Sl.37:5 “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.” Este texto bíblico pode ser entendido da seguinte forma: “Entra pela porta estreita do arrependimento, exerça a fé salvadora que vai receber do Senhor, e tenha certeza que Ele produzirá conseqüências surpreendentes no seu viver.” A única soias que nos compete nisto tudo é o “entrega teu caminho”, o resto seria impossível a nó, somente o nosso Deus poderia realizar. Aqui, neste capítulo, vamos tratar do que consideramos os principais resultados da ação da fé nas nossas vidas. Lembrando que passamos a existir, mesmo que nem percebamos, ou saibamos explicar.
Já conversamos sobre o fato da fé ser como uma semente suficiente para nos fazer grandes árvores frutíferas para toda a vida. Um milagre genético. Especialistas têm visto o versículo 3 de 2Pedro 2, como esta realidade da fé: “o seu divino poder já nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade”, isto é, tudo necessário para nossa vida neste mundo e depois dele, já tem sido dado a nós através da fé. A mesma coisa em João 1:12 “todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus; “ este poder veio por meio desta fé salvadora que estamos conversando.
São muitas as conseqüências diretas e indiretas que este dom divino pode e tem produzido em todos os seus alcançados. Nós vamos conversar sobre algumas que consideramos inesquecíveis, aquelas que acreditamos fazerem uma grande diferença no nosso raciocínio, na nossa lógica, ao tratarmos de tudo referente à Teologia. Muito dos erros doutrinários que se tem surgido por aí, vem do fato de não se ter estas conseqüências, e não se conhecer tais conseqüências. Em si mesmas, são milagres que a fé salvadora produz no salvo, naqueles que atravessaram a porta estreita do arrependimento, e são também, milagres, ao produzir mudanças radicais no comportamento dos salvos, só pelo fato de saberem que isto acontece.
A Presença do Espírito Santo. Atos 2:38 “Arrependei-vos, e sejam batizados em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” 1João 2:27 “Quanto a vós, a unção que dele recebestes ficam em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como vos ensinou ela, assim nele permanecei.” Ele nos é dado após o arrependimento, e sem dúvida, é Ele que opera tudo mais das conseqüências que mencionamos aqui como provenientes da fé. Já vimos anteriormente, quando falávamos sobre “Antes da Fundação do Mundo”, que esta santa presença em nós, é marca de propriedade do Senhor, e prova de nossa salvação eterna.
Recentemente ouvi algo de pastores, que me incomodou. Desafiando este texto de 1João 2:27, alguns, para justificarem a salvação de gente que acredita em “salvação pelos méritos”, afirmara que é possível um salvo, um eleito, um escrito no Livro da Vida, permanecer crente nisto. Um me disse que acreditar que a salvação é só pela fé, ou acreditar que é pelo merecer, não faz diferença, a pessoa é salva de qualquer forma. Quem mim disse isto, era um calvinista, pelo menos se diz assim. Para ele, o Deus capaz de dá arrependimento, de converter o interior de um indivíduo, não é capaz de, como afirma a referencia bíblia já mencionada, levar um crente a mudar isto. Concordo que há temas que tanto fazem, não fazem diferença se crer de um jeito ou outro, e entre eles incluo batismo por imersão, amilenismo, virgindade de Maria, paraíso na terra, e outros; mas afirmar que é a mesma coisa com relação a “salvação pela fé”, aí é perder a noção do Evangelho. Era um concílio ara examinar um seminarista, e nesta oportunidade vi uma exagerada preocupação para saber se ele permitiria um evangélico batizado por aspersão, tomar Ceia, enquanto aceitaram a afirmativa daquele rapaz, de que acreditava que um salvo poderia permanecer em qualquer igreja herética, qualquer igreja que crer em perda do céu. Paulo fala aos romanos, e a estes desafiadores da capacidade do Espírito, o seguinte: “Se é pela graça, já não e pelos merecimentos; de outra maneira a graça já não é graça.” Romanos 11:6.
