ser ouvidos, e descobrimos em 2Cr 29.30 que Ezequias ordenou aos levitas que cantassem "com as palavras de Davi e do vidente Asafe"; e, além disso, em Ne 12.46, Davi e Asafe são mencionados como distintos dos "dirigentes dos cantores", e, conforme parece, como co-autores de salmodia. Podemos, portanto, admitir que Asafe seja o autor de alguns dos salmos, se não dos doze salmos que lhe são atribuídos. Muitas vezes, um grande astro que parece ser apenas um aos olhos de observadores comuns, quando estudado mais de perto, se revela dono de uma personalidade binária; então, neste caso, os salmos de Davi são os de Asafe também. O grande sol de Davi tem um satélite na lua de Asafe, este homem de Deus.

ASSUNTO
Curiosamente, o salmo 73 corresponde, no que diz respeito ao tema, com o salmo 37: ajudará a memória dos mais novos observar a inversão dos números. O tema é a pedra de tropeço de bons homens, que os amigos de Jó não conseguiam transpor; isto é, a prosperidade atual de homens maus e as tristezas dos piedosos. Filósofos pagãos já quebraram a cabeça sobre isso, enquanto que para crentes isso tem sido com freqüência uma tentação.

DIVISÃO
Em Sl 73.1, o salmista declara sua confiança em Deus, e como que põe seu pé sobre uma rocha enquanto relata seu conflito interior. Em Sl 73:2-14, ele declara sua tentação; depois, em Sl 73.15-17, sente-se confuso para descobrir como agir, mas, por fim, encontra livramento para o seu dilema. Descreve com temor a sorte dos ímpios em Sl 73.18-20, condena sua própria tolice e adora a graça de Deus em Sl 73.21-24, e conclui renovando sua lealdade a seu Deus, que ele toma novamente como sendo sua porção e deleite.

DICAS PARA O PREGADOR
Salmo inteiro. Contém a provação do homem piedoso na primeira parte, e seu triunfo na parte final. Temos:
1. O conflito aflitivo entre a carne e o espírito, até o versículo 15.
2. A gloriosa vitória do espírito sobre a carne, até o final (G. Swinnock).
Salmo inteiro.
1. A causa de sua perturbação.
2. A sua cura.
3. A postura do salmista após isso (G. Swinnock).

VERS. 1. O verdadeiro Israel, a grande bênção, e a certeza dela: ou, a proposição do texto apresentado, reforçado e aplicado.
VERS. 1 (primeira cláusula). Os haveres que Israel já recebeu de Deus são:
1. Pela quantidade, os maiores;
2. Pela variedade, os mais seletos;
3. Pela qualidade, os mais doces;
4. Pela segurança, os mais garantidos.
5. Pela duração, os mais duradouros (Simeon Ash).

VERS. 2.
1. Até onde um crente pode cair?
2. Até onde ele não cairá.
3. Quais temores são e quais não são permissíveis?
VERS. 2. Um retrospecto de nossas escorregadelas; prospectos de perigo futuro; preparação no presente para isso.

VERS. 4. Morte quieta; os casos dos piedosos e ímpios distinguidos pelas causas da quietude, e a insegurança de meras emoções.

VERS. 5. A porção do bastardo contrastada com aquela do filho verdadeiro.

VERS. 7. Os perigos da opulência e da luxúria.

VERS. 8. A ligação entre um coração corrupto e uma língua soberba.

VERS. 10.
1. O copo do crente é amargo.
2. Está cheio.
3. Seu conteúdo são águas variadas.
4. É apenas um copo, medido e limitado.
5. É o copo de seu povo, e, em conseqüência, opera o bem no mais alto grau.

VERS. 11. A pergunta aberta do ateu; a pergunta prática do opressor; a pergunta tímida do santo receoso. As razões pelas quais nunca é feita, e os motivos conclusivos que põem a questão fora de dúvida.

VERS. 12. Este versículo sugere solenes investigações para pessoas que estão ficando ricas.

VERS. 14. O castigo freqüente e até constante dos justos; sua necessidade e seu projeto, e as consolações ligadas a isso.

VERS. 15. Como nós podemos causar prejuízos para os santos; por que devemos evitar isso e de que maneira.

VERS. 17.
1. Entrada no lugar de comunhão com Deus, seus privilégios e o caminho para isso.
2. Lições aprendidas nesse lugar santo; o texto menciona uma.
3. A influência prática da comunhão e da instrução.

VERS. 17-18. O fim para o pecador; sermão de Spurgeon.

VERS. 18. Certamente tu os pões em terreno escorregadio.
1. Isso significa que eles estavam sempre expostos a destruição súbita, inesperada. Como aquele que anda em lugares escorregadios está a todo momento sujeito a cair, ele não pode prever num momento se ficará de pé ou se cairá no próximo instante; e, quando cai, cai de vez sem aviso prévio.
2. São capazes de cair sozinhos, sem serem derrubados pela mão de outro; como aquele que fica de pé ou caminha em lugar escorregadio nada precisa senão seu próprio peso para o jogar no chão.
3. Nada há que segura homens maus em algum momento fora do inferno senão a vontade de Deus (Jonathan Edwards).

VERS. 18-20. O fim dos maus é/está:
1. Perto: Certamente os pões. Pode acontecer a qualquer hora.
2. Judicial. (Tu) os fazes cair.
3. Repentino: São destruídos de repente.
4. Atormentado: Tomados de pavor ... Tu os farás desaparecer.
5. Eterno: Deixados sós; desaparecidos da mente de Deus; e menos-prezado como um sonho quando a pessoa acorda. Nenhum ato posterior com respeito a eles, nem por livramento nem por aniquilação.

VERS. 19. O primeiro olhar e a primeira sensação do inferno de um pecador orgulhoso e rico, que acaba de morrer em paz.

VERS. 20. O objeto desprezível: um pecador que se considera virtuoso, ou que se gaba, ou que é perseguidor ou caviloso, ou avaro quando sua alma é chamada à presença de Deus.

VERS. 22. Nossa insensatez, ignorância e insensibilidade. Quando demonstrada. Que efeito o fato deve ter sobre nós; e o quanto isso ilustra a graça divina.

VERS. 22-25.
1. A confissão do salmista com respeito à carne.
2. As expressões fiéis do espírito.
3. A conclusão de todo o assunto.

VERS. 25. Deus é a melhor porção do Cristão; sermão de Spurgeon.
VERS. 25. O céu e a terra revistados para se encontrar uma alegria que iguale ao Senhor. Que o pregador pegue várias alegrias e mostre sua inferioridade.

VERS. 26.
1. A queixa do salmista: O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar.
2. Seu consolo: Mas Deus. Ou então podemos tomar nota (a) da fragilidade de sua carne; (b) do florescimento de sua fé.
DOUTRINA NÚMERO 1.
Que a carne do homem lhe será insuficiente. O coração do homem por mais elevado, mais santo que seja, nem sempre agüenta. O profeta foi um grande e gracioso homem, contudo, sua carne falhou.
DOUTRINA NÚMERO 2.
Esse é o consolo de um cristão, em sua condição mais triste, que Deus é sua porção (G. Swinnock).
VERS. 26. "The Fading of the Flesh" (A debilidade da carne). Título de Swinnock. Tratado.
VERS. 26. Onde falhamos e onde não podemos falhar.

VERS. 27.
1. As tristes condições.
2. As terríveis punições.
3. As consolações implícitas.

VERS. 28. Aproximar-nos de Deus é nossa sabedoria, nossa honra, nossa segurança, nossa paz, nossas riquezas [Sermão de Thomas Watson: "The Happiness of Drawing Near to God". (A Felicidade de Aproximarmo-nos de Deus), 1669].
VERS. 28. A conclusão de Davi; ou, a conclusão do santo (R. Sibbes).
VERS. 28.
1. A linguagem da oração: Bom é estar.
2. Da fé: Fiz do Soberano Senhor.
3. Do louvor: Proclamarei todos os teus feitos (G. R.).

SALMO 74

TÍTULO
Maschil de Asafe. Um salmo instrutivo de Asafe. A história da igreja sofredora é sempre edificante; quando vemos como os fiéis confiaram em Deus e lutaram com ele em tempos de muita aflição, aprendemos como devemos nos comportar em circunstâncias semelhantes; aprendemos também que, quando nos acontece uma provação de fogo, nenhuma coisa tão estranha nos aconteceu; é que nós estamos seguindo no trilho da hoste de Deus.

DIVISÃO
Em Sl 74.1-11, o poeta pleiteia as tristezas da nação e a malvadez feita às assembléias do Senhor; depois insiste que antigas mostras do poder divino são razão de livramentos no presente (Sl 74.12-23). Se é um salmo profético, visando ser usado em dificuldades previstas, ou se foi escrito por Asafe após a invasão por Senaqueribe ou durante as guerras dos Macabeus, é muito difícil determinar, mas não vemos nenhuma dificuldade com a primeira suposição.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. O desprazer divino é um fato.
2. É só em certa medida, e somos muito capazes de exagerá-lo.
3. Mesmo enquanto dura, nosso relacionamento com ele não é afetado. Ovelhas da tua pastagem.
4. Nossa preocupação é inquirir qual o motivo disso e agir de acordo.
VERS. 1 (segunda cláusula). A ira do Senhor com seu povo é comparada à fumaça.
1. Não é um fogo consumidor.
2. Sugere o temor do fogo.
3. Turva a luz da alegria.
4. Cega os olhos da fé.
5. Tira o fôlego da vida.
6. Escurece a beleza de nossos confortos mundanos.

VERS. 2.
1. O relacionamento do Senhor com seu povo.
(a) Eleição.
(b) Redenção.
(c) Habitação em nosso interior.
2. A oração que surge disso. Lembra-te.

VERS. 3. Danos na Igreja.
1. A igreja tem inimigos.
2. Maldade na igreja é sua grande arma.
3. Isso causa muita desolação aos santos fracos, aos "interessados", à paz, à oração, ao proveito.
4. A cura para isso é a interposição de Deus.

VERS. 3-4. O poder da oração.
1. De um lado havia:
(a) Desolação: perpétua.
(b) Profanação.
(c) Clamor: gritaram inimigos.
(d) Demonstração: hastearam.
2. Do outro lado está:
(a) Súplica.
(b) Isso traz Deus ao salvamento de modo efetivo e rápido.

VERS. 4. Bandeiras por sinais. O artifício de Satanás é suplantar a verdade com imitações enganadoras.

VERS. 5. Fama verdadeira. Construir para Deus com trabalho, ousadia, diligência, habilidade.

VERS. 6. Trabalho de vândalos contra a verdade de Deus.

VERS. 6-7. Coisas temidas por uma igreja.
1. Dano às suas doutrinas ou ordenanças: esmigalharam os revestimentos de madeira esculpida.
2. O fogo de contendas, divisão.
3. O aviltamento do pecado. Qualquer uma dessas coisas derruba uma igreja; que ela se cuide e ore contra isso.

VERS. 8. A destruição de nossas igrejas menos fortes é o alvo de nossos inimigos: o mal que fariam, e é nosso dever evitar que isso aconteça: os meios que os destruidores usam: suborno, opressão. Nosso método apropriado para sustentar tais igrejas.

VERS. 9. (primeira clausula).
1. Há coisas como sinais, isto é, indicações e sinais do favor especial de Deus para a alma.
2. Há também um ver esses sinais quando Deus, o Espírito Santo, se agrada de brilhar sobre eles.
3. Há um terceiro estado, no qual não há o ver os sinais; esses sinais estão envoltos em trevas, falta de clareza e obscuridade (J.C. Philpot).

VERS. 10. Uma oração por avivamento.
1. Como Deus é acusado.
2. Quais são os maus efeitos disso.
3. Quando podemos esperar que ele se levante.

VERS. 11.
1. A paciência de Deus com o homem: Ele "retém a sua mão", ele hesita abater (os inimigos).
2. A impaciência do homem com Deus: "Destrói-os" (G. R.).

VERS. 12.
1. A soberania de Deus.
2. Sua antigüidade.
3. Nossa lealdade a ela.
4. O caráter prático de seu reinado: trabalhando, trazendo.
5. A graciosidade dele: operando salvação.
6. O lugar de sua operação: sobre a terra.

VERS. 14. A derrota que Deus opera contra nossos inimigos, e o benefício que resulta para nós.

VERS. 15. A natureza maravilhosa de seus suprimentos graciosos, ilustrado pela rocha golpeada.

VERS. 16. Deus igualmente presente em todas as dispensações da providência.

VERS. 16-17.
1. O Deus da graça é o Deus da natureza: O dia é teu.
2. O Deus da natureza é o Deus da graça: a sabedoria, o poder, a fidelidade é a mesma. Ver o salmo 19 (G. R.).

VERS. 19. A alma do crente comparada a uma ave, uma pomba.

VERS. 20.
1. O título dado a nações pagãs: os lugares sombrios da terra. Não estão sem a luz da natureza, ou da razão, ou da consciência natural, nem da filosofia, como da Grécia e Roma, mas sem a luz da revelação.
2. Sua condição: antros de: crueldade em seus relacionamentos públicos, sociais, e particulares. Ver Romanos 1: "insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia" (ARA).
3. Sua parte na aliança. Isso é conhecido pela parte deles nas promessas dessa aliança, e em profecias sobre a conversão de pagãos.
4. A oração de outros a favor deles: Dá atenção; Ó, envie tua luz. A conversão do mundo acontecerá em resposta às orações da igreja.

VERS. 22. Deus defendendo sua própria causa em visitações de nações e indivíduos, como também em conversões e despertamentos notáveis.
VERS. 22.
1. A glória de nossa causa: ela é do próprio Senhor.
2. A esperança de nossa causa: ele mesmo a defenderá.
3. A esperança que assim se pode receber da violência do homem: ela comoverá o Senhor para que se levante.

Salmo 75

TÍTULO

Ao mestre da música. Eis aqui uma nobre obra para ele, pois o grito do salmo anterior está para ser ouvido, e o desafio dos inimigos de Israel é assumido pelo próprio Deus. Aqui a filha virgem de Sião despreza seu inimigo, e ri-se em zombaria dele. A destruição do exército de Senaqueribe é uma ilustração notável desse cântico sagrado. Al-taschith. Aqui temos outro dos salmos "não destrua", e o título talvez pretendesse ser um controle sobre a ferocidade natural dos oprimidos, ou um insulto ao inimigo selvagem, que aqui é amargamente ordenado para não destruir, porque a nação está bem consciente de que ele não pode. Aqui, em fé santa, a criança que mama brinca no buraco da víbora, e a desmamada põe a mão no covil da serpente. Um salmo ou canto de Asafe. Para ser lido ou cantado. Um hino a Deus e um cântico para seus santos. Feliz o povo que tendo encontrado o poeta Milton em Davi teve um compositor de canto quase igual em Asafe: mais feliz ainda, porque esses poetas não foram inspirados por fontes terrenas castelãs, e sim beberam "da fonte de toda bênção".

DIVISÃO
O hino do povo começa com gratidão e adoração, em Sl 75.1. Nos quatro versículos seguintes, em Sl 75.2-5, o Senhor se revela como governando o mundo com justiça. Depois, segue uma voz de aviso da igreja aos seus inimigos, Sl 75.6-8, e um canto de fechamento antecipando a glória que é devida a Deus e a derrota completa de seus inimigos.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. As incessantes ações de graças da igreja, seu grande motivo para adorar; a proximidade de seu Deus, e a prova evidente disso nas mostras de seu poder.
VERS. 1.
1. Nós damos graças?
2. Sim, nós damos graças.
3. Que agradecimentos fazemos?
4. Quando agradecemos?
5. Vamos dar graças novamente.
Boas resoluções são louváveis; como devem ser feitas, fortalecidas e realizadas.

VERS. 3. O Senhor é o esteio de seu povo mesmo sob as piores circunstâncias.
VERS. 3. Ensina-nos que nenhuma desordem ou confusão deve nos impedir de fazer aquilo que Deus requer de nós; não, pelo contrário, quanto mais as coisas estão desarranjadas, mais prontamente devemos trabalhar para retificá-las (Thomas Wilcocks).

VERS. 4.
1. Quem lhes falou? Eu: Deus.
2. Quem eram eles? Tolos, maus.
3. O que você disse?
4. O que adiantou? Ou, repreender o pecado, um dever.
VERS. 4. O trio profano: maldade, tolice, soberba.

VERS. 5. Argumentos contra o orgulho no coração, na aparência, na fala.

VERS. 6-7. As mudanças da providência não são truques da sorte.

VERS. 7. Deus age como juiz e não arbitrariamente em seus arranjos providenciais.

VERS. 8. Na mão do Senhor está um cálice.
1. Quanto à questão de preparação, considere que seja assim, e portanto está nas mãos do Senhor.
2. Quanto à qualificação: é ele quem o tempera; estava cheio de mistura.
3. Quanto à distribuição, dando a cada um sua parte e porção dele (Thomas Horton).
VERS. 8. O copo de ira. Onde está, o que é, até que ponto está cheio, quem o traz, quem precisa bebê-lo.
VERS. 8. Cheio de mistura. Ira de Deus, remorso, lembrança de alegria perdida, temor do futuro, recriminações, desespero, vergonha, todos estes são ingredientes do copo da mistura.
VERS. 8 (última cláusula).
1. "A borra" do copo: a ira da ira, o amargor do fel.
2. O refugo do povo: "os ímpios da terra".

VERS. 9. Nossa vocação na vida: declarar e cantar.

SALMO 76

TÍTULO
Ao mestre da música no Neginote. O regente do coral é instruído a executar este canto com o acompanhamento de instrumentos de corda. O mestre dos harpistas foi chamado para sua mais habilidosa arte de menestréis, e realmente o canto vale os mais doces sons que as cordas possam produzir. Um salmo ou canto de Asafe. O estilo e a matéria indicam a mão da mesma pessoa que escreveu o anterior, e é um arranjo feliz o que colocou os dois juntos. No salmo 75, a fé cantava vitórias que viriam, neste, canta-se triunfos já alcançados. Este salmo é um canto de guerra cheio de júbilo, uma exaltação ao Rei dos reis, o hino de uma nação teocrática ao seu soberano divino. Não há necessidade de marcarmos divisões num cântico em que a unidade está tão bem preservada.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Reverência ao nome de Deus proporcional ao verdadeiro conhecimento dele.

VERS. 2. O relacionamento especial de Deus com sua igreja.
VERS. 2 (primeira cláusula). Uma igreja pacífica é tabernáculo de Deus. Os benefícios que a paz proporciona, os males de contenda, as causas de dissensão, e os meios de promover a unidade.

VERS. 3. As glórias cristãs, ou as vitórias concedidas à igreja sobre o paganismo, a heresia, a perseguição.
VERS. 3.
1. Onde inimigos são vencidos; "Ali"; não no campo de batalha tanto como na casa de Deus; como Amaleque por Moisés no Monte; Senaqueribe por Ezequias no Santuário.
2. Como ali?
(a) Pela fé.
(b) Pela oração: "As armas de nossa guerra".

VERS. 4. O Senhor, nossa porção, comparado com tesouros de impérios.
VERS. 4.
1. O que o mundo é, comparado com a igreja. Montes de despojos.
(a) Crueldade em vez de amor.
(b) Violência em vez de paz.
2. A igreja comparada com o mundo.
(a) Mais gloriosa, porque é mais excelente.
(b) Mais excelente, porque é mais gloriosa. Ambos mais reais e duradouros (G. R.).

VERS. 5. Dormiram o seu sono. Diversos tipos de morte ou sono para as várias classes de homens.

VERS. 7. A ira de Deus. Um assunto muito sugestivo.

VERS. 8-9.
1. Os personagens descritos: os oprimidos da terra.
2. A necessidade implícita.
(a) De serem vindicados.
(b) De serem salvos.
3. A divina interposição a seu favor. Dos céus pronunciaste. Quando Deus se levantou.
4. O efeito de seu livramento. A terra tremeu (G. R.).

VERS. 10.
1. O mal permitido para o bem: a ira.
2. Refreado pelo bem: Os sobreviventes.
Ou:
1. São governados.
2. São indeferidos (G. R.).

VERS. 11.
1. A quem se pode fazer votos. Não ao homem, mas sim a Deus.
2. Que votos podem ser feitos assim.
(a) De dedicação própria.
(b) De serviço próprio.
(c) De sacrifício próprio.
3. Como guardá-los: Vote e pague.
(a) Por dever.
(b) Por medo do desprazer dele (G. R.).
VERS. 11. Fica bem, é obrigação, é prazer, e há proveito em apresentar dádivas ao Senhor.

SALMO 77

TÍTULO
Ao mestre da música, a Jedutum. Era apropriado que outro líder da salmodia tivesse sua vez. Nenhuma harpa deveria ficar silenciosa nos átrios da casa do Senhor. Um salmo de Asafe. Asafe era um homem de mente instruída e exercitada, e muitas vezes tocado por um tom melancólico; ele era pensativo, contemplativo, crente, mas havia nele um toque de tristeza, e isso transmitia um sabor forte a suas composições. Para acompanhá-lo com entendimento, é preciso ter trabalhado sobre as grandes águas, e ter sobrevivido às fortes ventanias do oceano Atlântico.

DIVISÃO
Se seguirmos o arranjo poético e fizermos as divisões nas Pausas, encontraremos o homem conturbado rogando em Sl 77.1-3, e depois o ouviremos lamentando e discutindo consigo mesmo em Sl 77.4-9. Em Sl 77.10-15, suas meditações correm em direção a Deus e, no final, ele parece, como em uma visão, contemplar as maravilhas do mar Vermelho e do deserto. A essa altura, como se perdido em êxtase, ele termina o salmo de modo abrupto, e seu efeito é muito surpreendente. O Espírito de Deus sabe quando parar de falar, que é mais do que sabem aqueles que, por amor a uma conclusão metódica, prolongam suas palavras até o cansaço. Talvez este salmo tenha tido o propósito de ser um prelúdio para o próximo, e, se for assim, o fecho repentino está explicado. O hino que temos à frente agora é para santos experientes somente, mas para eles será de raro valor como sendo uma transcrição de seus próprios conflitos interiores.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. O benefício de se usar a voz na oração feita em particular.

VERS. 1, 3, 5, 10. Note o progresso do homem sábio saindo de sua problemática da alma.
1. Eu chorei.
2. Eu me lembrei.
3. Eu considerei.
4. Eu disse.

