Na verdade a fé é uma sementezinha poderosa. Jesus ilustrou o Reino de Deus como a semente de mostarda – Mateus 13:31. Ele queria afirmar a ação de Deus através de uma coisa mínima que é plantada no coração do homem, capaz de grandes efeitos neste mesmo homem. É claro que Deus sabe disto muito bem. A semente em si, por pequena que seja, trás um código de informações, capaz de surpreender o mais incrédulo dos homens. Aquela coisa pequena tem tudo necessário para determinar minúcias que antecedem a caída de uma folha.
Da mesma sorte, é a célula, e mais ainda, os cromossomos dela. Códigos microscópicos, que acompanharão toda uma vida, determinando heranças, desde as mais insignificantes, até aquelas que venham mudar rumos da vida de uma pessoa. O Deus que fez a semente, e que fez a beleza de uma célula e seus componentes, é o Deus que produz a fé, e que de uma maneira miraculosa, planta esta fé no coração dos seus eleitos.
João 1:12, a Bíblia afirma que “toda pessoa que recebe a Jesus em sua vida, recebe, com isto, todo poder necessário para se tornar e ser reconhecido como filho de Deus”. Esse poder, entendo, é constituído de duas dádivas divinas: a fé e o Espírito Santos. Estes dois dons juntos, são o poder de Deus capaz de nos fazer, por grande milagre, “filhos”, por adoção, de Deus. Os dois têm papel fundamental e unilateral em tudo isto.
Antes de falarmos nesta fé miraculosa de Deus, que nos é dada gratuitamente, precisamos falar de alguns tipos de fé, não vindas dEle, mas frutos do coração do homem, e que na grande maioria das vezes, são confundidos com a fé real, salvadora, transformadora, o grande jeito de Deus nos fazer novas criaturas. Com certeza, estes tipos têm carregado multidões inteiras aos enganos mais variados e contraditórios ao Senhor.
É importante, neste momento, dar a característica primária dos jeitos humanos de adesempenhar a fé: o usa-la como instrumento de imposição e exploração ao Senhor Deus. Por dizer, e mesmo crer que se tem ”fé”, muitíssima gente tem tentado chantagear, buscando obriga-Lo a fazer o que cada coração quer. Alguns dizem: “Deus vai honrar minha fé”, “Ele vai me atender”, “Ele não falha, sabe de minha fé...”, e a partir disto entendem que podem exigir alguma coisa do Senhor. Para estas pessoas, a fé não é instrumento de descansar em Deus, nos seus propósitos, mas de obrgá-Lo a obedecer seus intentos.
Um fator determinante que muito contribui para que estes tipos sejam tratados como provadamente fé, é a capacidade que têm em produzir efeitos alucinógenos nos seus confiados. Travestisismos, boa conduta, busca maior à Bíblia e oração, cultos emocionais, alegria e confiança, são alguns dos principais efeitos produzidos por estes jeitos humanos de imitar a fé doada por Deus aos seus eleitos.
Travestisismos. Um homem querendo ser mulher, passa a se comportar como mulher. Por não ser o que pretende, passa a exageros que sem dificuldades mostram a qualquer um, que se trata de um travesti. Assim é um grande número de religiosos. Por não terem a fé de Deus, mas querendo ser como aqueles que a tem, passa, muito bem intencionados, a imitar o comportamento daqueles. Mas eles não são como aqueles. Assim, exageram, notadamente. Se os salvos lêem moderadamente a Bíblia, eles lêem muito mais. Se, oram adequadamente, eles oram muita maias. Tudo é muito amais. É compreensível, eles não são o que pretendem ser.
A Fé de Todo Mundo. Tiago 2:19 “Crês tu em Deus? Fazes bem; os demônios também o crêem e estremecem.”. O fato de se crer que Deus existe, ou que Jesus é Deus e veio ao mundo, ou que a Bíblia é a Palavra do Senhor, ou mesmo que existe o Céu e o Inferno, ou coisas semelhantes a estas, não dizem nada, não salva ninguém. Se salvasse, o diabo e seus anjos iriam para o céu, morar eternamente. Quem crê assim, na verdade, o texto bíblico está dizendo que não faz mais do que a obrigação, pois até o diabo faz muito mais que isto, pois ele crê e estremece, teme reconhece visceralmente a existência do Senhor Deus.