Esta presença do Espírito Santo, não nos torna robôs. Ela é parte de uma composição inexplicável entre respeito à nossa personalidade mudada por ele mesmo, veremos, e a ação dEle nos mudando. É a combinação do que seremos, mesmo que não quiséssemos, e do que seremos pelo fato de querermos de verdade. Ele nos faz diferentes, não por uma ação imposta de Sua parte, mas por que nos leva a ser pela nossa própria vontade. Isto explica porque num momento a Bíblia nos avisa que Deus é quem opera “tanto o querer, como o efetuar” em todos nós, e no versículo seguinte nos dá orientações como se tudo dependesse de nós (Filipenses 2:13-14). Na verdade sabemos, por nós mesmos nada aconteceria para que chegarmos ao Senhor, muito menos para obedecer-lhe. Mas podemos afirmar que nosso caminhar cristão depende de nós, porém o Espírito Santo não nos deixa em apuros, Ele nos guia de tal forma e sabedoria, que nós, míseros mortais, nunca deixaremos de trilhar a caminhada que nos está proposta – Romanos 8:14. É isto que se delineia em Efésios 2:10.
Mudança Interior. Uma segunda característica que se nos apresenta após a travessia da porta estreita, o arrependimento, é a mudança de nossa natureza. É o que podemos chamar de conversão. Aqui acontece semelhante àquela mudança ocorrida há anos atrás, no Brasil, onde muitos converteram seus carros a gasolina, em carros a álcool. 2Coríntios 5:17 “Quando alguém está em Cristo nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
Tudo que somos, tudo que fazemos, tudo que temos, tudo que pensamos, tudo depende de nossa natureza interior. Ela nos dá prazer ou nos dá náuseas quanto a uma coisa ou outra. Ela nos faz sentir bem ou mal nesse ou naquele lugar, fazendo isto ou aqui, com esta ou aquela pessoa, conversando sobre este ou aquele assunto. A Bíblia diz que nossa natureza interior é mudada depois da porta estreita. Passamos a ser novas criaturas, porque uma nova natureza é recriada dentro de nossa alma.
Depois que esta mudança é operada dentro de nós, em nós próprios, pelo Espírito Santo de Deus, muito daquilo que não tinham nenhum interesse para nossa vida, torna-se interessante, até mesmo alvo de profunda dependência. Ao contrário, muito daquilo que nos era inseparável, torna-se angustiante, decepcionador, envergonhados, verdadeiras aberrações. Isto quer dizer que o crente não precisa fugir do pecado, simplesmente ele terá nojo do pecado.
Um rapaz me contou o que aconteceu com ele, depois que passou pela porta estreita. Disse-me ele, que na semana que se seguiu, muitas dúvidas vieram, e no Domingo seguinte, não querendo deixar as festas e amizades, voltou ao clube dançante da cidade. A princípio conseguiu passar bem, mas o tempo passava e algo o incomodava. Aos poucos foi ficando recantiado, até que, não agüentando mais a pressão interior que vivia ali, saiu sem direção até que viu-se indo para a igreja. Esse mesmo rapaz, alguns meses depois, se envolveu sexualmente com uma vizinha, e chegou no meu gabinete totalmente incomodado. Ele tinha feito muito isto, antes da conversão, a agora não era mais a mesma coisa. Estava profundamente arrependido, algo dento dele dava nojo pelo que fizera. Era uma nova criatura de verdade.
Temos utilizado, muito, as figuras do porco e do gato, para ilustrar esta situação espiritual. Contaminados pelo vírus do pecado, nos tornamos “porcos”. Nossa natureza nos faz ter prazer na imundícia. Como um porquinho de estimação, por mais que sejamos bem cuidados, banhados, perfumados, e de lacinhos, por mais domesticados que estejamos, continuaremos com a natureza de porco. E na primeira oportunidade que vencermos nossos bons sensos sociais, nos jogaremos na lama e nos afundaremos cada vez mais nela. Não adiantará bons sermões, proibições aleatórias, chantagens de perda e salvação, ou o que seja, enquanto a velha natureza ainda estiver viva. Porém, tirada a natureza de porco , e colocada a natureza de gato, as coisas mudam. Não precisara ninguém orientar sobre os malefícios da lama, não precisará portas fechadas, fugir de onde haja esgoto, nem de placas avisando que é proibido entrar na lama. Desde pequeno, por causas de sua natureza, o gatinho sabe que não dá certo com a sujeira da lama pecaminosa. Toda vez que ele cair, pulará longe daquilo. Mesmo que o forcemos a ficar envolvido na lama, ele fará de tudo para sair dali, e logo que conseguir, limpará seu pêlo daquela sujeira. Assim é depois que passamos pela porta estreita do arrependimento. Deus nos dá uma nova natureza, nos fará “gatos” espirituais.