VERS. 2. Título do sermão de Spurgeon a respeito: "Sermão para o mais infeliz dos homens".
VERS. 2.
1. Oração especial: Quando estou.
2. Oração perseverante: mãos erguidas a Deus de noite bem como de dia.
3. Oração agonizante: minha alma está inconsolável (até que a resposta veio -- em A Bíblia Viva). "Estando em agonia, ele orou".
VERS. 2 (última cláusula). Quando isto é sábio e quando é censurável (orar até obter resposta).

VERS. 4.
1. Um homem bom não pode descansar em seu leito enquanto sua alma não descansa em Deus.
2. Ele não pode falar livremente com outros enquanto Deus não concede paz à sua alma (G. R.).
VERS. 4. Ocupação para os que não conseguem dormir, e consolação para os que não conseguem falar.

VERS. 5-6. Há quatro regras para se obter consolo na aflição.
1. A consideração da bondade de Deus ao seu povo na Antigüidade.
2. A lembrança de nossa própria experiência passada.
3. Autocrítica.
4. O estudo diligente da Palavra (G. R.).

VERS. 6. Lembrança. Uma boa memória é de grande ajuda e utilidade.
1. É um grande meio de conhecimento: pois, o que significa o que você lê ou ouve, se você não se lembra de nada?
2. É um meio de fé: 1Co 15.2.
3. É um meio de consolo. Se um pobre cristão em aflição se lembrasse das promessas de Deus, elas o inspirariam com vida nova; mas quando são esquecidas, seu espírito afunda.
4. É um meio de dar graças.
5. É um meio de esperança; pois "a experiência produz esperança" (Rm 5.4, ARA), e a memória é o armazém da experiência.
6. É um meio de arrependimento; pois como podemos nos arrepender ou chorar por aquilo que já esquecemos?
7. É um meio de utilidade. Quando uma fagulha de graça está realmente acesa no coração, ela rapidamente procurará aquecer outras também (R. Steele).

VERS. 7 (primeira cláusula). Para colocar a questão sob uma luz forte, consideremos:
1. Sobre quem é proferida a pergunta? O Senhor.
2. Qual o curso de ação que está em questão? Rejeitar para sempre.
3. Para quem seria executada a ação?

VERS. 8. Essas perguntas:
1. Supõem uma mudança no Deus imutável em dois atributos gloriosos.
2. São contrárias a toda prova do passado.
3. Só podem surgir da carne e de Satanás; e portanto,
4. São para ser enfrentadas no poder do Espírito, com forte fé no Deus Eterno.

VERS. 10. Uma confissão aplicável a muitas outras matérias, tais como medo da morte, medo de deserção, medo de serviço público, estar sensível à negligência.
VERS. 10. Minha enfermidade. Diferentes sentidos desta palavra. Estes forneceriam um bom tema. Algumas enfermidades devem ser suportadas pacientemente, outras devem ser aceitas gloriando-se nelas, outras levadas em oração a Deus por ajuda de seu Espírito, e outras lamentadas e aproveitadas para arrependimento.

VERS. 10-12. Lembrar, meditar, conversar.

VERS. 11-12.
1. Consolação tirada da lembrança do passado.
2. Consolação aumentada pela meditação.
3. Consolação fortalecida pela comunicação: "considerarei": falarei (G. R.).

VERS. 12. Temas para se pensar e tópicos para se conversar. Criação, providência, redenção.

VERS. 13, 19. No mar, no santuário. O caminho de Deus é incompreensível, embora sem dúvida correto: em sua santidade está a resposta aos enigmas.

VERS. 14. O taumaturgo, ou operador de Grandes Maravilhas.

VERS. 15. E de José. A honra de nutrir aqueles que nasceram de Deus pelo trabalho de outros homens.
VERS. 15. Redenção é teu poder, a conseqüência, evidência, e concomitante necessidade de redenção a um preço.
VERS. 15.
1. Os remidos: teu povo; os descendentes de:
(a) No cativeiro embora fossem seu povo.
(b) Seu povo embora estivesse no cativeiro.
2. A redenção: do cativeiro egípcio.
3. O Redentor: Tu, com o teu braço. Deus por Cristo, seu braço: o meu braço me ajudou (Is 63.5). E a quem foi revelado o braço do Senhor? (Is 53.1) (G. R.).

VERS. 16-18.
1. A homenagem da natureza ao Deus da graça.
2. Sua subserviência aos seus planos (G. R.).

VERS. 19.
1. Os caminhos de Deus aos homens são especiais: No mar; o teu caminho.
2. Eles são uniformes, eles se acham em pegadas regulares.
3. São inescrutáveis: como o caminho do navio sobre as águas, não o do arado na terra.
VERS. 19. O caminho de Deus está no mar. Em coisas imutáveis, ingovernáveis, vastas, insondáveis, terríveis, sobrepujantes, o Senhor tem o poder soberano.

VERS. 20.
1. Os súditos da direção divina: teu povo.
2. A maneira como são guiados: como rebanho - apartados, unidos, dependentes.
4. Os agentes empregados: pela mão; o Grande Pastor dirige pela mão de pastores subordinados. "Possa cada pastor subordinado conservar seu olho atento em Ti".
VERS. 20. História da igreja.
1. A igreja é um rebanho.
2. Deus é visto conduzindo-o para a frente.
3. Instrumentalidade é sempre usada.

SALMO 78

TÍTULO
Maschil de Asafe. Este é corretamente denominado um salmo instrutivo. Não se trata apenas de uma recapitulação de eventos importantes da história israelita, mas pretende ser uma parábola que expõe a conduta e a experiência de crentes de todas as épocas. É uma prova singular do embotamento de mente de muitos professores que fazem objeção a sermões e exposições sobre as partes históricas da Escritura, como se elas não contivessem instrução em assuntos espirituais: fossem tais pessoas realmente iluminadas pelo Espírito de Deus, perceberiam que toda a Escritura é proveitosa, e corariam diante de sua própria tolice em subestimar qualquer porção do volume inspirado.

DIVISÃO
A unidade é mantida muito bem do começo ao fim, mas para a conveniência do leitor, podemos notar que Sl 78.1-8 pode ser visto como prefácio, expondo o objetivo do salmista na epopéia que ele escreve. Em Sl 78.9-41, o tema é Israel no deserto; então ocorre um relato sobre a bondade anterior do Senhor para com seu povo ao tirá-lo do Egito com pragas e maravilhas em Sl 78. 42-52. A história das tribos é retomada em Sl 78.53, e continua até Sl 78.66, quando chegamos ao tempo da remoção da arca para Sião e a transferência da liderança de Israel de Efraim para Judá, o que ocorre em canto de Sl 78.67-72.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. O dever de atender à palavra de Deus. Modos de negligenciar o dever; modos de cumpri-lo; razões para obediência; os males de não lhe dar atenção.

VERS. 2 (primeira cláusula). Pregue sobre a "Parábola da nação pródiga", como é exposta no salmo inteiro (C. A. Davies).

VERS. 2-3.
1. Verdades não são piores por serem velhas: diz o ditado antigo. "Lenha velha", disse Lord Bacon, "é melhor para queimar; livros velhos são melhores para ler; e amigos velhos são aqueles em quem mais podemos confiar".
2. As verdades nada perdem por se ocultarem sob metáforas: "Em parábolas abrirei; proferirei enigmas do passado".
3. As verdades nada perdem por serem repetidas freqüentemente.
(a) São mais testadas.
(b) São melhor testificadas (G. R.).

VERS. 3. A ligação entre o que "ouvimos", e o que "conhecemos" pessoalmente em religião.

VERS. 4. Uma boa decisão, e um resultado abençoado (C. D.).
VERS. 4.
1. O que deve ser conhecido? Os louváveis feitos do Senhor; o seu poder e as maravilhas que fez.
2. Quem deve conhecer? As gerações que virão.
3. Por quem? Pais - de uma geração para a outra.
4. Como se tornarão conhecidas?
(a) Não se escondendo nada.
(b) Declarando tudo que Deus fez (G.R.).

VERS. 5. Tradição bíblica, ou pela peça preciosa da herança que é o evangelho.

VERS. 5-8. Religião de família.
1. O conhecimento dos pais é a herança dos filhos - Sl 78.5-6.
2. A queda dos pais, a preservação dos filhos - Sl. 78.7-8.
VERS. 5-8.
1. Verdade uma vez começada não pode ser interrompida - Sl 78.5-6.
2. Verdade recebida liga a alma a Deus - Sl 78.7.
3. Verdade rejeitada acende faróis para outros - Sl 78.8.

VERS. 7-8. Sobre a aparência enganosa do coração, ao desconsiderar as dispensações providenciais em geral (John Jamieson, Sermons on the Heart, 1.430).

VERS. 8. Teimosia e não firmeza, ou a diferença entre um vício natural e uma qualidade graciosa.
VERS. 8. O coração falso (cláusula central), com sua mão esquerda, "Teimosia no erro" (primeira cláusula), e sua mão direita "inconstância no direito" (última cláusula) (C. D.).

VERS. 9. Quem eram? O que tinham? O que fizeram? Quando o fizeram?

VERS. 9, 67. A apostasia de crentes eminentes.
1. Os soldados do Senhor: quem eram; pertencentes ao povo escolhido de Deus; eram distinguidos pela graça (Gn 48.17-20). Fortes pela bênção de Deus (Dt 33.17). Lugar honroso entre seus irmãos. Favorecidos com o tabernáculo em Siló - Sl 78.60.
2. Seu equipamento: armamento defensivo e ofensivo, como o dos outros que triunfaram.
3. Seu comportamento em batalha: voltar era traição, covardia; era perigoso, desastroso, desonroso.
4. Seu castigo - Sl 78.57. Privado de sua honra especial (Ap 3.11) (C. D.).

VERS. 10-11. As gradações do pecado: negligenciar, rejeitar, esquecer de Deus (C. D.).

VERS. 12-16. Deus revelado em seus feitos. O Deus que opera maravilhas - Sl 78.12-16. O Deus vingador - Sl 78.12. O Deus que intervém - Sl 78.13. O Deus que guia - Sl 78.14. O Deus Pai - Sl 78.14-16 (C. D.).

VERS. 12-17. Obstinação pela descrença. Avança contra a majestade de Deus - Sl 78.17; sua graciosa providência - Sl 78.14-16, seu cuidado que se interpõe - Sl 78.13; sua justiça vingadora - Sl 78.12; sua graça distintiva - Sl 78.12-16 (C. D.).

VERS. 12-17. Prodígios não podem converter a alma (Lc 16.31) (C. D.).

VERS. 15-16. Suprimentos divinos a tempo, abundantes, da maior excelência, maravilhosos.

VERS. 16. Regatos que vêm da Rocha Jesus Cristo.
1. Sua fonte.
2. Sua variedade.
3. Sua abundância (B. Davies).

VERS. 12-17. Obstinação pela descrença. Avança contra a majestade de Deus - Sl 78.17; sua graciosa providência - Sl 78.14-16; seu cuidado interposto - Sl 78.13; sua justiça vingadora - Sl 78.12; sua graça que distingue - Sl 78.12-16 (C. D.).
VERS. 12-17. Prodígios não conseguem converter a alma, Lc 16.31 (C. D.).

VERS. 17. O pecado em seu progresso se alimenta de misericórdias divinas para avançar, como também as demais circunstâncias.

VERS. 17-21.
1. Tentaram a paciência de Deus; Sl 78.17.
2. Tentaram a sabedoria de Deus; Sl 78.18.
3. Tentaram o poder de Deus; Sl 78. 19-20.
4. Tentaram a ira de Deus; Sl 78.21 (E. G. Gange).

VERS. 18-21. O progresso do mal.
1. Eles se desviaram por causa da cobiça: Sl 78.18.
2. A cobiça concebida gera o pecado: Sl 78.19-20.
3. O pecado completado gera a morte: Sl 78. 21. "As carcaças deles caíram" (C. D.).

VERS. 21-22. As más conseqüências da descrença.
1. O pecado em si: eles duvidaram da certeza, integralidade e realidade da salvação divina na saída do Egito.
2. O agravamento desse pecado: o objetivo era Deus; quem deu lugar à insatisfação foi o povo dele. Mas os auxílios para a fé foram negligenciados.
3. A que isso os levou; pecado interno - Sl 78.18; pecado externo - Sl 78.19.
4. Ao que isso os sujeitou: Sl 78.21. Serpentes venenosas (Nm 21.6-8) (C. D.).

VERS. 25. Diferentes tipos de comida. Comida de animais (Lc 15.16). Comida de pecadores (Os 4.8). Comida de formalistas (Os 12.1). Comida de santos (Jr 15.16, Jo 6.53-57). Comida de anjos. Comida de Cristo (Jo 4.34) (C. D.).

VERS. 29-31. Orações perigosas. Quando a cobiça dita, a ira poderá responder. Deixe que a graça dite, e a misericórdia responderá (C. D.).

VERS. 34-37. Os pés do hipócrita, Sl 78.34. A memória do hipócrita, Sl 78.35. A capa do hipócrita e o coração do hipócrita (C. D.).

VERS. 38 (última cláusula) e Sl 78.50 (primeira cláusula) A ira de Deus praticada contra seu povo e contra seus inimigos (C. D.).

VERS. 39, 35. A lembrança que Deus tem de seu povo e a lembrança que estes têm de Deus.

VERS. 42. O grande dia.
1. O inimigo enfrentado nesse dia.
2. O conflito suportado.
3. O livramento realizado.
4. A alegria sentida (B. D.).

VERS. 45. O poder das coisas pequenas quando incumbidas de nos atazanar.

VERS. 47 (última cláusula). Algumas vezes, o tiro não sai. Às vezes, sai. E quando sai, erra o alvo.

VERS. 52.
1. Deus tem um povo no mundo.
2. Ele os leva para um lugar à parte dos outros.
3. Ele os traz à comunhão consigo.
4. Ele os traz para a comunhão de uns com os outros.
5. Ele os guia para o seu descanso.

VERS. 55. Substituição divina. Ele substitui os anjos caídos no céu. Uma nação da terra por outra (veja toda a história). Os pensamentos e afetos do coração na regeneração - Is 55.13 (C. D.).

VERS. 56-57. Sobre como o coração é enganoso no que diz respeito ao cumprimento do dever (J. Jamieson, 1.326). Sobre a falsidade do coroação, no que diz respeito à omissão da obrigação (J. Jamieson, 1.353).

VERS. 59-72.
1. Um pôr-do-sol escuro, Sl 78.59-60.
2. Uma noite terrível, Sl 78.60-64.
3. Um amanhecer abençoado, Sl 78.65-72 (C. D.).

VERS. 59, 67. A apostasia de crentes proeminentes.
1. Os soldados do Senhor: quem eram, pertencentes ao povo escolhido de Deus; eram distinguidos por graça (Gn 48.17-20). Fortes pela bênção de Deus (Dt 33.17). Uma posição de honra entre seus irmãos. Favorecidos com o tabernáculo em Siló - Sl 78.60.
2. Seu equipamento: armas defensivas e ofensivas; como as de outros que venceram.
3. Seu comportamento na batalha: voltar atrás era traição, covardia, perigoso, desastroso, era uma desonra.
4. Seu castigo - Sl 78.57. Ficarem privados de sua honra especial (Ap 3.11) (C. D.).

VERS. 70-72. Promoções espirituais.

VERS. 72. Apesar de suas transgressões, das quais ele sempre se arrependia e que foram portanto apagadas do Livro de Deus, Davi permanece para todos os príncipes e soberanos da terra como o padrão mais nobre. Em perfeita verdade interna, ele sabia e se sentia ser "Rei pela graça de Deus". A coroa e o cetro ele levava como administrador para o rei de todos os reis; e até seu último fôlego ele procurou com toda sua sinceridade ser encontrado como um genuíno rei teocrático, que em tudo devia conduzir seu governo terreno de acordo com as ordenanças e instruções de Deus. Portanto, o Senhor fez com que tudo em que punha a mão prosperasse, e nada estava mais claro para o povo do que o fato que o Senhor verdadeiramente estava com o rei (Frederick William Krummacher, em David, the King of Israel, 1867).

SALMO 79

TÍTULO E ASSUNTO
Um salmo de Asafe. Um salmo de lamentação tal como Jeremias poderia ter escrito em meio às ruínas da cidade amada. É evidente que trata de tempos de invasão, opressão e destruição nacional. Asafe era um poeta patriota, e não se sentia mais à vontade do que quando repassava a história de sua nação. Pudera Deus que tivéssemos poetas nacionais cujo canto fosse sobre o Senhor.

DIVISÃO
Em Sl 79.1-4, a lástima é despejada, em Sl 79.5-12, a oração é apresentada e, no versículo final, o louvor é prometido.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 4. Os santos são objeto de escárnio para os pecadores. Fosse merecidamente ou fosse injustamente. O que eles parecem para despertar o ridículo; o que devemos fazer diante dessa provação; como isso irá terminar?

VERS. 5.
1. A causa da ira: ciúme.
2. A moderação dela. Se continuasse para sempre, o povo pereceria, as promessas não seriam cumpridas, a aliança cairia, e a honra do Senhor seria desacreditada.
3. Dar um basta. Pela oração, pelo amor de seu nome, pela sua glória e pelo sangue de Jesus.

Salmo 80

TÍTULO

Ao mestre da música sobre Shoshannim Eduth. Pela quarta vez, temos um cântico sobre os Shoshannim, ou os lírios; antes tivemos os salmos 45, 60 e 69. Por que este título lhe foi dado é difícil dizer em cada caso, mas a forma poética deliciosa do presente salmo pode bem justificar o título charmoso. Eduth significa testemunho. O salmo é um testemunho da igreja como um "lírio entre espinhos". Alguns estudiosos entendem que o título aqui se refira a um instrumento de seis cordas, e Schleusner traduz as duas palavras, "o hexacorde do testemunho". Poderá ser que uma futura pesquisa esclareça-nos esses "ditos escuros sobre uma harpa". Será um prazer aceitá-los como evidência de que o canto sagrado não era pouco estimado nos dias antigos. Um salmo de Asafe. Um Asafe posterior, vamos crer, que teve a infelicidade de viver, como o "último ministrel", em maus tempos. Se foi pelo Asafe do tempo de Davi, este salmo foi escrito com o espírito de profecia, pois canta sobre tempos que Davi não conheceu.

DIVISÃO
O salmo se divide de modo natural no refrão que ocorre três vezes: "Restaura-nos, ó Deus". O Sl 80.1-3 é um discurso de abertura dirigido ao Senhor Deus de Israel; os versículos de Sl 80.4-7 são uma lamentação sobre a tristeza nacional, e nos versículos de Sl 80.4-7 a mesma queixa é repetida, a nação sendo representada numa linda alegoria como uma vide. É um salmo muito triste, e seus lírios são os pequenos lírios do vale.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. De que forma o Senhor agiu como um pastor para Israel, como ilustração de seus procedimentos com sua Igreja.

VERS. 2. A salvação esperada em conexão com o povo de Deus, suas orações, seus trabalhos e seu serviço diário.

VERS. 3. A obra dupla na salvação.
(1) Volte-nos para si.
(2) Volte-se para nós.

VERS. 4. Que orações são as que fazem com que Deus fique irado.

VERS. 5. Alimento que não agrada.
1. Analise o fornecimento.
2. Note a mão que o manda.
3. Considere a saúde que essa dieta proporciona.
4. Lembre-se dos acompanhamentos para aliviar.

VERS. 7. A conversão, comunhão e confiança da salvação.

VERS. 8-15. Paralelo entre a Igreja e uma videira.

VERS. 12.
1. As cercas vivas da Igreja.
2. Sua remoção.
3. As conseqüências deploráveis.

VERS. 13. Quais são os maiores inimigos da Igreja? De onde vêm? Como os derrotaremos?

VERS. 17-18. O poder de Deus visto em Jesus, a causa da perseverança dos santos.

VERS. 18 (última cláusula). A necessidade de vivificação para que haja culto aceitável.

SALMO 81

TÍTULO
Ao mestre da música sobre Gittith. Muito pouco é conhecido sobre o sentido desse título. Neste trabalho, já demos a melhor explicação de que temos conhecimento em conexão com o salmo 8. Se for entendido como sendo um cântico da vindima, fala muito bem da piedade das pessoas para quem foi escrito; teme-se que em poucos lugares, mesmo em países cristãos, se consideraria apropriado os santos hinos serem cantados em conexão com a prensa do vinho. Onde os guisos dos cavalos serão santidade para o Senhor, então, o suco das uvas jorrará da prensa ao acompanhamento do canto sacro. Um salmo de Asafe. Esse poeta aqui medita novamente sobre a história de seu país; seu ponto forte parece ser passar em revista o passado em salmodia de admoestação. É um poeta da história e da política de Israel. Um verdadeiro cantor nacional, a um só tempo piedoso e patriótico.

DIVISÃO
Louvor é solicitado para se celebrar um dia memorável, talvez a Páscoa; com isso, o livramento do Egito é descrito em Sl 81.1-7. Depois, o Senhor gentilmente chama a atenção de seu povo por sua ingratidão, e retrata sua situação feliz, tivessem eles sido obedientes a seus mandados.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. O canto da congregação deve ser geral, forte e alegre. As razões para isso, e seus benefício.

VERS. 1-3.
1. O louvor deve ser sincero. Só pode vir do povo de Deus.
2. Deve ser constante: devem louvar a Deus em todos os tempos.
3. Deve ser especial. Deve haver tempos de louvor especial.
(a) Indicado por Deus, como os sábados e as festas solenes.
(b) Exigido por providência em ocasião de livramentos e misericórdias especiais.
4. Deve ser público:

VERS. 4. A regra de ordenanças e cultos; pedidos para ir além disso; casos de várias igrejas; o pecado e perigo de tal adoração da vontade.

VERS. 5. O que há na linguagem do mundo que é ininteligível para os filhos de Deus.

VERS. 6. A emancipação dos crentes. O trabalho por lei é pesado, servil, nunca chega ao fim, não é recompensado, é cada vez mais irritante. Só o Senhor pode livrar-nos dessa lida escrava, e ele o faz pela graça e pelo poder. Fazemos bem em lembrar o tempo de nossa libertação, mostrar gratidão por ela, e viver constantemente com isso.

VERS. 7.
1. Orações respondidas - vínculos de gratidão.
2. Tempos de provação passada - ser lembrado e advertido.
3. O presente é um tempo para novas respostas assim como é para novos testes.
VERS. 7. Águas de Meribá. Os vários pontos de testagem na vida do crente.