A Fé Milagreira. Mateus 7:21-23 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Será salvo, mas aquele que obedece ao Evangelho, que é a vontade de meu Pai, nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, profetizamos em teu nome! E em teu nome expulsamos demônios! E em teu nome fizemos muitos milagres! Então lhe direi claramente: nunca vos conheci; apartai-vos eternamente de mim, vós que praticais a iniqüidade.” Estas muitas pessoas confiadas nesta fé milagreira, no dia de seu encontro com Jesus, vão argumentar sua salvação, no falto de terem usado bem este tipo de fé, no nome de Jesus; mas descobrirão que passaram muito tempo enganadas, não irão ao céu. Essa fé funciona, faz curas e milagres, ma não é a fé que Deus dá para chegarmos ao céu.
Por este tipo de fé, muitos charlatões tem aparecido em nome de Jesus (Mateus 24:5,24), e têm feito todo tipo de “feitiçaria evangélica”, como copo de água em cima de rádio para ser bebida depois de alguma oração, conta gotas de água “ungida” para se colocar em água ou comia, sal e açúcar “ungido”, sete cultos abençoados, corredor dos apóstolos, areia de Israel, água do Jordão, levar objetos para serem “benzidos”, e outra práticas de bruxaria, muito bem condenadas por Deus em Deuteronômio 18:10-12.
A Fé Religiosa. João 3:1-3 “Um fariseu, chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus, foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” Nicodemos, e o texto tenta passar esta idéia, era um homem ultra religioso, talvez muito mais religiosos que muitos cristãos juntos, era sincero consigo mesmo, e assumiu que não tinha nenhuma certeza de sua salvação, e por isto a sua pergunta. Pela resposta do Senhor, a pergunta dele era: “Senhor, o que devo fazer para herdar a vida eterna?” E pela preocupação do texto em apresentar o homem, a resposta de Cristo, era: Nicodemos, sua religiosidade não significa nada para Deus, e para chegar ao céu, basta você passar pelo porta estreita, passar pelo arrependimento, deixar a vida que leva e assumir a nova vida.”
Colossenses 2:20 “Se já morrestes com Cristo quanto às coisas do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêssemos no mundo tais como: não toques, não proves, não manuseies (as quais coisas todas hão de perecer pelo uso), segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Essas ordenanças, na verdade, têm alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, aparência de humildade fingida, e aparência de severidade para com o corpo, mas não têm valor espiritual algum no combate contra a satisfação da carne, a não ser só agrada-la.” Em outras palavras, Paulo está dizendo que a fé religiosa até produz severidade pseudo-espiritual, mas apenas promove gente orgulhosa do que faz, e que reputa como de agrade de Deus. E com certeza, a ”fé religiosa”, produz muito bem, este tipo de comportamento. Tanto os adeptos precisam e se orgulham de regras a serem seguidas para demonstrar a fé que dizem ter, quanto os líderes se realizam religiosamente em produzi-las, já que necessitam delas para manterem suas lideranças místicas sobres os adeptos.
A Fé da Moda. 2Timóteo 4:3-4 “Virá tempo em que muitos religiosos não suportarão a sã doutrina; mas, querendo agradar o desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas. “ Esta é a grande moda de nossos dias. Na mídia em geral, nos esportes, entre artistas e gente formadora de opinião, estão surgindo, a cada dia, mais “cristãos” querendo demonstrar experiências comprovadoras de real encontro com a fé verdadeira. Não se pode duvidar de muitas conversões genuínas entre eles, mas podemos ter certeza que a grande maioria é mentira, é engano ingênuo. Algum tempo atrás usavam a mesma mídia para defender o espiritismo, a reencarnação, quando isso era a moda do momento. Cada um deles apresenta características próprias e pessoais de viver sua vida cristã.