Uma pergunta muito comum, principalmente de pessoas convertidas, pessoas que já estão vivendo nova vida, vida depois da porta do arrependimento, é: “por que eu ainda gosto muito de determinadas práticas de pecado?” Sendo alguém que já passou pela porta estreita, alguém que já está sendo dirigida pelo Espírito Santo, alguém que já tem uma nova natureza, tentamos mostrar a estas pessoas a beleza de duas situações: A primeira é que isto é natural, e que ela deve estar descansando em tudo que a Bíblia informa quanto ao que está sendo processado dentro dela, a naturalidade está no fato de que aquilo é que comprova o livre arbítrio no homem, é o que Paula chama de “carne milita contra o Espírito”, Gálatas 5:17. A segunda situação é que o que se pode explicar pelo relacionamento entre namorados, entre casados, entre o que a Bíblia chama de “noivos”; somos a noiva de Jesus Cristo, como igreja pessoal, como igreja coletiva, e isto se assemelha muito ao que se processa neste relacionamento de auto-ajuste entre um homem e suma mulher; como namorados, um cede, abre mão de muita coisa para agradar e ajustar-se com o outro quando noivos, mais ainda; quando casados, mais ainda, e tudo isto acompanhado de muito prazer em abrir mão dessas coisas, pois, por mais que algumas destas coisas sejam importante sejam agradáveis, o outro é muito melhor. Isto quer dizer que algumas coisas na vida da gente, podem até nos parecer atraentes, agradáveis, mas dentro do nosso coração, não temos prazer nelas, pois o nosso desejo, mesmo inconsciente, de agradar ao Senhor é tão grande e formidável, que não conseguiríamos continuar nelas mesmo que não tivéssemos aquele arrependimento permanente, de 1João 3:9.
Uma vez, vi um Pastor escondido atrás de uma porta fechada, olhando por um buraco, o que uma sua ovelha faria, já que havia suspeita de estar namorando um homem casado. Achei aquilo ridículo para um homem fazer. Hoje sou Pastor, não tenho tempo para estes comportamentos. Sei que minhas ovelhas convertidas, sempre serão novas criaturas, haja o que houver, custe o que custar. Sei que aquelas que não forem novas criaturas, mais cedo ou mais tarde, se não se converterem antes, vão cair na lama do pecado, é só uma questão de tempo.
Arrependimento Permanente. 1João 3:9 “Quem é nascido de Deus não permanece no pecado; porque o Espírito Santo de Deus permanece nele, e não consegue continuar no pecado, porque é nascido de Deus.” Conversamos sobre este versículo em “Minhas Confianças”. Alguns aspectos interessante deve ser considerados neste texto...
Não permanecer em pecado tem o sentido de não continuar na trilha da concretização do pecado. Um grande evangelista, homem do Senhor disse uma coisa interessante: “você não pode impedir um pássaro de voar sobre sua cabeça, mas pode impedir que faça um ninho”. Você não pode intervir no aparecimento de maus pensamentos na sua mente, eles virão sempre, é fruto de nossa inclinação para o pecado, é fruto do vírus do pecado que nos contagiou. Mas no momento que alimentamos tais pensamentos, que os guardamos como preciosos, que passamos a arquitetar planos para fazê-los reais, aí estaremos a iniciar no permanecer no pecado. A partir daí estaremos pecando. Este permanecer pode se tratar do nível de envolvimento que tenhamos com um pensamento mau, ou o tempo que passamos na prática do pecado em si. Na verdade não importa, o que seja, pois quem é nova criatura, quem já está sob a direção do Espírito Santo de Deus, nunca irá permanecer no pecado.
“O Espírito Santo de Deus permanece nele”. Isto já conversamos anteriormente. Mas para este versículo, aqui está a causa motora para que um salvo não permaneça no pecado. Quem é nascido de Deus, em Jesus Cristo, não permanece em pecado, não porque tem uma igreja exigente, ou porque fica se autopoliciando, ou porque tem medo de perder a salvação , ou outro motivo qualquer. O salvo, o escolhido que tem seu nome no “Livro da Vida” nunca permanece no pecado, simplesmente porque o Espírito Santo de Deus permanece nele.
“Não consegue permanecer no pecado”. Mesmo que quisesse, mesmo que se esforçasse para continuar no pecado, não conseguiria. Depois de atravessar a porta estreita, a pessoa recebe este “arrependimento permanente,”, e isto faz uma grande diferença.
Frutos e Dons do Espírito Santo. Há uma grande diferença entre frutos, dons e talentos. Muita gente confunde um com o outro. Conhecer tais diferenças nos fará mais apaixonadas ainda, com tudo isto que Deus providencia para nós, depois que deixamos a multidão enganada, e nos envolvemos nos seus planos eternos de salvação.