VERS. 8-10.
1. Um Pai compassivo, chamando seu filho: Ouça meu povo, as minhas advertências. Se você me escutar.
2. Um soberano ciumento, legislando severamente: Não tenha deus estrangeiro no seu meio.
3. Um amigo oni-suficiente, desafiando a confiança: Eu sou o Senhor, o seu Deus: abra a sua boca e eu o alimentarei (Richard Cecil, 1748-1810).

VERS. 8, 11, 13. A ordem, a desobediência, o pesar.

VERS. 11, 12.
1. O pecado de Israel. Eles não quiseram ouvir. A boca se abre ao ouvir atentamente: abra a sua boca; mas meu povo. Seu pecado foi muito agravado.
1. Por aquilo que Deus tinha feito por eles.
2. Pelos deuses que haviam preferido a ele.
3. O castigo.
(a) Sua magnitude: Eu os entreguei.
(b) Sua justiça: meu povo não quis me ouvir... não quis me obedecer.

VERS. 13. A excelente situação de um crente obediente.
1. Inimigos subjugados.
2. Prazeres perpetuados.
3. Abundância possuída.

VERS. 13-14. O pecado e a perda daquele que apostata, que escorrega e cai.

VERS. 14. Inimigos espirituais são combatidos melhor por uma vida obediente.

VERS. 16.
1. Delícias espirituais.
2. Por quem são providenciadas.
3. A quem são dadas.
4. Com que resultado - "satisfeito".

SALMO 82

TÍTULO E ASSUNTO
Um salmo de Asafe. Este poeta do templo age aqui como um pregador para a corte e para a magistratura. Homens que fazem uma coisa bem, em geral, se prestam bem a outra; aquele que escreve bons versículos dificilmente não é capaz de pregar. Que pregação nos teria dado Milton se tivesse entrado no púlpito, ou se Virgílio tivesse sido um apóstolo.

O sermão de Asafe diante dos juízes está agora à nossa frente. Ele fala com muita clareza, e seu canto é mais caracterizado pela força do que pela doçura. Temos aqui uma prova clara de que não é preciso que todos os salmos e hinos sejam expressões diretas de louvor a Deus; podemos, de acordo com o exemplo deste salmo, admoestar um ao outro em nossas canções. Asafe sem dúvida viu em volta dele muito suborno e corrupção, e enquanto Davi punia-os com a espada, ele resolveu procurar corrigi-los com um salmo profético. Fazendo isso, o doce cantor não estava esquecendo sua profissão como músico do Senhor, mas antes o desempenhava de modo prático em outro departamento. Estava louvando a Deus quando repreendia o pecado que o desonrava, e se ele não fazia música, estava fazendo calar a discórdia quando mandou governantes dispensar justiça com imparcialidade.

DIVISÃO
O salmo é um todo e não precisa de uma divisão formal.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. A soberania de Deus sobre os mais poderosos e elevados. Como essa soberania se revela, e o que podemos esperar dela.
VERS. 1. A presença do Senhor nos gabinetes e senados.

VERS. 2. Um pecado comum. A estima pelas pessoas em si muitas vezes influencia nosso julgamento de suas opiniões, suas virtudes, seus vícios e sua atitude geral; isso envolve injustiça para com outros, bem como dano prejudicial para a pessoa lisonjeada.

VERS. 3. Um rogo por órfãos.

VERS. 5.
1. O caráter de príncipes maus.
(a) Ignorância: Nada sabem.
(b) Cegueira voluntária: Nada entendem.
(c) Perversidade sem limites: Vagueiam pelas trevas.
2. As conseqüências para outros: Todos os fundamentos.
(a) De segurança pessoal.
(b) De conforto social.
(c) De prosperidade comercial.
(d) De tranqüilidade nacional.
(e) De liberdade religiosa; todos estão fora de rumo (G. R.).
VERS. 5 (cláusula central). Uma descrição da peregrinação de pecadores presunçosos.

VERS. 6. Vocês são deuses. A passagem do Antigo Testamento que envolve a doutrina da divindade de Cristo (J. P. Lange).

VERS. 8.
1. A invocação: Levanta-te.
2. A predição: Julga (G. R.).

SALMO 83

TÍTULO
Um salmo ou Canto de Asafe. Esta é a última ocasião em que nos encontraremos com este escritor eloqüente. O poeta patriótico canta de novo as guerras e os perigos iminentes, mas não é nenhum canto irreligioso de uma nação que não pensa e entra em guerra levianamente. Asafe, o vidente, tem consciência dos perigos sérios que surgem das poderosas nações confederadas, mas sua alma em fé se firma em Jeová, enquanto que como poeta pregador ele estimula seus conterrâneos à oração por meio deste poema lírico sacro. O Asafe que pôs no papel este canto muito provavelmente foi a pessoa a que se faz referência em 2Cr 20.14, pois a evidência interna relacionando o assunto do salmo aos tempos de Josafá é fortíssima. A divisão no acampamento dos povos confederados no deserto de Tecoa não só acabou com sua liga, mas levou a uma grande matança, o que prejudicou o poder de algumas das nações por muitos anos. Pensavam destruir Israel, e destruíram-se uns aos outros.

DIVISÃO
Um apelo a Deus de uma maneira geral ocupa Sl 83.1-4; e depois o salmista entra em detalhes da liga, Sl 83.5-8. Isso leva a uma petição sincera pela derrota do inimigo, Sl 83.9-15, com uma expressão do desejo de que a glória de Deus possa assim ser promovida.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. l. O longo silêncio de Deus, as razões desse silêncio, e nossas razões de desejar que ele quebre o silêncio.

VERS. 3. Os teus ocultos.
1. Escondidos quanto à sua nova natureza, que é um enigma para os homens.
2. Escondidos para proteção, como coisas preciosas.
3. Escondidos para consolo e descanso.
4. Escondidos porque ainda não plenamente revelados.

VERS. 4. A imortalidade da igreja.

VERS. 5. As sociedades dos males contra os crentes, os santos.

VERS. 13-15. A instabilidade, o desassossego e a impotência dos maus, seu horror quando Deus trata com eles em justiça.

VERS. 16. Uma oração a respeito do Papa e seus sacerdotes.

VERS. 17. A sorte justa dos perseguidores e perturbadores.

VERS. 18. A Lição Dourada: como é ensinada, a quem, por quem, através de quem?

SALMO 84

TÍTULO E ASSUNTO
Ao mestre dos músicos sobre Os Lagares. Um salmo para os filhos de Corá. Este salmo bem merecia ser confiado ao mais nobre dos filhos da hinologia. Nenhuma música poderia ser doce demais para seu tema, ou delicada demais no som para se comparar à beleza de sua linguagem. Mais doce do que a alegria do premer do vinho (pois este diz-se ser o sentido da palavra traduzida por Gittith), é a alegria das assembléias santas da casa do Senhor; nem mesmo os filhos favorecidos da graça, que são como os filhos de Corá, podem ter um assunto mais rico para cantar do que os festivais sagrados de Sião. Importa pouco quando foi escrito esse salmo, ou por quem; para nós, ele exala um perfume davídico, cheira às urzes, plantas dos montes, e aos lugares solitários desérticos, onde o rei Davi deve ter se alojado muitas vezes durante suas muitas guerras. Este poema sacro é um dos mais especiais da coleção; irradia um brilho suave, que faz merecer ser chamado A pérola dos salmos. Se o salmo 23 é o mais popular, o 103 o mais alegre, o 119 o mais profundamente experimental, o 51 o mais sentimental, este com certeza é um dos mais doces dos salmos de paz. Peregrinações ao tabernáculo eram um traço distintivo da vida judaica. Na Inglaterra, peregrinações ao santuário de Canterbury, e de Nossa Senhora de Walsingham, foram tão generalizadas a ponto de afetar toda a população, e determinar a construção de estradas, a construção de pensões, e a criação de uma literatura especial; isso pode nos ajudar a entender a influência da peregrinação sobre os antigos israelitas. Famílias viajavam juntas, formando grupos que cresciam em cada parada; acampavam em clareiras ensolaradas no meio de bosques nativos à beira dos caminhos; cantavam em uníssono ao longo das estradas, lutavam juntos para atravessar montes e brejos que aparecessem pela frente, e, na caminhada, acumulavam lembranças felizes que nunca seriam esquecidas. Se alguém fosse excluído da companhia santa dos peregrinos e do culto devoto da congregação, certamente encontraria neste salmo a expressão adequada para seu espírito pesaroso.

DIVISÃO
Faremos nossas pausas onde o poeta ou o músico as colocou, onde já se encontram no texto.

VERS. 1.
1. Por que são chamados tabernáculos"? Para incluir:
(a) O lugar santíssimo, o mais santo de todos;
(b) O lugar santo;
(c) O pátio e áreas do tabernáculo. Os pátios qualificados como "agradáveis" (NVI), "amáveis" (ARA). Os pátios "amáveis" (belos, agradáveis), o lugar santo mais agradável - o santo dos santos de todos o mais agradável.
2. Por que são chamados agradáveis ou amáveis?
(a) Por causa do modo como Deus habita aqui. Condescendência é amável? E o amor? E a misericórdia? E a graça? Estes são manifestos aqui.
(b) Por causa do propósito pelo qual ele reside aqui. Salvar pecadores: consolar santos.

VERS. 1-3. Os títulos para Deus nestes três versículos valem ser meditados. Senhor dos Exércitos, o Deus vivo, meu Rei e meu Deus (G. R.).

VERS. 3.
1. A eloqüência da aflição. Ao ser banido, Davi inveja os pardais e as andorinhas que tinham feito seus ninhos junto à casa de Deus, mais do que Absalão que havia usurpado seu palácio e seu trono.
2. A engenhosidade da oração. Por que pardais e andorinhas deveriam estar mais perto de teus altares do que eu estou, ó Senhor dos Exércitos, meu Rei e meu Deus! "Não tenham medo. Vocês valem mais do que muitos pardais" (Lc 12.7) (G. R.).

VERS. 4.
1. O privilégio sugerido - habitar a casa de Deus. Alguns pássaros voam por cima da casa de Deus - alguns ocasionalmente pousam em cima dela -, outros fazem seus ninhos e criam seus filhotes lá. Este era o privilégio que o salmista queria.
2. O fato afirmado. Como são felizes os que habitam, que fazem dela sua morada espiritual e também a de seus filhos.
2. A razão dada. Louvam-te sem cessar.
(a) Terão muito pelo que louvar a Deus.
(b) Verão muito para louvar em Deus (G. R.).

VERS. 5. O homem é abençoado.
1. Quando sua força está em Deus. Força para crer, força para obedecer, força para sofrer.
2. Quando os modos de Deus estão nele. São felizes os que em ti. Quando as doutrinas, os preceitos e as promessas de Deus são gravados profundamente no coração (G. R..).
VERS. 5. A preciosidade da intensidade e do entusiasmo na fé, no culto e vida religiosos.

VERS. 5-7. O povo bem-aventurado é descrito:
1. Pelo seu desejo sincero e pela sua determinação de fazer essa viagem, embora morasse longe do tabernáculo, Sl 84.5.
2. Pela sua viagem dolorosa, contudo com algum refrigério no caminho, Sl 84.6.
3. Pelo seu progresso constante até chegar ao destino desejado, Sl 84.7 (T. Manton).

VERS. 6. Assim como o vale de lágrimas simboliza abatimento, assim um poço simboliza a salvação e o consolo sempre fluindo (compare Jo 4.14, Is 12.3).
VERS. 6.
1. O vale de Baca. Deste vale podemos observar:
(a) Ele é bem freqüentado.
(b) É desagradável para carne e sangue.
(c) Muito saudável.
(d) Muito seguro.
(e) Muito proveitoso.
2. O esforço laborioso: torná-lo um lugar de fontes.
(a) Consolo pode ser obtido da aflição mais profunda.
(b) Consolo deve ser obtido por meio de esforço.
(c) Consolo obtido por um indivíduo é útil a outros, assim como uma fonte pode ser.
3. O suprimento celestial. As chuvas também enchem os mananciais (ou enchem cisternas). Tudo vem de Deus; o esforço não adianta sem ele.

VERS. 7.
1. Confiar em Deus nas dificuldades traz consolo presente - Prosseguem o caminho.
2. Consolo presente assegura suprimentos ainda maiores - As chuvas de outono (v.6b) (G. R.).
VERS. 7.
1. Progresso.
(a) O povo de Deus não pode ficar parado;
(b) Não pode retroceder;
(c) Deve estar sempre avançando.
2. Com vigor. De força em força.
(a) De uma ordenança a outra;
(b) De um dever a outro;
(c) De uma graça a outra;
(d) De um grau de graça a outro. Acrescente fé à fé, virtude à virtude, conhecimento ao conhecimento.
3. Completamento. Até que cada um (G. R.).

VERS. 8.
1. A oração não é limitada ao santuário. Davi, mesmo banido, diz: Ouve a minha oração.
2. Ajuda não se limita ao santuário. O Senhor dos exércitos está "aqui", bem como em seu tabernáculo. Ver Sl 84.1.
3. Graça não se limita ao santuário. Aqui, também, no deserto, está presente o Deus da aliança, o Deus de Jacó (G. R.).
VERS. 8. Rogos por respostas à oração nos títulos usados aqui.
1. Ele é Jeová, o Deus vivo, de tudo sabedor, todo-poderoso, fiel, gracioso e imutável.
2. Ele é Deus dos exércitos, tendo múltiplas agências sob seu controle; pode enviar anjos, segurar demônios, ativar homens bons, invalidar homens maus, e governar todos os demais agentes.
3. Ele é o Deus de Jacó, do escolhido Jacó, como visto no sonho de Jacó; o Deus de Jacó quando estava banido, quando lutava (e portanto um Deus que pode ser vencido por oração), Deus a perdoar os pecados de Jacó, Deus a preservar Jacó e sua semente depois dele.

VERS. 9. Observe.
1. A fé. Nosso escudo é o teu ungido - Teu ungido é o nosso escudo. Este não é Davi, porque ele diz nosso escudo, mas é o maior, o filho de Davi. Um brilhar da luz do Evangelho através das nuvens densas.
2. A oração. Olha, ó Deus. Olha. Olha sobre ele como nosso representante, e olha sobre nós nele.
3. A petição.
(a) Ele tratou ser nossa defesa de tua ira;
(b) Ele foi ungido para esse ofício por ti (G. R.).
VERS. 9.
1. O que Deus é para nós.
2. O que nós queremos que ele olhe.
3. Onde nós queremos estar: escondidos atrás do escudo - visto na pessoa de Cristo.

VERS. 10. Aqui está:
1. Uma comparação de lugares. Um dia nos teus átrios. Quanto mais um dia no céu! O que, então, poderá ser uma eternidade no céu!
2. Uma comparação de pessoas. Prefiro ficar à porta. Melhor ser o menor na igreja do que o maior no mundo. Se "melhor reinar no inferno do que servir no céu" foi o primeiro pensamento de Satanás depois que caiu, só foi o primeiro pensamento (G. R.).
VERS. 10.
1. Dias nas cortes de Deus. Dias de ouvir, de se arrepender, de crer, de adorar, de ter comunhão, de avivamento.
2. Sua preciosidade. Melhor do que mil dias de vitória, de prazer, de conseguir ganhar dinheiro, de colheita, de discussão, de viajar entre belezas da natureza.
3. Razões para esse caráter precioso. São mais agradáveis, mais aproveitáveis agora, e mais preparatórios para o futuro e para o céu. A atividade, a sociedade, o prazer, o resultado, todos são melhores.

VERS. 11.
1. O que Deus é para seu povo. Um sol e um escudo.
(a) A fonte de todo o bem.
(b) Uma defesa de todo o mal.
2. O que ele dá. (a) Graça aqui. (b) Glória além.
3. O que ele retém. Tudo o que não é bom. Se ele retém a saúde ou a riqueza, ou seus próprios sorrisos de nós, é porque não são bons para nós naquele momento em particular (G. R.).

VERS. 12.
1. A única coisa que faz o homem bem-aventurado. Confiança em Deus. Como é feliz.
(a) Por todas as coisas;
(b) Em todos os tempos;
(c) Em todas as circunstâncias.
2. A bênção contida naquela única coisa. Deus mesmo torna-se nosso; temos:
(a) Sua misericórdia para perdoar-nos;
(b) Seu poder para proteger-nos;
(c) Sua sabedoria para guiar-nos;
(d) Sua fidelidade para nossa preservação;
(e) Sua suficiência completa para suprir-nos.
3. A certeza da bênção.
(a) Da própria experiência de Davi;
(b) Do solene apelo a Deus a respeito. Ó Senhor dos Exércitos (G. R.).
VERS. 12. A bem-aventurança da vida de fé acima daquela de gozo carnal, de sentimentalismo religioso, autoconfiança, viver conforme marcos e evidências, confiando no homem.

Salmo 85

TÍTULO

Ao mestre da música. Um salmo para os filhos de Corá. Não há necessidade de repetir nossas observações sobre um título que ocorre tão freqüentemente; o leitor deve se reportar às anotações nos cabeçalhos de salmos anteriores. Contudo, podemos citar Ne 12.46: "Pois já outrora, nos dias de Davi e de Asafe, havia chefes dos cantores, cânticos de louvor e ações de graças a Deus."

OBJETIVO   E OCASIÃO
O salmo é a oração de um patriota por seu país afligido, no qual ele pede as misericórdias anteriores do Senhor, e pela fé prevê dias mais claros. Cremos que Davi o escreveu, mas muitos questionam essa afirmação. Certos intérpretes parecem ter má vontade quanto a conceder que o salmista Davi seja autor de qualquer dos salmos, e se referem aos cantos sagrados indiscriminadamente aos tempos de Ezequias, Josias, o Cativeiro e os macabeus. Extraordinário é que, via de regra, quanto mais cético é um escritor, mais resoluto é ele concordar com Davi, enquanto os comentaristas puramente evangélicos, em sua maior parte, ficam contentes de deixar o poeta real na cátedra da autoria. Os encantos de uma nova teoria também operam grandemente por parte de escritores que nada teriam para dizer se não inventassem uma nova hipótese, e torcessem a linguagem do salmo a fim de justificá-la. O salmo presente tem sido, naturalmente, relacionado ao Cativeiro, pois os críticos não puderam resistir à tentação de fazer isso; embora, de nossa parte não vemos necessidade de fazê-lo. É verdade que um cativeiro é mencionado no Sl 85.1, mas isso não significa que a nação tenha sido levada ao exílio, visto que o cativeiro de Jó foi removido, e ele nunca saiu de sua terra natal; ademais, o texto fala do cativeiro de Jacó como terminado, ele trazido de volta; mas tivesse se referido à emigração babilônica, teria falado de Judá; porque Jacó ou Israel, como tal, não retornou. O primeiro versículo, ao falar da "terra" prova que o autor não era um exilado. Cremos, pessoalmente, que Davi escreveu esse hino nacional quando a terra esteve oprimida pelos filisteus, e no espírito de profecia ele predisse os anos de paz de seu próprio reinado e o repouso do governo de Salomão, o salmo tendo em todo o seu curso um sentido interno do qual Jesus e sua salvação são a chave. A presença de Jesus, o Salvador, reconcilia terra e céu, e nos assegura a idade de ouro, os balsâmicos dias de paz universal.

DIVISÃO
Em Sl 85.1-4, o poeta canta as misericórdias anteriores do Senhor e implora a ele que se lembre de seu povo; em Sl 85.5-7, ele pleiteia a causa do Israel afligido, e então, tendo escutado o oráculo sagrado em Sl 85.8, ele publica alegremente as notícias de um bom futuro, Sl 85.9-13.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Há:
1. Cativeiro.
(a) Do povo de Deus.
(b) Embora sejam povo de Deus.
(c) Porque são povo de Deus. Foste favorável à tua terra.
2. Restauração do cativeiro. Trouxeste restauração.
(a) O fato.
(b) O autor: Tu: por teu próprio poder; em tua própria maneira; em teu próprio tempo.
3. A causa da restauração; o favor de Deus: Tu tens sido favorável.
(a) Por causa de favor passado: "Foste".
(b) Por causa de favor em reserva.

VERS. 2.
1. Os objetos de perdão: Teu povo.
(a) Por escolha.
(b) Por redenção.
(c) Por chamada efetiva.
2. A hora de perdão: Perdoaste.
3. O método de perdão.
(a) Perdoado. Em hebraico, levado, a mesma palavra de Lv 16.22: "O bode levará consigo todas as iniqüidades deles".
(b) Coberto; como o propiciatório cobria a lei que tinha sido transgredida. IV. Até onde se estende o perdão: todos os seus pecados.

VERS. 3.
1. A linguagem da penitência. Está implícito aqui que a ira era:
(a) Grande.
(b) só tua ira.
2. A linguagem da fé.
(a) Na graça do perdão: (...) te afastaste da tua ira. Nós não podíamos, por nada que pudéssemos fazer ou sofrer.
(b) No método do perdão: Afastaste. Fizeste-o desviar. Afastaste-o de nós para nossa segurança.
3. A linguagem do louvor: Retiraste... afastaste... Por isso te louvamos.

VERS. 4.
1. Em que consiste a salvação.
(a) Da remoção da inimizade de Deus para conosco.
(b) Da remoção da nossa inimizade para com ele.
2. Por quem é realizada. Pelo Deus da salvação.
(a) Ele faz com que a ira dele para conosco cesse, e
(b) Nossa ira para com ele.
3. Como isso é obtido? Por oração: "Restaura-nos".

VERS. 6.
1. Restaurações deixam implícito declínio.
(a) Que existe graça para ser avivada.
(b) Que essa graça declinou.
2. Avivamentos são de Deus: Restaura-nos mais uma vez (v. 4).
3. Avivamentos são necessários freqüentemente. Não nos renovarás de novo?
4. Avivamentos são em resposta a oração: Não nos renovarás.
5. Avivamentos são ocasiões de grande júbilo.
(a) Para os santos.
(b) Em Deus.

VERS. 7.
1. Salvação é obra de Deus: Tua salvação.
(a) O plano é dele.
(b) A provisão é dele.
(c) A condição é dele.
(d) A aplicação é dele.
(e) A consumação é dele.
2. Salvação é doação de Deus.
(a) De sua misericórdia: Mostra-nos o teu amor.
(b) De sua graça: Concede-nos.
3. Salvação é a resposta de Deus à oração.
(a) É o primeiro alvo de oração.
(b) Inclui todos os demais.