Estes tipos mencionados existem porque as pessoas acreditam ter fé. Algumas vezes que digo o conteúdo do Evangelho, quando afirmo a necessidade de fé para se chegar ao céu, as pessoas, como que imediatamente dizem se incluir neste pequeno número de salvos, elas acreditam ter fé. A minha preocupação seguinte é levá-las a verificar se o tipo de fé que dizem ter é “jeito humano” ou “jeito divino”.
Ao contrário do jeito humano, a fé divina, aquela plantada por Deus na vida e alma daqueles que atravessam a porta estreita, o arrependimento, não é fruto de esforço ou exercício pessoal. Miraculosamente ela passa a existir na pessoa. O processo para que isto aconteça, já estivemos conversando até aqui, cabe a nós neste momento conversar um pouco sobre ela mesma, considerando aquela palavra que já demos em compará-la com a semente, ou a célula.
Muitas vezes, ela existe dentro de alguém, e esta pessoa não sabe como explica-la, porém, não lhe tira a capacidade de vive-la ou mesmo senti-la em todos os seus efeitos. Estes efeitos conversaremos no próximo capítulo, “Conseqüências da Fé”. Por certo ficaremos mais apaixonados per esta pequena fagulha de Deus em nossa alma.
É um dom. É Deus quem dá. Pelo mesmo processo que nos dá hoje, sempre deu a todos os homens, inclusive antes da vinda de Jesus – Hebreus 11. Como “dom” que é, devemos crescer no nosso estudo, e fazer uma distinção interessante. Fé pode ser, em termos bem populares: a salvadora, a espiritual, a confiadora, a desafiadora, a psicossomática, a executora.
Antes de iniciarmos a conversar sobre tudo isto, é bom frisarmos que: 1)Mesmo aquelas pessoas descomprometidas com Cristo, aquelas que não passaram pela “porta estreita”, até mesmo aquela que nunca pensaram em deixar os passos condenáveis da grande multidão em direção ao abismo infernal, têm estes dons de Deus em seu ser, com exceção da fé “salvadora”; 2)Todos estes tipos de fé, podem ser muito bem exercidos por alguém sem Espírito Santo, e muitos tem feito isto exemplarmente, mas para que isto aconteça, necessitará de algum esforço de sua parte, enquanto, um salvo, alguém portador do dom “fé salvadora”, exercerá naturalmente, pela ajuda do Espírito Santo, e como jeito próprio de sua “nova natureza”, de uma maneira ou outra, com mais ou menos intensidade, todos estes tipos.
Fé Salvadora. João 3:16 “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele tenha fé, não pereça, mas tenha ávida eterna”. Este tipo é o único que é dado no momento que ultrapassamos a porta estreita. O arrependimento. Este é o tipo divino, essencial à salvação. Ela é que produz as conseqüências que veremos à frente. Sem este tipo de fé, é impossível agradar a Deus – Hebreus 11:6
Outro dia, ouvi uma afirmativa que achei interessante para uma melhor reflexão sobre o assunto. Baseado em 1João 2:2 – “Ele é a substituição divina para a condenação de nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” – um pregador disse que Deus planta fé em todos os corações, mas só brota, só vinga, no coração adubado pelo arrependimento, a passagem da “porta estreita”. Isto responde à indagação que se faz com freqüência: “Se Deus é bom, se ama toda humanidade, por que não dá a fé salvadora a todos os homens?” Na palavra daquele pregador, Deus dá fé, a semente maravilhosa, a todo terreno, mas o pecado, as atrações do mundo e o desinteresse de cada um, evita o desenvolvimento desta semente. Somente um coração penitente dá condições básicas para a fé brotar, fazer acontecer todo seu potencial salvador e transformador. Aliás, isto tem tudo a ver com a parábola “o Semeador”, contada por Jesus em Mateus 13.