Talento é a capacidade nata ou adquirida que alguém tem para fazer alguma coisa. Pode ser até uma inclinação de infância. O que muitos chamam de “dom da música”, na verdade é um talento que uma pessoa tem para aprender com facilidade a tocar um instrumento, ou mesmo para cantar ou compor. Portanto, talento é uma capacitação permanente que tem para desempenhar algo. Isto, salvos e não salvos tem. Todo mundo nasce com talentos.
Dons espirituais são capacitações que as pessoas não têm, para alguma coisa , e que o Espírito Santo dá, normalmente para algumas circunstâncias em particular. Com certeza, muitos outros dons se realizam na vida de um salvo, durante seu caminhar na vida cristã, na sua utilidade para com a vida de outros crentes, da igreja de Jesus Cristo, e que não são mencionadas no texto bíblico. A Bíblia fala de três tipos de dons (1)Efésios 4: 11-12 “Deus deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;” estes são dons de “unção”, de chamada específica para um ministério na Igreja do Senhor, são mais permanentes na vida de uma pessoa; (2)Romanos 12:6-8 “Pelos dons que nos foram dados pela Graça, profecia, seja segundo a medida da fé; ministério, seja em ministrar; ensino, haja dedicação; exortar, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria”, estes são dons de liderança na Igreja, são menos permanentes que os anteriores; (3)1Coríntios 12:28 “E pôs Deus na igreja, ... operadores de milagres, dons de curar, socorros, variedades de línguas” estes são dons de serviços momentâneos, atendidos pelos critérios mencionados por Paulo neste mesmo capítulo: para edificação da Igreja, não do indivíduo – v7; um dos para cada pessoa, não um para muitos – v8-10; quando o Espírito entende que deve usar, não para atender ansiedade de pessoas – v11; todos os dons com a mesma importância, não um mais que outro – v12-27.
Neste momento, lembro-me de uma pergunta muito freqüente, que se refere a “dom de línguas”. Poderíamos trazer informações sobre dois tipos mencionados na Bíblia, o que aconteceu em Pentecostes, línguas estrangeiras – Atos 2, e a que aconteceu em Corinto, a estranha – 1Coríntios 14. Uma edificou uma igreja espiritual, a outra dividia uma igreja carnal em grupos ditos mais espirituais. Mas criticando o que acontecia em Corinto, neste capítulo 14, Paulo menciona dois versículos que são suficiente para quem quer saber definitivamente a verdade, os versos 21 e 22: “Está no Antigo Testamento: por homens de línguas estrangeiras falarei a este povo; e nem assim me ouvirão, diz o Senhor, de modo que o dom de línguas são sinal não para os crentes, mas para os incrédulos estrangeiros; a pregação, porém, não é sinal para os incrédulos estrangeiros, mas também para os crentes.” Quer dizer: O verdadeiro “.
Fruto do Espírito Santo a Bíblia menciona como sendo o resultado da presença divina em nossa alma. Para escrever sobre isto, o apóstolo Paulo apresenta as obras da carne e os frutos do Espírito, propriamente ditos. As obras da carne são o oposto. Assim o contrário de “obras da carne”, também são frutos do Espírito Santo na vida do salvo. Então podemos relatar todos os frutos da seguinte forma: (1)tudo ao contrário de: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas: (2)e tudo que seja: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.
Ardor pelo Reino de Deus. Outra conseqüência da semente da fé na nossa vida, depois que a recebemos, é o anseio crescente de buscar o Reino de Deus acima de tudo e todos, no intuito de agradá-lo. Mateus 6:33 “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Em outras palavras, seguindo pelo “Sermão do Monte”, Jesus está falando que uma das características do cidadão do Reino, aquele que vai herdar a vida eterna no céu, é também: o desejo de buscar o Reino e seus interesses, acima de tudo.
Marcos 10:29-30 “Disse Jesus: Não há ninguém que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba muito mais, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos , e campos, com perseguições: e no mundo vindouro a vida eterna.” Isto só é possível acontecer na vide de alguém que esteja sendo trabalhado pela fé, a semente divina. Neste caso, Cristo já menciona os benefícios que esta situação faz acontecer na vida deste salvo, tanto aqui neste mundo, quanto no mundo vindouro. Momos levados pela fé a ter ardor pelo Reino do Senhor, mas colheremos grandes galardões por isto.