VERS. 8.
1. Nós devemos procurar uma resposta à oração. Tendo falado com Deus, devemos ouvir o que ele tem a nos dizer em resposta:
(a) Em sua palavra.
(b) Em sua providência.
(c) Pelo seu Espírito em nossas próprias almas.
2. Devemos procurar uma resposta de paz: Ele pronunciará paz.
3. Devemos evitar tudo que poderia nos privar dessa paz: Não voltem eles à insensatez.
VERS. 8. Thomas Goodwin tem três sermões sobre este versículo. (Primeira cláusula), com o título de "A volta das orações". (Segunda cláusula), "Boas novas de paz". (Última cláusula), "A insensatez da reincidência depois de se ter alcançado a paz".
VERS. 8. (última cláusula). Não se devem ser insensato novamente.
1. Porque será um agravamento maior pecar. Foi mostrado como agravamento do pecado de Salomão (1Re 11.9) que "Deus lhe havia aparecido duas vezes".
2. A segunda razão é intimada na palavra tolice: como se o Senhor houvesse dito "Coloquem de lado a descortesia e injustiça que vocês fazem a mim; contudo vocês nisso enganam a si mesmos; caberá a vocês o pior disso" (T. Goodwin).

VERS. 10.
1. Os atributos demonstrados na salvação do homem.
(a) Misericórdia na promessa.
(b) Verdade em seu cumprimento.
(c) Justiça na maneira de seu cumprimento.
(d) Paz em seus resultados.
2. Esses atributos são harmonizados na salvação do homem.
(a) Como? Se encontrarão - se beijarão.
(b) Por quê? Cada um por causa de si mesmo. Todos eles, um por causa do outro.
(c) Onde? Encontrados e beijados
(1) No pacto.
(2) Na encarnação.
(3) Na cruz.
(4) Na conversão de cada pecador.
(5) No completamento dos santos no céu (G. R.).
VERS. 10. Em um sermão de R.W. Sibthorpe, o pregador:
1. Considera a harmonia das perfeições divinas na redenção de um pecador.
2. A sabedoria dos tratamentos divinos no chamado e direcionamento do crente; para que a misericórdia, verdade, cada um por sua vez se torne visível em nossa experiência.
3. A integralidade da imagem divina na alma santificada, de modo que o santo aperfeiçoado se encha de amor fiel e verdade, esteja pleno de paz, e tome a forma de seu Senhor justo e reto.

VERS. 12.
1. Todo bem espiritual vem de Deus: O Senhor trará bênçãos.
2. A sabedoria do trato divino na chamada e direcionamento do crente; para que a misericórdia, verdade se tornem por sua vez aparentes em nossa experiência.
3. O completamento da imagem divina na alma santificada, de forma que o santo aperfeiçoado abunde em misericórdia e verdade, seja cheio de paz e adquira a forma de seu justo Senhor.
VERS. 12.
1. Todo bem espiritual vem de Deus: O Senhor nos trará.
(a) O arrependimento é boa coisa? O Senhor dará arrependimento.
(b) O perdão é coisa boa? O Senhor.
(c) A fé é coisa boa?
(d) A justificação é coisa boa?
(e) A regeneração é coisa boa?
(f) O crescimento em graça é coisa boa?
(g) A preservação até o final é coisa boa?
(h) A glória eterna é coisa boa? O Senhor dará.
2. Todo bem temporal vem de Deus. Nossa terra.
(a) De uma forma legal nossa terra.
(b) No uso de meios designados: Dará a sua colheita.
(c) Na dependência da bênção divina. "Deus... dando-vos estações frutíferas" (At 14.17, ARA). O bem espiritual não é dado menos no uso dos meios designados (G. R.).
VERS. 12. A fertilidade de nossas esferas de trabalho é dom de Deus.

VERS. 13.
1. A justiça pela qual somos justificados precedeu em muito a nossa justificação: esta justiça veio antes.
2. Nossa justificação por aquela justiça precede a nossa santificação.
3. A justiça da santificação invariavelmente segue a da justificação (G. R.).

SALMO 86

TÍTULO
Uma oração de Davi. Temos aqui um dos cinco salmos intitulado Tephillahs ou orações. Este salmo consiste de louvor bem como de súplica, mas é em todas as partes tão dirigido a Deus que é mais adequadamente chamado de "oração". Uma oração é nada menos, porém mais ainda uma oração por ter veias de louvor cursando por ele. Este salmo parece ter sido especialmente conhecido como sendo oração de Davi; assim como o salmo 90 é "a oração de Moisés". Davi o compôs e, sem dúvida, muitas vezes se expressou em linguagem parecida, tanto a matéria como as palavras combinando com suas variadas circunstâncias e expressando as diferentes características de sua mente. Em muitos respeitos se assemelha ao Sl 17.1-15, que leva o mesmo título, mas que em outros respeitos é bem diferente; as orações de um homem bom tem uma semelhança familiar, mas eles têm tantas diferenças quanto concordâncias. Com este salmo, podemos aprender que os grandes santos que viveram no passado oravam muito como nós fazemos hoje; os crentes de todos os tempos são de uma mesma espécie. O nome de Deus ocorre com grande freqüência neste salmo, às vezes sendo Jeová, mas, mais comumente, Adonai, que muitos estudiosos sábios crêem ter sido escrito pelos copistas judeus em vez do título mais sublime, porque seu medo supersticioso os levava a fazer assim: nós, que não lidamos com nenhum desses medos atormentadores, alegramo-nos em Jeová, nosso Deus. É interessante que aqueles que tanto temeram seu Deus, e que não ousavam escrever seu nome, tiveram tão pouco temor piedoso, que ousaram alterar sua palavra.

DIVISÃO
O salmo é irregular na construção, mas pode ser dividido em três partes, cada uma terminando com uma nota de gratidão ou de confiança: portanto, leremos o Sl 86.1-7, e depois (após outra pausa no fim de Sl 86.13) continuaremos até o final.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. O pedido de um favor - que o Senhor possa inclinar seu ouvido.
2. Uma súplica - "Sou pobre e necessitado".
3. A graça singular de Deus responderá o pedido, porque graça singular fez o requerente sentir sua necessidade.

VERS. 2.
1. A bênção que se busca é uma preservação presente, espiritual, completa e final.
2. Nossas razões para esperá-la são:
(a) Nós pertencermos a Deus - "Eu sou santo".
(b) Deus pertence a nós - "meu Deus".
(c) Nossa fé, que tem a promessa.
(d) Nossos frutos, que provam nossa fé - "teu servo".

VERS. 3 - Importunidade.
1. Quando ele roga - "diariamente" (KJV).
2. Como ele roga - "clamo".
3. A quem clama - "a ti".
4. Pelo que ele clama - "por misericórdia".
VERS. 3. Clamarei diariamente, por misericórdia que perdoa, santifica, assiste, preserva, provê e dirige (William Jay).

VERS. 4.
1. A alegria do crente vem de Deus. - "Alegra o coração do teu servo".
2. A alegria do crente está em Deus - "a ti, Senhor" (G. R.).
VERS. 4.
1. A grande força de sustentação.
2. O peso pesado - "a minha alma".
3. O operador fraco - "eu elevo".
4. A grande altura - "a ti".
5. O maquinário indicado - meios de graça; e,
6. O auxílio esperado - "Alegrar-se".

VERS. 5. - Pensamentos incentivadores sobre Deus.
1. Ele tem bondade em sua essência.
2. Ele tem perdão pronto para dar.
3. Ele tem misericórdia em ação, fluindo dele abundantemente.
4. Até a sua discriminação é graciosa - "para todos os que o invocam".

VERS. 6. O homem que ora deseja acima de tudo uma resposta. Objeções a tal expectativa. Fundamentos para continuar a esperar, e obrigações que recaem sobre aqueles que concretizam tais expectativas.
VERS. 6. A voz da súplica. É a voz de fraqueza, de penitência, de fé, de esperança, da nova natureza, do conhecimento.

VERS. 7.
1. Precisa-se de ajuda.
2. Buscou-se ajuda.
3. Achou-se ajuda (G. R.).
VERS. 7.
1. Um tempo que se espera - "dia da minha angústia".
2. Uma decisão a ser posta em prática - "clamarei a ti".
3. Um resultado a ser experimentado - "tu me responderás".
VERS. 7. A oração é a delineação de um problema, a evidência de que ele já está santificado, é seu consolo e o meio de livramento dele (William Jay).

VERS. 8.
1. Deus é um; o único Deus: as naturezas de falsos deuses são extrema-mente inferiores.
2. Suas obras são singulares. A natureza, a providência, a graça, todos são especiais em muitos respeitos. Um bom tema para um pregador pensativo.

VERS. 9. A conversão verdadeira do mundo contrastada com teorias modernas.

VERS. 10.
1. Deus é "grande", portanto, grandes coisas podem ser esperadas dele.
2. Ele é insondável, portanto pode-se esperar dele "coisas maravilhosas".
3. Ele é irresistível, portanto coisas que para os outros são impossibilidades podem ser esperadas dele: "Só tu és Deus" (G. R.).

VERS. 11. Na disposição de mente expressa nessas palavras, o crente se firma em oposição a quatro descrições de personalidade.
1. O pecador ignorante e irrefletido, que nem olha seu caminho nem seu fim.
2. O antinomiano, que é zeloso por doutrinas, e contrário à prática da religião.
3. O fariseu, que desconsidera o sentimento religioso, e faz da prática o tudo.
4. O hipócrita, que parece estar dividido entre a religião e o mundo (John Hyatt, 1811).
VERS. 11. O cristão como um estudioso, um homem de ação e um homem de devoção.
VERS. 11. A santidade ensinada, a verdade praticada, Deus adorado; e, assim, a vida aperfeiçoada.
VERS. 11 (cláusula central). Devemos andar na crença da verdade, sua prática, prazer, e profissão (William Jay).
VERS. 11 (terceira cláusula). A necessidade, benefício, e razoabilidade de dedicação na religião.

VERS. 12. - A arte de louvar a Deus de todo o coração.

VERS. 13.
1. Onde eu poderia ter estado - "no inferno mais baixo".
2. O que tu fizeste por mim - "me livraste".
3. O que tu estás fazendo - "grande é teu amor fiel".
VERS. 13 (primeira cláusula). O amor de Deus é grande na eleição, redenção, chamamento, perdão, sustentação. É assim, neste exato momento, em suprir minhas necessidades, preservar de perigo, consolar na tristeza. Grande é tua misericórdia para comigo - tão grande pecador, com tais necessidades, tão provocador, tão cheio de dúvidas.

VERS. 13-15. Os três versículos descrevem a salvação, a perseguição conseqüente, e a consolação tão imensamente suficiente.

VERS. 15. As sombras da luz do amor. Compaixão para o sofrimento, graça para o desmerecimento, paciência para a provocação, amor compassivo para o pecado, verdade para a promessa.

VERS. 16.
1. Minha identidade - "filho da tua serva".
2. Minha ocupação - "teu servo".
3. Meu caráter - precisando de "misericórdia".
4. Minha solicitação - "volta-te para mim".
VERS. 16. Em que respeitos pode um servo de Deus ser cingido de poder divino.

VERS. 17. Que sentimentos internos e providências externas são "sinais para o bem".

SALMO 87

TÍTULO
Um salmo ou cântico para os filhos de Corá. Um hino sagrado e um poema nacional. Uma teocracia combina as idéias religiosas e patrióticas em um só, e à medida que nações se tornam cristianizadas, suas canções populares se tornarão profundamente impregnadas de sentimentos piedosos. Julgado por esse padrão, nossa própria terra está muitíssimo atrasada. Este "salmo ou canção" foi composto pelos filhos de Corá ou foi dedicado a eles: como eles guardavam as portas da casa do Senhor, podiam usar esta bela composição como um salmo dentro das portas, e como um canto fora.

ASSUNTO E DIVISÃO
O canto é em honra de Sião, ou Jerusalém, e trata do favor de Deus àquela cidade situada entre as montanhas, das profecias que a tornaram ilustre e da honra de ser natural de lá. Muitos concebem que foi escrito na fundação de Sião, a cidade de Davi, mas será que a menção de Babilônia não significa uma época posterior? Parece ter sido escrito depois que Jerusalém e o Templo foram construídos, e desfrutara uma história, da qual gloriosas coisas podiam ser faladas. Entre outras maravilhas.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 2-3.
1. A fundação de Sião.
(a) É apenas uma: "fundação".
(b) É do Senhor: "sua".
(c) Está em conformidade com santidade: "monte(s) santo(s)".
(d) Consiste de propósitos eternos.
(e) Está construída sobre princípios imutáveis.
(f) Está situada numa posição gloriosa.
2. O favor desfrutado por Sião.
(a) Deus "ama as habitações de Jacó". Ele as dirigiu, as alimentou, as guardou, as iluminou, as visitou.
(b) Ele "ama mais" Sião, e lhe dá todas as bênçãos em forma mais rica.
(c) Há mais pessoas para amar.
(d) Suas ocupações são mais espirituais.
(e) Seus cantos e adoração são mais entusiasmados.
(f) Seu testemunho é mais poderoso.
(g) Seu conhecimento da verdade é mais claro.
(h) Sua comunhão está numa escala mais celestial. Estejamos na Igreja, e amemo-la.
3. A fama de Sião. "Coisas gloriosas são ditas":
(a) Dela na história;
(b) Dela pelo ministério;
(c) Para ela por Jesus;
(d) Sobre ela na profecia.
Aqui está um tema frutuoso.

VERS. 3. A idéia do texto apresenta a Igreja como "a cidade de Deus": toquemos em algumas das "coisas gloriosas" que são ditas dela.
1. Há coisas gloriosas com respeito ao erguimento da cidade.
(a) Há o plano de ser erguida. Nunca existiu um plano tão sem defeito, tão completo, tão maravilhoso pela sua beleza e magnificência. As portas, os muros, os edifícios, as ruas, os monumentos, as fontes, os jardins, se unem para proclamá-la uma obra-prima de habilidade. O arquiteto foi aquele que construiu os céus.
(b) Há o posicionamento, o local do erguimento da cidade. (Ver Sl 87.1.)
(c) Há a data do erguimento da cidade Um halo e uma glória se ligam, nesse caso, à grande antigüidade. Já faz um longo tempo que a cidade foi construída. Estava em pé nos dias de Paulo. "Vocês chegaram à cidade do Deus vivo". (Hb 12.22.) Davi o conheceu bem. (Sl 46.1-11.)
(d) Estava em pé antes do dilúvio. Noé, Enoque, Abel, moraram nela. É quase tão velha como a criação.
2. Há coisas gloriosas com respeito às defesas da cidade. Ela foi sitiada logo que se tornou cidade, e não foi tomada até o momento. "Nós temos uma cidade forte".
3. Há coisas gloriosas a contar a respeito do armazenamento e dos suprimentos dos quais a cidade depende:
(a) Sua excelência;
(b) Sua abundância;
(c) Sua fonte.
4. Há coisas gloriosas com respeito ao Rei da cidade, seu nome, pessoa, caráter.
5. Há coisas gloriosas ligadas aos cidadãos do dia (Andrew Gray, 1805-1861).
VERS. 3.
1. Observe que uma cidade não é como uma flor, uma árvore, ou uma planta - algo que cresce da terra, e é nutrida pela terra, e depende totalmente de seus caldos. É uma coisa artificial, construída pela sabedoria, e levantada por força, conforme foi planejada com inteligência e previsão.
2. Uma cidade é, geralmente, cercada por muros.
3. Jerusalém (a mais celebrada das cidades, da qual essa ilustração é tirada) foi construída no cume de um monte, um objeto extremamente conspícuo e lindo.
4. Numa cidade há vários edifícios, e estruturas de vários formatos, materiais e valor: ilustre pelas diferentes denominações.
5. Uma cidade tem leis municipais.
6. Tem também comércio, trânsito.
7. A figura, aplicada à Igreja de Cristo, envolve a idéia de segurança, honra.
8. Também há a idéia de escassez (John Cumming, 1843).
VERS. 3. As coisas "faladas" da cidade de Deus.
1. Será a residência permanente e exclusiva de Deus.
2. Será o cenário de prazerosos privilégios e bênçãos.
3. Será investida com segurança absoluta e inviolável.
4. Possuirá renome e império por todo o mundo.
5. Suas instituições e existência serão aperfeiçoadas no estado celestial (James Parsons, 1839).

VERS. 4 (última cláusula).
1. Veja o que o "homem" foi: natural de "Filistia", um lugar pagão, e inimigo de Deus.
2. Veja o que lhe aconteceu: ele "nasceu lá", isto é, nasceu de novo em Sião.
3. Veja o que ele se tornou - pelo seu novo nascimento, um homem livre e cidadão de Sião.

VERS. 4-5.
1. Qual é o lugar de nascimento que não é o mais honrado - não Raabe, nem o Egito, nem a Babilônia, nem um palácio ou reino terreno.
3. Qual é? É vir "de Sião".
(a) Porque é um nascimento mais nobre; um ser nascido no novo nascimento do Espírito de Deus.
(b) Porque é um lugar mais nobre; a residência do Altíssimo, e estabelecido para sempre.
(c) Porque resulta em posição mais nobre e em privilégios (G. R.).

VERS. 4-7.
1. Sião produzirá muitos homens bons e grandes.
2. O interesse de Sião será estabelecido por poder divino.
3. Os filhos de Sião serão registrados com honra.
4. Os cantos de Sião serão cantados com alegria e triunfo (Matthew Henry).
VERS. 4-7.
1. A excelência da igreja é aqui declarada.
2. Sua ampliação é aqui prometida (J. Scholefield, 1825).

VERS. 5. Os homens renomados da igreja de Deus.
1. Grandes guerreiros, que já lutaram contra a tentação.
2. Grandes poetas, cujas vidas foram salmos.
3. Grandes heróis, que viveram e morreram por Jesus.
4. Grandes reis, que governaram a si próprios. Apóstolos, mártires, confessores, reformadores, homens renomados por virtudes que só a graça pode produzir.
VERS. 5. Este homem e aquele. O caráter individual da verdadeira religião.
1. Cada alma peca por si.
2. Rejeita ou aceita o Salvador para si.
3. Precisa ser julgada, e
4. Salva ou perdida individualmente. A necessidade conseqüente de piedade pessoal, as tentações para negligenciá-la; e os hábitos que a promovem.
VERS. 5 (última cláusula). A igreja estabelecida de Deus - seu chefe, sua proteção, seu poder.

VERS. 6.
1. "O Senhor" fará o censo.
2. Ele "computará" se um homem está lá por direito ou não.
3. Todo homem verdadeiramente nascido em Sião será admitido no registro.
VERS. 6.
1. O tempo a que se refere, "O Senhor escreverá"; quando Israel verdadeira for salva.
2. A conta a ser registrada: "Quando ele escreveu no registro", isto é, revê e faz nova entrada dos nomes no Livro da Vida do Cordeiro. Compara os chamados com os escolhidos.
3. O teste a ser aplicado.
(a) Eles estarem em Sião, ou terem os meios de graça.
(b) Eles terem nascido lá.
4. O completamento de seu número: "O Senhor contará". Um número exato de pedras em um edifício perfeito, e de membros em um corpo perfeito. Assim na Igreja de Cristo. Todos perfazem uma noiva.
5. Cada um notado e anotado: "Este homem nasceu lá". Homens caíram como um todo; eles são salvos individualmente (G. R.).

VERS. 7.
1. Em Deus a nossa alegria.
2. De Deus os nossos suprimentos.
3. Para Deus o nosso louvor.
VERS. 7 (última cláusula). Todas as fontes em mim, todas as fontes que jorram para mim, estão no meu Deus. Há as nascentes "nos montes e nos vales", fontes "fechadas", fontes "do vale" (Sl 104.10), fontes de rochas, mas todas estas vêm do Senhor.

SALMO 88

TÍTULO
Um canto ou salmo para os filhos de Corá. Este lamento triste tem pouca semelhança com um canto, nem podemos entender como pode ter recebido um nome que significa um canto de louvor ou triunfo; contudo, talvez tenha sido intencionalmente assim chamado para mostrar como a fé "gloria também em tribulações". Com certeza, se existem cantos de lamentação e salmos de tristeza, este é um deles. Os filhos de Corá, que muitas vezes se uniram para salmodiar poemas jubilosos, são agora encarregados de cuidar destas frases tristonhas como se fossem um hino. Servos e cantores não têm muita escolha. Ao mestre dos músicos. Ele precisa dirigir os cantores e certificar-se de que cumpram bem a sua obrigação, pois tristeza santa deve ser expressa com tanto cuidado como o mais alegre louvor; nada deve ser feito de qualquer jeito na casa do Senhor. É mais difícil expressar bem a tristeza do que fazer soar notas de alegria. Sobre Mahalath Leannoth. Isso se traduz por Alexander: "com respeito à doença aflitiva", e, se estiver correto, indica a doença mental que ocasionou este canto tristonho. Maschil. Este termo já ocorreu várias vezes, e o leitor se lembrará que indica um salmo instrutivo ou didático: as tristezas de um santo são lições para outros; ensino experimental é extremamente valioso. De Hemã, o ezraita. O que nos indica a sua provável autoria; pode ter sido escrito por Hemã; mas qual deles não é fácil determinar, embora talvez não erremos muito ao supor que seja o homem mencionado em 1Re 4.31, como irmão de Etã, um dos cinco filhos de Zerá (1Cr 2.6), o filho de Judá, e, portanto, chamado "o ezraíta": se isso estiver certo, ele era famoso por sua sabedoria, e sua estadia no Egito durante o tempo da opressão do Faraó pode ajudar a explicar o baixo profundo de sua composição, e a forma antiga de muitas das expressões, que parecem mais de acordo com o estilo de Jó do que com o de Davi. Houve, no entanto, um Hemã no tempo de Davi que fazia parte do grande trio de músicos principais, "Hemã, Asafe e Etã" (1Cr 15.19), e não podemos provar que não tenha sido o compositor. Mas isso não é muito importante; quem quer que tenha escrito esse salmo era uma pessoa que possuía uma profunda experiência, que havia lidado nas grandes águas da tribulação da alma.

ASSUNTO E DIVISÃO
Este salmo é fragmentário, e a única divisão útil para nós é a sugerida por Albert Barnes, ou seja, uma descrição dos sofrimentos do homem doente (Sl 88.1-9), e uma oração por misericórdia e livramento (Sl 88.10-18). No entanto, consideraremos cada versículo separadamente, e assim mostraremos melhor a incoerência da aflição do autor. Antes disso, é melhor o leitor fazer uma leitura rápida do salmo todo.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. Confiança em oração - "Deus que me salva".
2. Sinceridade na oração - "A ti clamo".
3. Perseverança na oração - "Dia e noite".