Fé Espiritual. 1Coríntios 12:9 “Pelo Espírito Santo, é dada a fé”. Como qualquer outro dom, pode ser dado a um não comprometido com Jesus Cristo, basta que o Espírito Santo entenda usa-la para benefício da igreja – 1Coríntios 12:7, 11. Como os demais dons mencionados em 1Coríntios 12, ele é momentâneo, não é permanente, é usado somente no momento que o Senhor entende ser apropriado nesta ou outra pessoa. Este tipo pode levar alguém a atitudes inesperadas, e a palavras imperativas. Com certeza foi isto que levou Elias a comportamentos ousados como desafiar profetas de Baal, e parar chuva – Tiago 5:17-18. Ele sabia que não podia contar com esta fé a todo momento, e por isto foi, assustado, esconder-se de Jezabel – 1Reis 19:3.
Fé Confiadora. Mateus 6:30 “Tenha fé, pois Deus veste bem a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, muito mais fará isto convosco”. Esta fé leva uma pessoa a descansar no amor e proteção de Deus. Pode ser encontrada, tranquilamente, em todos os religiosos, de qualquer religião. Ela é latente a todo ser humano, e provocada por qualquer manifestação religiosa que surja no coração das pessoas.
Mateus 8:26 “Jesus disse” Não temam, tenham fé. Então, repreendeu os ventos e o mar, e houve grande bonança”. Jesus não está mandando que eles exerçam a fé “executora”, mas que tenham a “confiadora”, e que não se preocupassem, pois Ele não falharia nunca.
Romanos 8:28 “Cremos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são seus eleitos”. Este texto, como outros na Bíblia, está baseando-se na fé “confiadora”. Devemos descansar na certeza de que o Senhor, naturalmente, saberá fazer com que todas as cosias venham acontecer para o nosso bem espiritual e existencial.
Fé Desafiadora. Filipenses 4:13 “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. O contexto diz, “Posso enfrentar todas as coisas, naquele que me fortalece”. Isto tem a ver com o “Querer é Poder”. Este tipo de fé é latente em todo ser humano. Deus capacitou a todos com esta confiança. Livros como “Poder do Pensamento Positivo”, “Poder do Entusiasmo”, trabalham no estímulo a esse tipo de fé. Esta fé gera ânimo, entusiasmo, ímpeto a façanhas jamais imaginadas pela pessoa. Ela não muda nada fora de quem a exerce, mas muda a maneira desta pessoa enfrentar o que está ao seu redor, e isto, por si só, leva tudo a se revestir de mudanças substanciais. Com certeza ela faz uma grande diferença.
Fé Psicossomática. Mateus 7:22 “Muitos enganados me dirão no último dia: Senhor, Senhor, nós profetizamos em teu nome! e em teu nome expulsamos demônios! e em teu nome fizemos muitos milagres!”. Sobre este texto já conversamos antes, mas ele ilustra este tipo de fé, também componente do todo humano, dado por Deus. Por sua vez, podemos distinguir algumas variantes deste tipo: quando ela age como “prevenção”, ou como “formação”, ou como “intervenção”. Todas estas três atitudes atributas, podem se concretizar de uma pessoa para consigo mesma, e dela para com outra ou com outras pessoas. Pois na essência, é o poder da mente agindo sobre o que estiver sob o domínio de alguma mente.
Como “prevenção”, a fé psicossomática age como escudo protetor ou inibidor de infortúnios das mais variadas origens. Quanto mais se exerce esta fé, mais livre de enfermidades, estresses, esquizofrenias, se está. Um chefe de família, ou mesmo, o menor dos filhos, desenvolvendo, de alguma foram, religiosa ou não, este tipo de fé, produzirá, naturalmente, no desenrolar do tempo de convivência, um estado de “prevenção” a todos os moradores da casa, contra intempéries as mais fatigantes, inclusive enfermidades, algum tipo de infelicidade possível à situação espiritual que encontre tais pessoas, prejuízos materiais, etc.
Como “formação”, a fé psicossomática age, em quem a exerce, promovendo mudanças, mesmo que lentas. Por exemplo, alguém enfermo ou deformado, manuseando este tipo de fé, poderá conduzir seu organismo a recuperações surpreendentes, e havendo tempo e persistência, chegará à cura total. Ela pode, neste mesmo mecanismo, atuar em relação a outras pessoas, próximas ou não.