Falar a outros sobre Jesus Cristo. Isto é instintivo. Toda vez que sabemos de algo que nos faz muito feliz e completo, gostaríamos de não só avisar a outros, mas de achar um meio de muitos participarem da mesma festa. Foi desta maneira que aqueles leprosos se comportaram para com o povo de Israel em 2Reis 7:9. “Disseram uns aos outros: Não fazemos bem em nos calar; este dia é dia de boas novas. Se esperarmos até a luz da manhã, algum castigo nos sobrevirá; vamos, pois, agora e o anunciemos à casa do rei.” Torna-se uma característica da fé na vida do salvo, do eleito, de todos os inscritos no livro da vida, usar este espírito instintivo para não se calar quanto ao que o Senhor Deus tem feito na sua vida e alma.
Mateus 28: 19-20 “Ao irem pelo mundo, fazei discípulos judeus ou não, batizando-os como igreja que sois, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observarem todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” Este texto, na verdade não é uma ordem, é a regulamentação de algo que naturalmente iria acontecer, mesmo que fosse de qualquer jeito. Seria o seguinte: Já que vocês irão pregar o Evangelho, ajam da seguinte forma: (1)levem muitos a serem discípulos, meus seguidores; (2)batizem-nos; (3)doutrine-os; (4)estarei todo o tempo com vocês. Percebam que o plano de Jesus é que uma pessoa só deve ser batizada, depois que ela se torna um seguidor dEle, fazer isto antes, é fora de qualquer propósito divino.
Outras Conseqüências. Romanos 8:29-30 “Os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e aos que predestinou, a estes também chamou; depois justificou; depois glorificou.” A Bíblia nos dá a linha de ação de Deus. (1)Antes da fundação do mundo, Ele nos conheceu, e vendo que espontaneamente iríamos querer o arrependimento, nos incluiu no “Livro da Vida”; (2)Por amor e Justiça, chamou a todos, quando já vivos, existentes, mas submetem os eleitos no “Livro da Vida” atenderam a chamada – Mateus 22:14; (3)Passou a nos fazer “conformes à imagem de seu Filho”, dando os passos seguintes em relação a nós; (4)Nos justificando, ou seja, nos fazendo isentos da condenação eterna, principalmente através de duas atitudes: pagando e apagando nossa dívida espiritual em Cristo na cruz, e nos declarando santos, separados e puros pela sangue de Jesus; (5)Nos glorificando, nos fazendo participantes do estado de “Vida Eterna”, a partir deste mundo – é nesta etapa que se opera o crescimento espiritual, o qual pode ser chamado de santificação espiritual.
A combinação de dons como a fé salvadora, e o Espírito Santo, conduz o crente à santificação, em duas mãos. Uma é a ação independente do Espírito de Deus, nos guiando pelas trilhas de Deus – Romanos 8:14, 1João 2:27. A outra mão é a nossa parte neste crescimento, impulsionados pela fé salvadora. Santificação é maturidade espiritual, não confundir com aperfeiçoamento individual. É o maior fluir dos frutos do Espírito Santo, e ao mesmo tempo, é uma melhor visão do nada que a pessoa se descobre. Isto facilita seu próprio esvaziamento, e conseqüentemente a ação melhor do Espírito de Deus; é como se a máquina continuasse a mesma, de última geração, porém cheia de defeitos contraídos pela contaminação do vírus do pecado, mas o conhecê-la melhor, reconhecer tais defeitos, facilita o dirigi-la e sua utilidade cotidiana. Assim, quanto mais um salvo está santificado, mais maduro espiritualmente ele estará, menos confiante na sua dignidade, nos seus merecimentos. Quanto mais crescido ele estiver, menos arrogante, menos exigente, mais refletor dos frutos do Espírito Santo.
Certeza de Vida Eterna. Muito provavelmente, aqui está a principal conseqüência da fé na vida de um salvo. Percebemos aqui uma grande importância, o que dá resultados no presente, no futuro e no porvir. É certo que conversaremos largamente sobre este assunto, no próximo capítulo, mas para agora, temos que nos referir a uma visão mais geral.
Hebreus 11:1 nos afirma que “fé” é certeza absoluta de vida eterna neste mundo e depois deste mundo. Esta certeza não é só uma conseqüência desta semente divina, mas ela essencialmente. Quem não tem esta certeza absoluta, demonstra claramente que não tem esta fé salvadora. Ao contrário , cremos que, todas as outras conseqüências podem até faltar, ou podem até não serem percebidas pelo salvo, mas esta convicção de já estar glorificado pelo Senhor Jesus, isto é impossível ter-se dúvidas, Este é o ponto alto da fé, isto é a própria fé. Eis aqui o porque “poucos”, “pouquíssimos”, são os que passam pela “porta estreita”.