VERS. 2. Oração como um embaixador.
1. Um público procurado, ou o benefício do acesso.
3. Atenção solicitada, ou a bênção do sucesso.
4. O processo explicado, ou a oração vem e Deus se inclina.

VERS. 3.
1. Um bom homem é exposto a problemas internos.
(a) A dificuldades da alma.
(b) À alma cheia de problemas.
2. A dificuldades externas. "Minha vida".
(a) De perseguições externas.
(b) De aflições internas.
3. Para dificuldades internas e externas ao mesmo tempo: a alma "desce à cova" e o homem "já não tem forças" (G. R.).

VERS. 4 (última cláusula). Fraqueza consciente, sentida com dor, a certas horas, em vários serviços. Isso com a intenção de conservar-nos humildes, fazer-nos cair de joelhos, e trazer maior glória a Deus.

VERS. 4-5.
1. A semelhança do homem justo com os maus.
(a) Na morte natural.
(b) Em enfermidades do corpo.
2. As diferenças deles. Ele é "contado com eles", mas não é um deles.
(a) Ele só passa pela morte natural.
(b) Sua força é aperfeiçoada na fraqueza.
(c) Para ele, morrer é ganho (G. R.).

VERS. 6-7.
1. O que as aflições do povo de Deus parecem ser para eles.
(a) Extremas - "Puseste-me na cova mais profunda".
(b) Inexplicável - "na escuridão".
(c) Humilhantes - "nas profundezas".
(d) Severas - "Tua ira pesa".
(e) Exaustivas - "com todas as tuas ondas me afligiste".
2. O que são na realidade.
(a) Não extremas, mas leves.
(b) Não inexplicáveis, e sim de acordo com a vontade de Deus.
(c) Não humilham, mas elevam. "Humilhai-vos sob".
(d) Não severas, e sim leves. Não em ira, e sim em amor.
(e) Não exaustivas, mas parciais. Não todas as tuas ondas, mas apenas algumas ondinhas. O movimento leve no porto quando há um oceano barulhento além dele (G. R.).

VERS. 8 (última cláusula). Isso pode ser uma descrição de nós quando a depressão é crônica, quando os problemas nos acabrunham, quando a doença nos prende em casa, quando nos sentimos restringidos na obra cristã, ou obstruídos na oração.

VERS. 9.
1. Tristeza diante de Deus - "Minhas vistas".
2. Oração a Deus - "a ti ergo".
3. Esperando por Deus - "clamo cada dia"
4. Dependendo de Deus - "ergo as minhas mãos". Estas mãos nada podem fazer sem ti (G. R.).

VERS. 10-12.
1. A suposição.
(a) Que um filho de Deus possa ser totalmente morto.
(b) Que ele fique para sempre na sepultura.
(c) Que ele seja destruído.
(d) Que ele fique para sempre na escuridão.
(e) Que ele seja esquecido inteiramente, como se nunca tivesse existido.
2. As conseqüências envolvidas nessa suposição.
(a) As maravilhas de Deus a eles cessariam.
(b) O louvor deles a Deus seria perdido.
(c) O amor de Deus por eles seria desconhecido.
(d) A fidelidade de Deus seria destruída.
(e) As maravilhas que Deus faz por eles seriam ignoradas por outros.
(f) A justiça anterior de Deus para com eles seria esquecida.
3. O rogo fundamentado nessas conseqüências: "Acaso mostras". Não é possível que teu louvor pela graça mostrado ao teu povo seja perdido, e ninguém, senão eles mesmos, pode render esse louvor. "Então o que farás com teu grande nome?" (G. R.).

VERS. 13.
1. Bênçãos prolongadas pela oração - "A ti".
2. Bênçãos antecipadas pela oração - "De manhã". Misericórdias diárias antecipadas pelas orações matutinas (G. R.).
VERS. 13 (última cláusula). As vantagens das reuniões de oração bem cedo de manhã.

VERS. 14.
l. Aflições são misteriosas embora justas.
2. Justas embora misteriosas (G. R.).
VERS. 14. Indagações solenes a serem seguidas de exames penetrantes, confissões tristes, abnegações sérias e doces restaurações.

VERS. 15.
1. As aflições dos justos podem continuar por muito tempo, e, ainda assim, serem rigorosas. "Desde moço tenho sofrido, e ando perto da morte."
2. Rigorosas, embora continuem por muito tempo.
(a) Dolorosas - "Os teus terrores".
(b) Ameaçadoras - "Ando perto da morte".
(c) Aterrorizantes - Sofro "teus terrores".
(d) Levam ao desespero - Já "levaram-me" (G. R.).
VERS. 15. Os sofrimentos pessoais de Cristo pela salvação de seu povo. (Sermão de Robert Hawker).

VERS. 16.
1. Homens bons muitas vezes são homens provados.
2. Homens experimentados muitas vezes julgam erradamente os procedimentos do Senhor.
3. O Senhor não os prende à palavra deles - ele é melhor do que os temores deles (G. R.).

VERS. 18. Com a perda de amigos, tendemos a nos lembrar da nossa própria mortalidade, a desmamar da terra, a confiar mais completamente no Senhor, a punir-nos pelo pecado, e nos deixar atrair ao grande lugar de encontro.
VERS. 18. As palavras de nosso texto nos levarão a observar que:
1. A felicidade da vida depende muitíssimo de amizades íntimas.
2. O processo da separação de amigos íntimos é muitíssimo doloroso.
3. Nesta, bem como em toda aflição, na verdade, o melhor consolo é o que se tira de crer e meditar na providência governadora de Deus (Joseph Lathrop, 1845).

SALMO 89


Chegamos agora ao majestoso salmo da Aliança (ou do Pacto) que, de acordo com o arranjo judaico, completa o terceiro livro dos salmos. É o pronunciamento de um crente, na presença de um grande desastre nacional, pleiteando com seu Deus, insistindo no grande argumento das disposições da aliança, e esperando livramento e ajuda, por causa da fidelidade de Jeová.

TÍTULO

Este é muito apropriadamente chamado Maschil, pois é muito instrutivo. Não há tema mais importante para a teologia do que a aliança. Aquele que é ensinado pelo Espírito Santo a ser claro sobre a aliança da graça será um escriba bem instruído nos assuntos do reino; aquele cuja teoria doutrinária é um emaranhado de obras e graça dificilmente será capaz de ser o mestre de recém-nascidos na fé. Poema do ezraíta Etã: talvez a mesma pessoa que Jedutum, músico no reinado de Davi que destacou-se por sua sabedoria nos dias de Salomão e que, provavelmente, tenha sobrevivido até as tribulações do período de Roboão. Se este foi o homem, ele deve ter escrito este salmo na velhice, quando problemas caíam grossos e pesados sobre a dinastia de Davi e a terra de Judá; isso não é de modo algum improvável, e há muita coisa no salmo que parece demonstrar isso.

DIVISÃO
O poeta sacro começa afirmando que crê na fidelidade do Senhor à sua aliança com a casa de Davi e faz sua primeira pausa em Sl 89.4. Ele então louva e engrandece o nome do Senhor por seu poder, justiça e amor, Sl 89.5-14. Isso o leva a cantar a felicidade do povo que tem tal Deus para ser sua glória e defesa, Sl 89.19-37, e então lamentosamente dá voz à sua queixa e petição, Sl 89.38-51, terminando com uma forte bênção e um amém duplo. Possa o Espírito Santo nos abençoar muito a leitura deste preciosíssimo salmo de instrução.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. O amor de Deus celebrado. Quando? - "para sempre".
2. Por quem? - por aqueles que são os que o recebem.
3. Portanto, precisam viver para sempre para celebrá-lo.
4. Fidelidade declarada.
(a) Para nossa própria geração.
(b) Para gerações sucessivas pela sua influência sobre outras pessoas.

VERS. 2.
1. O testemunho.
(a) À constância do amor.
(1) Ajunta seus troféus a cada momento.
(2) Preserva-os para sempre.
(b) À constância da fidelidade. Ela permanece como sendo as ordenanças do céu.
2. Sua confirmação. "Fiz aliança". Eu o disse:
(a) Sobre a base da Escritura.
(b) Da experiência.
(c) Da razão.
(d) Da observação de outros.

VERS. 3-4.
1. A aliança feita. Com quem? com Davi e, por ele, com o Senhor e o filho de Davi. O verdadeiro Davi - o escolhido - o servo do Pai na redenção.
2. Para o quê?
(a) Para sua semente. Ele teria uma semente e esta semente seria estabelecida.
(b) Para si, "teu trono".
3. A aliança confirmada.
(a) Por decreto. "Fiz".
(b) Por promessa. "Estabelecerei".
(c) Por juramento. "Jurei".

VERS. 6. Temos uma comparação entre Deus e o mais excelente no céu e terra - desafio aos dois mundos.
1. O verdadeiro Deus, soberano do céu e da terra, é incomparavelmente maior em seu SER e EXISTÊNCIA:
(a) Por causa dele ser em si mesmo eterno;
(b) Porque ele é um ser perfeito;
(c) Porque ele é independente;
(d) Porque ele é imutável.
2. Deus é incomparavelmente grande em seus ATRIBUTOS e PERFEIÇÕES.
(a) Em sua santidade;
(b) Em sua sabedoria e conhecimento;
(c) Em seu poder;
(d) Em sua justiça;
(e) Em sua paciência;
(f) Em seu amor e bondade.
3. Deus é incomparavelmente grande em suas OBRAS - criação; providência; redenção e salvação humana (Theophilus Jones).
VERS. 6. A incomparabilidade de Deus, em seu ser, seus atributos, suas obras e sua palavra (Swinnock).

VERS. 6-7.
1. Na criação, Deus está muito acima de outros seres - Sl 89.6.
2. Na redenção, está muitíssimo acima de si mesmo na criação - Sl 89.7.

VERS. 9-10. O governo atual de Deus em meio à confusão e rebelião; e sua derrota final de todas as forças adversas.

VERS. 11.
1. Como Deus possui o céu, assim é o modelo de como possui a terra.
2. A posse que Deus tem da terra é coisa certa, e a manifestação disso no futuro é certeza.
3. O método de agir sugere-se a seu povo pelos dois fatos.

VERS. 12. A alegria da criação no seu Criador.

VERS. 14.
1. A retidão do governo divino - "justiça". Nenhuma criatura pode eventualmente ser tratada injustamente sob o seu domínio, e seu reino rege sobre tudo.
2. A soberania do governo divino. Verdade antes de misericórdia. Misericórdia fundada sobre verdade. "O amor e a fidelidade". A aliança feita em amor a Abraão é cumprida em fidelidade a Jacó.

VERS. 15.
1. O evangelho é um som alegre. Boas novas.
2. É um som alegre para aqueles que o conhecem, o ouvem, o crêem, o amam, o obedecem.
3. Aqueles para quem é um som alegre são abençoados. "Feliz o povo que aprendeu a aclamar-te, Senhor". "Anda na luz da tua presença".
VERS. 15.
1. Existe um conhecimento teórico do evangelho.
2. Um conhecimento experimental, e
3. Um conhecimento prático (W. Drasfield, 1859).

VERS. 16.
1. Exultação.
(a) "Em teu nome", tão rico em misericórdia como o Deus da salvação - de toda graça - de toda consolação.
(b) Em que tempo - "sem cessar", o dia todo, ao meio-dia, e à noite.
2. Exaltação. "Exaltam a tua retidão".
(a) Como não é exaltado. Não em sua própria retidão.
(b) Como é exaltado. "Em tua". Conseguida para eles - por uma pessoa divina (tua) - imputada a eles. Nossa, embora tua. A justiça de Deus como Deus não podia exaltar-nos, mas sua justiça como Deus homem pode. Exaltado acima do inferno, acima da terra, acima do paraíso, acima dos anjos. Exaltado para amigos de Deus - filhos de Deus - um com Deus, para o céu.
VERS. 16 (segunda cláusula). Considere.
1. Acima ou a partir de que o que o crente é exaltado, pela retidão de Deus.
(a) Isso o exalta acima da lei.
(b) Acima do mundo.
(c) Acima do poder e da malícia de Satanás.
(d) Acima da morte.
(e) Acima de toda acusação (Rm 8.33-34).
2. Para que alegria ou dignidade é o crente exaltado em virtude dessa retidão.
(a) A um estado de paz e reconciliação com Deus.
(b) A ser filho.
(c) A comunhão e familiaridade com Deus, e acesso a ele.
(d) E, finalmente, a um estado de glória sem fim (E. Erskine).

VERS. 17.
1. A felicidade dos justos.
(a) Sua glória interior. Depende de força divina.
(b) Sua honra interior. "Pelo teu favor".
2. A participação nessa felicidade. O deles do povo de Deus torna-se nosso. A força deles, a nossa riqueza. Felizes são aqueles que, a respeito a todos os privilégios dos santos, podem transformar o deles em nosso.
VERS. 17.
1. Considere nossa fraqueza natural.
2. Considere nossa força em Deus.
3. Dê a Deus a glória disso.

VERS. 18.
1. Jeová - seu poder, sua auto-existência e sua majestade - nossa defesa.
2. O Santo de Israel - seu caráter, o caráter da aliança e a unidade - nosso governo.

VERS. 19.
1. O trabalho exigido. "Ajuda".
(a) Por quem? Por Deus mesmo.
(b) Para quê? Para reconciliar Deus com o homem, e o homem com Deus.
2. As pessoas escolhidas para esse trabalho.
(a) Humanos. "Escolhido dentre o povo".
(b) Divino. "Aquele que é santo".
3. Suas qualificações para o trabalho.
(a) Sua própria capacidade para esse ofício. "Um guerreiro".
(b) Sua nomeação por Deus. "Cobri de forças". "Exaltei um".
VERS. 19 (última cláusula). Eleição, extração, exaltação.

VERS. 20-21.
1. O Messias seria da semente de Davi. O verdadeiro Davi.
2. Seria servo do Pai. "Meu servo".
3. Seria consagrado ao seu ofício por Deus. "Com meu óleo sagrado".
4. Ele o cumpriria com perfeição. "Minha mão o susterá".
5. Seria sustentado no ofício pelo Pai. "Meu braço".

VERS. 22-23.
1. Uma profecia do conflito do Messias com Satanás. Satanás não conseguiu exigir nenhuma dívida ou homenagem dele.
2. De sua refutação de seus inimigos. "Nenhum inimigo o oprimirá". Os escribas e os fariseus foram derrotados diante de sua face.
3. Da destruição da cidade e nação deles. "Esmagarei".

VERS. 26. O espírito filial de Nosso Senhor, e como foi demonstrado.

VERS. 29.
1. Os súditos do reinado do Messias. "Sua semente".
(a) Para união - "Sua semente".
(b) Para semelhança.
(c) Para multidão
2. A duração de seu reinado.
(a) Eles serão um com ele para sempre.
(b) Ele estará no trono para sempre.

VERS. 30-34.
1. As pessoas referidas. "Seus filhos". "Vocês todos são filhos" (1Ts 5.5).
2. A suposição a respeito deles. "Se os seus filhos abandonarem".
(a) Possivelmente - podem cair, embora não permanentemente.
(b) Provavelmente, porque estão longe de ser perfeitos.
(c) Já fizeram isso de fato, como o próprio Davi e outros.
3. A ameaça fundamentada sobre essa suposição.
(a) Especificada - "a vara - açoites". Eles sofrerão por isso mais cedo ou mais tarde.
(b) Certificado "Castigarei".
4. Qualificando a ameaça. "Mas".
(a) O mas, porém, caracterizado. Amor não retirado.
(b) Enfatizado. A vara pode parecer ser em ira, mas.
Há:
1. Um se,
2. Um jamais,
3. Um "permanecerá".

VERS. 39.
1. A providência pode muitas vezes estar em contradição com as promessas.
2. As promessas nunca estão em desacordo com a providência. É a aliança do seu servo e de sua coroa.
VERS. 39. Como o trono do rei Jesus pode ser profanado.

VERS. 40.
1. O que Deus havia feito. "Derrubaste".
2. O que ele não havia feito. Não tirou a tristeza pela sua retirada e o desejo pela sua volta.

VERS. 43. Casos nos quais a espada do evangelho parece ter seu fio virado.

VERS. 44-45.
1. A profecia de que o Messias seria manso e humilde. "Deste fim ao seu esplendor".
2. Ele se tornaria servo do Pai. "Atiraste ao chão o seu trono".
3. Seria cortado no meio de seus dias. "Encurtaste os dias de sua juventude.
4. Que morreria uma morte infame. "De vergonha o cobriste".

VERS. 45. A excelência dos primeiros dias do cristianismo, e por que a sua glória nos abandonou.

VERS. 46. A mão de Deus deve ser reconhecida.
1. Na natureza da aflição. "Tu te esconderás".
2. Na duração da aflição. "Até quando, Senhor?"
3. Na severidade da aflição. Irá queimando como fogo.
4. No resultado da aflição. Quanto tempo? Para sempre? Levando tudo isso em consideração, as palavras são aplicáveis tanto a Cristo como ao seu povo.
VERS. 46. Lembrem. A oração do ladrão moribundo, o crente atribulado, o cristão perseguido.

VERS. 47.
1. Um apelo à bondade divina. "Lembra-te". Que minha vida não seja toda de aflição e tristeza.
2. À sabedoria divina. "Terás criado em vão". Será que o homem foi feito só para ser aflito? Será que o homem não terá sido criado em vão se sua vida for só curta, e essa vida curta for nada senão tristeza?

VERS. 52.
1. A voz. "Bendito". Em si, em todas as suas obras e modos - em seus juízos bem como em suas misericórdias - como o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo - "para sempre".
2. O eco. "Amém e amém". Amém, diz a igreja na terra, diz a igreja no céu, dizem os anjos de Deus, diz todo o universo santo e feliz, diz a eternidade passada e a eternidade por vir.

Salmo 90

TÍTULO

Uma oração de Moisés, o homem de Deus. Muitas tentativas já foram feitas para provar que Moisés não escreveu este salmo, mas nós permanecemos firmes na convicção de que ele seja o seu autor. A condição de Israel no deserto é tão eminentemente ilustrativa de cada versículo, e as palavras tão semelhantes a tantas do Pentateuco, que as dificuldades sugeridas são, à nossa mente, leves como o ar em comparação com as evidências em favor de sua origem mosaica. Moisés foi poderoso na palavra bem como na ação, e cremos ter sido este salmo um de seus pronunciamentos de peso, digno de se colocar ao lado de seu glorioso discurso registrado em Deuteronômio. Moisés era de modo todo especial um homem de Deus e de Deus um homem, escolhido por Deus, inspirado por Deus, honrado por Deus, e fiel a Deus em toda a sua casa, bem merecendo o nome que aqui lhe é dado. O salmo é chamado de oração, pois os pedidos finais entram em sua essência, e os versículos anteriores são uma meditação preparatória à súplica. Homens de Deus certamente serão homens de oração. Esta não foi a única oração de Moisés. De fato, é apenas uma amostra da maneira em que o vidente de Horebe se inclinava a estar em comunhão com o céu e a interceder pelo bem de Israel. Este é o mais antigo dos salmos, e se acha entre dois livros de salmos como uma composição única em sua grandeza, e sozinha em sua antigüidade sublime. Muitas gerações de lamentadores escutaram este salmo enquanto rodeavam de pé um túmulo aberto, e foram consolados por ele, mesmo quando não perceberam como se aplicava de modo especial a Israel no deserto e esqueceram-se de lembrar o terreno muito mais alto sobre o qual os crentes agora estão de pé.

ASSUNTO E DIVISÃO
Moisés canta a fragilidade do homem e a brevidade da vida, contrastando com isso a eternidade de Deus, e fazendo apelos sinceros por compaixão. A única divisão que será útil separa a contemplação em Sl 90.1-11 de Sl 90.12-17. Não há necessidade nem dessa quebra, porque a unidade é bem preservada em todo o salmo.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. O relacionamento próximo e afetivo entre Deus e seu povo, de modo que habitam mutuamente um no outro.
VERS. 1. A habitação da igreja é a mesma em todas as épocas; seu relacionamento com Deus nunca muda.
VERS. 1.
1. A alma está em casa em Deus.
(a) Originalmente. Seu lugar de nascimento - sua atmosfera natural, seu ar - o lar de seus pensamentos, vontade, consciência, afetos, desejos.
(b) Experimentalmente. Quando volta aqui, sente-se em casa. "Volte ao seu descanso".
(c) Eternamente. A alma, quando retorna a esse lar, nunca o deixa: "não sairá mais nunca para sempre".
2. A alma não está em casa em qualquer parte. "nosso refúgio".
(a) Para todos os homens.
(b) Em todos os tempos. Ele é sempre o mesmo, e os desejos da alma são substancialmente sempre os mesmos (G. R.).

VERS. 2. Um discurso sobre a eternidade de Deus (S. Charnock, Works, p. 344-373, edição de Nichol).
VERS. 2 (última cláusula). A consideração da eternidade de Deus pode servir:
1. Para o sustento de nossa fé; em referência à nossa própria condição para o futuro; em referência a nossa posteridade, e à condição da igreja de Deus até o fim do mundo.
2. Para o incentivo de nossa obediência. Servimos ao Deus que nos pode dar uma recompensa eterna.
3. Para o terror de homens ímpios (Sermão de Tillotson sobre a eternidade de Deus).

VERS. 3.
1. A causa da morte - "fazes os homens voltarem".
2. A natureza da morte - "voltar".
3. As necessidades da morte - reconciliação com Deus e a preparação para voltar.

VERS. 4.
1. Contempla o período alongado com todos os seus eventos.
2. Considera o que ele deve ser para quem tudo isso é como nada.
3. Considera como nós estamos para com ele.

VERS. 5. Comparação da vida mortal ao sono (Ver comentário de William Bradshaw).

VERS. 5-6. A lição dos campos.
1. Relva em crescimento é emblema da juventude.
2. Relva florescendo - ou o homem no vigor dos anos.
3. Relva cortada - ou o homem à morte.

VERS. 7.
1. As principais dificuldades do homem são o efeito da morte.
(a) Sua própria morte.
(b) A morte de outros.
2. A morte é o efeito da ira divina: "Somos consumidos por".
3. A ira divina é o efeito do pecado. Morte por pecado (G. R.).