Como “intervenção” , o que é o mais radical de suas ações, a fé psicossomática interfere diretamente no estado em que a enfermidade se encontra, produzindo cura imediata. Neste caso, para que haja grande êxito, o indivíduo deve exercer esta fé, não só com persistência, mas, no lugar do fator tempo, muita força de vontade, muito querer conseguir o que pretende, muito domínio de si mesmo no objetivo.
Muito provavelmente, toda vez que Jesus disse “a tua fé te salvou”, estava dizendo “a tua fé psicossomática, foi exercida tão bem por você, que te salvou da enfermidade que tinhas” – Mateus 9:22, Marcos 10:34, Lucas 17:19, e outros momentos. Diante desta palavra de Cristo, podemos vislumbrar que este tipo de fé pode usar moletas, como as que mencionamos nos tipos falsos de fé para a salvação – a fé milagreira. Assim, vale a pena dizer que a fé “psicossomática” é dom de Deus, dádiva dele a nós, a todos nós, mas não salva ninguém ao céu, e se torna o que chamamos “falsa” quando pessoas se baseiam nela para crer que estão livres do inferno.
Fé Executora. Esta é a fé perseguida por tanta gente. Ela dá status de poder. Mateus 17:20 “Se tiverdes um mínimo de fé, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível. “ Ela atua no mundo natural. Enquanto a fé “psicossomática” age sobre tudo que está sob domínio de alguma mente humana, este tipo de dom de Deus, nata latentemente em todo ser humano, o mais simples que for, age sobre o inanimado. Ela pode fazer coisas se locomoverem, transformar-se, desaparecerem, entortarem, e tudo mais aparentemente impossível.
Confunde os espíritas e exorcizadores. Fenômenos ditos “sobrenaturais” podem ser executados consciente ou inconscientemente, como é o caso da grande maioria das vezes, apanhando desinformados, ou enganados por falsas informações, em suas ignorâncias. Copo que levita e treme, cai e não quebra; porta que fecha e abre sozinha; vozes e aparições reais, testemunhadas por pessoas, ao mesmo tempo; e outros muitos fenômenos, são resultado do querer de alguém, consciente ou não, a exercer este tipo de fé.
“Deus amou a humanidade de tal maneira que deu o seu Filho verdadeiro, para que toda e qualquer pessoa que exercer a fé salvadora nEle, não seja condenado ao inferno, mas venha apropriar-se, imediatamente, da vida eterna”. Este é o versículo que resume todo o plano de salvação de Deus, resume todo o conteúdo da Graça... como muitos afirmam: “Ele é o resumo perfeito de toda a Bíblia, sem tirar nem por.”
1João 2:1-2 “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, quando alguém pecar, não se esqueçam que temos um Advogado para o Pai, Jesus Cristo, o justo. Ele é a propciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” A fé salvadora, para ser atuante, nos leva a crer em três verdade bíblicas fundamentais. Duas são causais e a terceira é efeito. Sem nenhum esforço ou exercício espiritual, esta dádiva de Deus, a fé salvadora, nos leva a crer em... 1)um perfeito Advogado; 2)um perfeito perdoador de pecados; 3) uma perfeita salvação.
O Perfeito Advogado. O único melhor Advogado. O excelente Advogado de “causas perdidas”. O único suficiente e capas de nos advogar diante da Santidade e Justiça de Deus. Esta fé salvadora consegue nos levar, apesar de nosso coração tão degenerado, a crer piamente neste Advogado. Espontaneamente descansamos nEle. Nada nos abala quanto a este crédito depositado na Sua Pessoa.
Hebreus 7:25 “Jesus pode salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por eles.” 2Timóteo 2:5 “Há um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”. Estes e outros versículos bíblicos nos apresentam este perfeito Advogado, não só pelo que podemos ver com nossas limitações, mas pelo que Ele é dentro dos propósitos amorosos de Deus.