VERS. 8.
1. A atenção que Deus dá ao pecado.
(a) Individual. "Nossas iniqüidades".
(b) Atenção universal - "iniqüidades", não só uma, mas todas.
(c) As pequenas, até as mais secretas.
(d) Constantes: colocadas diante dele, "à luz".
2. A atenção que nós devemos dar a eles por causa disso.
(a) Em nossos pensamentos. Coloque-os diante de nós.
(b) Em nossas consciências. Condenemos a nós mesmos por causa deles.
(c) Em nossas vontades. Afastemo-nos deles por arrependimento - voltemos a um Deus perdoador pela fé (G. R.).

VERS. 9.
1. Todo homem tem uma história. Sua vida é um conto - um conto à parte - para ser contado.
2. A história de cada homem tem nela uma mostra de Deus. Todos os nossos dias, dizem alguns, são passados em tua ira; todos, outros poderão dizer, em teu amor;
3. e outros, alguns de nossos dias em ira e alguns, em amor.
4. A história de cada homem será contada. Na morte, no juízo, por toda a eternidade (G. R.).

VERS. 10.
1. O que a vida é para a maioria. Poucas vezes chega a seus limites naturais. A metade morre na infância; mais de metade da outra metade morre na idade madura, poucos chegam à idade da velhice.
2. O que a vida é no máximo. "Setenta anos".
3. O que é para a maioria além daquele limite. "São anos difíceis".
4. O que é para todos. "A vida passa depressa".

VERS. 11.
1. A ira de Deus contra o pecado não é plenamente conhecida por seus efeitos nesta vida. "Quem conhece o poder". Aqui vemos o esconder de seu poder.
2. A ira de Deus contra o pecado é igual aos nossos maiores medos: "tão grande como o temor que te é devido" (G. R.).

VERS. 12.
1. O ajuste de contas.
(a) Qual é seu número usual.
(b) Quantos já foi gasto.
(c) O quanto é incerto o número que resta.
(d) Quantos deles devem ser ocupados com os deveres necessários desta vida.
(e) Quais as aflições e desamparo que podem decorrer neles.
2. O uso que se pode fazer desta vida.
(a) "Buscar sabedoria" - não riqueza, honras mundanas, nem prazeres - e sim sabedoria; não a sabedoria do mundo, mas a de Deus.
(b) "Aplicar o coração" a isso. Não sabedoria mental, meramente, e sim sabedoria moral; não especulativo, meramente, mas experimental; não meramente teórico, e sim prático.
(c) Buscá-la imediatamente.
(d) Buscá-la constantemente - "aplicar nossos corações".
3. A ajuda a ser procurada nisto. "Ensina-nos".
(a) Nossa própria capacidade é insuficiente pela perversão tanto da mente como do coração por causa do pecado.
(b) Ajuda divina pode ser conseguida. "Se algum de vocês tem falta de sabedoria" (Tg 1.5) (G. R.).
VERS. 12. - A percepção da mortalidade. Mostre a variedade de bênçãos dispensadas às diferentes classes por meio do uso certo da percepção da mortalidade.
1. Pode ser um antídoto para os tristes. Refletir, "existe um fim".
2. Deve ser um restaurador para os trabalhadores.
3. Deve ser um remédio para os impacientes.
4. Como bálsamo para os feridos de coração.
5. Como corretivo para os mundanos.
6. Como sedativo para os frívolos (R. Andrew Griffin, em Stems and Twigs, 1872).

VERS. 13. De que maneira se pode dizer que o Senhor se arrepende.

VERS. 14 (primeira cláusula): "A oração do moço" foi título de um sermão do autor.
VERS. 14.
1. O maior anseio do homem é por satisfação.
2. A satisfação só pode ser encontrada na percepção da Misericórdia Divina (C. M. Merry, 1864).
VERS. 14. Satisfaça-nos pela manhã com teu amor. Aprenda:
1. Que nossas almas não podem ter satisfação sólida nas coisas terrenas.
2. Que só o amor, a misericórdia de Deus pode satisfazer nossas almas.
3. Que nada senão a satisfação em Deus pode encher nossos dias de alegria e contentamento (John Cawood, 1842).
VERS. 14.
1. Os dias mais alegres da terra se tornam mais felizes com nossos pensamentos da misericórdia divina.
2. Os dias mais tristes da terra se tornam alegres pela consciência do amor de Deus (G. R.).

VERS. 15.
1. A alegria da fé é proporcional à tristeza do arrependimento.
2. A alegria da consolação é proporcional ao sofrimento na aflição.
3. A alegria dos sorrisos que voltam para Deus é proporcional ao terror de seu olhar de censura e reprovação (G. R.).
VERS. 15. O equilíbrio da vida ou a maneira na qual nossas alegrias são equilibradas contra nossas tristezas.

VERS. 16.
1. Nossa obrigação - "trabalho", e nosso desejo sobre isso.
2. A porção de nossos filhos - "esplendor", e nossa oração com referência a ela.

VERS. 17. O estabelecimento certo, ou o trabalho que perdurará - porque ele durará e deve durar. Porque nós desejamos que nosso trabalho seja dessa natureza, e se há elementos que duram nele.

SALMO 91

TÍTULO
Este salmo não tem título, e não possuímos meios de saber ao certo o nome do escritor, nem a data de sua composição. Os doutores judaicos consideram que, quando o nome do autor não é mencionado, podemos atribuir o salmo ao último escritor nomeado; e, se for assim, este é outro salmo de Moisés, o homem de Deus. Muitas expressões aqui são similares àquelas de Moisés em Deuteronômio, e a evidência interna, pelas expressões idiomáticas, apontariam-no como o compositor. A vida prolongada de Josué e Calebe, que seguiram plenamente o Senhor, ilustra com grandeza este salmo, pois eles, como recompensa por terem permanecido sempre perto do Senhor, continuaram a viver "entre os mortos, em meio aos seus túmulos". Por essa razão, não é improvável que este salmo tenha sido escrito por Moisés, mas não ousamos ser dogmáticos a esse respeito. Se a pena de Davi foi usada para nos dar esse poema incomparável, não podemos acreditar, como fazem alguns, que ele assim comemorou a praga que assolou Jerusalém por ter contado o povo. Para ele, então, cantar de si mesmo que via "a recompensa dos ímpios" seria inteiramente contrário à sua declaração, "Eu pequei, mas estas ovelhas, o que fizeram?" e a ausência de qualquer alusão ao sacrifício sobre Sião não poderia ser de qualquer forma explicada, visto que o arrependimento de Davi inevitavelmente o teria levado a frisar o sacrifício expiatório e o aspergir do sangue pelo hissopo.

Em toda a coletânea não há nenhum salmo mais alegre, seu tom é elevado e sustentado do começo ao fim, a fé é clara e seu texto é nobre. Um médico alemão costumava dizer que ele era a melhor defesa em tempos de cólera, e, na verdade, constitui mesmo um medicamento celestial contra pragas e pestes. Aquele que pode viver no espírito do salmo 91 será destemido, mesmo que as cidades sejam assoladas por pestes e pragas, e os túmulos se encham de carcaças.

DIVISÃO
Desta vez seguiremos as divisões sugeridas por nossos tradutores no início do salmo, porque são expressivas e sugestivas.
Sl 91.1-2 - O estado dos piedosos.
Sl 91.3-8 - Sua segurança.
Sl 91.9-10 - Sua habitação.
Sl 91.11-13 - Seus servos.
Sl 91.14-16 - Seu amigo, com os bens de todos eles.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. O lugar de moradia secreto. Existe o habitante do mundo das trevas, da terra favorecida, da cidade santa, do átrio exterior; mas o santo dos santos é o "lugar secreto" - comunhão, aceitação.
2. A sombra protetora - segurança, paz; como as aldeias de tempos antigos agrupadas abaixo dos muros dos castelos (Charles A. Davis).
VERS. 1.
1. A pessoa. Quem está em comunhão íntima, pessoal, secreta, per ma com Deus, habitando junto ao propiciatório, dentro do véu.
2. O privilégio. Ele é hóspede de Deus, protegido, revigorado e consolado por ele, e isso até toda a eternidade.

VERS. 1-2. Quatro nomes de Deus.
1. Temos comunhão com ele reverentemente, pois ele é o Altíssimo.
2. Descansamos nele como o Todo-Poderoso.
3. Alegramo-nos nele como Jeová ou Senhor.
4. Confiamos nele como EL, o poderoso Deus.

VERS. 2.
1. Observe os substantivos aplicados a Deus - refúgio de aborrecimentos, fortaleza nas dificuldades, Deus em todo o tempo.
2. Observe os pronomes usados pelo homem - "eu" direi: "meu" refúgio, "minha fortaleza" (G. R.).
VERS. 2. O poder, excelência, fruto, justas razões e confissão aberta de fé pessoal.

VERS. 3. Proteção invisível de perigos invisíveis; sabedoria para enfrentar a esperteza, amor para guerrear contra a crueldade, onipresença para combinar com o mistério; vida para frustrar a morte.
VERS. 3. CERTAMENTE, ou razões para confiar seguramente na proteção de Deus.

VERS. 3-7. Pestilência, pânico e paz (para tempos de epidemias) (Charles A. Davis).

VERS. 3, 8-9.
1. Os santos estão seguros - "Ele te livrará" (Sl 91.3).
2. O mal tem limites - "simplesmente" (Sl 91.8).
3.O Senhor tem razões para preservar quem é seu sempre que "você fizer do Altíssimo o seu abrigo" (v. 9).

VERS. 4.
1. A compaixão de Deus.
2. A confiança dos santos.
3. A armadura da verdade.

VERS. 5-6.
1. A exposição de todos os homens ao medo.
(a) Continuamente, dia e noite.
(b) Merecidamente: "a consciência faz covardes de todos nós".
2. A isenção de alguns homens do medo.
(a) Por causa de sua confiança.
(b) Por causa da divina proteção.

VERS. 7. Como um mal pode estar perto, mas não próximo.

VERS. 8. O que nós realmente temos visto do "castigo dos ímpios".

VERS. 9-10.
1. Deus é nossa habitação espiritual.
2. Deus o preservador de nossa habitação terrena.
3. A verdade geral: que o espiritual abençoa o temporal.

VERS. 10.
1. A bênção pessoal.
2. A bênção doméstica.

VERS. 11-12. Uma Escritura "deturpada" endireitada.
1. A versão de Satanás - presunçosa.
2. A versão do Espírito Santo - de plena confiança (Charles A. Davis).

VERS. 11-12.
1. O Ministério de Anjos empregado por Deus.
(a) Oficial: "ele dará ordens".
(b) Pessoal: "a seu respeito".
(c) Constante: "em todos os seus caminhos".
2. Como apreciado pelo homem.
(a) Para preservação: "o segurarão". Ternamente, mas efetivamente.
(b) Sob limites. Não podem fazer o trabalho de Deus, ou de Cristo, ou do Espírito, ou da palavra, ou de ministros, para a salvação; "não são todos eles espíritos ministradores" (G. R.).

VERS. 12. A preservação de males pequenos - estes são mais preciosos porque muitas vezes são os mais dolorosos, levam a grandes males e envolvem muitos danos.

VERS. 13. O amor do crente colocado em Deus.
VERS. 13.
1. Todo filho de Deus tem seus inimigos.
(a) São numerosos: "o leão, a serpente, o leãozinho, o dragão".
(b) Diversificados: sutis e fortes - "leão e serpente", novo e velho - "leãozinho" e "cobra".
2. Ele finalmente obterá vitória sobre eles - "Você pisará"; "pisoteará"; "O Senhor o livrará (G. R.).

VERS. 14-16. As seis vezes que o futuro de determinação é usado. (Eu o resgatarei, protegerei, darei resposta, estarei com ele, vou livrá-lo, vou cobri-lo de honra).

VERS. 14. Aqui temos:
1. Amor por amor: "Porque".
(a) A razão do amor dos santos em Deus. Há primeiro o amor em Deus sem o amor deles, depois o amor pelo amor deles.
(b) A evidência do amor dele para com eles: "Eu o resgatarei" - do pecado, do perigo, da tentação, de todo mal.
2. Honra por honra.
(a) Ele honrando a Deus. "Porque conhece o meu nome", diz Sl 91.14 e o fez conhecer; Deus honrando-o; "Eu o colocarei no alto" (KJV) - alto em honra, em felicidade, em glória (G. R.).

VERS. 15-16. Observe:
1. As promessas tremendamente grandes e preciosas.
(a) Resposta a oração: "ele clamará".
(b) Consolo em problema: "Estarei com ele".
(c) Livramento do problema: "Vou livrá-lo".
(d) Maior honra depois do problema: livrar "e cobri-lo de honra".
(e) Vida longa o suficiente para satisfazê-lo.
(f) A salvação de Deus: "e lhe mostrarei a minha salvação"; muito mais do que o homem poderia pensar ou desejar.
2. A quem essas promessas pertencem; quem é o ele e lhe a quem estas promessas são feitas. Ele "clama a Deus", diz Sl 91.15; ele "conhece o meu nome, diz Sl 91.14; ele "fez do Senhor a sua habitação", diz Sl 91.9; ele "habita no abrigo do Altíssimo," diz Sl 91.1. Hannah More diz: "Pregar privilégios sem especificar a quem pertencem é como colocar uma carta no correio sem endereço." Pode ser muito boa e conter uma quantia valiosa, mas ninguém saberá dizer a quem é endereçada. O endereço posto nas promessas deste salmo é inconfundivelmente claro e, muitas vezes, repetido (G. R.).

SALMO 92

TÍTULO
Um salmo ou cântico para o dia de sábado. Esta composição admirável é tanto um salmo como um canto, igualmente solene e alegre; e foi planejada para ser cantada no dia do descanso. O assunto é o louvor de Deus; o louvor é trabalho sabático, a ocupação alegre, de corações em descanso. O estilo é digno do tema e do dia, sua inspiração vem da "fonte de todas as bênçãos"; Davi falou como o Espírito lhe dava a forma de expressão. Na igreja de Cristo, a essa hora, nenhum salmo é mais cantado no dia do Senhor do que este aqui. A encantadora versão do dr. Watts é bem conhecida:

Doce obra é, meu Deus, que minha alma invade,
Em louvar teu nome, dar graças e cantar;
Em horas matutinas o teu amor mostrar,
E à noite vir falar de toda tua verdade.

O sábado foi separado para adorar o Senhor em sua obra acabada da criação, e por isso é bem adequado este salmo; os cristãos podem partir para um vôo ainda mais alto, porque celebram a redenção completa. Ninguém que conhece o estilo de Davi hesitará em atribuir-lhe a autoria desse salmo divino; os desvarios dos rabis que afirmam ter sido ele composto por Adão, só precisam ser mencionados para ser descartados. Adão no Paraíso não tinha nem harpas para tocar, nem ímpios com que contender.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. É bom ter motivo para a gratidão. Todas as pessoas têm isso.
2. É bom ter o princípio da gratidão. Esta é a dádiva de Deus.
3. É bom dar expressão à gratidão. Isso pode suscitar gratidão em outras pessoas (G.R.).

VERS. 1-3. A bem-aventurança do louvor.
Sl 92.1. O tema do louvor.
Sl 92.2. A ingenuidade do louvor.
Sl 92.3. A natureza inanimada inscrita neste trabalho santo (C. A. Davis).

VERS. 2.
1. Nossos louvores a Deus devem ser inteligentes, declarando seus vários atributos.
2. Oportunos, declarando cada atributo na hora apropriada.
3. Contínuos, toda noite e todo dia.

VERS. 3.
1. Todos os poderes da alma serão louvor. "Ao som da lira de dez cordas", todas as cordas da mente, afeições, vontade.
2. Todos os pronunciamentos dos lábios devem ser de louvor.
3. Todas as ações da vida devem ser louvor.
VERS. 3. Em nosso louvor deve haver:
1. Preparação - pois instrumentos devem ser afinados.
2. Amplitude de pensamento - "sobre um instrumento de dez cordas".
3. Absorção de toda a natureza - "dez cordas".
4. Variedade - saltério, harpa.
5. Reverência profunda - som solene.

VERS. 4 (primeira sentença).
1. Meu estado de ânimo - "feliz".
2. Como cheguei a isso - "tu me fizeste contente".
3. Qual é a base disso? - "através do teu trabalho, tua obra".
4. O que, então, eu farei? Atribuirei tudo a Deus, e eu o bendirei por isso.
VERS. 4.
1. A mais divina alegria - da criação de Deus, tendo a obra de Deus como seu argumento.
2. O mais divino triunfo - causado pelas obras variadas de Deus na criação, providência, redenção. O primeiro é para nossos próprios corações, o segundo é para convencer aqueles que estão à nossa volta.

VERS. 5. As montanhas 'inescaláveis', e o mar 'insondável'; ou as obras divinas e os pensamentos divinos (revelados e ocultos por Deus) igualmente além da apreensão humana (C. A. Davis).

VERS. 7. Grande prosperidade é precursora freqüente da destruição de homens ímpios, pois leva-os a provocar a ira divina:
1. Por dureza de coração, como o faraó.
2. Por orgulho, como Nabucodonosor.
3. Por soberbo ódio dos santos, como Hamã.
4. Por segurança carnal, como o rico insensato.
5. Por auto-engrandecimento, como Herodes.

VERS. 7-10. Contrastes. Entre os maus e Deus, Sl 92.7-8. Entre os inimigos de Deus e seus amigos, Sl 92.9-10 (C. A. Davis).

VERS. 7, 12-14. Os ímpios e os justos retratados (C. A. Davis).

VERS. 10 (última cláusula). Iluminação cristã, consagração, alegria e graças, todos eles o ungir do Espírito (William Garrett Lewis).
VERS. 10 (última cláusula). O tema da confiança de Davi:
1. Era muito abrangente, incluindo força renovada, novos sinais de favor, confirmação em sua posição, qualificações para isso, e novas alegrias.
2. Era bem fundamentado, visto ser firmado em Deus, e em suas promessas.
3. Acalmava todos os temores.
4. Suscitava esperanças.
5. Causava pena por aqueles que não têm tal confiança.

VERS. 12.
1. Os justos florescem em todos os lugares. Palmeiras no vale, cedro sobre a montanha.
2. Em todas as estações. As duas árvores são sempre verdes.
3. Sob todas as circunstâncias. Palmeira na seca, cedro em tempestade e geada (G. R.).

VERS. 14-15.
1. Regeneração - "plantados".
2. Crescimento na graça - "florescerão".
3. Utilidade - "fruto".
4. Perseverança - "velhice".
5. A razão disso tudo - "para proclamar que o Senhor".

VERS. 15. A razão e a garantia da perseverança final (C. A. Davis).

SALMO 93


Este breve salmo não tem título nem nome de autor, mas seu tema é bastante óbvio, sendo declarado na primeira linha. É o salmo de soberania onipotente: Jeová, apesar de toda oposição, reina supremo. Possivelmente, ao tempo em que foi escrita esta ode, a nação corria perigo diante de seus inimigos, e as esperanças do povo de Deus foram encorajadas com a lembrança de que o Senhor ainda era Rei. O que poderiam desejar de mais doce e mais segura consolação?

DICAS PARA O PREGADOR
O salmo todo. Reavivamentos de religião são descritos.
1. Deus reina.
2. Seu poder é sentido.
3. Seu reino é estabelecido.
4. A oposição é vencida.
5. A palavra é valorizada.
6. A santidade é cultivada.

VERS. 1-2. O profeta no primeiro versículo descreve nosso Rei.
1. De sua posição.
(a) Ele "reina". Ele é o grande e soberano Monarca; não é um espectador inativo das coisas que há embaixo; mas sabiamente, com justiça e com poder, administra todas as coisas.
(b) Ele é um Rei glorioso. "Vestiu-se de majestade".
(c) Ele é um Rei potente. "De poder vestiu-se" (ARA).
(d) Ele é um Rei guerreiro. "Armou-se de poder", afivelou a espada sobre sua armadura; para a ofensiva contra os inimigos, para a defesa de seu reino.
2. De seu reino.
(a) É universal: "O mundo".
(b) É fixo, firme e estável: "O mundo está firme e não se abalará".
(c) É um reino eterno: "Desde a antigüidade está firme o teu trono; tu és desde a eternidade" (Adam Clarke).
VERS. 1-2. Mostram:
1. A proclamação real.
2. A veste imperial.
3. O reino estável.
4. O trono antigo.
5. O Rei Eterno (C. A. D.).
VERS. 1-2.
1. Fazem a grande proclamação. O direito, a estabilidade, a antigüidade, a extensão, a perpetuidade, do domínio do Senhor.
2. Note as diferentes emoções que inspira nos rebeldes, condenados, leais.
3. Negociar por submissão ao Rei (C. A. D.).

VERS. 3. A voz das enchentes.
1. A voz da natureza é a voz de Deus.
2. É uma voz vinda de Deus.
3. É uma voz para Deus. "Deus tem uma voz que para sempre é ouvida, no troar do trovão, no chilro do pássaro: vem na torrente, rápida e forte, no murmúrio borbulhante da pequena correnteza; nas ondas do oceano, nos sulcos lavrados, na montanha de granito, no átomo de areia; volte-se para onde for, do céu à terra, onde é que olhais que não vedes a Deus?" (G. R., Poema por Eliza Cook).

VERS. 4.
1. Deus é poderoso na criação.
2. Ele é mais poderoso na providência.
3. Ele é poderosíssimo na redenção (G. R.).

VERS. 5.
1. Fidelidade caracteriza a palavra de Deus.
2. Santidade caracteriza a casa de Deus (G. R.).
VERS. 5. (última cláusula).
1. Santidade caracteriza a casa típica de Deus, o templo.
2. Sua casa espiritual maior, a igreja.
3. Sua casa espiritual menor, o crente.
4. Sua casa eterna, o céu (C. A. D.).

SALMO 94

ASSUNTO
O escritor vê malfeitores no poder, e sofre sob sua opressão. Seu senso da soberania divina, que ele vinha cantando no salmo anterior, o leva a apelar a Deus como o grande Juiz da terra; ele faz isso com muita veemência e importunidade, evidentemente ardendo ainda sob a chibata do opressor. Confiante da existência de Deus, e seguro pela sua observação pessoal dos feitos dos homens, o salmista repreende seus adversários ateus e proclama seu triunfo em seu Deus: ele também interpreta a severa dispensação da Providência como sendo, na verdade prática, castigos instrutivos, e por isso avalia todos aqueles que os sofrem como sendo felizes. O salmo é outra forma comovente do velho enigma -"por que os ímpios sofrem?" É outro exemplo de um homem bom perplexo diante da prosperidade dos incrédulos, confortando seu coração com a lembrança de que existe, apesar de tudo, um Rei no céu, por quem todas as coisas são anuladas para o bem.

DIVISÃO
No Sl 94.1-7 o salmista expressa sua reclamação contra os opressores maus. De Sl 94.8-11 ele raciocina contra a idéia cética deles de que Deus não notou as ações dos homens. Ele mostra então que o Senhor abençoa seu povo, sim, e os livrará, embora por um tempo possam ser castigados, Sl 94.12-15. Ele suplica de novo por ajuda em Sl 94.16, e declara sua inteira dependência de Deus para a preservação, Sl 94.17-19; contudo, uma terceira vez ele insiste em sua reclamação, Sl 94.20-21, e então conclui com a confiante certeza de que seus inimigos, e todos os demais homens maus, certamente seriam obrigados a colher a recompensa devida de seus feitos, - "O Senhor, nosso Deus, os exterminará".

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. Retribuição é prerrogativa de Deus somente.
2. Sob quais aspectos podemos desejar que ele a dê.
3. Como e quando ele certamente cumprirá este desejo justo.
VERS. 1.
1. A vingança pertence a Deus e não ao homem.
2. A vingança é melhor nas mãos de Deus do que nas do homem. Prefiro cair nas mãos do Senhor (1Cr 21.13) (G. R.).

VERS. 2. A provocação peculiar do pecado de orgulho e seus vícios relacionados. Sua influência sobre os soberbos, os seus semelhantes, e para Deus mesmo.

VERS. 3.
1. A porção doce dos ímpios - o presente triunfo.
2. O fel que o torna amargo - o triunfo é apenas temporário, e faz com que haja oração contra (C. A. Davis).

VERS. 5-10.
1. Opressão arbitrária pelos maus (Sl 94.5-6),
2. Indiferença arrogante à supervisão Divina (Sl 94.7).
3. Demonstração de clareza sobre o conhecimento e vingança divinos (Sl 94.8-10) (C. A. D.).

VERS. 6-9.
1. Pecado visível, patente.
2. Suposição absurda.
3. Argumento esmagador.

VERS. 8. A duração do reino do mal.
1. Até que tenha enchido sua medida de culpa.
2. Até que tenha mostrado provas de sua própria tolice.
3. Até que tenha desenvolvido as graças e orações dos santos.
4. Até que tenha esvaziado toda confiança humana e nos obrigado a olhar para o Senhor somente, seu Espírito e seu advento.
VERS. 8. Ateístas na prática.
1. Descritos verdadeiramente.
2. Aconselhados sabiamente (C. A. D.).

VERS. 8-11.
1. A exortação (Sl 94.8).
2. A discussão (Sl 94.9-10).
3. A afirmação (Sl 94.11).

VERS. 9-10. Racionalismo verdadeiro ou Revelação de Deus pela razão (U. A. D.).

VERS. 11.
1. Com respeito ao mundo presente, considere que profusão de pensamentos são empregados em vão.
(a) Em buscar satisfação onde não se encontra.
(b) Em se concentrar em eventos que não podem ser lembrados.
(c) Em antecipar males que nunca nos acontecem.
(d) A esses pode ser acrescentado o valorizar-nos em coisas de pouca ou nenhuma valia.
(e) Em fazer planos que precisam ser desfeitos.
2. Vejamos quais são os pensamentos do homem com respeito à religião, e as preocupações sobre a vida futura.
(a) Quais são os pensamentos do mundo pagão com respeito à religião?
(b) Quais são todos os pensamentos do mundo cristão, onde os pensamentos de Deus são negligenciados?
(c) Que é todo aquele ateísmo prático que induz as multidões a agirem como se não existisse nenhum Deus?
(d) Quais são todas as imaginações descrentes, autolisonjeadoras dos ímpios, como se Deus não fosse sincero em suas declarações e ameaças?
(e) Quais são os presunçosos conceitos de justiça e auto-satisfação, com os quais inflam suas mentes com esperanças vãs e recusam a submeter-se à justiça de Deus? (Andrew Fuller).
VERS. 11. O conhecimento íntimo do homem que Deus tem. Uma verdade estarrecedora. Uma verdade humilhante.

VERS. 12-13. A Universidade de Cristo. O mestre, o livro, a vara, o estudioso abençoado e o resultado de sua educação.
VERS. 12-13.
1. O abençoado. (a) divinamente ensinado. (b) divinamente punido.
2. A bênção. (a) descansar na aflição. (b) descansar da aflição (G. R.).

VERS. 14.
1. Medo que está implícito. Que Deus lançará fora, abandonará.
2. Medo negado. Deus não lançará fora, não abandonará (G. R.).
VERS. 14.
1. Exponha sua doutrina clara, que brilha, num fundo escuro. E se o contrário fosse verdade? Considerações que poderiam levar-nos a tomar posse dela como sendo verdade.
2. Veja alegremente a verdade brilhante em si. A doutrina declarada. As razões aludidas (O povo dele. A herança dele.) A confiança expressa (C. A. D.).

VERS. 15.
1. Juízo suspenso.
2. Juízo devolvido.
3. Juízo reconhecido (G. R.).

VERS. 16.
1. A pergunta feita à igreja, aos seus defensores.
2. A resposta de todo homem verdadeiramente comprometido.
3. A resposta mais animadora ainda de seu Senhor.

VERS. 16-17. A única fonte de socorro.
1. Um forte grito por socorro. Como de um campeão ou advogado.
2. A resposta da terra. Um silêncio completo, perturbado apenas por um eco (Sl 94.17).
3. A voz de ajuda que quebra o silêncio - a do Senhor (Sl 94.17) (C. A. D.).

VERS. 18. A bênção da confissão de fraqueza.
1. A confissão.
2. O socorro.
3. O tempo.
4. O reconhecimento (C. A. D.).

VERS. 19.
1. Na profusão de meus pensamentos incrédulos teus consolos deleitam minha alma.
2. Na profusão de meus pensamentos penitentes teus consolos.
3. Na profusão de meus pensamentos mundanos.
4. Na profusão de meus pensamentos depressivos.
5. Na profusão de meus pensamentos relativos ao futuro.
Ou:
1. Não há consolação para o homem em si mesmo.
2. Não há consolação para ele em outras criaturas.
3. Sua única consolação está em Deus (G. R.).
VERS. 19.
1. A alma esbarrando-se nos outros na estrada dos sentimentos de ansiedade.
2. A companhia agradável apreciada assim mesmo.

VERS. 20.
1. Deus não pode ter comunhão com os maus.
2. Os maus não podem ter comunhão com Deus.
VERS. 20. Política divina.
1. Há tronos erigidos em oposição ao trono de Deus, "tronos corruptos, de injustiça", por exemplo, que transgridem na liberdade civil, que infringem na igualdade religiosa, que derivam ganhos do comércio ímpio.
2. Tais tronos, quaisquer que sejam suas pretensões, são excluídos da comunhão divina; entre eles e Deus está fixado um grande abismo (C. A. D.).

VERS. 21-22.
1. O perigo dos justos (Sl 94.21).
2. Sua defesa (Sl 94.22) (G. R.)

VERS. 21-23.
1. A sentença proferida na corte da injustiça (Sl 94.21).
2. Um elemento no caso que não é considerado pela corte (Sl 94.22).
3. A sentença conseqüentemente recai sobre as cabeças certas (Sl 94.23). (Este trecho, sob um véu muito fino, mostra Cristo, Mt. 27.1) (C. A. D.).

VERS. 23.
1. Ninguém pode punir os inimigos de Deus senão ele só. "Ele fará cair".
2. Ninguém precisa puni-los senão ele mesmo.
(a) Será completo,-- "ele os destruirá".
(b) Com certeza (G. R.).

Salmo 95

TÍTULO

Este salmo não tem nenhum título, e tudo que sabemos de sua autoria é que Paulo o cita como estando "em Davi" (Hb 4.7). É verdade que isso pode meramente significar que se encontra na coletânea conhecida como salmos de Davi; mas se esse fosse o sentido do Apóstolo, teria sido mais natural ele ter escrito, "dizendo nos salmos"; por isso nos inclinamos a acreditar que Davi foi o autor real deste poema. No original ele é verdadeiramente um cântico hebraico, dirigido, tanto em sua exortação como em sua advertência, ao povo judeu, mas temos o aval do Espírito Santo na epístola aos Hebreus para usar seus apelos e solicitações quando apelando aos crentes gentios. É um salmo de convite à adoração. Tem nele como que um sonido de sinos de igreja, e como os sinos, ele soa tanto alegre como solene, a princípio soltando um repique vivo, e depois caindo num dobre de funeral, como se soasse no funeral da geração que pereceu no deserto. Nós o chamaremos de SALMO DA PROVOCAÇÃO.

DIVISÃO
Seria correto quanto ao sentido dividir este salmo em um convite e uma advertência para que se comece a segunda parte com a última cláusula de Sl 95.7, mas no todo pode ser mais conveniente ver Sl 95.6 como "o coração em batimentos do salmo", como Hengstenberg o chama, e fazer a divisão no final do Sl 95.5. Assim formará (1) um convite com razões, e (2) um convite com advertências.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Um convite a louvar o Senhor.
1. Um método favorito de louvar o Senhor - "cantemos".
2. Um estado de espírito adequado para o canto - gratidão alegre.
3. Um assunto apropriado para suscitar tanto alegria como gratidão - a rocha de nossa salvação.
VERS. 1. A rocha de nossa salvação. Imagens expressivas. Rocha de abrigo, apoio, habitação interior e suprimento - ilustre esse último com a água fluindo da rocha no deserto.

VERS. 2.
1. O que se quer dizer com chegar à presença dele? Certamente não em "lugares santos".
2. Que oferta é mais apropriada quando nós entramos em sua presença?

VERS. 3.
1. A grandeza de Deus como Deus. Ele será concebido como grande na bondade, poder, glória.
2. Seu domínio sobre todos os outros poderes no céu ou na terra.
3. O culto que lhe é devido conseqüentemente.

VERS. 4-5. A universalidade do governo divino.
1. Em todas as partes do globo.
2. Em todas as providências.
3. Em toda fase de condição moral. Ou, coisas profundas, ou altas, escuras ou perigosas estão em sua mão; circunstâncias que mudam, terríveis, sobrepujantes como o mar, estão sob o seu controle tanto quanto a confortável terra firme da paz e da prosperidade.

VERS. 6. Um conceito real de Deus gera:
1. Uma disposição para cultuar.
2. Um incentivo mútuo para adorar.
3. Reverência profunda na adoração.
4. Um fortíssimo senso da presença de Deus conosco na adoração (C. A. Davis).

VERS. 6-7. Deus deve ser adorado:
1. Como nosso Criador - "quem nos fez".
2. Como nosso Redentor, "o povo".
3. Como nosso Preservador, "as ovelhas" (George Rogers).

Verse 7. O rogo do Espírito Santo.
1. A voz especial - "o Espírito Santo diz":
(a) Na Escritura.
(b) No coração de seu povo.
(c) Nos despertados.
(d) Pelos seus atos de graça.
2. Uma obrigação especial, "ouvir sua voz", instruindo, mandando, convidando, prometendo, ameaçando.
3. Um tempo especial - "hoje". Enquanto Deus fala, depois de um longo tempo, no dia da graça, agora, no estado em que você está.
4. O perigo especial - "não endureçam o coração", por indiferença, descrença, pedindo sinais, com presunção, prazeres mundanos.
VERS. 7. Pecadores rogados a ouvirem a voz de Deus. "Ouçam sua voz", porque:
1. A vida é curta e incerta.
2. Vocês não podem prometer, corretamente nem legalmente, dar o que não é seu.
3. Se vocês adiarem, mesmo que seja só até amanhã, vocês estarão endurecendo seus corações.
4. Há grande razão para crer que, se vocês adiarem isto hoje, vocês nunca começarão.
5. Depois de certo tempo Deus pára de lutar com pecadores.
6. Não há nada irritante ou desagradável numa vida religiosa, para fazer com que queiram adiar o começo dessa vida (Edward Payson).
VERS. 7. A diferença dos tempos em relação à religião. - Em um levantamento espiritual há grande diferença de tempo. Para entender isso, eu mostro:
1. Que mais cedo e mais tarde não são iguais, com respeito à eternidade.
2. Que tempos de ignorância e de conhecimento não são iguais.
3. Que antes e depois de uma entrega de iniqüidade conhecida não são iguais.
4. Que antes e depois de contrair hábitos ruins, não são iguais.
5. Que o tempo da graciosa e particular visitação de Deus e o tempo em que Deus retira sua graciosa presença e assistência, não são iguais.
6. Que o tempo florescente de sua saúde e força, e a hora de doença, fraqueza, e o aproximar da morte, não são iguais.
7. O agora e o porvir, o presente e o futuro, este mundo e o mundo além, não são iguais (Benjamin Whichcot).
VERS. 7. Esta suposição, Se ouvirem, e a conseqüência inferida disso, não endureçam o coração, evidentemente demonstram que um ouvir correto evita a dureza de coração; especialmente o ouvir da voz de Cristo, isto é, o evangelho. É o evangelho que faz e conserva um coração terno (William Gouge).

VERS. 8-11.
1. O temeroso experimento de Israel de tentar a Deus.
2. O resultado terrível.
3. Que não seja tentado de novo (C. A. Davis).

VERS. 10. O erro e a ignorância que são fatais.

VERS. 11. O momento fatal da entrega de uma alma, de como pode ser apressado, quais os sinais disso, e quais os resultados terríveis.

VERS. 10-11. O acender, crescer, e a força total da ira divina, e seus resultados temíveis.

SALMO 96

ASSUNTO
Este salmo evidentemente foi tirado daquele cântico sacro composto por Davi ao tempo em que "a arca de Deus foi colocada no meio da tenda que Davi havia preparado para ela, e ofereceram sacrifícios e ofertas pacíficas diante de Deus". Veja o capítulo dezesseis do primeiro livro de Crônicas. A primeira parte daquele canto provavelmente foi omitido porque se referia a Israel, e o plano do Espírito Santo neste salmo foi dar um cântico para os gentios, um hino triunfal com o qual celebrar a conversão das nações a Jeová nos tempos do evangelho. Segue os passos do salmo anterior, que descreve a obstinação de Israel, e a conseqüente retirada do evangelho deles para que pudesse ser pregado entre as nações que o receberiam e, no devido tempo, seriam plenamente conquistadas por Cristo pelo seu poder. Assim faz par com o salmo 95. É um grande hino missionário, e admira-se que zombadores possam lê-lo e ainda ficarem separados. Se cegueira parcial não tivesse acontecido para Israel, poderiam ter enxergado há muito tempo, e agora veriam, que seu Deus sempre teve planos de amor para todas as famílias dos homens, e nunca pretendeu que sua graça e seu pacto se relacionassem só à semente de Abraão segundo a carne. Não é de admirar que o Davi de grande coração se alegrou e dançou diante da arca, enquanto via em visão toda a terra deixando os ídolos para se voltar ao único Deus vivo e verdadeiro. Tivesse Mical, a filha de Saul, sido capaz ao menos de entrar na alegria dele, ela não o teria repreendido, e se os judeus de hoje pudessem ao menos expandir o coração para sentir compaixão com toda a humanidade, eles também cantariam de alegria pela grande profecia de que toda a terra será provida com a glória do Senhor.

DIVISÃO
Não faremos nenhuma, pois o canto é uno e indivisível, uma veste de louvor sem costuras, todo ele, tecida de cima a baixo.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. As novidades da graça.
1.Uma nova salvação.
2. Cria um novo coração.
3. Sugere um novo cântico.
4. Assegura novos testemunhos, e estes,
5. Produzem novos convertidos.

VERS. 1-3.
1. O fim desejado - ver a terra cantando ao Senhor e bendizendo seu nome.
2. Os meios sugeridos - mostrar a sua salvação dia-a-dia; declarando sua glória.
3. A certeza da realização disso. O Senhor o disse. "Cantem". Quando ele manda a terra tem de obedecer (G. R.).
VERS. 1-3. O aperfeiçoamento do fervor.
1. A mola do desejo expansivo, Sl 96.1.
2. O riacho dos esforços práticos diários, Sl 96.2.
3. O rio largo das missões estrangeiras, Sl 96.3 (C. D.).

VERS. 1-9. Devemos honrar a Deus.
1. Com cânticos, Sl 96.1-2.
2. Com sermões, Sl 96.3.
3. Com os trabalhos religiosos, Sl 96.7-9 (Matthew Henry).

VERS. 3 (primeira cláusula).
1. Declarem entre os pagãos a glória das perfeições de Deus, para que possam reconhecê-lo como o Deus verdadeiro.
2. Declarem a glória de sua salvação, para que possam aceitá-lo como seu único Redentor.
3. Declarem a glória de sua providência, para que possam confiar nele como seu fiel guardião.
4. Declarem a glória de sua palavra, para que a prezem como seu principal tesouro.
5. Declarem a glória de servi-lo, para que possam escolhê-lo como sua ocupação mais nobre.
6. Declarem a glória de sua habitação, para que possam buscá-la como seu melhor lar (William Jackson).
VERS. 3.
1. O que o evangelho é , "A glória de Deus", "suas maravilhas".
2. O que faremos com ela - declará-la.
3. A quem. Entre os descrentes, "todas as nações".
VERS. 3 (última cláusula). Seus feitos maravilhosos entre todos os povos.
1. As maravilhas de seu ser, para inspirá-los com reverente admiração.
2. As maravilhas de sua criação, para enchê-los de pasmo.
3. As maravilhas de seus juízos, para refreá-los com temor.
4. As maravilhas de sua graça, para atraí-los com amor (W. Jackson).

VERS. 4-6. Sermão missionário.
1. Contraste o Jeová da Bíblia com deuses de invento humano.
2. Decida entre culto divino e idolatria.
3. Apele por esforço em nome de idólatras (C. D.).

VERS. 6. Majestade e esplendor estão diante dele.
1. Como emanações dele.
2. Como excelências atribuídas a ele.
3. Como características do que é feito por ele.
4. Como marcas de todos que habitam perto dele (W. Jackson).
VERS. 6 (última cláusula). O que podemos ver no santuário de Deus (força e beleza). O que podemos obter nele, Sl 90.17 (força e beleza) (C. D.).

VERS. 8. Jeová possui uma natureza e um caráter especial; ele mantém várias posições e relacionamentos, e ele já realizou muitas obras que só ele poderia realizar. Nesse sentido, algo lhe é devido por parte de suas criaturas. E quando nós o prezamos com tais afetos e lhe prestamos tais serviços, como merecem sua natureza, caráter, posições e obras, então lhe damos a glória que é devida a seu nome.
1. Perguntemos o que é devido a Jeová por causa de sua natureza.
2. O que é devido a Jeová por causa do caráter que ele possui.
3. O que é devido a Deus por causa dos relacionamentos e ofícios que ele ocupa - o de um criador, preservador.
4. O que é devido a Jeová pelas obras que ele realizou, na natureza, providência e redenção (E. Payson).
VERS. 8. O objeto de culto. A natureza do culto. O acompanhamento do culto (uma oferta). O lugar do culto (C. D.).

VERS. 9 (primeira cláusula) Um exame do culto verdadeiro e falso.
1. Culto falso, na obscuridade da ignorância, no enfado do formalismo, na ofensa do pecado favorecido, na hediondez da hipocrisia.
2. O verdadeiro culto, na beleza da santidade (C. D.).
VERS. 9. Temor santo é ingrediente essencial da verdadeira religião.

VERS. 10-13. O reinado da justiça.
1. A proclamação de um rei e juiz justo.
2. A recepção jubilosa preparada para ele.
3. Sua vinda gloriosa (C. D.).

VERS. 11-12. A harmonia da natureza com a obra da graça; especialmente ao expressar-se por completo no período do milênio.

SALMO 97

ASSUNTO
Como o primeiro salmo que canta os louvores do Senhor relacionados à proclamação do evangelho entre os gentios, assim este parece prenunciar a obra poderosa do Espírito Santo em reprimir os sistemas colossais de erro e derrubar os deuses dos ídolos. Atravessando as regiões marítimas, uma voz clama por regozijo no reinado de Jesus (Sl 97.1), o fogo sagrado desce (Sl 97.3), como relâmpago o evangelho surge em labaredas chamejantes (Sl 97.4), dificuldades desaparecem (Sl 97.5), e todas as nações vêem a glória de Deus (Sl 97.6). Os ídolos são confundidos (Sl 97.7), a igreja regozija (Sl 98.8), o Senhor é exaltado (Sl 98.9). O salmo termina com uma exortação à firmeza santa sob a perseguição que se seguiria, e manda os santos se alegrarem por seu caminho ser claro e sua recompensa, gloriosa e certa. Os críticos modernos, sempre atentos em atribuir os salmos a qualquer pessoa que não Davi, se acham bem-sucedidos em datar este canto para depois do cativeiro, porque contém passagens semelhantes àquelas que ocorrem nos profetas posteriores; mas nós nos aventuramos a afirmar roubo. É tão provável que os profetas tenham adotado a linguagem de Davi quanto que algum escritor desconhecido tenha tomado emprestado deles. Um salmo desta série é dito estar "em Davi", e nós cremos que os restantes estão no mesmo lugar, e são do mesmo autor. A questão não é importante, e só a mencionamos porque certos críticos têm orgulho de estabelecer novas teorias, e há leitores que imaginam que isso é uma prova definitiva de uma erudição prodigiosa. Não cremos que suas teorias valem o papel em que foram escritas.

DIVISÃO
O salmo se divide em quatro partes, cada uma contendo três versículos. A vinda do Senhor é descrita (Sl 97.1-3), seu efeito sobre a terra é declarado (Sl 97.4-6), e depois sua influência sobre os pagãos e o povo de Deus (Sl 97.7-9). A última parte contém tanto exortação como incentivo, insistindo na santidade e inculcando felicidade (Sl 97.10-12).

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. A soberania de Deus é um tema de alegria em muitos aspectos e para muitas pessoas, especialmente quando exibido num reinado de graça.

VERS. 3-6. Os acompanhamentos do advento evangélico de Cristo.
1. O fogo de seu Espírito.
2. A luz da palavra.
3. A comoção do mundo.
4. A remoção de obstáculos.
5. A demonstração da glória divina.