Mateus 10:32-33, “Todo aquele que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas quem me negar diante dos homens, eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus.” Em outras palavras, Jesus está afirmando a sua necessidade em possuir nossa procuração pessoal, pública, de tê-Lo como nosso representante legal, para que possa nos defender diante do Senhor Juiz. Se não o “confessarmos” publicamente, por mais que queira, não poderá ser nosso Advogado diante do Pai. Isto acontece, pelo fato do respeito de Deus tem para com nosso “livre-arbítrio”.
O Perfeito Perdoador. Como Advogado, e para bem nos defender, Jesus Cristo sai em busca de nossas dívidas, e paga “tim-tim por tim-tim”. Para ser o melhor Advogado, Ele assume pessoalmente as nossas dívidas. Paga e apagar tudo que devemos na praça. Para nos defender, não nos chama de “inocentes”, ou de vítimas, pos estaria mentindo; Ele nos chama de pecadores sem pecados, e não estará mentindo, pois assumindo nossas culpas, nos fez pessoa sem culpa alguma.
Romanos 5:19 “Pela desobediência de Adão muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de Cristo, muitos serão constituídos justos”. Romanos 3:26 “Para demonstração da Sua justiça neste tempo presente, onde Ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus.”
A fé “salvadora”, doada por Deus logo depois de atravessarmos a porta “estreita” do arrependimento, nos leva a descansar neste Advogado Perdoador. Somente esta fé é capaz de, no fundo, no fundo, nos levar a crer nisto.
Colossenses 2:13 “Quando estáveis mortos nos vossos delitos, Ele vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os vossos delitos”. Lá na cruz, antes de sermos convertidos, nos conhecendo de antemão, sabendo que iríamos deixar a multidão e atravessar a “porta estreita”, Jesus, nosso Advogado, para melhor nos defender diante do Pai, assumiu todos os nossos pecados, do primeiro ao último de toda nossa vida. Tenho dito que viverei, mesmo sem minha vontade, 120 anos, e que o pecado último que vou cometer, antes de minha morte, já está perdoado por Cristo. Somos pecadores sem pecados.
Algum tempo atrás, conversando com uma senhora que se diz crente, salva, mas que faz parte de uma igreja que crer na perda de salvação, confirmei um aspecto sombrio daquilo que a doutrina sua igreja alimenta. Ela me disse que quando teve uma crise de rins, muito forte, ela apelou logo para Deus. Disse ela, com muito orgulho, que nem se lembrou de marido, filho ou qualquer outra coisa, o que a elogiei. Na oração daquele momento angustiante, quando ela estava vendo a morte de perto, segundo me disse, o pedido dela foi: “Senhor, na me deixe ir para o inferno”. A única coisa que consegui ouvir daquilo foi: “Senhor, eu não me engano, sou pecadora, tenho pecados, por favor não deixe eu ir para o inferno por causa deles”. Quando não se tem esta “fé salvadora”, não se consegue crer, de verdade, no perdão perfeito de pecados.
A Perfeita Salvação. Além de tudo isto, a fé nos leva a crer numa vida eterna que inicia desde este mundo, até toda eternidade. João 3:16 diz, “... para que todo aquele que nEle crer, não pereça, mas tenha a vida eterna”. Esta situação não se reflete apenas no aspecto de possuirmos antecipadamente a promessa da eternidade, mas , como bem demonstra o original grego, o sentido de algo que passamos a desfrutar a partir de então. A perfeição desta salvação está na sua completude.
Outro sentido para esta “perfeita salvação”, é o que veremos mais a frente, quando tratarmos tanto das “Conseqüências da Fé”, quanto da “Certeza de Salvação”. Esta perfeição que nos interessa agora se fundamenta na confiança primordial que nos enche o coração, quanto a, mesmo não merecendo de forma alguma, irmos habitar as moradas de Deus. Assim, além de crermos neste Advogado perfeito, que é um perfeito perdoador, cremos, até por causa dEle, numa perfeita salvação que Ele nos outorga.