VERS. 4-5.
1. Os terrores que acompanharam a entrega da lei: "seus relâmpagos".
2. As razões para aqueles terrores. (a) Mostrar a culpa do homem. (b) Sua inabilidade em guardar a lei. (c) Mostrar sua necessidade de um cumpridor da lei em seu favor (G. R.).

VERS. 4-6. Uma descrição da doação da lei.
1. Os arautos do doador da lei, ou convicção, Sl 97.4.
2. O efeito de sua presença, ou contrição, Sl. 97.5.
3. A proclamação da lei, ou instrução (como por uma voz do céu, Sl 97.6).
4. O efeito da doação da lei, ou manifestação divina (Sl 97.6, última cláusula) (C. D.).

VERS. 5. A presença de Deus na igreja é seu poder invencível.

VERS. 6. A desordem no coração que resulta do culto idólatra, mesmo se for apenas espiritual. O quebrar do ídolo, desapontar-se com ele, ferir-se com ele, removê-lo.

VERS. 8.
1. O mundo tem um medo terrível dos juízos divinos.
2. A igreja se alegra neles, "Sião ouviu".
Ou:
1. Quando o mundo está alegre a igreja está triste.
2. Quando o mundo está triste, a igreja está alegre (G. R.).

VERS. 10. O que vocês fazem agora: "Amem o Senhor". Reciprocamente, pessoalmente, supremamente, habitualmente, progressivamente.
1. O que vocês precisam fazer: "Odeiem o mal". Fazer o mal, escrever o mal, falar o mal, pensar o mal; renunciar o mal, dominá-lo, superá-lo (W. J.).
VERS. 10.
1. A peculiaridade que distingue o povo de Deus: "Vocês que amam o Senhor".
2. Sua manifestação: "Odeiem o mal".
3. Sua recompensa: "O Senhor protege"; "Ele os livra" (G. R.).

VERS. 10-11. Davi observa em Deus três características de um verdadeiro amigo: Primeiro, com fidelidade e boa vontade ele preserva as almas dos piedosos. Segundo, com seu poder e majestade ele livra-os de seus inimigos. Terceiro, com sua sabedoria e santidade ele os ilumina e revigora (Le Blanc).

VERS. 11.
1. Onde é semeado? A resposta a isso virá sob os seguintes cabeçalhos, a saber: no propósito de Deus, na compra de Cristo, no ofício do Espírito, nas promessas da Palavra, na obra da Graça feita no coração e, nas preparações feitas lá em cima na glória.
2. Quando é a estação da cega? E para isso, a resposta é, a estação de colheita dos primeiros frutos, de colher em parte, é em certas horas na vida presente; a estação de colher mais plenamente é na morte, e de colher ainda mais completa e perfeitamente é no dia do juízo e tem continuidade através da eternidade.
(a) O tempo da ceifa parcial ocorre algumas vezes no curso da vida presente.
(1) Tempos de aflição têm sido para os retos, tempos de colher a alegria semeada. Assim eles têm sido preparados para sofrimentos, sustentados sob esses, e depois preparados para esquecer suas tristezas, devido à alegria pela descoberta emocional do que Deus fez por eles, e fez neles. Assim Deus faz com que luz surja nas trevas, e num dia chuvoso os revigora com um raio do céu, tornando brilhantes as gotas que caem; traz seu povo ao deserto e lá os consola.
(2) Estações de sofrimento pela causa de Cristo e do evangelho têm sido estações em que os retos começaram a colher a alegria semeada. Quando chamados a resistirem até o sangue, lutando contra o pecado, eles precisaram de mais do que um consolo comum, para capacitá-los a enfrentar e se manter firmes através da provação de fogo, e assim foi-lhes dado encorajamento num grau nunca antes experimentado (Jó 16.33).
(3) Estações em que Deus chamou os justos a serviço grande e difícil têm sido tempos de colher os começos da alegria semeada. Quando seu Pai celeste levanta a luz de seu rosto sobre eles, e faz brilhar neles a percepção de seu amor, eles estão preparados a ir aonde quer que ele os mande, e fazer o que ele ordenar.
(4) Depois de conflitos fortes com Satanás, os justos são reavivados pelo crescimento da alegria semeada. Depois que Cristo foi tentado um anjo veio consolá-lo. E para animar seus seguidores ele declara, Ap 2.17, "Ao vencedor darei do maná escondido. Também lhe darei uma pedra branca com um novo nome nela inscrito, conhecido apenas por aquele que o recebe".
(5) Aguardando em Deus no santuário, os retos já se terão avistado com ele, e assim ter tido os começos da alegria semeada.
(b) Um tempo de colheita em maior plenitude acontecerá na morte; com alguns quando a alma está partindo; mas com todos imediatamente após ser libertado do corpo.
(c) A estação na qual os justos colherão sua alegria semeada, em plenitude, e em perfeição, será o dia final. Então Cristo virá para ser glorificado em seus santos, e admirado em todos aqueles que crêem, e para guiá-los todos em conjunto, e todos eles aperfeiçoados, para entrar na presença de Deus, onde há plenitude de alegria, e onde há prazeres para sempre (Daniel Wilcox).

VERS. 12. Alegrem-se com a lembrança de sua santidade. Sejam agradecidos por:
1. sua perfeição impoluta.
2. sua paciência maravilhosa.
3. seu lugar em nossa salvação.
4. como nos podemos aproximar dele através de Cristo.
5. seus triunfos preditos.
VERS. 12.
1. Uma lembrança diante da qual o mundo não dá um muito obrigado.
2. Razões que a tornam um assunto de ações de graças no caso dos justos. Sua importância no caminho da salvação; nas doutrinas do evangelho; na lei da vida cristã (C.D.).

SALMO 98

TÍTULO E ASSUNTO
Este poema sacro, que leva simplesmente o título de "salmo" se sucede ao anterior, e evidentemente é uma parte integral da série de salmos da realeza. Se Sl 97.1-12 descreveu a publicação do evangelho, portanto o estabelecimento do reino do céu, este salmo é uma espécie de Hino de Coroação, proclamando oficialmente o Messias conquistador como Monarca sobre as nações, com altos sonidos de trombetas, palmas e celebração de triunfos. É um cântico singularmente ousado e vivo. Os críticos estabeleceram o fato de que expressões similares ocorrem em Isaías, mas não vemos força nenhuma na inferência de que por isso foi escrito pelo profeta; por esse princípio, a metade dos livros escritos em língua inglesa poderiam ser atribuídos a Shakespeare. O fato é que esses salmos associados formam um mosaico, no qual cada um deles tem um lugar apropriado, e é necessário ao quadro total, e por isso acreditamos serem todos o trabalho de uma só mente. Paulo, se bem o entendemos, atribui Sl 95.1-11 a Davi, e como cremos que o mesmo escritor escreveu o grupo todo, atribuímos este também ao filho de Jessé. Seja de quem for, o canto merece estar entre as mais devotas e emocionalmente tocantes composições musicais sagradas.

DIVISÃO
Temos aqui três estrofes de três versículos cada. Na primeira, Sl 98.1-3, o assunto do louvor é anunciado; na segunda, Sl 98.4-6, a maneira daquele louvor é prescrita; e na terceira, Sl 98.7-9, sua extensão universal é proclamada.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Um novo cântico. O dever, beleza e benefício de manter o frescor em piedade, culto e adoração.
VERS. 1. Ele fez coisas maravilhosas.
1. Ele criou um maravilhoso universo.
2. Ele estabeleceu um maravilhoso governo.
3. Ele doou uma maravilhosa dádiva.
4. Ele providenciou uma maravilhosa redenção.
5. Ele inspirou um maravilhoso livro.
6. Ele abriu uma maravilhosa plenitude.
7. Ele efetuou uma maravilhosa transformação (W. Jackson).
VERS. 1. A vitória. As vitórias de Deus no juízo e na misericórdia: especialmente os triunfos de Cristo na cruz, e pelo seu Espírito no coração, e na igreja e por ela no âmbito maior.

VERS. 2. O Senhor anunciou a sua salvação.
1. O conteúdo de que é composta.
2. As razões pelas quais foi providenciada.
3. O preço pelo qual foi conseguida.
4. Os termos nos quais será concedida.
5. O modo em que precisa ser propagada.
6. A maneira na qual a negligência dela será punida (W. J.).
VERS. 2 (primeira cláusula).
1. O que é salvação?
2. Por que é chamada do Senhor: "A Salvação é do Senhor".
3. Como ele a fez conhecida.
4. Para que propósito.
5. Com que resultados (E. G. Gange).
VERS. 2. O grande privilégio de conhecer o evangelho.
1. Em que consiste.
(a) Revelação através da Bíblia.
(b) Declaração pelo ministro.
(c) Iluminação pelo Espírito.
(d) Ilustração na providência diária.
2. Ao que levou.
(a) Nós o cremos.
(b) Tanto o entendemos que cada vez mais cresce nosso regozijo nele.
(c) Somos capazes de contá-lo a outros.
(d) Detestamos aqueles que o mistificam.
VERS. 2. A glória da salvação.
1. É divina - "sua salvação".
2. É coerente com a justiça - "sua justiça".
3. É clara e simples - "revelada abertamente".
4. É pretendida para todos os tipos de homens - "às nações" inclui pagãos.

VERS. 3 (primeira cláusula). O Senhor lembra de sua aliança. Tempos em que ele parece ter se esquecido dele; modos em que mesmo naqueles tempos ele prova sua fidelidade; grandes feitos de graça pelos quais em outros tempos ele demonstra lembrar de suas promessas; e razões pelas quais ele precisa estar consciente de sua aliança.
VERS. 3 (última cláusula). Todos os confins da terra.
1. Literalmente. Missionários já visitaram todas as terras.
2. Espiritualmente. Homens prontos a se desesperarem, a perecerem.
3. Profeticamente. Demore-se mais nas grandes promessas com respeito ao futuro e os triunfos da igreja (E. G. G.).
VERS. 3. Todos os confins da terra viram a vitória de nosso Deus.
1. Importantes estrangeiros já a viram; muitos vieram de "todos os confins da terra" - do leste e oeste; gregos, os ouvintes de Pedro, o eunuco, homens da Groenlândia, das Ilhas dos Mares do Sul, da África, Índios.
2. Os santos mais maduros a viram; eles estão nos lugares claros da terra, saindo do deserto para entrar em Canaã.
3. Os piores pecadores a viram; aqueles que andaram tão grande distância que não podiam ir mais longe sem pisarem no inferno. O ladrão na cruz. A mulher que era pecadora. Aqueles a quem Whitefield chamou de "os rejeitados do diabo" (W. J.).

VERS. 4. O uso certo do barulho.
1. "Aclamem". Façam um barulho. Acorde, ó quem dorme. Fale, ó quem é mudo.
2. "Celebrem com júbilo". O grito de livramento, de gratidão, de alegria.
3. "Aclamem, louvem-no com cânticos de alegria". A natureza com suas dez mil vozes. A igreja com miríade de santos.
4. "Aclamem a Deus com alto som". Louvem somente a ele. Louvem-no para sempre (E. G. G.).

VERS. 6. Alegria é um ingrediente necessário do louvor. O Senhor como Rei, uma idéia essencial na adoração. Expressar isso de vários modos nos cabe, quando louvamos com alegria a um Rei como ele.

VERS. 7-8. A natureza em adoração. A congregação é:
1. Vasta. Mar, terra, rios, montes.
2. Variada. Diversa no caráter, palavra, aspecto, cada um do outro, constante e semelhante só nisso, todos sempre adoram Deus.
3. Feliz. Nisso como os adoradores no céu, e pela mesma razão - o pecado está ausente (E. G. G.).

VERS. 8. O canto das águas, e a aleluia dos montes.

VERS. 9. O juízo final como tema para gratidão.
VERS. 9. Diante do Senhor. Onde nós estamos, onde nossa alegria deve estar, onde todos devemos sentir que todas as nossas ações estão - "diante do Senhor". Pergunte - O que somos nós diante do Senhor? O que nós seremos quando ele vier?

SALMO 99


Este salmo pode ser chamado de O SANTÍSSIMO, ou seja, O SALMO SANTO, SANTO, SANTO, pois a palavra "santo" é a conclusão e o refrão de suas três divisões principais. Seu assunto é a santidade do governo divino, a santidade do reinado do Mediador. Parece-nos declarar a santidade do próprio Jeová em Sl 99.1-3; menciona a eqüidade do rei que o Senhor nomeou, como ilustração do amor de santidade do Senhor; ou mais provavelmente descreve o próprio Senhor como sendo o rei, em Sl 99.4-5, e então apresenta o caráter severamente justo dos tratos de Deus com aquelas pessoas favorecidas que em tempos anteriores ele havia escolhido para se aproximarem dele em favor do povo, Sl 99.6-9. É um hino que bem serve aos santos que habitam em Sião, a cidade santa, e especialmente digno de ser cantado reverentemente por todos que, como Davi o rei, Moisés o portador da lei, Aarão o sacerdote, ou Samuel o vidente, têm a honra de liderar a igreja de Deus, e implorar por ela junto ao Senhor dela.

DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. A doutrina da soberania divina enunciada.
2. A apreensão da soberania divina exigida. Deve ser apreendida, compreendida espiritualmente. Deus quer ser Rei no coração dos homens. Todos os mortais devem tremer ante o Imortal, especialmente os ímpios.
3. Os acessórios da soberania divina descritos. A soberania nunca abandona o propiciatório. Anjos são representados sobre o propicia-tório, os ministros da soberania.
4. O efeito da soberania divina descritos. Os homens devem ser "levados" a temer e obedecer ao Rei diante de quem os anjos se curvam. Os homens devem ser levados a buscar a misericórdia que os anjos estudam (William Durban).
VERS. 1. Ele se senta entre os querubins.
1. Afirmação feita; onde Deus habita, sobre o propiciatório, seu trono. Para ouvir oração e confissão e para conceder salvação.
2. Efeito produzido - "A terra desperta"; à admiração, à oração, à contrição com lamento, para se aproximar (E. G. Gange).

VERS. 2.
1. Deus é grande em Sião em si mesmo, todas as suas perfeições estão aqui, o que não pode ser dito da criação, nem da lei, nem do céu de anjos.
2. Grande em suas obras de salvar pecadores, o que ele não pode fazer em outra parte.
3. Grande em sua glória como demonstrada na redenção através de seu Filho.
4. Grande em seu amor para com seus redimidos (G. R.).
VERS. 2. Grande é o Senhor em Sião.
1. Na condescendência que ele mostra - Sião é sua "habitação", seu "descanso".
2. Na glória que ele manifesta - poder e glória estão no santuário, Sl 68.2.
3. Na assembléia que ele atrai. "Cada um em Sião se apresenta" diante de Deus". Sl 84.7.
4. Nas bênçãos que ele dá.
5. Na autoridade que ele exerce (W. Jackson).

VERS. 3. Os terrores do Senhor, ligados à santidade, e dignos de louvor.

VERS. 4.
1. Trace o processo do funcionamento dos princípios certos através de três estágios - amor, estabelecimento, execução.
2. Ilustre pelo caráter e ação de Deus.
3. Aplique isso à vida nacional e à diária (C. D.).

VERS. 5. Exaltem o Senhor, seu Deus.
1. Por quê? Por aquilo que ele é para você. Por aquilo que ele já fez por você. Por aquilo que ele lhe contou.
2. Como? Em seu afeto. Em sua meditação. Em sua súplica. Em sua conversação. Em sua profissão. Em sua consagração. Em sua cooperação. Em sua expectativa (W. J.).
VERS. 5.
1. O entusiasmo leal do culto; isso exalta o Senhor.
2. A humilde modéstia da adoração, não aspirando à exaltação, se ajoelha ao escabelo.
3. A boa razão para cultuá-lo. - "Ele é santo" (C. D.).

VERS. 6-7.
1. A oração ofertada. Moisés o profeta. Aarão o sacerdote. Samuel o governador, "Eles clamavam".
2. A oração respondida. "Ele lhes respondia", "falava-lhes".
3. A oração vindicada. Eles guardavam os outros testemunhos (G. R.).

VERS. 7 (primeira cláusula). A revelação da nuvem ou o que Deus prenunciava a Israel na coluna da nuvem.
1. Que Deus estava disposto a se comunicar com o homem.
2. Que o homem pecador não podia ver Deus e viver.
3. Que Deus se tornasse encarnado, tendo o véu da carne como dentro da nuvem.
4. Que ele deveria ser sua proteção, seu protetor e guia.
5. Que Deus manifesto em carne os conduziria à Terra Prometida - que é o Céu (C. D.).

VERS. 8. Misericórdia e justiça, ou o mar de vidro misturado com fogo (C. D.)
VERS. 8. Observe:
1. Que a vingança de Deus por pecado não evita que ele perdoe o pecado;
2. Que Deus perdoar o pecado não evita de ele se vingar pelo pecado (Stephen Bridge).

VERS. 9. O Senhor, o nosso Deus. Um dulcíssimo tópico será encontrado na consideração das questões: "De que maneira é Deus nosso? e em que relações está ele com seu povo?"

SALMO 100

TÍTULO
Um salmo de louvor, ou melhor, de ação de graças. Este é o único salmo que leva precisamente esta inscrição. É todo chamejante de adoração agradecida, e por este motivo tem sido um grande favorito do povo de Deus desde que foi escrito. Vamos cantar o salmo 100, "the Old Hundredth", em hino ou cântico, foi uma das expressões ouvidas sempre na igreja cristã, e será assim (cantado ou lido) enquanto existirem homens leais ao Grande Rei. Nada mais sublime pode haver deste lado do céu do que o cantar deste nobre salmo por uma congregação vasta. A paráfrase que Watts fez, que começa "Before Jehovah's awful throne" (Ante o trono tremendo de Jeová) 3, e o escocês "All people that on earth do dwell" (Vós - que este mundo povoais)4 são ambas versões nobres, e até Tare e Brady se erguem além de si mesmos quando cantam: "Num só acordo, que toda a terra/erga a Deus alegres vozes". Neste salmo cantamos com júbilo o poder criador e a bondade do Senhor, assim como antes com tremor adoramos sua santidade.

DICAS PARA O PREGADOR
O salmo todo. Este é um cacho de uvas do vale de Escol. É um gosto daquilo que ainda é a terra prometida. A igreja judaica chegou a sua perfeição no reinado de Salomão, mas um maior do que Salomão está aqui. A perfeição da igreja do Novo Testamento é aqui antecipada. Este salmo ensina:
1. Que haverá um estado de júbilo do mundo todo (Sl 100.1).
(a) A quem é dirigida a mensagem - a "todos os habitantes da terra", a todos que há naquelas terras.
(b) O tema da mensagem - "Aclamem o Senhor" ("Cantem alegre-mente" - Bíblia Viva). Que barulho triste já fez!
(c) Por quem é dada a mensagem? Por aquele que assegura o que ele ordena.
2. Que este estado alegre do mundo inteiro surja do prazer no Ser Divino (Sl 100.2).
(a) Os homens há muito já tentaram ser felizes sem Deus.
(b) Eles descobrirão por fim que sua felicidade está em Deus. A conversão de um indivíduo nesse respeito é um modelo da conversão do mundo.
3. Que este prazer em Deus surja de um novo relacionamento com ele (Sl 100.3).
(a) De conhecimento da nossa parte: ele será conhecido como o Deus Triuno, como um Deus da aliança, como o Deus da salvação - como Deus.
(b) De reivindicação por direito dele.
(1) por direito de criação - "Ele nos fez".
(2) por luz da redenção - "Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus" (1Pe 2.10); "Volte para mim, pois eu o resgatei" (Is 44.22b).
(3) por direito de preservação - "Somos o rebanho".
4. Que este novo relacionamento com Deus nos faça estimar os rituais de sua casa (Sl 100.4).
(a) Do que o culto consistirá - "ações de graça" e louvor.
(b) A quem será apresentado. Entrem pelas portas dele - em seus átrios - dêem graças a ele - bendizei-o - bendizei o nome dele. Que esse culto seja perpétuo; comece na terra e continue no céu. Este fato é bem fundamentado.
5. Que este culto será perpétuo; começado na terra, continuado no céu. Este aspecto é fundamentado.
(a) Na bondade essencial dele. "Pois o Senhor é bom".
(b) Na misericórdia eterna. "Sua misericórdia".
(c) Na verdade imutável. "Sua verdade" (G. R.).

VERS. 2. Prestem culto ao SENHOR com alegria.
1. Pois ele é o melhor dos seres.
2. Pois seus mandamentos não são penosos.
3. Porque ele é seu Salvador, bem como Criador; seu amigo, bem como Senhor.
4. Os anjos, muito mais importantes do que você, não conhecem nenhuma razão para não servi-lo com alegria.
5. Em servi-lo você serve a si mesmo.
6. Você torna atraente a religião.
7. Você se prepara para o céu (George Bowen).
VERS. 2 (primeira cláusula). Um coração verdadeiro:
1. é humilde - presta serviço.
2. é piedoso - serve ao Senhor.
3. é ativo - serve, "preste culto ao Senhor".
4. em conseqüência, é alegre - "com alegria".
VERS. 2 (primeira cláusula) "Servi ao Senhor com alegria" (ARA). "Prestem culto ao Senhor" (NVI). Bom tema de Sermão, que tem sido usado: "Servindo ao Senhor com Alegria".

VERS. 3. Reconheçam que o SENHOR é Deus. Para que você possa ser sincero no meio de superstição, esperançoso em contrição, persistente em súplica, não fatigado no empenho, calmo em aflição, firme em tentação, ousado em perseguição, e feliz mesmo em desapontamentos (W. J.).
VERS. 3. Somos o seu povo. Nascemos duas vezes, como todo o seu povo. Amamos a sociedade de seu povo. Estamos olhando para Jesus como seu povo está. Somos separados do mundo como seu povo. Experimentamos as dificuldades de seu povo. Preferimos o serviço do seu povo. Gozamos os privilégios de seu povo (W. J.).

VERS. 4. Uma Fala de Gratidão que é devida a Deus por seus benefícios e bênçãos.
VERS. 4.
1. Os privilégios de acesso.
2. A obrigação de mostrar gratidão.
3. As razões de apreciarmos as duas coisas.


VERS. 5.
1. A fonte inexaurível - a bondade de Deus.
2. A correnteza eterna que não pára de fluir - a misericórdia de Deus.
3. Os oceanos insondáveis - a verdade de Deus. "Ó, as profundezas!" (W. Durban).


Salmos 1 a 50 - Salmos 51 a 100 - Salmos 101 a 150